domingo, 30 de julho de 2017

ESTUDOS E PESQUISAS Pesquisadora desenvolve treinamento cerebral que pode aliviar o sofrimento de uma desilusão amorosa

Quem nunca sofreu com uma desilusão amorosa ou mesmo uma traição de um amigo na vida? Sofrer com uma decepção é algo natural do ser humano e podemos observar isso tranquilamente em nosso dia-a-dia, mas também sabemos que esse sentimento de coração partido nos deixa tão para baixo que pode nos levar a uma depressão.
Porém, uma pesquisa mostrou que podemos treinar o nosso cérebro para melhorar nosso comportamento perante a uma desilusão e ainda diminuir a ansiedade e fortalecer o nosso autocontrole emocional apenas utilizando atividades simples no computador.
Fonte:diariodebiologia

ESTUDOS E PESQUISAS Eles só queriam inventar um indutor de pressão, mas acabaram fazendo um sensacional aparelho que amplia o prazer nas mulheres


Pesquisadores da Universidade de Maastricht, na Holanda, esperavam criar um dispositivo que melhoraria o desconforto, que algumas mulheres sentem, durante o ato sexual. A ideia inicial era fazer um indutor da pressão vaginal para analisar a relação entre a dor e a excitação. Mas… não foi bem isso que aconteceu!

O aparelho na verdade aumentou consideravelmente o prazer sexual quando inserido para as devidas medidas. Enquanto assistiam uma variedade de filmes, as 42 mulheres convidadas para o experimentocolocavam o objeto na vagina e o inflavam com água morna para criar a pressão necessária para o estudo.

O que elas relataram é que pressão vaginal, causada pelo aparelho, juntamente com os filmes erótic0s produziam uma sensação de prazer muito além do que elas estavam habituadas. Os pesquisadores disseram que a pressão vaginal aumentou a excitação sexual subjetiva durante os filmes. Isso implica que essa pressão pode potencializar o org@smo.

O estudo, que foi publicado no Journal of Sex and Marital Therapy, revela que pelo menos 30% das mulheres relatam dores durante a relação sexual. A origem pode ser tanto física quanto psicológica e este tipo de estudo, tem sido feito como maneiras de entender tal desconforto e, quem sabe, fazer com que cada vez um número menor de passem por isso.

Fonte: IFLSCIENCE / MEGACURIOS

BRASIL | Documentos revelam que Meirelles embolsou R$ 217 milhões através de lobby


Documentos registrados na Junta Comercial de São Paulo revelam que o ministro da Fazenda Henrique Meirelles recebeu, antes de assumir o atual cargo, R$ 167 milhões referentes a 'consultoria'. Quatro meses após sua posse, recebeu outros R$ 50 milhões. Uma das contratantes é a JBS de Joesley Batista

Rede Brasil Atual | em Pragmatismo Político

De acordo com informações obtidas pelo site BuzzFeed, com base em documentos públicos registrados na Junta Comercial de São Paulo, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles recebeu, antes de assumir o atual cargo, R$ 167 milhões referentes a pagamentos de consultoria a grandes empresas. Quatro meses após sua posse, recebeu outros R$ 50 milhões.

Os pagamentos foram realizados por meio de contas no exterior e, entre as empresas contratantes, estava a J&F, conglomerado de Joesley Batista. De acordo com nota do ministro, as movimentações foram feitas no exterior por se tratarem de “serviços prestados a empresas globais. Foi conveniência destas empresas globais pagar fora do país“.

Documentos atestam que a empresa de Meirelles oficializou em fevereiro a distribuição de lucros referentes ao ano de 2015. No total, foram R$ 215 milhões, e o atual ministro retirou um montante de R$ 167.955.500. Sobre o fato de ter decidido receber lucros de 2015 em fevereiro de 2016, Meirelles disse ter recebido sobre serviços prestados anteriormente. “É frequente a distribuição de dividendos neste período por empresas. Em 2015, foi registrado o recebimento de rendimentos de serviços prestados ao longo de quatro anos para várias empresas, em projetos de duração variável completados em 2015.”

Pouco antes de assumir a pasta da Fazenda, Meirelles renunciou à presidência de sua empresa de consultoria, mas continuou sócio. Em setembro de 2016, fez nova distribuição de lucros, correspondentes aos primeiros quatro meses de 2016. Dessa vez, o total foi de R$ 50 milhões, recebidos pelo ministro por meio da transferência de cotas de sua empresa em um fundo de investimentos administrado pelo Bradesco.

