domingo, 3 de janeiro de 2016

Obesidade e tabaco: relação fatal


Cigarro e gordura «tiram» anos à vida
Pessoas obesas aos 40 anos podem ter a expectativa de vida reduzida em dez ou mais anos, de acordo com dois estudos internacionais que consideram a obesidade tão prejudicial para a saúde como o tabaco.
 Segundo um estudo que será publicado esta quarta-feira na revista da Associação Médica Norte- americana (JAMA), um homem obeso entre os 20 e os 30 anos, pode ver a sua esperança de vida reduzida em 13 anos. O problema em mulheres na mesma faixa etária representa uma redução de oito anos na esperança média de vida.
 Os investigadores calcularam a redução da esperança de vida em função da idade na qual uma pessoa é obesa ou tem peso a mais, uma situação que afecta mais de 120 milhões de norte-americanos.
 Dessa forma, estimaram que o número de anos perdidos por um homem branco, obeso entre os 20 e os 30 anos de idade, pode ir até aos 13 anos, o que significa uma redução de 22 por cento na sua esperança de vida.
 Já entre os afro-americanos, o efeito da obesidade poderá ser ainda mais devastador. Segundo o estudo, o corte na vida pode ir até 20 anos nos homens.
Um outro estudo conduzido por investigadores holandeses, e publicado na terça-feira na revista norte-americana Annals of Internal Medicine, mostra o efeito combinado do excesso do peso e do tabaco, ainda mais assustador.
Em média, um fumador obeso desde os 40 anos perde entre 13 a 14 anos de vida relativamente a uma pessoa que não fuma e cujo peso é considerado ajustado à sua altura, segundo investigadores holandeses que estudaram dados relativos a 3.457 homens e mulheres de Framingham (Massachusetts), que tinham cerca de 40 anos entre 1948 e 1951.

Fonte: Lusa

(08/01/2003)

* Apesar da data continua actual.

O TRABALHO COM ESTATUTO DE DEVER SOCIAL

Se não devemos ser escravos do trabalho, também não devemos escravizar-nos pela falta dele. Só os animais irracionais sobrevivem sem trabalhar. Os herbívoros pelos vegetais, os carnívoros pela caça. E se as abelhas e as formigas produzem os seus alimentos, é porque são detentoras de alguma racionalidade.
O homem, salvo algumas excepções, revela-se civilizado e exprime nível inter-social. O que lhe falta para completar a condição de superior é a construção da paz e a melhoria da prática da humanização.
Indivíduos que atingem o topo hierárquico se nunca se desprenderem da sua condição de medíocres, são também responsáveis pelo arrastar da mediocridade, conseguindo o poder por processos marginais à competência e bom senso.
Os saberes e as competências não se revelam eficientes se não forem moderados pelo bom senso. Comprovadamente, a mediocridade tem peso nefasto e contrapõe-se às competências e às índoles saudáveis.
O maior capital que um país pode amealhar reside no capital humano. Vejamos o exemplo de países de parcos recursos que conseguem progredir mais que outros que comportam elevadas riquezas naturais. Na medida em que as competências e o bom destronarem a mediocridade, o mundo passará a ser bem melhor…
Nas relações laborais, é de interesse mútuo que os patrões e empregados formem uma família na melhor das coesões. A reciprocidade de interesses e a amizade devem de funcionar. O patrão não pode ser amigo do empregado quando este não zela pelos interesses em comum. Porque o empregado também fica prejudicado quando, em vez de executar um trabalho sério e rentável, cria cisões nos seus colegas e os atrai para as confrontações. Por sua vez, quanto maior for a rentabilidade de uma empresa, maior é a possibilidade de aumento dos ordenados. São os próprios empregados que, pela sua eficiência, garantem as remunerações. Se acontecer o contrário a empresa degrada-se e os empregados ficam em piores condições.
No que respeita aos patrões, devem entender que a paz laboral, o bom entendimento, o respeito mútuo e a amizade são criadores da estabilidade. É de significativa importância que os empregados se sintam no seu local de trabalho como se estivessem na sua casa. Desta forma criam-se estados de espírito de bem-estar e de solidariedade. E os patrões só têm a ganhar com a tranquilidade dos empregados.
Mas esta preconizada família também pode sofrer convulsões relacionadas com a falta de escoamento da produção ou com um desastre qualquer. Convulsões que obrigatoriamente criam mal-estar e que até podem levar a empresa ao encerramento. É nestas situações que mais se faz sentir o entendimento e a solidariedade pois, com o conjunto esforço, pode ser possível assegurar o funcionamento até à vinda de melhores dias. Por vezes evita-se o pior dividindo os esforços e os prejuízos e quando tudo melhorar, todos serão beneficiados.
Atenção aos empresários: não se podem esquecer que os empregados fazem parte da sua família e de que não devem cometer devaneios e aventuras conducentes à desestabilização familiar. E de que, a cada pessoa que inicia uma empresa e dá emprego, lhe incumbe também a boa gestão como imperativo responsável para a criação de prosperidade, não apenas em benefício próprio como também dos empregados, a quem deve atribuir salários condignos para que a dignidade das suas vidas credencie a empresa para quem trabalham.
Aos empregados cabe também, além do mais, estabelecerem a sã cooperação entre si como factor de união no sentido de acrescida eficiência na rentabilidade.
A consonância dos imperativos e comportamentos aqui expressos resultarão, obviamente, na prática do trabalho com o estatuto de dever social e inter-social.

 Texto extraído do livro “Bíblia do Futuro”.


