sexta-feira, 21 de julho de 2017

Avenida dos Aliados - Porto

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A Avenida dos Aliados é um importante arruamento na freguesia de Santo Ildefonso, na Baixa da cidade do Porto, em Portugal. Com a Praça da Liberdade e a Praça do General Humberto Delgado constitui um tecido urbano contínuo. É a principal avenida e o centro da cidade do Porto. #Porto #Portugal
Foto de Sueli e CIdônio
Av. dos Aliados, 4000 Porto, Portugal

Turistas no Mosteiro de Alcobaça - Alcobaça

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O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, também conhecido como Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça ou mais simplesmente como Mosteiro de Alcobaça, é a primeira obra plenamente gótica erguida em solo português. Wikipédia
Foto de Sueli e Cidônio
2460-018 Alcobaça, Portugal

Monforte estendeu o braço para doar sangue

A Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre – ADBSP – acaba de completar a primeira visita 2017 por todas as terras do distrito onde tem calendarizadas colheitas. Faltava Monforte, pois teve de ser alterada a data estabelecida aquando da feitura do plano anual. Até ao quartel dos Bombeiros de Monforte deslocaram-se 27 pessoas, entre elas 13 do sexo feminino (48,1%).
Uma vez avaliados os presentes, alguns não puderam colaborar. Mas sempre foram 19 as unidades de sangue total recolhidas.
Entre os dadores monfortenses que desta vez não compareceram, contabilizam-se alguns bombeiros que nesta data estavam em serviço noutros pontos do País.
A Câmara Municipal de Monforte apoiou a realização do almoço convívio servido num restaurante local.

Reconhecimento à Enf. Ana Maria
No final da brigada procedeu-se à entrega de um ramo de flores à Enf. Ana Maria Meira. Uma forma de se assinalar com alegria, e em tom de felicitação, a última brigada em que marcou presença como profissional de saúde. Depois de uma longa caminhada de 36 anos na ImunoHemoterapia do Hospital de Portalegre, onde puncionou veias a milhares e milhares de doadores, a Enf. Ana vai deixar de estar ligada a este serviço. Deixamos à Ana Maria uma palavra de reconhecimento pela causa que abraçou com tanta dedicação: a dos dadores de sangue!
Em agosto a ADBSP vai levar a efeito recolhas de sangue em: Fronteira, no Centro de Saúde, dia 05; Alter do Chão, nos Bombeiros, no sábado 12; Alpalhão (Nisa), na sede do Grupo Ciclo Alpalhoense, dia 19.
Decorrem na parte da manhã as nossas brigadas. Levantar cedo e doar sangue dá saúde e... boa disposição! Fica o convite para confirmar esta máxima!


JR

Dia do Município de Ovar dedicado à qualidade de vida


Foto de Câmara Municipal de Ovar.No próximo dia 25 de julho, terça-feira, comemora-se o Dia do Município de Ovar. Do programa comemorativo, destaque para a inauguração do Cais do Puchadouro, já amanhã, dia , 22 de julho, pelas 09 horas, e para a Ligação do sistema de águas residuais Maceda, na estação elevatória da Rua do Rego, pelas 17 horas do dia 25 de julho.

As cerimónias terão início pelas 09h30, na Praça da República, com o hastear das Bandeiras e a Guarda de Honra pelas Corporações dos Bombeiros do Concelho, seguindo-se a Sessão Solene de atribuição de Medalhas de Mérito Municipal pela Câmara Municipal, com homenagem aos Agentes Educativos que se aposentaram no ano letivo de 2016/2017, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

No âmbito da atribuição das Medalhas de Mérito Municipal, serão distiguidos Orlando Sá e Carlos Borges com a Medalha de Mérito Municipal Ouro; com a Medalha de Mérito Municipal Prata serão distinguidos Alberto Pinto, o Hospital de Ovar e Manuel Paciência; as Medalhas de Mérito Municipal Cobre serão atribuídas a António Covas, Carlos Granja, José Fangueiro, Manuel Cleto e Rui Paixão. Serão ainda atribuídas de Medalhas de Mérito Municipal Cobre ao Grupo de Teatro Renascer e ao CNE - Agrupamento 313 - Cortegaça pelos seus 25 anos de existência e serviço à comunidade, bem como aos Colaboradores da Câmara Municipal com 20 anos (cobre) e com mais de 36 anos (ouro).