Em outubro de 2016, quatro meses após sua posse como ministro da Fazenda, Meirelles deixou de forma oficial de ter uma empresa de consultoria, que passou a administrar bens, tratar de aluguel e compra de imóveis, além de realizar investimentos.


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Brasil | LULA E O FATOR DEMOCRÁTICO

Não apenas a esquerda, mas a maioria da sociedade começa a se voltar para Lula como única possibilidade de saída democrática.

Val Carvalho | Rio de Janeiro | opinião
Nova pesquisa mostra que Lula vence a eleição até mesmo condenado. De onde vem essa sua força? A força de Lula se alimenta de várias fontes. De sua resistência de sertanejo. De sua luta sindical. De sua trajetória política. Da memória de seu bom governo para os pobres e para a soberania nacional. É uma força inesgotável, que resiste ao maior bombardeio da história da mídia, tão arrasador que nenhum político aguentaria sequer um dia, quanto mais três anos seguidos, 24 horas por dia e por todos os meios de comunicação da grande mídia.

Mas a força de Lula vem aparecendo regularmente nas pesquisas, desnorteando os golpistas, porque com a economia indo a pique e os valores democráticos derretendo a olhos vistos, não apenas a esquerda mas a maioria da sociedade começa a se voltar para Lula como única possibilidade de saída democrática.


Lula já provou no governo que consegue articular interesses de classes em conflito num mesmo acordo nacional pelo desenvolvimento econômico. Mas para isso é necessário a volta da democracia; da vontade popular nas urnas, de eleições diretas livres e sem veto. O momento é de priorizar a derrota do estado de exceção e a volta da democracia.

Déficit público

Isso não desobriga o PT, as centrais sindicais combativas e os demais partidos e entidades de esquerda de organizarem os trabalhadores de forma independente.

O golpe se mostra competente em esmagar o povo, mas é totalmente impotente para retomar o crescimento e muito menos para apresentar uma perspectiva para o país. A criação de impostos é a confissão mais cabal de seu fracasso. Não foi para isso que se deu o golpe.

E não é culpa exclusive de Meirelles, mas da política econômica neoliberal e rentista, que penaliza investimentos públicos; contrai o mercado interno e derruba a receita, elevando ainda mais o déficit público. A compra bilionária de apoio de Temer no Congresso apenas reforça essa tendência de levar o país ao buraco mais profundo da recessão e falência geral dos órgãos da governança nacional.


*Val Carvalho é articulista do Correio do Brasil.

BOAVENTURA: EM DEFESA DA VENEZUELA


Chavismo cometeu graves erros e precisa revê-los. Uma saída negociada seria possível. Mas o país está conflagrado pela ação dos EUA – como no Iraque, na Líbia e no Brasil…

Boaventura de Sousa Santos | Outras Palavras | Imagem: Bastardilla

A Venezuela vive um dos momentos mais críticos da sua história. Acompanho crítica e solidariamente a revolução bolivariana desde o início. As conquistas sociais das últimas duas décadas são indiscutíveis. Para o provar basta consultar o relatório da ONU de 2016 sobre a evolução do índice de desenvolvimento humano. Diz o relatório: “O índice de desenvolvimento humano (IDH) da Venezuela em 2015 foi de 0,767 – o que colocou o país na categoria de elevado desenvolvimento humano –posicionando-o em 71º de entre 188 países e territórios. Tal classificação é partilhada com a Turquia. De 1990 a 2015, o IDH da Venezuela aumentou de 0,634 para 0,767, um aumento de 20,9%. Entre 1990 e 2015, a esperança de vida ao nascer subiu 4,6 anos, o período médio de escolaridade aumentou 4,8 anos e os anos de escolaridade média geral aumentaram 3,8 anos. O rendimento nacional bruto (RNB) per capita aumentou cerca de 5,4% entre 1990 e 2015. De notar, que estes progressos foram obtidos em democracia, apenas momentaneamente interrompida pela tentativa de golpe de Estado em 2002 protagonizada pela oposição com o apoio ativo dos EUA.

