sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Macroscópio - O Trump que aí vem. Velhas e novas perspectivas

Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!
 
Donald Trump já é Presidente dos Estados Unidos. Jurou a Constituição colocando a mão sobre duas Bíblias – a sua e a do Presidente Lincoln – e fez um discurso que dissecaremos na próxima segunda-feira. Ou melhor, veremos como foi lido e dissecado um pouco por todo o mundo. Por hoje vamos apenas apresentar uma selecção de alguns artigos e editoriais sobre o que pode vir a ser uma Presidência Trump, mas fazendo-o com uma preocupação: a humildade. Nenhum político enganou tanto os analistas e os cientistas políticos como o novo inquilino da Casa Branca, no sentido de que frustrou uma vez a seguir a outra e a outra todos os seus prognósticos. Para além disso, como estamos a entrar numa espécie de novo mundo cujas regras desconhecemos, os textos que escolhi fogem deliberadamente ao catastrofismo dominante. Alguma variedade de análises talvez ajude mais a pensar que a cacafonia dominante, em especial nos que são chamados a opinar nos órgãos de informação portugueses, com destaque para as televisões.
 
Antes de seguimos para essas análises, apenas lembrar as peças mais importantes que o Observador publicou nos últimos dois dias sobre Donald Trump e o que se espera da sua Presidência:

 
De entre os textos que me pareceram sintetizar melhor o ambiente que se vive em Washington, começo por destacar um comentário do analista conservador George F. Will publicado no Washington Post: Trump is the waterbeetle of American politics, and he’ll keep on flabbergasting. Chamar escaravelho da água ao novo inquilino da Casa Branca não será a forma mais delicada de se lhe dirigir, mas este republicano que sempre criticou Trump considera que “Leaving aside the missing element of grace and the improbability of his ever stopping to think, Donald Trump is the waterbeetle of politics. His feral cunning in manipulating the masses and the media is, like the waterbeetle’s facility, instinctive. The 72 days of transition demonstrated a stylistic seamlessness with his 511 days of campaigning, which indicates that the 1,461 days of his term that begins Friday will be as novel as his campaign was.”
 
Depois de termos ouvido o discurso inaugural ficamos de facto com a sensação de que Trump continuará fiel ao que disse em campanha – ou seja, ao que desesperou Washington DC e lhe deu os votos que lhe permitiram ganhar as eleições. Este ideia de que Washington DC ainda não digeriu bem o que se passou está bem patente na crónica de um correspondente da BBC, Paul Wood, crónica essa escrita para a Spectactor, Will Donald Trump be assassinated, ousted in a coup or just impeached? Em síntese, “Conversations in Washington have taken on a hallucinatory quality. Impeachment — however far-fetched an idea — is not the most outlandish possibility being discussed in this town as the 45th president is sworn into office.
 
Julgo que Rui Ramos capturou bem o tipo de “negacionismo” que percorrer alguns meios nos Estados Unidos na sua crónica de hoje no Observador, Qual o maior perigo: Trump ou os inimigos de Trump? Nela argumenta que parece estarmos a assistir a tal inversão de papéis que os que antes se apresentavam como críticos dos métodos e da linguagem de Trump parecem agora adoptar alguns dos seus métodos: “Se bem se lembram, uma das coisas em desfavor de Trump durante a campanha foi a possibilidade de ele nunca aceitar a vitória de Hillary Clinton. Que mais clara prova podia haver de “fascismo” do que a tentativa de subverter uma eleição? Mas o mundo era assim quando a presidência parecia ganha para Clinton. Porque logo que Trump, contra toda a sabedoria científica e mediática, teve o desplante de vencer, o mundo mudou imediatamente, e passou a ser sinal de probidade democrática resistir à escolha do eleitorado e pôr em causa a autenticidade do processo.”