Polis Da Ria | Inauguração do Cais do Puchadouro

As comemorações do Dia do Município arrancam já amanhã, pelas 09 horas, com a inauguração do Cais do Puchadouro, uma obra no âmbito do Polis da Ria de Aveiro em parceria com a Câmara Municipal de Ovar.

Representando um investimento superior a 200 mil euros, esta intervenção teve por objetivo a criação de condições para a valorização e manutenção das atividades de base tradicional ligadas ao setor das pescas, bem como atividades desportivas e lazer ligados à náutica.

Nesta data será ainda consignada a empreitada de “Reordenamento e Valorização do Cais da Tijosa e Cais do Bico do Torrão”.

Ligação do Sistema de Águas Residuais na Freguesia de Maceda – Estação elevatória da Rua do Rego

A 25 de julho, pelas 17 horas, será efetuada a Ligação do Sistema de Águas Residuais na Freguesia de Maceda, na Estação Elevatória da Rua Rego, pela AdRA – Águas da Região de Aveiro.

A ligação do Sistema de Águas Residuais da Freguesia de Maceda vai proporcionar a mais de 3500 habitantes e empresas o acesso aos serviços básicos de saneamento público. Esta obra representou um investimento de quase dois milhões de euros, contemplando 25,2 km de rede, 1408 ramais e quatro sistemas elevatórios.

Salvador Malheiro, presidente da Câmara Municipal de Ovar, adianta que “celebramos este Dia Do Município dedicando-o a obras que representam mais e melhor qualidade de vida para a população. A Requalificação do Cais do Puchadouro era há muito uma obra ansiada e representa mais um passo para a valorização do canal de Ovar da Ria de Aveiro, a par de outras obras estruturantes e que significam melhor ambiente e melhor qualidade de vida. Sobre a ligação do Sistema da Águas Residuais da Vila de Maceda, esta era uma grande prioridade do atual executivo, porque o saneamento e o abastecimento de água são serviços essenciais para a qualidade de vida dos munícipes, para a preservação do ambiente urbano e para o desenvolvimento económico e social do território. Para além disso, homenageamos quem merece e quem se distingue no nosso Município”.


Praça da República * 3880-141 OVAR 

Excursão anual da ADASCA a Belmonte vai decorrer no dia 26 de Agosto



Caros amigos dadores,

Estão abertas as inscrições para a excursão que a ADASCA vai realizar no dia 26 de Agosto (conforme o cartaz) encontrando-se a ficha e programa disponíveis no site www.adasca.pt
 de onde podem ser impressos.

As inscrições podem ser entregues na Sede da ADASCA no decorrer das colheitas de sangue. Ainda existem vagas...

J. Carlos

Noite de festa e animação na Baixa de Faro

Mais uma Sexta-feira, mais uma noite de festa e animação nas principais ruas comerciais da capital algarvia. E vai ser sempre assim, até 25 de Agosto, com a 2ª edição do Baixa Street Fest, uma iniciativa que tem como objectivo animar a zona comercial de Faro, com as lojas a manterem, à Sexta-feira, as suas portas abertas até à meia-noite.
Pelas ruas há muita música e animação. Para esta Sexta-feira, 21 de Julho, o programa é o seguinte:
21H00 – Trupe Fita Cola nas zonas da Pontinha, Jardim da Alagoa, Rua Rebelo Silva e Rua Manuel Belmarço.
21H00 – Indecisas Produções (espectáculo de artes circenses) nas ruas Ivens, Tenente Valadim e Santo António.
21H15 – Há piratas e piratas  (teatro) na Rua de Santo António.
21H20 – Diogo Duro (palhaço) no Largo 1º de Dezembro.
21H20 – Bilan (música) na Rua Ivens.
22H00 – Indecisas Produções no Largo 1º de Dezembro, Rua Rebelo Silva, Jardim da Alagoa e Pontinha.
22H00 – Trupe Fita Cola no Jardim Manuel Bívar.
22H15 – Há piratas e piratas  na Rua Vasco da Gama.
22H15 – Diogo Duro na Rua Manuel Belmarço.
23H00 – Há piratas e piratas na Rua Dom Francisco Gomes.
23H15 – Diogo Duro na Rua de Santo António.
23H15 – Indecisas Produções no Largo 1º de Dezembro, Rua de Santo António e Rua Vasco da Gama.
23H15 – Trupe Fita Cola na Rua Conselheiro Bívar.
O Baixa Street Fest é promovido pela Câmara de Faro, ACRAL, AIHSA e Associação de Desenvolvimento Comercial da Zona Histórica de Faro.
Fonte: O Algarve