A morte prematura de Hugo Chavez em 2013 e a queda do preço do petróleo em 2014 causou um abalo profundo nos processos de transformação social então em curso. A liderança carismática de Chavez não tinha sucessor, a vitória de Nicolas Maduro nas eleições que se seguiram foi por escassa margem, o novo presidente não estava preparado para tão complexas tarefas de governo e a oposição (internamente muito dividida) sentiu que o seu momento tinha chegado, no que foi, mais uma vez, apoiada pelos EUA, sobretudo quando em 2015 e de novo em 2017 o Presidente Obama considerou a Venezuela como uma “ameaça à segurança nacional dos EUA”, uma declaração que muita gente considerou exagerada, se não mesmo ridícula, mas que, como explico adiante, tinha toda a lógica (do ponto de vista dos EUA, claro).

A situação foi-se deteriorando até que, em dezembro de 2015, a oposição conquistou a maioria na Assembleia Nacional. O Tribunal Supremo suspendeu quatro deputados por alegada fraude eleitoral, a Assembleia Nacional desobedeceu, e a partir daí a confrontação institucional agravou-se e foi progressivamente se alastrando para a rua, alimentada também pela grave crise econômica e de abastecimentos, que então explodiu. Mais de cem mortos, uma situação caótica. Entretanto, o presidente Maduro tomou a iniciativa de convocar uma Assembleia Constituinte (AC) para o dia 30 de Julho e os EUA ameaçam com mais sanções se as eleições ocorrerem. É sabido que esta iniciativa visa ultrapassar a obstrução da Assembleia Nacional dominada pela oposição.

Em 26 de Maio passado assinei um manifesto elaborado por intelectuais e políticos venezuelanos de várias tendências políticas, apelando aos partidos e grupos sociais em confronto para parar a violência nas ruas e iniciar um debate que permitisse uma saída não violenta, democrática e sem ingerência dos EUA. Decidi então não voltar a pronunciar-me sobre a crise venezuelana. Por que o faço hoje? Porque estou chocado com a parcialidade da comunicação social europeia, incluindo a portuguesa, sobre a crise da Venezuela – um enviesamento que recorre a todos os meios para demonizar um governo legitimamente eleito, atiçar o incêndio social e político e legitimar uma intervenção estrangeira de consequências incalculáveis. A imprensa espanhola vai ao ponto de embarcar na pós-verdade, difundindo notícias falsas a respeito da posição do governo português. Pronuncio-me animado pelo bom senso e equilíbrio que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, tem revelado sobre este tema. A história recente diz-nos que as sanções econômicas afetam mais os cidadãos inocentes que os governos. Basta recordar as mais de 500 mil crianças que, segundo o relatório da ONU de 1995, morreram no Iraque em resultado das sanções impostas depois da guerra do Golfo Pérsico. A história recente também nos diz que nenhuma democracia sai fortalecida de uma intervenção estrangeira.

Os desacertos de um governo democrático resolvem-se por via democrática, e ela será tanto mais consistente quanto menos interferência externa sofrer. O governo da revolução bolivariana é democraticamente legítimo e ao longo de muitas eleições nos últimos vinte anos nunca deu sinais de não respeitar os resultados destas. Perdeu várias e pode perder a próxima, e só será de criticar se não respeitar os resultados. Mas não se pode negar que o presidente Maduro tem legitimidade constitucional para convocar a Assembleia Constituinte. Claro que os venezuelanos (incluindo muitos chavistas críticos) podem legitimamente questionar a sua oportunidade, sobretudo tendo em mente que dispõem da Constituição de 1999, promovida pelo presidente Chavez, e têm meios democráticos para manifestar esse questionamento no próximo domingo.

Mas nada disso justifica o clima insurrecional que a oposição radicalizou nas últimas semanas e que tem por objetivo, não corrigir os erros da revolução bolivariana, mas sim pôr-lhe fim, impor as receitas neoliberais (como está a acontecer no Brasil e na Argentina) com tudo o que isso significará para as maiorias pobres da Venezuela. O que deve preocupar os democratas, embora tal não preocupe a mídia global, que já tomou partido da oposição, é o modo como estão sendo selecionados os candidatos. Se, como se suspeita, os aparelhos burocráticos do partido do governo sequestrarem o impulso participativo das classes populares, o objetivo da AC de ampliar democraticamente a força política da base social de apoio à revolução terá sido frustrado.