Dignifique-se ajudando a promover e dignificar os outros...
publicado por promover e dignificar

Hora de Fecho: Ano novo, novo governo, caras novas

Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
NOMEAÇÕES 
Novo ciclo político coincide com alguns finais de mandato nos supervisores e no Estado, nomeações para o novo governo. Mas pode haver mais mexidas devido a viragens políticas, reversões e novos casos.
2015-2016 
O Observador recolheu nove nomes de portugueses com menos de 30 anos que vão dar que falar em 2016. Daqui a um ano, cá estaremos para mostrar que tínhamos razão.
PRESIDENCIAIS 2016 
Em entrevista ao Público, Rebelo de Sousa diz que se for eleito tentará chegar a "consensos de regime" e falará, sem dramas, com todos — oposição incluída. E não espera ver Passos na sua campanha.
PREVISÃO METEOROLÓGICA 
A chuva parece que veio para ficar. Doze distritos vão estar sob aviso laranja na segunda-feira devido à previsão de chuva forte e agitação marítima.
FISCO 
No final de 2015, 218 pessoas acumulavam dívidas superiores a um milhão de euros ao fisco. Entre empresas e contribuintes singulares, as dívidas ao fisco somam mais de 6,5 mil milhões de euros.
CATALUNHA 
A CUP, esquerda anticapitalista da Catalunha, decidiu-se: não vai viabilizar um governo regional de Artur Mas. A Catalunha terá agora de voltar a eleições, pouco mais de três meses desde a última vez.
PRESIDENCIAIS 2016 
Edgar Silva defendeu uma nova visão estratégica para as Forças Armadas, que contrarie o envolvimento das tropas em missões exteriores, com exceção das que decorrem no âmbito das Nações Unidas.
TRIBOS URBANAS 
Há os caps dos swaggers, as barbas dos lumberssexuais, os géneros musicais muito particulares dos hipsters. Afinal, que tipo de homem é você? Descubra aqui os estilos das novas tribos urbanas.
CRISTIANO RONALDO 
Em entrevista ao El Mundo, Cristiano Ronaldo fala do final da sua carreira, altura em que quer "viver como um rei". Fala da sua infância a passar roupa na academia do Sporting e diz que não vai mudar.
SPORTING-FC PORTO 
O que o Sporting teve a mais, o FC Porto de menos: meio-campo. Em quantidade, até foi ela por ela, com três camisolas de um lado e três do outro. Mas a conversa é outra quanto à qualidade.
V. GUIMARÃES-BENFICA 
A noite é de "clássico" em Lisboa. Mas o Benfica viajou para norte sabendo que, triunfando, podia ficar mais próximo de FC Porto, Sporting ou até de ambos. E triunfou mesmo, com um golaço de Renato.
Opinião

Helena Matos
As não notícias são tão importantes quanto as notícias. Às vezes ainda mais que as notícias. Porque as não notícias mostram como os jornalistas resistem a desfazer as suas ilusões.

Lucy Pepper
Com as suas piadas, taxistas e empregados de café estão a limitar o uso da língua portuguesa. Já não se pode usar o condicional num pedido. Agora, é a vez da exclamação "boa!" desaparecer.

João Marques de Almeida
Catarina Martins será a maior defensora do governo do PS e tudo fará para que se cumpra toda a legislatura. Sabe que Costa só irá a votos quando estiver convencido que reduzira o BE aos 5%.

André Azevedo Alves
Mais do que saber quem será o próximo líder, importa que o CDS discuta ideias e políticas e reflicta sobre a sua razão de ser no sistema político-partidário português.

Manuel Villaverde Cabral
Passou-se do condicionamento e do proteccionismo à apropriação dos bancos pelos governos e vice-versa, sem qualquer freio aos cruzamentos entre os buracos desse queijo Gruyère que é a banca portuguesa
Mais pessoas vão gostar da Hora de fecho. Partilhe:
no Facebook no Twitter por e-mail
Leia as últimas
em observador.pt
Observador
©2015 Observador On Time, S.A.
Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa

Mais de 200 pessoas têm dívida milionária para com o Fisco

As dívidas de empresas e contribuintes singulares ultrapassaram os 6,5 mil milhões em 2015.


ECONOMIA IMPOSTOSHÁ 6 HORAS
A lista de devedores ao Fisco conta com 218 contribuintes individuais com dívidas superiores a um milhão de euros.
São menos 18 pessoas do que no final de 2014, uma quebra que, segundo disse ao Jornal de Notícias Domingues de Azevedo, bastonário da Ordem dos Contabilistas Certificados, só se justifica “pela abertura de falência ou pela prescrição das dívidas”.
Cerca de 28 mil pessoas têm com dívidas superiores a 7.500 euros e 15 mil pessoas, mais de mais de metade dos devedores, devem entre 7.500 e 25 mil euros.
Na fasquia entre 25 mil e 50 mil euros estão cerca de seis mil pessoas, entre 50 mil e cem mil estão mais de 3700 contribuintes e entre cem mil e 250 mil euros estão quase 2400.
Cerca de 1.100 pessoas têm dívidas ao Fisco entre 250 mil e um milhão de euros.
Ao todo, as dívidas ao Fisco de empresas e contribuintes singulares somam mais de 6,5 mil milhões de euros, metade da qual “nunca será cobrada”, reconhece o bastonário, que deixa ainda uma sugestão:
“Já vale a pena pedir um crédito ao banco para pagar uma dívida ao fisco. É que os juros rondam os 2% a 3% e a Autoridade Tributária cobra cerca de 6%”.

Criminalidade: Há mais jovens delinquentes a sair em liberdade

PAÍS JUSTIÇAHÁ 5 HORAS

Apenas os casos mais graves são agora internados em regime de internamento. A liberdade implica uma série de medidas de acompanhamento e integração.