Apoio a associações: Bloco exige saber quais não foram informadas


5 h
Apoio a associações: Bloco exige saber quais não foram informadas
A candidatura do Bloco de Esquerda reuniu com a direção da ADASCA (Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro). A associação denunciou que não foi contactada no processo de atribuição de apoios financeiros no âmbito do programa municipal de apoio ao associativismo. Aquando da votação, a autarquia tinha informado que tinha contactado através de ofício as associações do concelho. Verifica-se agora que tal não corresponde à realidade.
Face a este novo dado, o Bloco de Esquerda exige esclarecimentos por parte da Câmara Municipal de Aveiro. É necessário conhecer quais as associações que não foram notificadas relativamente ao programa de apoios e que por esse motivo foram excluídas do processo.
O Bloco lamenta igualmente a forma como os apoios tem sido entregues em final de mandato num processo que considera eleitoralista e de aproveitamento político.
A candidatura do Bloco pretende um processo constituinte e participado para a criação de mecanismos e regulamentos objetivos de apoio às associações que garantam a transparência e a independência das associações face ao poder político.
O Bloco de Esquerda está ainda preocupado com o facto da autarquia cobrar taxas às iniciativas da ADASCA quando esta deveria estar isenta.
A candidatura do Bloco reconhece o trabalho essencial e solidário que esta associação desenvolve. É assim inadmissível que a associação tenha sido ignorada e esquecida neste processo.
Comentário: foram enviados dois e-mails tendo como destinatários o Sr. presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Eng. Ribau Esteves, e Dr. Miguel Capão Filipe, Vereador da Saúde, sem que até à data tenha surgido uma resposta.
No texto da Acta onde consta a lista das associações que foram contempladas com apoios financeiros, está escrito que "todas as associações foram informadas", o que não corresponde à verdade na medida em que a ADASCA não tida nem achada, o que não deixa de ser estranho.
J. Carlos

Mais uma maravilha algarvia vai a votos

Depois de Paderne já ter conseguido o ambicionado ‘passaporte’, este Domingo, 23 de Julho, é Ferragudo a localidade algarvia que tenta garantir um lugar na final do concurso ‘7 Maravilhas de Portugal’, neste caso, na categoria de ‘Aldeias de Mar’.É no decorrer da gala, transmitida em directo pela RTP, a partir das 21 horas, que tudo vai ser decidido. No entanto, e tal como aconteceu no último Domingo, vai ser possível começar a votar a partir das 11h30, hora em que serão dados a conhecer os números de telefone através dos quais passa a ser possível votar.
Nesta eliminatória, para além de Ferragudo, vão participar Azenhas do Mar (Sintra), Costa Nova (Ílhavo), Fajã dos Cubres (Calheta – Açores), Porto Covo (Sines), Porto Moniz (Madeira) e Zambujeira do Mar (Odemira).
Esta vai ser a terceira gala do concurso. Na primeira, foram a votos as candidatas a ‘Aldeia Ribeirinha’, tendo a votação determinado que à final passariam Dornes e Santa Clara-a-Velha.
Na segunda gala, as escolhidos dos portugueses foram Sistelo e Paderne. De fora, entre as outras cinco, ficou a aldeia algarvia de Cachopo.
Mas, para além de Ferragudo ainda há mais três representantes algarvias que vão passar pelo concurso ao longo das próximas galas.
Na categoria de ‘Aldeias em Áreas Protegidas’, vai estar a Bordeira (concelho de Aljezur) a representar a região. Estoi (Faro) concorre no decorrer da gala dedicada às ‘Aldeias Monumento’ e Alte quer ser considerada a maravilha de Portugala, na classe de ‘Aldeias Autênticas’.
Fonte: O Algarve - Económico

Shepard Fairey: “A arte política nunca foi tão necessária como hoje”