Para compreendermos por que provavelmente não haverá saída não violenta para a crise da Venezuela temos de saber o que está em causa no plano geoestratégico global. O que está em causa são as maiores reservas de petróleo do mundo, existentes na Venezuela. Para os EUA é crucial para o seu domínio global manter o controle das reservas de petróleo do mundo. Qualquer país, por mais democrático, que tenha este recurso estratégico e não o torne acessível às multinacionais petrolíferas, na maioria, norte-americanas, põe-se na mira de uma intervenção imperial. A ameaça à segurança nacional, de que fala o presidente dos EUA, não está sequer apenas no acesso ao petróleo, está sobretudo no fato de o comércio mundial do petróleo ser denominado em dólares, o verdadeiro núcleo do poder dos EUA, já que nenhum outro país tem o privilégio de imprimir as notas que bem entender sem isso afetar significativamente o seu valor monetário.

Foi por esta razão que o Iraque foi invadido e o Médio Oriente e a Líbia arrasados (neste último caso, com a cumplicidade ativa da França de Sarkozy). Pela mesma razão, houve ingerência, hoje documentada, na crise brasileira, pois a exploração do petróleo do pré-sal estava nas mãos dos brasileiros. Pela mesma razão, o Irã voltou a estar em perigo. Pela mesma razão, a revolução bolivariana tem de cair sem ter tido a oportunidade de corrigir democraticamente os graves erros que os seus dirigentes cometeram nos últimos anos. Sem ingerência externa, estou seguro de que a Venezuela saberia encontrar uma solução não violenta e democrática. Infelizmente, o que está no terreno é usar todos os meios para virar os pobres contra o chavismo, a base social da revolução bolivariana e os que mais beneficiaram com ela. E, concomitantemente com isso, provocar uma ruptura nas Forças Armadas e um consequente golpe militar que deponha Maduro. A política externa da Europa (se de tal se pode falar) podia ser uma força moderadora, se já não tivesse perdido a alma.

VENEZUELA CONTINUA A VOTAR | Venezolanos votan en respuesta a violencia opositora






Ricardo Menéndez aseguró que los venezolanos participan en el proceso constituyente para votar por el futuro de la Patria y tras aguantar las agresiones de la derecha iniciadas en abril. 

El vicepresidente de Planificación de Venezuela, Ricardo Menéndez, aseguró que el pueblo venezolano ha aguantado las agresiones de la derecha y ahora lo demuestra saliendo a votar por la Patria este domingo. 

Tras ejercer su derecho al voto para la Asamblea Nacional Constituyente, Menéndez destacó la valentía del pueblo de Venezuela que vota por el futuro de la Patria y ahora se encuentra victorioso en la calle luego de aguantar las agresiones de la derecha nacional e internacional.

Aseveró que los medios de comunicación "se burlan" de la participación soberana del pueblo, quienes se mantenían en silencio y ahora salen a la calle a expresarse.

"Se caen las capuchas, algunas personas han pretendido creer que el pueblo venezolano se puede chantajear por un pasaje aéreo, pero nosotros seguimos con nuestra gallardía", expresó Menéndez. 

Apuntó que esta elección cierra la compuerta a los que pretendieron con guarimbas secuestrar la sociedad venezolana, por lo que hacemos un llamado al diálogo y a la participación. 

Este domingo Venezuela celebra los comicios para elegir la Asamblea Nacional Constituyente convocada por el presidente Nicolás Maduro, como un proceso constitucional, con el objetivo de preservar la paz en el país y derrocar la violencia que se ha registrado en los últimos meses por parte de la derecha venezolana.  

TeleSur | com imagem retirada de TeleSur e manipulada por PG

CNE venezolano: 94 % de las mesas de votación para Constituyente están operativas


El más reciente informe del Consejo Nacional Electoral de Venezuela precisa que casi el 100 por ciento de los centros de votación en el país está operativo. 

El Consejo Nacional Electoral (CNE) de Venezuela ofreció en la mañana de este domingo el primer balance sobre el inicio del proceso electoral, e informó que casi el 100 por ciento de los miembros de mesas, operadores de las máquinas y técnicos de soporte acudieron a sus puestos. 

El 94 por ciento de las mesas electorales del país ya se encuentran instaladas, informó la rectora del ente electoral, Socorro Hernández, más tarde. 