 
Na verdade Trump venceu, porque venceu nos estados decisivos para ganhar no colégio eleitoral, e nos Estados Unidos, mesmo sabendo-se que são essas as regras e é isso que conta, não têm faltado ataques à sua menos legitimidade por ter tido menos votos do que Hillary no conjunto do país. Há no entanto quem, mesmo continuando a ser muito crítico das propostas políticas do novo Presidente, entenda que é altura de ele mostrar o que vale. É o caso, por exemplo, da The Economist, que no seu principal editorial desta semana, The 45th president, entende que deve “Start with the optimism. Since November’s election the S&P500 index is up by 6%, to reach record highs. Surveys show that business confidence has soared. Both reflect hopes that Mr Trump will cut corporate taxes, leading companies to bring foreign profits back home. A boom in domestic spending should follow which, combined with investment in infrastructure and a programme of deregulation, will lift the economy and boost wages.” Será que nesta frente o plano vai correr como prometido? A revista alerta para os riscos de não ser assim, tal como alerta para o perigo de algumas das ideias do novo Presidente: “The idea running through Mr Trump’s diplomacy is that relations between states follow the art of the deal. Mr Trump acts as if he can get what he wants from sovereign states by picking fights that he is then willing to settle—at a price, naturally. His mistake is to think that countries are like businesses.” Tudo antes de concluir que “As Mr Trump assumes power, the world is on edge. From the Oval Office, presidents can do a modest amount of good. Sadly, they can also do immense harm.”
 
O editorial do Wall Street Journal segue uma orientação semelhante, porventura ainda mais generosa para com o novo Presidente. Em The Audacity of Trump sublinha-se que “The public dislikes his temperament but still believes he can deliver policy success.” Duas passagens significativas de um texto relativamente longo:
  • “So many elites expect him to fail that even small early successes will confound them. So many on the left are predicting the rise of fascism that he can make them look foolish by working well with Congress. So many in the media will portray him as the leader of a gang of billionaires that he can turn the tables with an up-from-poverty and education choice campaign.”
  • “The Never Trump opposition will be fierce, but the public will await the results. President Trump’s success will depend above all on delivering on his promises of prosperity at home and greater respect for America abroad.”
 
Um dos riscos da actual situação é que as “duas Américas” não só não se falam, como já nem sequer parecem querer perceber o que se pensa do outro lado, do lado dos que têm ideias diferentes. É por isso que achei interessante um texto da escritora alemã Thea Dorn publicado no Handelsbatt, More Tolerance, Less Extremism, onde ela apela aos alemães para serem capazes de ouvirem uns aos outros de forma a evitar os extremismos: “So I don’t believe that we have a chance of survival if we succumb to the present tide of uncivilized, boorish, hate-spewing behavior. Do we really want to risk everything our ancestors attained over many centuries by allowing ourselves to be incited to tear each other apart by two dogmatic, hostile camps?”
 
Nos Estados Unidos (e não só) isso parece cada vez mais difícil, pelo que não posso deixar de vos chamar a atenção para o testemunho, no Wall Street Journal, de Mitchell Lee Marks, professor numa universidade californiana, gay, e que só agora teve coragem para afirmar que apoiou Donald Trump. Em Coming Out—This Time for Trump ele escreve que, “Worse than Mr. Trump’s inconsistencies, however, are those of his detractors. They cite his lack of inclusiveness yet discount that tens of millions of Americans voted for him, and he won 30 states. I am as afraid about acknowledging that I voted for Mr. Trump today as I was about being gay yesterday. There seems to be as little understanding of my political views as there was about my sexual orientation.”
 
Mas regressemos aos analistas, dando agora abertamente a palavra a comentadores moderados que estão muito pessimistas. É o caso de Jorge Almeida Fernandes, no Público, que em A presidência perigosa escreve que “É muito cedo para discutir cenários de catástrofe. Trump deve ser levado a sério mas ainda não sabemos o que ele vai exactamente fazer. Pode ser travado por um fiasco na economia ou pelo pesado muro das realidades geopolíticas. Os Estados não são negócios.”
 