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Ipsilon
 
 
  Vasco Câmara  
 
Lisboa vai ficar com murais de Shepard Fairey na zona da Graça - um deles a meias com Vhils. E esta sexta-feira, na galeria Underdogs, inaugura a exposição Printed Matters - Lisbon.
É uma primeira vez para Lisboa, que recebe a obra do artista gráfico, hoje com 48 anos, que em 2008, com o icónico HOPE, retrato de Obama a vermelho, branco e azul, passou da rua, da tensão entre legalidade e ilegalidade, para outro estatuto. Ele fala desse movimento, e trabalha de forma lúcida argumentos para a sua explicação, em entrevista conduzida por Vítor Belanciano. "Por um lado é estranho olhar para trás e perceber como tanta coisa mudou, como esses tempos em que fugia das autoridades”, recorda, “por outro consigo ligar tudo o que fiz e vislumbrar que nada de essencial mudou: sou hoje mais conhecido, mas ainda faço, de vez em quando, escapadas nocturnas pelas ruas e continuo a achar que essa é a melhor galeria possível. É verdade que já não sou visto como um subversivo, mas continuo a acreditar no pensamento independente e na mentalidade faça-você-mesmo. A única diferença é que agora tenho mais recursos e há mais oportunidades.”
Printed Matters, série que tem apresentado pelo mundo, e que a cada nova exposição vê o seu conteúdo acrescentado, tem por tema a importância que o uso de materiais impressos tem na sua actividade. Ei-lo, Shepard Faireyfotografado por Mário Lopes Pereira:
Lust for Life, de Lana del Rey, foi hoje editado. Mergulharemos nele na próxima semana, mas para já Pedro Rios conclui que Lana "parece descer do pedestal que ajudou a construir e abrir-se ao mundo, como uma pessoa normal. O ruído das discussões de outrora calou-se: podemos apreciá-la pelo seu óbvio talento."
Francisco Noronha desvenda o mistério dos Doppelgangaz, dupla nova-iorquina: "São um daqueles inexplicáveis, mas nem por isso raros, fenómenos transversais a qualquer género musical: como conceber que um grupo de tão aprimorada música, com dez álbuns (alguns exclusivamente de instrumentais) e quatro EP, tudo isto desde 2008, continue, hoje, na sombra, altamente subvalorizado?"
Isabel Lucas entrevista o Pulizer 2016, acabado de editar em Portugal: Viet Thanh NguyenO Simpatizante. Vietnamita, chegou aos EUA em 1975, com quatro anos, refugiado da Guerra do Vietname afastado dos pais e a viver com uma família de americanos “brancos” no interior da Pensilvânia. Haveria de ver Apocalypse Now de Coppola. O seu livro faz-se do desacordo com a versão Hollywood do mundo. É a história de um espião - na base, é um romance de espionagem -, alguém que carrega a ambiguidade de se sentir entre o bem e o mal, o Ocidente e o Oriente. 
"Lembro-me de crescer como um refugiado e tornei-me muito americano, mas ao mesmo tempo sentindo-me vietnamita", diz ao Ípsilon. Cresci com os meus pais, vietnamitas, em casa falava-se vietnamita, a comida era vietnamita, e enquanto me tornava americano, pensava: 'sou estranho!' Não sentia necessariamente uma duplicidade, mas como se a maior parte das pessoas não me entendesse, não importa onde estivesse. Fui buscar esse sentimento e pu-lo no meu espião. Ele é alguém com simpatia pelo comunismo mas seduzido pelo capitalismo; um revolucionário, mas também um reaccionário."
Mário Lopes já está em Barcelos no Milhões de Festa, deixou-nos uma entrevista com os faUST, banda histórica do rock experimental alemão que esta sexta-feira se encontra em palco com os GNOD para um dos concertos mais aguardados do festival: haverá betoneiras envolvidas. A cidade já não estranha os visitantes; este ano, dizem os organizadores, serão 12 mil.
Difícil dizer qual vai ser o acontecimento musical da semana. É que João Bonifácio jura por Jards Macalé. Produziu obras-primas na década de 70 - e é dele a guitarra que se ouve em Transa, de Caetano Veloso - mas era difícil, pouco comercial e o Brasil não quis saber mais dele. Toca hoje em Amarante, dia 25 actua na galeria ZDB, em Lisboa, e por fim, a 27, é a vez da Casa de Música, no Porto.
E agora peça uma obra de arte ao San Francisco Museum of Modern Art e receba-a por e-mail. Nós pedimos o mundo.