Hernández también indicó que se han presentado algunos hechos de violencia promovidos por la oposición, agrupada en la autodenominada Mesa de la Unidad Democrática (MUD), pero que se han tomado las medidas necesarias y ya están activados todos los mecanismos para que los electores puedan ejercer su derecho al voto sin problemas.

Por otro lado, la presidenta del CNE, Tibisay Lucena, expresó que los estados Amazonas, Bolívar y Delta Amacuro presentan retraso por su difícil acceso a algunas comunidades.

El centro de contingencia de paz para los electores que se encuentran en la capital, ubicado en el Poliedro de Caracas, ya se encuentra activo para la jornada de este domingo, para que los votantes que residen en zonas que presentan focos de violencia puedan ejercer su derecho al voto, precisó la presidenta del CNE.

Lucena indicó que en el Poliedro podrán sufragar electores del municipio Chacao; de las parroquias Baruta y Cafetal del municipio Baruta; del municipio El Hatillo, excepto su zona rural, las parroquias Leoncio Martínez y la zona oeste de la parroquia Petare en el municipio Sucre, así como de unos centros de votación de las parroquias El Valle, La Vega y El Paraíso del municipio Libertador.

“Las personas deben votar en sus centros, es importante resaltar esto, el centro de contingencia de paz es para las personas que no pueden votar en sus municipios, pero el resto de los electores deben acudir a donde les tocó”, resaltó.

La Asamblea Constituyente de Venezuela fue convocada por el presidente Nicolás Maduro para hacer frente a las manifestaciones violentas de la oposición emprendidas desde abril, con la participación popular a través del voto.

El proceso contemplado en la Constitución de Venezuela permite modificar o crear el marco legal del país, y plantean estipular delitos de odio, así como una ley para erradicar la especulación y darle rango constitucional a las misiones sociales diseñadas por el comandante Chávez. 

TeleSur | Foto: Tibisay Lucena indicó que desde temprano se observaban colas en los centros de votación. | Foto: @ffm_oficial

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VENEZUELA | Maduro llama a votar por la Asamblea Nacional Constituyente - com vídeo




"Vamos todos con amor y coraje a votar y ganar la paz y la independencia de nuestra amada Venezuela", expresó el presidente Maduro.

El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, llamó a sus compatriotas a salir a votar este domingo para elegir los 537 integrantes de la Asamblea Nacional Constituyente (ANC) y así, afianzar la paz en el país suramericano.

Minutos antes de que abran las mesas de votación (06H00 hora local), Maduro se pronunció a través de su cuenta oficial en Twitter.

Más de 100 muertos se han registrado en Venezuela en los últimos meses, desde el llamado de calle de la oposición. Maduro ha reiterado que la ANC será el espacio para consolidar el diálogo y la paz.

En medio de rumores y de presiones, entre ellos sanciones por parte de Estados Unidos, el jefe de Estado reafirmó que la votación se desarrollará tal como estaba pautado.

"Llueva, truene o relampaguee la Constituyente va... por la paz necesaria vamos a ejercer la soberanía votando y venciendo... Somos Venezuela...", subrayó.

Este domingo están convocados 19 millones 477.387 votantes a elegir a través del voto directo, universal y secreto a los miembros de la ANC. Estarán dispuestos 14.500 centros de votación y 24.000 mesas electorales  en todo el país.


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Angola | OS INSONDÁVEIS SUBTERRÂNEOS INVISÍVEIS DA FRAUDE ELEITORAL


Raul Diniz | opinião
O exercício de marketing insistente investido pela campanha do MPLA nada mais é que a triste repetição do que assistimos com tristeza a mais de 20 anos. É penoso ver o MPLA completamente perdido e sem opções claras para afastar-se da imagem vergonhosamente desgastada do seu presidente vitalício. O MPLA não consegue sequer desligar-se dos efeitos desastrosos provocados pelas politicas corriqueiras inviabilizáveis, promovidas ao longo consolado de 38 anos do seu presidente vitalício.

A situação de crise do país é real e caótica, importa substituir o (C) de crise pelo “C” de criar no interior das instituições do estado, controlado por possessivos malandros empoderados do regime. Os governantes angolanos não possuem sabedoria alguma, por isso menosprezam a sabedoria milenar do povo, e por outro lado, subjugam a sociedade civil activa inteligente organizada.