DR
Por se acreditar que o encarceramento leva à reincidência, os juízes optam cada vez mais por deixar jovens delinquentes em liberdade, com acompanhamento especial, em vez de os condenar ao internamento num centro educativo.
Segundo o Diário de Notícias, em 2011 havia 274 jovens neste regime correspondente à pena de prisão para um adulto, agora são 150.
"Os juízes estão cada vez mais sensibilizados para aplicar a chamada medida de acompanhamento educativo ao invés da medida de encarceramento que é o internamento num centro educativo", diz o subdiretor da Direção-geral da Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), Licínio Lima, ao mesmo jornal.
Com esta medida os jovens não são internados mas são acompanhados por um técnico de reinserção social, obrigados a ir à escola, a passar de ano ou a terem consultas de psicologia ou psiquiatria nos centros de saúde.
Estes menores “reincidem muito menos que os que são internados em centros educativos", lembra Licínio Lima, recordando um estudo do DGRSP e da Universidade do Minho.
Entre os 12 e os 16 anos, mais de metade dos jovens que reincidem e desenvolveram percursos com delitos mais graves, violentos e frequentes cumpriram pena de internamento.






PJ alerta para burlas e extorsão através de smartphones

PAÍS CRIMEHÁ 4 HORAS

O crime informático já não é exclusivo dos computadores e a Polícia Judiciária está atenta.

Aumentou o crime com recurso a smartphone ligados internet, em que hackers e burlões acedem a dados pessoais.

A Polícia Judiciária de Lisboa tem mais de 500 inquéritos por acessos a sistemas, disse ao Diário de Notícias Carlos Cabreiro, coordenador da secção do crime informático da diretoria de Lisboa da PJ.
Através dos smartphones, usados em Portugal por mais de cinco milhões de consumidores, também é possível aceder a contas bancárias, passwords e usernames de contas ou páginas privadas e, assim, exigir entrega de dinheiro para não divulgar fotografias ou esses dados.
No total, em 2015 a PJ de Lisboa chegou registou 858 inquéritos abertos por crimes informáticos, dos quais 500 são por ciberataques, 250 por pedofilia na internet, 70 por extorsão sexual e 30 por crimes praticados contra as pessoas na internet (injúrias, difamação, entre outros).
 “Os dispositivos móveis são vulneráveis a intrusões”. Há que estar atento a mensagens de correio eletrónico e páginas web falsas e apostar numa cultura de utilização responsável e ter uma preocupação acrescida com a segurança informática”, alerta Carlos Cabreiro.
Mas baste uma palavra passe para cometer um crime: “começam com um furto de identidade nas redes sociais […] A partir daí podem utilizar a sua página no Facebook e enviar mensagens aos seus amigos, como se fosse você a escrevê-las. E apelar em mensagens privadas no chat, por exemplo, a que lhe enviem dinheiro”.
“Tem acontecido muito este tipo de intrusão no Facebook para burlar”, refere Carlos Cabreiro.  

Um postal diferente: - Um bom voo e FELIZ 2016!

Com carinho!
Mário de Freitas
 
                               
 Voo 2016 anuncia o embarque.............

Aos familiares e amigos:

Foi anunciado o embarque para o voo 2016
A tua bagagem deverá conter apenas as melhores recordações de 2015...
Os momentos maus e tristes devem ser depositados no cesto de lixo mais próximo...
A duração da viagem será de 12 meses. Por isso, ajusta comodamente o cinto de segurança...
As próximas escalas serão:

Amor, Prazer, Amabilidade, Bondade, Partilha, Humildade, Paciência, Auto Controle, Harmonia, Bem Estar e Paz

Durante o voo, oferecemos-lhes o seguinte menu:

*Um Cocktail de Saúde abundante
*Um Gratinado de Prosperidade,
*Uma taça de Excelentes Notícias
*Salada de Êxitos e sucessos
*Bolo de Felicidade e alegrias,
Todos acompanhados com explosões de Sorrisos...


Assim que 2015 termine, não deixes de agradecer às pessoas que tornaram o teu ano melhor!!

O QUE É PRECISO PARA DOAR SANGUE?


Digamos que você é uma pessoa altruísta, e resolveu doar sangue. Chegando lá, você tinha tomado uma vacina da gripe, ou mostrava sinais de um herpes na boca, e foi barrado. Então, perguntamos: o que é preciso para doar sangue? Muito mais do que apenas vontade.
Doar sangue não é perigoso e não causa nenhum problema, desde que o procedimento seja feito em um local de segurança (um hospital ou clínica com profissionais qualificados e material descartável e esterilizado).
A pessoa média tem cerca de cinco litros de sangue no corpo. Esse número, claro, varia conforme o peso e altura de cada um. Baseado nessa conta, os profissionais de saúde calculam o quanto do seu sangue você pode doar, e nada de ruim vai te acontecer (é preciso perder muito sangue para correr algum risco de vida, e você pode doar em média apenas até 450 ml de sangue).
Os componentes do sangue que você doou se repõe automaticamente em seu corpo aos poucos. O plasma, por exemplo, é reposto pelo organismo apenas um dia após a doação. Em algumas semanas, todos os outros componentes também já foram completamente repostos.

Em Portugal os homens podem doar sangue a cada 3 meses, e as mulheres a cada 4 meses.
Não precisa se desesperar se você entrar em um hospital e ver gente desmaiando após doar sangue. Hipotensão arterial, sudorese e tontura são sintomas passageiros, causados geralmente por ansiedade ao doar sangue. Ou seja, relaxe, e provavelmente você não vai sentir nada disso.
Viu que não tem perigo, e ainda quer doar sangue? Óptimo. Mas para que não haja nenhum perigo ao paciente que recebe esse sangue também, o doador precisa se encaixar em uma série de exigências. Vamos conhecê-las?