Macroscópio – Caciques nos partidos? E será que vamos continuar a encolher os ombros?

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Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!
 
Passaram quase três semanas sobre as eleições para a distrital de Lisboa do PSD mas nem tudo estava ainda contado. Faltava conhecer as manobras de bastidores dos caciques da capital, a forma como arrebanhavam eleitores e votos. É essa história, ou aquilo que dela já se conseguiu descobrir, que hoje o Observador lhe conta em Carrinhas, listas e cacicagem. Todos os detalhes da guerra pelo poder no PSD/Lisboa. Já hoje de manhã o Miguel Pinheiro lhe falou desta grande reportagem no 360º, o Macroscópio retoma o tema para acrescentar elementos de reflexão. Afinal não devemos, não podemos, ficar indiferentes à forma como os grandes partidos do sistema decidem internamente quem são os seus líderes, sabendo nós que depois serão esses mesmos os protagonistas da nossa democracia.
 
Militantes que nunca pagaram quotas e votaram sem saber em quem. Carrinhas a descarregar eleitores à porta do hotel. As tácticas dos caciques. E as manobras das fações rivais na guerra pelo PSD/Lisboa.” – assim se introduz esse trabalho onde se procura contar tudo, apenas um entre vários sendo também importante ver os Vídeos. Como os caciques do PSD/Lisboa angariam votos, pois o Observador “filmou as eleições internas do PSD para mostrar o lado escondido dos partidos: as carrinhas de transporte de militantes, o controlo artificial das votações e a participação dos notáveis”. Foi um trabalho jornalístico original e importante, cujos Bastidores também revelamos num pequeno vídeo sobre como fizemos esta grande investigação aos caciques do PSD/Lisboa.
 
Mas aquilo que lhe contamos é apenas uma amostra de como se conquista e conserva o poder no interior dos dois maiores partidos portugueses. Em Caciques. Uma dentadura por votos e outros esquemas nas lutas internas do PS e do PSD, Vítor Matos, o editor de Política do Observador, parte de um livro que editou há dois anos – Os Predadores - Tudo o que os políticos fazem para conquistar o poder – para recordar algumas das muitas histórias mais escabrosas de PSD e PS, histórias de “Chapeladas, manipulações e outras vigarices que os políticos fazem para conquistar o poder. Na luta pela sobrevivência, são os predadores mais aptos ou os camaleões mais dissimulados que têm vantagem sobre os ingénuos e os bem-intencionados.”
 
É com base nesse conhecimento sobre os bastidores das lutas internas nos partidos que, nesse Especial do Observador, Vítor Matos escreve que em quase todas as disputas partidárias internas no PS e no PSD se regista uma “inversão da lógica da democracia: não são os militantes que escolhem os dirigentes em quem votar. São os dirigentes dos partidos que escolhem os militantes para votar em si próprios, de modo a sustentarem o seu poder. Este mundo funciona assim: o dirigente político seleciona o seu próprio universo eleitoral, cria-o à sua medida, para que este depois o escolha a si como líder. Um rival que se queira bater com um possuidor de um sindicato de votos dominante não pode simplesmente apresentar-se a eleições com um programa e uma equipa credível: tem de constituir um colégio eleitoral paralelo que lhe garanta mais votos do que o universo do adversário. Esta escalada leva a que todos os que quiserem subir dentro de um partido tenham de participar ou pactuar em esquemas destes.”
 

Aliás foi precisamente este tipo de problemas que hoje discutimos na conversa a três a que chamamos BICA. Nela o Vítor Matos, o Miguel Pinheiro e eu próprio procuramos responder à questão de saber se o poder dos caciques está a destruir os partidos?
 
Já Rui Ramos escreve na sua crónica de hoje que, no fundo, aquilo com que estamos confrontados é com A democracia vista por baixo: “Elegemos representantes cujos primeiros compromissos não são com os cidadãos, mas com os caciques dos partidos. Vista de baixo, a democracia não é a participação de todos, mas a organização de alguns”. Invocando a sua experiência como historiador e recordando histórias semelhantes que já vêm do liberalismo do século XIX, histórias que até foram retratadas por José Malhoa num quadro famoso (reproduzido abaixo), Rui Ramos considera no entanto que o caciquismo à portuguesa no pós-25 de Abril não deixa de ter características próprias: “Há cem anos, até no Partido Social Democrata alemão, como demonstrou Robert Michels, vigorava a “lei de ferro da oligarquia” (em qualquer organização, por mais democrática, uma elite especializada acaba sempre por impor-se à maioria). O que é então característico do actual caso português? Talvez o papel do Estado na emergência e no funcionamento da oligarquia partidária. Os partidos agora existentes foram construídos de cima para baixo, sem excepção.”