Ou do publisher e editor do semanário alemão Die Zeit, Josef Joffe, que numa coluna no Guardian, Trump has bared his fangs to Merkel. He will do untold damage to Europe, retoma a ideia de que estamos como que a recuar no tempo, regressando a tempos muito perigosos e semelhantes a alguns vividos no século XX: “Does this sound like a remake of the 1920s and 1930s? It does – 100 years later. The first world war ended Globalisation 1.0, circa 1850 to 1914, Trump promises to bring down Globalisation 2.0, born in the 1970s. How could he possibly pull it off, given that economic and financial integration from Berlin to Beijing has increased a hundredfold since then? Autarky and protectionism make no economic sense, but guess what? Trump, for all his inchoate tweets, has already succeeded in shifting the terms of the debate. He has validated Brexitism and populism that unite left and right in common resentment.”
 
Finalmente, numa coluna no Observador, o historiador Timothy Garton Ash faz, em Bem-vindos ao admirável mundo novo do nacionalismo, previsões alarmantes depois de analisar o que se passa em várias regiões do mundo, como o mar do sul da China – “Uma parte disto é simplesmente a tradicional dança entre as grandes potências mundiais competindo por influência entre elas próprias e terceiros. Porém, o risco de um confronto naval ou aéreo algures nos mares do sul ou do leste da China não é de todo negligenciável.” –, para concluir sombriamente: “Não, não estou a antecipar a Terceira Guerra Mundial. Mas uma versão no século XXI de uma crise dos mísseis de Cuba? É perfeitamente possível. Por isso, não alimentemos ilusões. (…) Não se deixem enganar. Estamos às portas de uma viagem muito perigosa, que se prolongará pelos próximos anos, e temos que nos preparar para ela.”
 

Entretanto, recordo, Trump falou e, no momento em que escrevo, Washington DC prepara-se para as celebrações que sempre marcam um dia de tomada de posse. Como será que o recordaremos daqui por uns anos? Só o saberemos bem lá mais para diante, mas prometo regressar na segunda-feira com mais ecos deste dia tão marcante. Bom fim de semana. E agasalhem-se, que parece que o frio vai continuar por cá.

 
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PJ deteve homem por corrupção na Segurança Social

A PJ deteve um homem por corrupção na segurança social, numa investigação relacionada com a emissão de pareceres nos processos de licenciamento de lares da terceira idade, anunciou hoje aquela polícia.

Em comunicado, a Polícia Judiciária adianta que o homem, de 46 anos e arquiteto, é técnico superior no Instituto da Segurança Social e foi detido por corrupção passiva para ato ilícito.
Durante a operação foram realizadas três buscas, entre as quais uma domiciliária, e apreendido diverso material relacionado com a prática da atividade criminosa em investigação, designadamente a emissão de pareceres nos processos de licenciamento de lares da terceira idade, indica a PJ.
Segundo a PJ, a investigação contou com a colaboração do Instituto da Segurança Social.

O inquérito foi dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa e contou com a colaboração da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ.

Fonte: noticiasaominuto

Carteira eletrónica: Um novo serviço para os utentes do SNS

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Para facilitar a vida dos utentes e dos profissionais de saúde, este serviço vai permitir receber avisos tendo em conta os dados clínicos.
Os utentes do Serviço Nacional de Saúde têm a partir desta sexta-feira um novo serviço, disponível através de uma aplicação para telemóvel.
Chama-se carteira eletrónica e permite receber avisos, como por exemplo, aceder no telemóvel às guias de tratamento que acompanham as receitas médicas. Os utentes podem ainda receber conselhos, de acordo com o lugar onde se encontram, a hora do dia e o estado do tempo.
A nova aplicação é desenvolvida pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde. O presidente destes Serviços, Henrique Martins, garante que a aplicação cumpre os requisitos da Comissão nacional de proteção de dados, uma vez que cada utente pode ligar e desligar o acesso aos dados.
A segurança dos dados vai ser reforçada com um bloqueio, através de uma palavra passe. A carteira eletrónica pode ter também informações sobre vacinas e alergias. Permite ainda o acesso imediato ao processo clínico.
E ainda este ano, os exames de diagnóstico vão poder ser prescritos sem recurso ao papel. Os utentes também vão poder receber os resultados no telemóvel. Henrique Martins adianta que as plataformas digitais também vão ajudar a criar um centro nacional de teleconsultas.
TSF