Requisitos para doar sangue
Eu disse que a pessoa média tem cinco litros de sangue, mas que isso variava, certo? O fato é que cerca de 7% do nosso peso é sangue. Sendo assim, uma pessoa de 50 quilos teria 3,5 litros de sangue, e uma pessoa com 70 quilos teria cerca de 5 litros de sangue. Entendeu?
É por isso que pessoas muito magrinhas não são boas candidatas para doar sangue. Elas têm menos sangue, e perdê-lo pode não ser a melhor ideia do mundo. Também, algumas doenças lhe impedem de doar sangue – elas podem viajar junto com seu sangue para o paciente que vai recebê-lo. E deixá-lo doente é o oposto do que queremos, certo? Gripe e febre impedem as pessoas de doar sangue enquanto elas estiverem doentes, já AIDS e outras condições são empecilhos duradouros.
Ter feito algumas cirurgias também lhe deixa impossibilitado de doar sangue, mas apenas temporariamente. É para o seu próprio bem: em recuperação, você precisa do seu sangue. Pelo mesmo motivo, grávidas e mamães que acabaram de dar à luz ou estão amamentando não podem doar sangue.
Para doar sangue, você vai ter que passar por uma entrevista, e vai ouvir certas perguntas sobre sua vida pessoal e sexual – por exemplo, se você fez uma tatuagem recentemente ou se tem mais de um parceiro sexual. Não se sinta ofendido, e seja extremamente sincero nas respostas.
Uma tatuagem abre uma “ferida” na sua pele: são milhões de furinhos que ficam abertos por um tempão e podem lhe deixar mais propícios a pegar doenças. Múltiplos parceiros sexuais também representam um comportamento de risco que lhe deixa mais propenso a doenças. Não é que estejamos julgando você. Mas não queremos aumentar o risco de pegar doenças em ninguém, certo?
Então, conheça os requisitos para se doar sangue, de forma geral:
- Ter mais de 18 e menos de 60 anos;
- Ter um documento de identificação válido;
- Ter mais de 50 quilos;

Estar em boas condições de saúde (é recomendável boa alimentação e boa noite de sono no dia anterior);
- Não estar em jejum;
- Não estar grávida;
- Não estar amamentando por no mínimo 3 meses;
- Não ter tido nenhum parto nos últimos 3 meses;
- Não ter feito uma cesariana nos últimos 6 meses;
- Não ter sofrido aborto nos últimos 6 meses;
- Não ter feito cirurgia de pequeno porte nos últimos 3 meses ou de grande porte nos últimos 6 meses;
- Não ter feito nenhuma tatuagem no último ano;
Não ter feito acupunctura ou colocação de piercing em condições insalubres por um ano; em condições assépticas, com agulha descartável, é possível doar sangue após três dias (o profissional que colecta o sangue é que analisa e decide isso).

Doenças, remédios e vacinas: posso ou não posso doar?
Existem algumas vacinas, medicamentos ou doenças que impedem as pessoas de doar sangue temporariamente ou definitivamente.
Por exemplo, a vacinação para hepatite B impede a doação de sangue por 48 horas. Medicação é outro problema: dependendo do remédio que você está tomando não pode doar sangue até que ele saia do seu sistema.
Em caso de doenças como a gripe, é recomendável que você espere até 7 dias depois da cura para doar sangue. Já outras doenças, como hepatite após os 10 anos de idade, Doença de Chagas, malária e AIDS impedem as pessoas de doar sangue permanentemente.
Vacinas, remédios e doenças precisam ser examinados caso a caso. Se você tomou alguma vacina recentemente, está tomando ou tomou algum remédio recentemente, e tem ou teve alguma doença em toda a sua vida, é crucial informar ao profissional de saúde. Eles vão fazer essas perguntas antes de você doar sangue, mas se não quiser perder seu tempo de ir até lá só para descobrir que você não pode doar, ligue antes para se informar. Suas dúvidas podem ser esclarecidas facilmente.
E não se preocupe com o fato de você ter alguma doença e não saber. Você não vai infectar ninguém, mesmo sem querer. Por exemplo, antes de doar sangue, é feito um teste de anemia. Se você é anémico e não estava sabendo, agora vai ficar sabendo. E não vai poder doar sangue.
Nada é deixado na mão da sorte: o sangue que vai para os pacientes em necessidade é muito bem analisado e cuidado. Sangues não adequados são descartados.

Desmentindo mitos
- Doar sangue engorda ou emagrece? Não engorda porque você não ingere nada, e não emagrece porque a quantidade de sangue retirada é reposta no seu organismo.
- Doar sangue afina ou engrossa o sangue? Não acontece nada com seu sangue, ele vai continuar o mesmo.
- Doar sangue vicia? Não. Você vai doar só quando quiser.
- Estou de dieta. Posso doar sangue? Pode. Mas ter uma boa alimentação no dia anterior é recomendável.

Situações de risco: porque não doar sangue
Lembra que eu comentei que você vai precisar responder algumas perguntas indiscretas antes de doar sangue? É porque certos comportamentos, nomeados “comportamentos de risco”, configuram situações de risco acrescido para se transmitir doenças através da doação de sangue. Você não pode doar sangue se:
- Tiver múltiplos parceiros sexuais ocasionais ou eventuais sem uso de preservativo;
- Usar drogas ilícitas;
- Ter feito sexo em troca de dinheiro ou droga recentemente;
- Ter sido vítima de estupro recentemente;
- Ter parceiro sexual com exame reagente para infecções de transmissão sexual e sanguínea.
Repito: não é papel dos profissionais de saúde julgar ninguém. Mas não minta! Você não pode omitir informações que possam colocar a vida de alguém em risco.
Não precisa admitir que você teve certo comportamento se não quiser. Mas você deve retirar sua proposta de doar sangue, dizer que prefere não doar. Também pode recorrer ao Voto de Auto-Exclusão. Imediatamente antes da doação, de forma sigilosa e confidencial, o candidato pode resolver não doar o sangue. É uma oportunidade de não doar sangue se não for um candidato adequado à doação, e não colocar ninguém em risco.