Daí o insucesso resultante das politicas publicas errantes do ponto de vista económico-financeiro socialmente incomportáveis e nada aglutinador.

Os donos de Angola e do MPLA, precisam informar em que direção querem levar o país com esse vosso candidato de pedigree politico inferior e sem nenhum pragmatismo para ser o cabeça de lista. Pior ainda foi a escolha do numero 2 da lista, uma figura despolida e obsoleta de índole politica duvidosa, completamente inútil, sem qualidade ideológica. Em síntese, um personagem que provoca a desmobiliza da militância. A pergunta é: o que acontecerá no day after no pós-eleições?

Não se pode ignorar e/ou deixar de admitir, que seria um enorme erro de calculo de consequências desastrosas dar de animo leve qualquer beneficio da dúvida para JL governar o país. Todos sabemos qual é proveniência politica de João Lourenço, também conhecemos as verdadeiras razões que estão na base da sua candidatura como cabeça de lista do MPLA.

Todo cidadão minimamente inteligente, conscientemente sabe que os desconfortos sociais de miséria endémica dos angolanos não se alterarão significativamente com João Lourenço na presidência da republica. Acredito até que será pior da mesmice de sempre. Isso significa dizer que teremos o João Lourenço de sempre, cobarde, medroso e submisso, encabrestado por Dos Santos. É claro que JES jamais aceitaria que JL altera-se o rumo do seu invicto património politico.

JES conhece bem João Lourenço, e também sabe que ele é um acérrimo bajulador e seu convicto adulador, alem do mais, Dos Santos tem plena consciência que o seu pupilo não sobreviveria politicamente se tentasse passar-lhe qualquer rasteira.

Mesmo confrontado com enfermidade que o atormenta e JES hipoteticamente sucumbisse, João Lourenço continuaria impotente como sempre, e sem saída que não fosse a de obedecer caninamente o diligente general security, Nelito Kopelipa, chefe da casa de segurança do PR. João Lourenço nunca foi militante defensor dos direitos e liberdades democráticas, ele jamais se verticalizou como defensor inequívoca da civilidade social como também não é uma pessoa altruísta, nem sequer é o homem certo com inteligência que ajude a alterar o quadro dramático de miséria institucionalizada.

Por outro lado, o MPLA não tem como repetir os resultados eleitorais adquiridos no passado sem expor-se a desnecessárias consequências terrificas de fraudar uma vez mais os resultados eleitorais. O MPLA não tem um candidato a altura das atuías circunstancias, forte e com a coragem necessária para confrontar os donos do regime que serve com esmerado brio. Assim como João Melo é o office boy de João Lourenço, do mesmo modo entendo que João Lourenço é o yes man José Eduardo dos Santos e o ditador tem-no como assecla.

O MPLA precisa mudar de vida e deixar de fingir que é um partido conquistar vitorias, aonde não existem vitoria alguma. O glorioso tem que resignar-se a sua insignificância, e deixar de fulanizar as parcas conquistas alcançadas no ardor da luta de libertação. O (M) tem que deixar de aderir ao imediatismo populista da antipolítica patológica, afastar o fantasma das politicas falidas e encarar frontalmente a crise económico-social com elevação, e espírito de socialização libertaria.

O MPLA forçadamente tem que se desenvencilhar das velhas lideranças e das velhas politicas destrutivas. A renovação de mandatos é necessária para inovar o partido com rostos mais amenos, que certamente revolucionariam o partido da base ao topo.
O partido precisa legitimar o regresso a sua origem legitima com atitudes altruístas e interagir exígua simplicidade com toda sociedade e com os partidos políticos oposicionistas e daí receber instrutivas lições construtivas, doseadas do realismo necessário para sobreviver a longo prazo no xadrez politico nacional.

Toda sociedade deve ser chamada a passar o país a limpo, a sociedade civil ativa não pode mais isentar-se das suas responsabilidades dentro do espaço politico, ela deve sim começar a reivindicar o seu papel e participar activamente na feitura das leis agregadoras e compatíveis, que ajudem a retirar o país das mãos escandalosamente incompetentes dos gestores gatunos do MPLA. Não se pode continuar a adiar o país por mais tempo. É hora de olhar o país com olhos de ver. O MPLA não pode esconder-se eternamente nos insondáveis subterrâneos de aguas turvas putrificadas invisíveis.