Hora de Fecho: Em direto/ Eis o juramento. Trump torna-se o 45º presidente

Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
Trump já está no Capitólio. O juramento vai começar perante milhares. Nas ruas em Washington há confrontos entre a polícia e manifestantes anti-Trump.
Assista em direto, através deste vídeo, ao juramento e ao discurso de tomada de posse de Donald Trump.
Os norte-americanos preparam-se para receber o novo Presidente esta sexta-feira. Há uma multidão no Monumento a Washington para assistir ao adeus de Obama e ao olá de Trump. Tudo em imagens.
O vilão Darth Vader a mandar nos Estados Unidos ou a nova temporada de American Horror Story protagonizado por Trump. Os internautas têm algo a dizer sobre a tomada de posse nos EUA. Está tudo aqui.
O alfabeto de Donald Trump faz-se de muitas polémicas, algumas promessas, poucas concessões e nenhumas hesitações. Agora que ele está prestes a tomar posse, conheça-o de A a Z.
O Observador publica um capítulo da biografia "Trump Revelado" que explica os passos decisivos nos negócios em Manhattan e a transformação do novo presidente dos EUA numa estrela pop financeira.
Conheça, neste especial interativo, todos os elementos da equipa presidencial de Donald Trump, desde a administração aos colaboradores da Casa Branca. Polémicas não lhes faltam.
As duas crianças que foram resgatadas dos escombros do hotel soterrado por uma avalanche são filhas do sobrevivente que deu o alerta. A mulher também foi salva.
Shahak considera "muito desrespeitosa" a forma como alguns turistas se comportam nos memoriais ao Holocausto. Por isso decidiu satirizar as fotos que tiram para as redes sociais. Nasceu "YOLOCAUST".
Ligações do presidente ao Banco Central Europeu a um grupo que reúne outros banqueiros centrais, mas também privados, foram alvo de nova queixa. Provedor europeu abriu inquérito. 
Opinião

Maria João Avillez
Peneda lembra o Torres do Benfica, de quem se dizia que era “o Torres, sempre ele”. Hoje é “o Peneda, sempre ele” mas ao contrário: sem cabeça e a meter golos na própria baliza. Um diabo, embora pobre

Rui Ramos
Trump é considerado um perigo para a democracia. Mas os anti-trumpistas não parecem menos perigosos. Entre a mentira e o assédio, os anti-trumpistas vão fazendo o que dizem que Trump fez ou vai fazer.

Miguel Tamen
Para eu poder conhecer um segredo de alguém tenho de ser capaz de formular as premissas de um raciocínio de que não conheço a conclusão; ou os termos de um problema para que não conheço a solução.

José Crespo de Carvalho
Renove o seu stock pois há uma nova linguagem e um novo ecossistema linguístico à sua espera. Veja 10 exemplos. Entre muitíssimos mais que estão disponíveis.

P. Miguel Almeida, sj
A vida é complexa. Recusando uma visão exclusivamente triunfalista do martírio ou miserabilista da fé, Silêncio convida-nos a acolher a vida na sua complexidade, sem juízos superficiais ou simplistas.
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Vive num destes 10 concelhos? Vai ficar sem eletricidade este fim-de-semana