O que é feito com meu sangue?
Seu sangue pode salvar a vida de até quatro pessoas. Após a colecta, ele é fraccionado, ou seja, dividido, em vários concentrados: concentrado de glóbulos vermelhos (ou hemácias), concentrado de plaquetas, crioprecipitado e plasma fresco.
Esses componentes do sangue ficam em quarentena (sem poder serem usados para transfusão) até que todos os exames sorológicos e imunohematológicos sejam realizados na bolsa e garantam que ele é seguro.
As hemácias são transfundidas em caso de anemias ou grandes sangramentos. As plaquetas são transfundidas quando os pacientes não possuem número suficiente delas, ou sua qualidade não está boa para promover a coagulação. Pacientes com câncer submetidos à quimioterapia, por exemplo, muitas vezes precisam receber sangue, pois o tratamento diminui a quantidade de hemácias e/ou plaquetas no seu sangue.
O plasma e os factores de coagulação concentrados são necessários para pacientes com hemofilia e outras condições que ocasionam sangramento.

Posso doar sangue para alguém em específico?
Pode. Mas a pessoa que vai receber tem que ser compatível com você: ter o mesmo tipo de sangue, com as mesmas características. Descobrir isso é trabalho dos profissionais de saúde. Nesse caso, você pode avisar para quem você quer que o sangue vá.
Doar sangue de forma voluntária significa que seu sangue será armazenado para ser transfundido em qualquer pessoa com o mesmo tipo que esteja precisando.
Você pode até doar sangue para si mesmo! Você pode armazenar uma reserva de seu próprio sangue para o caso de precisar de uma transfusão. Para isso, você precisa procurar um serviço de hemoterapia.

Porque doar sangue
Doar sangue é simples, rápido e não dói. Não traz qualquer risco ou prejuízo a sua saúde. No entanto, no Brasil, apenas 1,5% da população doa sangue anualmente. Desses, 75% é população de baixa renda, 70% estão na faixa etária de 26 a 45 anos, e 58% possuem ensino médio incompleto. Para você ver que inteligência nem sempre depende de escolaridade.
Digo isso porque, sim, doar sangue é um ato inteligente. Um em cada 10 pacientes hospitalizados necessitam de transfusão. O que vai acontecer se chegar o dia em que você será esse um? 1,5% de doadores vai ser suficiente para que você receba o sangue de que precisa?
Se cada cidadão saudável doasse sangue pelo menos duas vezes por ano, não seriam necessárias campanhas emergências para repor os estoques de sangue. Isso significa que, se a média de doadores doasse sangue pelo menos duas vezes ao ano, não haveria falta de sangue.
Não aposte com a sua vida. Não aposte com a vida de ninguém! Doar sangue muitas vezes é um ato altruísta, pela simples satisfação de ajudar alguém, mas em outros casos, pode muito bem ser a sua salvação: ajude a aumentar os bancos de sangue, para que nunca falte para você ou para alguém que você ama.


Após ter lido esta informação acima você quer doar sangue e está apto para doar? Então consulte o nosso site: www.adasca.pt
Quem quiser tem as Coordenadas GPS: N 40.62659,W -8.65133
ONDE POSSO DOAR SANGUE EM 2016 EM AVEIRO?

NB: Artigo sujeito a correcção e adaptação para a realidade portuguesa.

O QUE É POLÍTICA?


Este é um tema bastante difícil e profundo para ser tratado com rapidez. Vivemos hoje em um momento em que a política é questionada, pois, ela é sistematicamente confundida com as acções dos políticos profissionais, principalmente, pelos maus políticos. Para Hannah Arendt "O sentido da política é a liberdade". Segundo ela, a ideia de política e de coisa pública surge pela primeira vez na polis grega considerada o berço da democracia. O conceito de política que conhecemos nasceu na cidade grega de Atenas e está intimamente ligado à ideia de liberdade que para o grego era a própria razão de viver. Utilizando o conceito grego de política é que Arendt nos diz que "A política baseia-se no facto da pluralidade dos homens", portanto, ela deve organizar e regular o convívio dos diferentes e não dos iguais. Para os antigos gregos não havia distinção entre política e liberdade e as duas estavam associadas à capacidade do homem de agir, de agir em público que era o local original do político. O homem moderno não consegue pensar desta maneira pelas desilusões em relação ao político profissional e a actuação desse no poder. 

Porém, Arendt, judia, que viveu os horrores da Segunda Guerra Mundial, acreditava na acção do homem e na sua capacidade de "fazer o improvável e o incalculável". Vejamos o que diz Hannah Arendt: "A política, assim aprendemos, é algo como uma necessidade imperiosa para a vida humana e, na verdade, tanto para a vida do indivíduo maior para a sociedade. Como o homem não é autárquico, porém depende de outros em sua existência, precisa haver um provimento da vida relativo a todos, sem o qual não seria possível justamente o convívio. Tarefa e objectivo da política é a garantia da vida no sentido mais amplo" (grifo do autor). Para ela, a tarefa da política está directamente relacionada com a grande aspiração do homem moderno: a busca da felicidade. Não é fácil discutir a questão da política nos dias de hoje.
Estamos carregados de desconfianças em relação aos homens do poder. Porém, o homem é um ser essencialmente político. Todas as nossas acções são políticas e motivadas por decisões ideológicas. Tudo que fazemos na vida tem consequências e somos responsáveis por nossa acções. A omissão, em qualquer aspecto da vida, significa deixar que os outros escolham por nós. Nossa acção política está presente em todos os momentos da vida, seja nos aspecto privado ou público. Vivemos com a família, relacionamos com as pessoas no bairro, na escola, somos parte integrantes da cidade, pertencemos a um Estado e País, influímos em tudo o que acontece em nossa volta. Podemos jogar lixo nas ruas ou não, podemos participar da associação do nosso bairro ou fazer parte de uma pastoral ou trabalhar com voluntário em uma causa em que acreditamos. Podemos votar em um político corrupto ou votar num bom político, precisamos conhecer melhor propostas, discursos e acções dos políticos que nos representam. Não podemos confundir que política é simplesmente o acto de votar. 