A sociedade precisa contribuir seriamente na democratização de Angola, até que ela deixe de ser um estado de ditadura policial, e nela nasça o tão desejado estado de direito democrático. O partido perdeu a dinâmica da cautela e do respeito ao próximo, o MPLA de hoje é um partido rústico e agressivo, promiscuo e controlador de vontades conduzido por criminosos ambiciosos, que amam o autoritarismo e adoram o poder pelo poder.

Seria um milagre do inferno que o MPLA ganhe as eleições depois de 42 anos de apartheid social explicito imposto aos angolanos sem que se ampare as recorrentes fraudes eleitorais, que aliás, já foram em grade escala postas em marcha. Como nós militantes extra CAPs somos vergonhosamente estúpidos.

Afinal, como 9 milhões de pobres explorados e seletivamente separados dos mais 29 milhões de angolanos, haveriam de dar a João Lourenço o beneficio da duvida para governar Angola? Não seria isso surreal? Como poderia o MPLA de JES e JL ganhar quaisquer eleições, após 40 anos de regime autoritário preenchidos de excêntricos manobrismos desprezíveis de politicas totalitárias!

Os angolanos não podem estar felizes quando os seus direitos foram subtraídos.

JES assassinou o sonho de independência de Angola sem colono, na hora derradeira o tirano outro típico de colonialismo, trocou o colono português branco, pelo colono preto santomense, redistribuiu a riquezas dos angolanos entre os novos amigos ricos colonos pretos e neocolonialistas brancos. A independência tombou assassinada numa rixa entre ricos e muito ricos, angolanos a parte, esses servem apenas para ser escravizados.

Para melhor entender basta indagar os larápios criminosos de colarinho branco, os donos do regime, onde param os nossos direitos de expressão, de ir e vir e de reunião em hasta publica?

Não foi por acaso o MPLA de JES e João Lourenço quem suprimiu os direitos inalienáveis do povo constitucionalmente defendidos? Não são os angolanos perseguidos, presos, roubados e assassinados pelo regime sustentado pelo MPLA? E então, onde estava e o que fez João Lourenço para minimizar o sofrimento dos mais de 90% do povo quanto foi secretário geral, vice-presidente do MPLA e ministro da defesa? Nada nê!

Angola | FRAUDE DE CEBOLADA


O saco de truques com que o MPLA alcançará a vitória nas próximas eleições tem muitas camadas, como a cebola. Primeira camada (a óbvia): o MPLA capturou o Estado. Não é só a Comissão Nacional Eleitoral e toda a organização da votação que está nas mãos do Governo, é toda a poderosa máquina do Estado com a sua capacidade de mobilização (e pressão) que é colocada ao serviço de uma campanha amplamente servida de meios públicos.

João Paulo Batalha * | Folha 8 | opinião

Na verdade, no terreno, Angola não é uma democracia multipartidária. É uma ditadura de partido único com roupas coloridas de democracia pluralista (já lá vamos a essa camada).

Segunda camada: a repressão. Os observadores estrangeiros mais distraídos podem já ter-se esquecido do célebre processo dos 15+2, que deu ao regime angolano infâmia mundial. Mas basta ler os relatórios da Amnistia Internacional ou da Human Rights Watch para perceber que há coerência e continuidade entre esse processo – em que um grupo de jovens é condenado pelo crime de ler um livro que mete medo ao Presidente – e todo um currículo sombrio de abusos, de repressão violenta de manifestações pacíficas, de detenções arbitrárias, até de execuções sem julgamento.

Mesmo o trabalho que os carrascos do regime não fazem, a insensibilidade do regime encarrega-se de fazer. São as pessoas que morrem não pela acção do Estado, mas pela sua inacção, pela negação de condições básicas de saúde ou segurança por um poder que se exibe como pai do povo mas é insensível às suas dores. Esta é a camada de ferro.