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A EDP anuncia que freguesias de 10 concelhos do país vão sofrer interrupções de energia devido a trabalhos nas redes de distribuição, em alguns casos, por períodos até sete horas.
De acordo com o anúncio divulgado hoje pela empresa, os trabalhos dizem respeito à remodelação e conservação das redes de distribuição”, por isso é “necessário proceder à interrupção da alimentação da energia elétrica, no próximo domingo, dia 22″.
Em declarações à Lusa, a EDP explicou que ” são consideradas interrupções por razões de serviço as que decorram da necessidade imperiosa de realizar manobras, trabalhos de ligação, reparação ou conservação da rede sempre que estiverem esgotadas todas as possibilidades de alimentação alternativa a partir de instalações existentes”.
Assim, Coimbra, Figueira da Foz, Santo Tirso, Trofa, Azambuja, Cartaxo, Ferreira do Zêzere, Tomar, Lisboa e Albufeira são os concelhos afetados.
A interrupção maior verificar-se-á em três freguesias do concelho de Tomar, num período que se poderá estender até sete horas, entre as 06h00 e as 13h00.
Nas freguesias do concelho da Figueira da Foz e de duas do concelho da Azambuja o corte será inferior, seis horas.
Já no concelho da Trofa, a interrupção decorrerá apenas por 30 minutos, enquanto no concelho de Lisboa as zonas afetadas vão sofrer um corte de energia entre as 08h00 e as 08h30 e depois entre as 14h00 e as 14h30.
económico

"Demissão? A minha resposta está dada pelo presidente"

Técnico leonino afirma que continuidade no comando técnico do Sporting não está colocada em causa.
© Global Imagens
Jorge Jesus recusou a ideia de que uma derrota do Sporting na Madeira, frente ao Marítimo, poderá provocar um pedido de demissão. O treinador leonino sublinhou ainda que Bruno de Carvalho, presidente dos leões, já tinha abordado o assunto.
"A minha resposta está dada pelo presidente, você de certeza que leu as declarações. E eu tenho talvez mais anos de treinador do que você de idade e digo-lhe: nunca quebrei nenhum projeto nem vou quebrar", começou por dizer o técnico dos leões, esta sexta-feira, em conferência de imprensa.
Jesus recusou também a ideia de que estaria a ser pressionado para deixar o comando técnico do Sporting, enaltecendo que é um treinador de "continuidade" e de "projetos".
"Não percebo bem essa pergunta. Os resultados não são os melhores, o resto é um juízo de valor que você esta a ter e portanto em relação ao projeto do Sporting ele foi clarificado pelo presidente hoje. Independentemente da época ser melhor ou pior é para ter continuidade. Eu sou um treinador de projetos. Ainda há muita coisa para ganhar, mas tem que ser uma coisa de cada vez. O Sporting não está em segundo, se tivesse olhava para o primeiro", finalizou.

Fonte:noticiasaominuto

TELECOMUNICAÇÕES: Anacom garante “mão pesada” na fiscalização ao sector postal

A presidente da Anacom revelou que o número de queixas relativas à falta de dinheiro em caixa nos balcões dos CTT para o pagamento de reformas tem aumentado.
Anacom garante “mão pesada” na fiscalização ao sector postal
O número de reclamações relativas ao levantamento dos vales de reformas tem aumentado nos últimos anos. Em causa está a falta de dinheiro em caixa nos balcões dos CTT, o que tem obrigado cada vez mais idosos a procurar outras estações para conseguir levantar a reforma.


A situação foi denunciada na semana pesada pelos sindicatos do sector no Parlamento, na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas. E confirmada pela presidente da Anacom, Fátima Barros, esta sexta-feira, 20 de Janeiro.


"Temos tido reclamações, de facto", disse Fátima Barros, durante a audição sobre os problemas no sector postal no Parlamento.


A presidente do regulador do sector de comunicações revelou ainda que de Janeiro até Setembro de Janeiro receberam 205 queixas sobre a dificuldade do levantamento de vales de reformas, um número que compara com as 88 reclamações recebidas em 2015 e com as 75 em 2014.


Tendo em conta o aumento, a Anacom questionou os CTT sobre esta situação, contou Fátima Barros, acrescentando que a empresa referiu que se tratava de "situações pontuais".


Fátima Barros referiu que apesar desta matéria não ser da competência da Anacom, uma vez que não está no âmbito do serviço universal, o regulador tem contactado várias Juntas de Freguesia para perceber melhor a situação.