Estamos fazendo política como tomamos atitudes em nosso trabalho, quando estamos conversando em uma mesa de bar ou quando estamos bebendo uma cerveijinha após um jogo de futebol. Estamos fazendo política quando exigimos nossos direitos de consumidor, quando nos indignamos ao vermos nossas crianças fora das escolas sendo massacradas nas ruas ou nas "Febens" da vida. Conhecemos o Estatuto da Criança e do Adolescente? ou o Código do Consumidor?, a nossa Constituição, nem pensar e grande demais. E que dizer das leis transito que estamos a todo momento desrespeitando? A política está presente quotidianamente em nossa vidas: na luta das mulheres contra uma sociedade machista que discrimina e age com violência; na luta dos portadores de necessidade especiais para pertencerem de fato à sociedade; na luta dos negros discriminados pela nossa "cordialidade"; dos homossexuais igualmente discriminados e desrespeitados; dos índios massacrados e exterminados nos 500 anos de nossa história; dos jovens que chegam ao mercado de trabalho saturado com de milhões de desempregados; na luta de milhões de trabalhadores sem terra num país de latifúndios; enfim, na luta de todas as minorias por uma sociedade inclusiva que se somarmos constituem a maioria da população. Atitudes e omissões fazem parte de nossa acção política perante a vida. Somos responsáveis politicamente (no sentido grego da palavra) pela luta por justiça social e uma sociedade verdadeiramente democrática e para todos.

Resumo do Artigo
por: Luli Sampa    
Autor : Sérgio Vaz Alkmim

Publicado em: janeiro 05, 2008

O QUE É O ARIANISMO?

Pergunta: "O que é o Arianismo?"


Resposta: O Arianismo vem de Arius, ou Ário, um professor do início do século 4 D.C. Um dos assuntos mais antigos e provavelmente mais importante a ser debatido entre os cristãos da antiguidade foi a questão da divindade de Cristo. Era Jesus verdadeiramente Deus em carne ou era Jesus um ser criado? Era Jesus Deus ou apenas como Deus? Arius defendia a ideia de que Jesus foi criado por Deus como o primeiro e mais importante acto da Criação. O Arianismo, então, é a crença de que Jesus era um ser criado com atributos divinos, mas não era divindade em Si mesmo.

O Arianismo engana-se ao interpretar referências sobre Jesus estando cansado (João 4:6) e Jesus não sabendo a data do Seu retorno (Mateus 24:36). Sim, é difícil compreender como Jesus poderia estar cansado e/ou não saber algo, mas dizer que Jesus era um ser criado não é a resposta. Por favor leia o nosso artigo sobre a união hipostática para uma explicação sobre esses assuntos. Jesus era completamente Deus, mas também era completamente humano. Jesus não se tornou um ser humano até a sua encarnação. Portanto, as limitações de Jesus como um ser humano não têm nenhum impacto em sua natureza ou eternidade divina.

A segunda má interpretação do Arianismo é o significado de “primogénito” (Romanos 8:29; Colossenses 1:15-20). Os arianos interpretam “primogénito” nesses versículos como se dissessem que Jesus “nasceu” ou foi “criado” como o primeiro ato de Criação. Esse não é o caso. Jesus mesmo proclamou a sua auto-existência e eternidade (João 8:58; 10:30). João 1:1-2 nos diz que Jesus “estava com Deus”. Nos tempos bíblicos, o filho primogénito de uma família ocupava uma posição de grande honra (Génesis 49:3; Êxodo 11:5; 34:19; Números 3:40; Salmos 89:27; Jeremias 31:9). É neste sentido que Jesus é o primogénito de Deus. Jesus é o membro preeminente da família de Deus. Jesus é o ungido, o “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6). Jesus não “nasceu”, na verdade, Ele se tornou o Senhor sobre toda a criação como o “primogénito” de Deus.

Depois de mais ou menos um século de debates em vários conselhos da igreja primitiva, a Igreja Cristã oficialmente denunciou o Arianismo como uma doutrina falsa. Desde então, o Arianismo nunca mais foi aceito como uma doutrina viável da fé Cristã. No entanto, o Arianismo nunca morreu, mas tem continuado pelos séculos de várias formas diferentes. As Testemunhas de Jeová de hoje defendem uma posição parecida com a dos arianos em relação à natureza de Cristo. Assim como a igreja primitiva, precisamos renegar quais ataques na divindade do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.