 
O livro de Robert Michels a que Ramos se refere é Para uma Sociologia dos Partidos Políticos e, felizmente, tem uma edição em português relativamente recente (Antígona, 2001). É nele que Michels (1876-1936), um sociólogo que chegou a colaborar com Max Weber, desenvolve a sua ideia sobre a “lei de bronze da oligarquia” partidária e sindical, notando o editor português que, “se bem que os dados sobre os quais se apoia este estudo tenham a provecta idade de aproximadamente um século o facto é que deles resulta um diagnóstico que mantém a mais impiedosa actualidade.”
 
Mas se isto se passa no interior dos partidos existentes, porque não surgem novas formações políticas? A pergunta tem tanta ou mais razão de ser uma vez que a estabilidade, mesmo a rigidez, do nosso sistema político é caso quase único na Europa. O politólogo Pedro Magalhães chamou-lhe mesmo La excepción portuguesanuma comunicação que apresentou num congresso em Espanha. Eis como sintetiza a sua análise: “Los países del sur de Europa cruzaron profundas crisis económicas en los últimos años. En todos ellos, el sistema político – partidista sufrió transformaciones: alta volatilidad electoral, debilitamiento de los partidos convencionales, emergencia de partidos “anti – establishment”, y aumento de la fragmentación del sistema de partidos. ¿En todos? No: Portugal parece haber pasado por alto esas transformaciones. El número efectivo de partidos parlamentarios en Portugal es inferior hoy de lo que era en el 2009. Más del 95% de los votos en 2015 fueron para partidos que ya existían en 2009 o, estrictamente hablando, en 1999. ¿Qué es lo que explica esta “excepción portuguesa”? Esperamos contar con trabajos que bien, sean desde una perspectiva de la demanda (actitudes y comportamientos políticos de los ciudadanos), sean desde el lado de la oferta (discursos y estrategias partidistas) ayuden a explicar este fenómeno, especialmente desde un punto de vista comparado.”
 
Este tema tem também sido recorrente na coluna que Nuno Garoupa mantém no Diário de Notícias, Terças-Feiras Do Contra. Numa dessas colunas, intitulada PRD porque parte precisamente do único caso de um partido que rompeu a arrumação partidária pré-existente (mas por pouco tempo), analisa precisamente os “enquadramentos institucionais que penalizam o aparecimento de novos partidos”. Exemplos: “uma legislação eleitoral que desfavorece novos movimentos (proibindo-se listas de independentes e complicando juridicamente a formação de um novo partido), o financiamento público (que favorece descaradamente os partidos instalados), o acesso à comunicação social (preponderância de comentadores e analistas dos partidos instalados ou as habituais peripécias pré-eleitorais sobre debates que pretendem apenas pressionar as escolhas tradicionais), presença asfixiante dos incumbentes em todas as instituições do Estado (tipo Comissão Nacional de Eleições).”

Nuno Garoupa, já foi noticiado, poderá estar a discutir com outros académicos a possibilidade de criação de um novo partido, mas isso não deve desmerecer as suas reflexões. Reflexões que, na minha perspectiva, ganham em ser complementadas com a leitura de três livros recentes que, mesmo sem entrarem no pequeno submundo dos caciques, ajudam a pensar o nosso sistema político. Como o tempo é de férias e dois deles até são ensaios curtos, aqui ficam as referências:
  • O sistema político português, de Manuel Braga da Cruz, saído na colecção de ensaios da Fundação Francisco Manuel dos Santos, e que é uma “análise crítica dos sistemas eleitoral, partidário, parlamentar e de governo em Portugal. O autor defende uma reforma do regime.
  • Partidos e sistemas partidários, de Carlos Jalali, também publicado na mesma colecção de ensaios e que partindo da pergunta “Os partidos políticos são todos iguais?”, explica depois “como surgiram e se desenvolveram os partidos políticos em Portugal”.
  • O Sistema Eleitoral Português – Crónica de uma Reforma Adiada, de Nuno Sampaio, assessor políticos do anterior e do actual Presidente da República, uma edição da Aletheia que se debruça sobre a forma como elegemos os nossos deputados, recordando as várias tentativas de reforma do sistema eleitoral que, mesmo quando estudas e debatidas, nunca reuniram consenso político suficiente para avançarem.
 