"Esperámos que as nossas acções de fiscalização possam resolver estas questões", disse Fátima Barros.


Na semana passada Vitor Narciso, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), revelou no Parlamento que "veem-se cada vez mais idosos a procurar as estações [dos CTT] mais próximas para conseguirem receberem o seu vale de reforma porque falta dinheiro", pouco tempo depois de os balcões abrirem a caixa, explicou, citado pela Lusa.


Durante a audição no Parlamento, Fátima Barros referiu ainda que também têm tido queixas relacionados com a demora da entrega do correio.


A presidente da Anacom relembrou que os critérios de qualidade do serviço postal vão ser redefinidos para o próximo triénio tendo em conta as actuais queixas e um estudo que o regulador está a elaborar para identificar as necessidades dos utilizadores.


Os actuais critérios pelos quais os CTT se guiam, definidos em 2014 "abrem desvios que não são aceitáveis, disse. E sublinhou que o "resultado da nossa fiscalização vai ser uma mão pesada sobre o operador [CTT]".

Imagem:Bruno Colaço/CM

Fonte:jornaldenegocios
Sara Ribeiro 20 de Janeiro de 2017 às 14:06

Laboratório militar pode ser uma das soluções para o Estado fornecer plasma

Ministério da Saúde assinou protocolo com Ministério da Defesa.
Adalberto Campos Fernandes no Parlamento
Adalberto Campos Fernandes no Parlamento LUSA/MANUEL DE ALMEIDA
Depois de vários anos de monopólio nas mãos da farmacêutica Octapharma, o Governo está finalmente a dar alguns passos para que o Estado recupere o controlo no fraccionamento do plasma. O ministro da Saúde anunciou nesta quinta-feira, no Parlamento, que assinou um protocolo com o Ministério da Defesa com o objectivo de reactivarem o laboratório militar para trabalhar este componente do sangue.

“Vamos internalizar [o fraccionamento do plasma] e dar ao Estado poderes reforçados”, explicou Adalberto Campos Fernandes aos deputados. “Entendemos que havia na área do plasma e da reserva estratégica nacional dos medicamentos oportunidades”, explicou depois aos jornalistas, justificando que a medida tem como objectivo que o Estado tenha “uma regulação mais activa nesta área”, ganhando ao mesmo tempo capacidade para fornecer os hospitais com estes produtos.

Em Dezembro, um despacho da tutela já avançava que os hospitais públicos iriam ser obrigados a recorrer em primeiro lugar ao Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) para se abastecerem de plasma e outros derivados do sangue. De acordo com o despacho, a partir de Abril deste ano, os hospitais públicos deixam de poder comprar estes produtos directamente a empresas privadas.

O mesmo documento deu um prazo de 30 dias ao IPST para apresentar um plano operacional para a utilização do plasma que é recolhido em Portugal. A ideia é que este plasma abasteça os hospitais do SNS. Será o IPST a determinar o que pode ser contratado a empresas privadas.

O despacho determina ainda que durante este período de transição qualquer novo concurso para adquirir plasma depende de parecer prévio vinculativo do IPST, em articulação com os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

Segundo os dados da Autoridade Nacional do Medicamento, entre 2009 e 2014, a Octapharma deteve o monopólio do fornecimento de sangue e plasma nos hospitais portugueses. A empresa facturou 200 milhões de euros durante os anos em causa. No último ano as vendas caíram, mas mesmo assim ainda representam quase metade do mercado nacional.

O negócio do plasma ficou sob os holofotes depois de Paulo Lalanda e Castro, ex-administrador da Octapharma, ter sido detido em Dezembro por alegada corrupção no âmbito da Operação O negativo. A investigação do Ministério Público por suspeitas de favorecimento da multinacional já tinha levado, dias antes, à detenção do ex-presidente do INEM e da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Cunha Ribeiro, que ficou em prisão preventiva. Cunha Ribeiro presidiu ao júri do concurso que deu o monopólio do fornecimento do plasma à Octapharma (lançado em 2000 e adjudicado no ano seguinte).