Arianismo

O Arianismo é uma heresia cristã fundada no século IV por Ario, um presbítero de Alexandria, no Egipto. A sua doutrina baseava-se essencialmente no princípio da negação de Cristo como divindade. Ario e Eusébio de Cesareia procuravam uma razão que explicasse a Santíssima Trindade, e para diferenciar Deus (Pai) e Cristo (Filho) decidiram negar a este a sua divindade. Para os arianos, Cristo não é mais do que a primeira das criaturas, um mero instrumento de Deus. Mas para desenvolverem tal teoria, os arianos basearam-se em fórmulas ortodoxas.
Os arianos surgiram da ambiguidade teológica que marcou os séculos II e III. A teologia anterior ao Concílio de Niceia, em 325, que condenou o arianismo, não criara uma terminologia cristã adequada e suficientemente explicativa. A tradição delineava a unidade de Deus e a divindade do Verbo, mas ocultava os elementos adequados para a interrogação e explicação do dogma. Nesse mesmo Concílio Ecuménico de Niceia, em que participaram 318 bispos, esta heresia foi duramente condenada, facto que não impediu, no entanto, a sua expansão pelo Império do Oriente. O imperador Constâncio II (337-361), o sucessor de Constantino, apoiou a causa ariana. No Concílio de Sárdica (343), depois da morte de Constantino II, o Credo de Niceia foi de novo proclamado. Perante esta confirmação, o arianismo entrou em declínio.
Teodósio, em 380, publicou um édito em prol da Fé cristã e perseguiu o arianismo afincadamente. No ano seguinte, no Concílio de Constantinopla, condenou o arianismo, o que, no entanto, não bastou para colocar entraves à expansão da heresia pelos povos germânicos, em virtude da evangelização levada a efeito pelo ariano Wulfila, que a espalhou entre os Godos.
Ostrogodos, Visigodos e Burgúndios, os principais povos góticos, acabariam por introduzir o arianismo no Ocidente aquando da destruição do Império Romano provocada pelas suas invasões. Perseguidores da ortodoxia cristã, cedo se converteram ao cristianismo romano, ao contrário dos Francos, que se mantiveram pagãos por mais algum tempo, acabando no entanto por se converter à fé cristã. O arianismo, todavia, sobreviveu até aos finais do século VII, principalmente entre os Lombardos.
O arianismo e o concílio de Nicéia
10,nov,2009 por Georges Nogueira 


O Concílio de Nicéia

O século quarto deu início ao período em que a Igreja começou a delinear a manifestação de sua crença, tal como é até os dias de hoje. Este processo se deu através da superação de várias divergências teológicas. Nos séculos anteriores, como já dissemos aqui, Jesus Cristo era o assunto fundamental do pensamento da Igreja, como deveria ter sido sempre.
Com a ascensão de Constantino, que como também já dissemos decidiu se “apropriar” do cristianismo, sustentando seus templos e seus bispos financeiramente, em troca de interferir nas decisões da recém criada Igreja Católica, o palco estava pronto para uma série de conflitos teológicos que duraria do quarto até o oitavo século.
A primeira destas grandes controvérsias se deu em torno da doutrina da Trindade. As discussões concernentes à natureza de Cristo tomavam corpo nas Igrejas do mundo todo, particularmente nas do oriente, que influenciadas pela cultura grega possuíam um interesse profundo pelas questões doutrinárias.
Ainda no princípio deste século quarto, o Presbítero Ário de Alexandria criou uma teoria segundo a qual Jesus Cristo não era nem homem nem Deus, mas um ser intermediário que era superior aos homens e inferior ao Deus Pai. Desta forma, Cristo não poderia ser eterno, já que tendo sido gerado pelo Pai em uma época determinada havia existido um tempo em que Jesus não existia. Ao mesmo tempo afirmava que Deus seria um grande e eterno mistério, oculto em si mesmo, e que nenhuma criatura conseguiria revelá-lo, visto que Ele não pode revelar a si mesmo. Com esta linha de pensamento, o historiador H. M. Gwatkin afirmou em seu livro The Arian Controversy (A Disputa Ariana): “O Deus de Ário é um Deus desconhecido, cujo ser se acha oculto em eterno mistério.
O arianismo enveredou pelo caminho do engano ao interpretar erroneamente algumas passagens bíblicas que demonstravam as qualidades humanas de Jesus, como o cansaço (Jo 4.6) e também por não conseguir compreender a relação triuna do Deus Filho Jesus com o Deus Pai, como quando Ele alega não saber a data de seu retorno (Mt 24.36).
Jesus era completamente Deus, mas Ele também era completamente humano. Jesus não se tornou um ser humano até a sua encarnação. Portanto, as limitações de Jesus como um ser humano não têm nenhum impacto em sua natureza divina ou em sua existência eterna. Outro erro grave de sua interpretação bíblica está no significado que dava ao termo “primogénito” (Rm 8.29, Cl 1.15-20).
A interpretação dos arianos para o termo primogénito nestes versículos defende que este termo tinha o mesmo significado de quando trata dos primogénitos humanos. Desta forma, acreditavam que Jesus “nasceu” ou foi “criado” como o primeiro ato de Criação. Contudo, a expressão utilizada aqui serve como a antropopatia que também é largamente utilizada nas Escrituras: serve para dar a uma realidade espiritual um sentido que o homem possa compreender. Jesus mesmo proclamou sua auto-existência e sua eternidade (Jo 8:58, 10:30). A Bíblia nos diz que Jesus “estava com Deus” (Jo 1.1-2). O filho primogénito de uma família ocupava nos tempos bíblicos uma posição de grande honra e destaque, e seria o sucessor e herdeiro dos bens e da autoridade familiar de seu pai. (Gn 49.3, Êx 11.5, 34.19, Nm 3.40, Sl 89.27, Jr 31.9). Assim também é que Jesus é o primogénito de Deus. Jesus é o membro mais honrado e destacado da família de Deus. Jesus é o ungido, o “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6). O arianismo teve muita força entre os visigodos espanhóis. O rei Leovigildo mandou executar o próprio filho, Hermenegildo, por este ter negado sua fé ariana.
O Concílio de Níceia
Para resolver a controvérsia entre Alexandre e Ário, Constantino, então auto-proclamado “patrono da igreja” convocou este que foi o primeiro Concílio Geral da Igreja, realizado na cidade de Nicéia na Ásia Menor e que reuniu 318 bispos por um período de três meses, no ano de 325.
Este concílio teve claras duas posições diametralmente opostas: Segundo Ário, presbítero de Alexandria, somente Deus Pai seria eterno não gerado. O Logos, o Cristo preexistente, seria mera criatura. Criado a partir do nada, nem sempre existiria. O Cristo existiria num tempo anterior à nossa existência temporal, mas não era eterno. Em oposição a Ário se colocaram Alexandre e Atanásio que afirmava que o Logos era eterno e era o próprio Deus que apareceu em Jesus. Segundo sua brilhante defesa da trindade:
“Deus é Pai apenas porque é o Pai do Filho. Assim o Filho não teria tido começo e o Pai estaria com o Filho eternamente. Portanto, o Filho seria o filho eterno do Pai, e o Pai, o Pai eterno do Filho.”
Atanásio acabou por conseguir uma grande vitória neste concílio que terminou por declarar a divindade de Cristo, que, conforme concluiu o Concílio, “era da mesma substância do Pai”.
Uma característica marcante deste concílio foi a de que a maioria de seus bispos eram pastores, e não teólogos. Esta característica acabou por ajudar na defesa de Atanásio, que apelou para a fé dos bispos ali reunidos, fé esta que era resultado de sua experiência cristã. Ao final do concílio, a cristologia equivocada de Ário foi rejeitada em Nicéia. O seguinte credo da Igreja surgiu deste concílio:
“um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus; gerado do pai, unigénito da essência do Pai, Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado não feito, consubstancial com o Pai, por quem todas as coisas foram feitas no céu e na terra; o qual, por nós homens e pela nossa salvação desceu do céu e encarnou e foi feito homem todos os que dizem que houve um tempo que ele não existiu, ou que não existiu antes de ser feito, e que foi feito do nada ou de alguma outra substância ou coisa, ou que o Filho de Deus é criado ou mutável, ou alterável, são condenados pela Igreja”.