Bem sei que estes temas podem parecer algo duros para um fim-de-semana de Verão, mas como não podemos apenas encolher os ombros depois de ver os vídeos da investigação do Observador, aqui vamos deixando algumas sementes a ver se um debate mais construtivo algum dia consegue germinar. De resto, tenham bom descanso, aproveitem o bom tempo que se anuncia para os próximos dias. 

 
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Hora de Fecho: Carrinhas, listas e cacicagem na guerra do PSD

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Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
Militantes que nunca pagaram quotas e votaram sem saber em quem. Carrinhas a descarregar eleitores à porta do hotel. As tácticas dos caciques. E as manobras das fações rivais na guerra pelo PSD/Lisboa
O Observador filmou as eleições internas do PSD para mostrar o lado escondido dos partidos: as carrinhas de transporte de militantes, o controlo artificial das votações e a participação dos notáveis.
As práticas não distinguem PSD e PS. São assim há anos. Fichas falsificadas, listas manipuladas, chapeladas eleitorais e compra de votos. Saiba como uma dentadura virou os votos num bairro do Porto.
Como é que os caciques angariam votos? Como funciona a recolha dos militantes em carrinhas? E como é que os notáveis entram no processo? O Observador filmou as eleições do PSD/Lisboa e mostra tudo.
Três jornalistas e três câmaras, 379 mensagens trocadas no WhatsApp em 6 horas, três semanas a cruzar informações e a descodificar vídeos. Os detalhes sobre esta grande investigação do Observador.
Presidente executivo da NOS reage com cautela à compra da Media Capital pela rival. Miguel Almeida diz que é uma operação inédita que levanta questões significativas ao nível da regulação.
As temperaturas vão subir 3 a 4 graus no fim de semana, esperando-se máximas superiores a 30 graus em certas regiões. Para a semana mantém-se céu pouco nublado ou limpo e nebulosidade durante a manhã.
Carlos Sousa Reis, biólogo e investigador, diz que recomendação do Conselho Internacional para a Exploração do Mar de parar a pesca da sardinha durante 15 anos não faz sentido. E que não vai resultar.
Ninguém pode ter Internet em casa, não se pode sair da capital sem um visto e todas as fronteiras estão fechadas. O fotógrafo Christian Lindgren esteve na Eritreia, uma das piores ditaduras do mundo.
O presidente do Futebol Clube do Porto foi admitido no Hospital de São João esta quinta-feira à noite na sequência de uma queda. Apesar de internado nas urgências, não está em estado grave.
O craque do Real Madrid é agora o acionista maioritário da agência portuguesa Thing Pink e entra assim no mundo das aplicações digitais. 
Opinião

Rui Ramos
Elegemos representantes cujos primeiros compromissos não são com os cidadãos, mas com os caciques dos partidos. Vista de baixo, a democracia não é a participação de todos, mas a organização de alguns.

Miguel Tamen
Uma acção generosa a que se chega depois de uma análise ponderada tem qualquer coisa de deliberado que a faz parecer-se com a avareza; e pensar em ter coragem é uma variedade de cobardia. 

José Manuel Fernandes
Esta semana não devia ter acontecido. Tudo foi mau de mais, sobretudo num Parlamento que não se ocupa de saber e conhecer, ouvir e investigar. Bem pelo contrário: ali só importa o que mostram as TV’s

José Ribeiro e Castro
Isabel Moreira tem-se especializado em perseguir e ordenar perseguições a cidadãos e profissionais com base nas suas convicções, opiniões e afirmações, o que era uma das tarefas da Gestapo e da Stasi.

José Milhazes
Presidente russo, Vladimir Putin, prendou-nos com uma “grande novidade”: afinal o czar Ivan não era Terrível e tudo não passou de mais um golpe de propaganda do Vaticano.
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