Fonte: Público




Mico da Câmara Pereira assinala 30 anos de carreira no Teatro-Cine de Torres Vedras

Mico da Câmara Pereira atua no próximo dia 27 de janeiro, pelas 21h30, no Teatro-Cine de Torres Vedras, onde apresentará o espetáculo “A tua voz é saudade”.

Este espetáculo representa não só o regresso deste artista ao fado, como a celebração de uma carreira que já conta com 30 anos. Num concerto intimista, Mico da Câmara Pereira dará a conhecer os temas do seu mais recente trabalho.

O preço dos bilhetes para o espetáculo “A tua voz é saudade” no Teatro-Cine de Torres Vedras é de 8 e 10 euros.

Câmara Municipal de Torres Vedras



ACR Basquetebol - Seniores: ACR - FC Gaia



ACR Basquetebol - Seniores: ACR - FC Gaia

NB: enviem-nos os cartazes com os vossos eventos acompanhados de pequenos textos de apresentação em Word para os podermos divulgar.

J. Carlos

Antigo treinador do FC Porto e da seleção brasileira morre aos 77 anos

O antigo técnico do FC Porto, Carlos Alberto Silva, morreu esta sexta-feira aos 77 anos, segundo informação da Rádio BandNews.
O treinador brasileiro esteve durante duas épocas ao serviço dos dragões, onde conquistou dois campeonatos e uma Supertaça.
Carlos Alberto Silva já tinha terminado a carreira e dedicava-se agora à sua empresa de turismo.
Carlos Alberto Silva já tinha terminado a carreira e dedicava-se agora à sua empresa de turismo.
Para trás ficam mais de 25 anos de carreira, onde além do FC Porto, foi também timoneiro da seleção brasileira, São Paulo, Palmeiras, Cruzeiro ou Atlético Mineiro.

Fonte: TSF

Avalanche em Itália: Seis pessoas encontradas com vida

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O departamento dos bombeiros confirmou que há seis vivos, mas que ainda têm de ser retirados do local.
As equipas de socorro encontraram seis pessoas vivas entre os escombros do hotel soterrado por uma avalanche na localidade de Farindola, no centro de Itália, noticiam as agências internacionais.
Além do pessoal de serviço à unidade hoteleira, estavam registados 22 hóspedes no Rigopiano, todos, até aqui, dados como desaparecidos.
A avalanche aconteceu devido aos quatro sismos registados na quarta-feira em Itália, todos com magnitude superior a 5 na escala de Richter.
As equipas de socorro conseguiram chegar à zona de Farindola graças ao uso de fortes turbinas que iam soprando a camada de neve da estrada de acesso ao hotel, que chegava a ter três metros de altura.
Lusa
Foto: Correio24horas

Colheita de Sangue dia 25 de Janeiro entre as 15 horas e as 19:30 horas no Posto Fixo da ADASCA em Aveiro


Colheitas de sangue a realizar em Janeiro e Fevereiro 2017 no Posto Fixo da ADASCA em Aveiro


As datas e horários constante no cartaz estão correctas, conseguiu-se que às 4ªs. Feiras mais meia hora, ou seja: as sessões vinham decorrendo entre as 15 horas e as 19 horas a partir do dia 30 Agosto de 2016, sendo que, vão passar a decorrer entre as 15 horas e as 19:30 horas, tornando-se necessário uma ajustamento de horário por motivos de funcionamento do espaço onde a ADASCA tem a sua Sede e Posto Fixo.

Como é do conhecimento público o Posto Fixo da ADASCA, está localizado no Mercado Municipal de Santiago, 1º. Piso. Mais informações no site www.adasca.pt

O Mapa das sessões de colheitas de sangue para todo o ano de 2017 está disponível no site indicado acima, podendo ser copiado.

Aconselhamos os dadores a regularizarem a situação para efeitos de isenção das taxas moderadoras nos Centros de Saúde e nos Hospitais públicos, onde foi reposta a partir do dia 30 de Março de 2016.


J. Carlos