A Comissão Nacional do Partido Socialista aprovou hoje, no Porto, nove moções, entre as quais a da "Eutanásia", "Regulamentar a prostituição" e "Legalização e regulação do mercado das drogas leves em Portugal".
A moção 'Eutanásia -- um debate sobre a vida' foi aprovada com três votos contra e cinco abstenções num total de 202 membros que votaram na reunião da Comissão Nacional do Partido Socialista (PS), informou fonte oficial do partido.
As moções 'Regulamentar a prostituição -- uma questão de dignidade' e 'Legalização e regulação do mercado das drogas leves em Portugal' também foram aprovadas, embora nesta última tenha sido retirada o ponto que referia que o "Partido Socialista deverá promover a apresentação de iniciativas que visem, nomeadamente, a legalização do consumo e produção da canábis em Portugal".
'Fazer a diferença nas comunidades', 'Dar força à economia social', 'Autarquias locais: proposta de criação de lei-quadro e correção dos erros da agregação de freguesias', 'Reestruturar as secções e concelhias', 'Limitar proporcionalmente os salários -- uma questão de igualdade' e 'Em defesa dos jovens do interior de Portugal' foram as outras seis moções aprovadas.
A Comissão Nacional do PS é composta por 251 membros, mas hoje apenas votaram 202 elementos, acrescentou a mesma fonte do partido.
A primeira subscritora da moção 'Eutanásia -- um debate sobre a vida', Maria Antónia Almeida Santos, declarou hoje aos jornalistas, antes da votação, que a eutanásia não é uma "cultura da morte", mas uma "valorização" da autonomia da pessoa.
"Não há nenhuma cultura de morte, muito pelo contrário, é uma questão de valorizar mais a autonomia da pessoa, a autonomia dos valores que defendemos e, principalmente, perceber a quem é que se dirige esta questão da morte assistida ou da legalização da eutanásia", disse Maria Antónia Almeida Santos, que é também uma das autoras da moção.
Inicialmente estava prevista a apresentação de dez moções na reunião de hoje, mas acabaram por ser votadas nove porque uma delas - 'Novas propostas para a Justiça' -, não chegou a ser apresentada.
Fonte: Lusa
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