07 DE JANEIRO DE 2017 - 10:20
O secretário de estado da energia pediu à Autoridade da Concorrência um novo estudo sobre o mercado dos combustíveis. A notícia é do semanário "Expresso", há suspeitas de falhas de mercado.
Há suspeitas de falhas, em particular com a margem bruta das gasolineiras que está a subir de ano para ano. É por isso que na ideia de Jorge Seguro Sanches se justifica revisitar alguns dos aspetos críticos do mercado dos combustíveis, como o processo que leva à formação dos preços.
O secretário de estado da energia enviou uma carta a Autoridade da Concorrência na qual pede um novo estudo que determine com rigor e com independência se se confirma ou não uma mudança significativa na formação dos preços, muito em especial ao nível de um aumento da margem comercial do setor.
Jorge Seguro Sanches lembra que desde o ultimo estudo feito pelo regulador houve alterações relevantes seja: no mercado das matérias-primas, na oferta disponível mas também na estruturas de produtores. O governo analisou os dados e concluiu que a margem bruta do setor petrolífero tem vindo a aumentar, desviando-se bastante daquela que tem sido a media histórica.
Na carta que foi enviada à Autoridade da Concorrência e à qual o "Expresso" teve acesso, o secretario de estado da energia assinala as variações: em 2012 a margem bruta para a gasolina foi de 17 por cento do preço final, no ano passado essa margem disparou os 28 por cento. No caso do gasóleo, em 2012 foi de 18 por cento, no ano passado atingiu os 24 por cento. O aumento da margem de lucro pode ser justificada em parte pelo facto dos preços dos combustíveis nos últimos anos terem baixado.
Esta margem significa a diferença entre o custo da matéria-prima e o preço de venda ao publico já depois de deduzidos os custos fixos das gasolineiras, como o transporte até as bombas e o pagamento dos funcionários nos postos de abastecimento.
Fonte: TSF