Contra-Reforma: Do Arianismo até o Nestorianismo
sábado, 15 de março de 2008
Elias, O Profeta
Arianismo (Séc. IV) Uma das maiores heresias que a Igreja teve que confrontar foi o Arianismo. Arius ensinava que Cristo não era Deus e sim uma criatura feita por Deus. Ao disfarçar sua heresia usando uma terminologia ortodoxa ou semi´ortodoxa, ele foi capaz de semear grande confusão na Igreja, conquistando o apoio de muitos Bispos e a rejeição de alguns. O Arianismo foi solenemente condenado no ano 325 pelo Primeiro Concílio de Nicéia, o qual definiu a divindade de Cristo e no ano 381 pelo Primeiro Concílio de Constantinopla, o qual definiu a divindade do Espírito Santo. Esses dois Concílios deram origem ao Credo Niceno que os Católicos recitam nas Missas Dominicais. Os ´Testemunhas de Jeová´ têm esta crença, assim como os Unitarianos.

Pelagianismo (Séc. V) Pelagius, um monge gaulês deu início a essa heresia que carrega seu nome. Ele negava que nós herdamos o pecado de Adão e alegava que nos tornamos pessoalmente pecadores apenas porque nascemos em solidariedade com uma comunidade pecadora a qual nos dá maus exemplos. Da mesma forma, ele negava que herdamos a santidade ou justiça como resultado da morte de Cristo na cruz e dizia que nos tornamos pessoalmente justos através da instrução e imitação da comunidade cristã, seguindo o exemplo de Cristo. Pelagius declarava que o homem nasce moralmente neutro e pode chegar ao céu por seus próprios esforços. De acordo com ele, a graça de Deus não é verdadeiramente necessária, mas apenas facilita uma difícil tarefa. · É uma visão que ainda hoje encontramos na Teologia da Libertação, por exemplo: o que importa é o esforço do homem, a graça de Deus é bem vinda mas não é necessária, etc. É por isso que os TL dão tanto valor à ´auto´estima´, nome chique para o pecado do Orgulho: para eles é importante amar A SI sobre todas as coisas, pois a salvação (ou a utopia socialista, no caso...) viria apenas através do esforço do homem. 

Nestorianismo (Séc. V) Essa heresia sobre a pessoa de Cristo foi iniciada por Nestorius, bispo de Constantinopla que negava a Maria o título de Theotokos (literalmente ´Mãe de Deus´). Nestorius alegava que Maria deu origem apenas à pessoa humana de Cristo em seu útero e chegou a propor como alternativa o título Christotokos (´Mãe de Cristo´). Os teólogos Católicos ortodoxos imediatamente reconheceram que a teoria de Nestorius dividia Cristo em duas pessoas distintas (uma humana e outra divina, unidos por uma espécie de ´elo perdido´), sendo que apenas uma estava no útero de Maria. A Igreja reagiu no ano 431 com o Concílio de Éfeso, definindo que Maria realmente é Mãe de Deus, não no sentido de que ela seja anterior a Deus ou seja a fonte de Deus, mas no sentido de que a Pessoa que ela carregou em seu útero era de fato o Deus Encarnado. · Creio que todo mundo já identificou o protestantismo pentecostal neste heresia, não? Bom, isso na verdade é, no protestantismo, apenas uma maneira a mais de menosprezar a Encarnação. Note´se que S. João escreveu seu Evangelho em resposta aos gnósticos,  e fez questão de comecálo pela Encarnação.

Isto ocorre porque a base gnóstica do protestantismo (e tbm, de uma certa maneira, do nestorianismo) recusa´se a admitir que Nosso Senhor tenha realmente assumido a nossa natureza. É por isso, por exemplo, que Lutero afirmava que o pecado do homem não é jamais apagado, mas apenas encoberto por Deus. Para ele, Nosso Senhor mentiria, afirmando que o homem não tem pecado, para que ele entre no Céu. É mais fácil para um gnóstico crer em um deus que minta que em um Deus que se faz verdadeiramente homem, com mãe e tudo.



NB: O saber mais nunca ocupa o lugar indevido. Assim se compreende melhor as causas da discriminação entre a raça humana.