Terceira camada: a mordaça. Não basta a propaganda contínua dos órgãos de comunicação social do Estado e o condicionamento (a bem ou a mal) da imprensa privada, a obsessão com o controlo dos olhos e ouvidos dos angolanos vai ao ponto de calar a imprensa estrangeira. Isabel dos Santos justificou o silenciamento da SIC em Angola como uma questão de negócio. Terá sido mais uma questão de falta dele. Uns anos antes, depois de a revista Forbes a ter apresentado ao mundo como a menina dos diamantes do papá Presidente, foi mais astuta: comprou os direitos da revista para Portugal e Angola. O petróleo valia mais na altura. Ou talvez fossem as amizades que se comprassem por menos. Desta vez nem houve operação de charme. É calar e andar.

Quarta camada: a oposição. Várias vozes da sociedade angolana tinham apontado, a tempo, o caminho a tomar: a oposição devia ter-se coligado num movimento único. Isso dar-lhe-ia voz e projecção, mas sobretudo derrotaria, antes sequer de ir às urnas, a ficção do regime. Porque nas democracias pluralistas, a oposição nunca se coliga em bloco. Isso só acontece nas ditaduras, precisamente para sinalizar que se trata de ditaduras. Uma coligação em bloco de todas as forças anti-MPLA diria ao mundo que o que está em causa nestas eleições não é uma disputa de programas ou de candidatos, é um combate pela instauração de uma verdadeira democracia pluralista que o MPLA, fiel à cultura de partido único, sempre rejeitou. Ao participar num jogo viciado, a oposição legitima a ficção pluralista do regime. É uma derrota auto-infligida. Os partidos concorrentes ao MPLA reduzem-se a partidos coadjuvantes do MPLA.

Mesmo que tudo o resto falhasse, resta sempre, sólida, a última camada: fazer batota. A forma como o Governo angolano convidou, desconvidando, os observadores da União Europeia diz tudo sobre a seriedade com que se abre ao escrutínio dos seus parceiros internacionais. Turismo eleitoral sim, observação eleitoral não. É um pré-anúncio de fraude nas urnas – tanta ou tão pouca quanto for preciso para assegurar o resultado pretendido.

É normal chorarmos quando descascamos cebolas. O ácido faz parte da planta. Mas é com esta receita que o MPLA pretende comer o povo angolano de cebolada. Neste contexto, o papel do cidadão eleitor não é escolher a próxima Assembleia ou decidir o próximo Governo – esse campeonato está viciado. O que há a fazer é tornar a fraude visível, é obrigar o MPLA a esforçar-se, é assegurar que fica claro para todos, em Angola e no mundo, aquilo que o regime quer branquear: que esta eleição é um roubo. O que o MPLA tem a perder no dia 23 não é a votação, é a face. O combate não é, por isso, eleitoral. É um combate pela dignidade e pelo orgulho de cada cidadão.

Felizmente, essa dignidade está em campo. O povo está desperto, as redes sociais estão atentas e a sociedade civil mobilizou-se. A publicação da Cartilha do Delegado de Lista, pelo jornalista William Tonet, é um exemplo de uma cidadania exigente e interventiva. O lançamento da plataforma Jiku pela nova associação Handeka, que permite a qualquer pessoa denunciar irregularidades eleitorais, é outro sinal de que a maturidade democrática do povo angolano está uns furos acima da dos políticos que o representam. No dia 23 será essa maturidade, essa dignidade e orgulho cívico – e não qualquer partido, ou candidato – que abrirá o caminho para o futuro de Angola.

(*) Presidente da Transparência e Integridade, Associação Cívica

Portugal | ENTRE A LAMA E OS ALÇAPÕES


Manuel Carvalho da Silva | Jornal de Notícias | opinião
O verão é um período de poucas notícias, mas este ano não está a ser o caso. Há um denso noticiário em torno de tragédias, com realce para a dos fogos florestais, temos mais lutas sociais dando origem a algumas notícias e é ainda significativo o espaço especulativo a propósito de alguns processos judiciais. No entanto, o debate político que acompanha a agenda noticiosa revela-se muito pobre, o que não afiança nada de bom para o futuro próximo.

Os partidos da Direita, atolados num pântano malcheiroso, atiram lama em todas as direções. Tendo optado por terem como programa político a mera aplicação da cartilha neoliberal reinante, para estes partidos Portugal é apenas mais um espaço para prolongamento desses interesses, fator que aprofunda o seu distanciamento face às realidades concretas que aqui se vivem. O caso da lista de vítimas em Pedrógão Grande ilustra tristemente esse vazio e mostra que daquela banda não virá qualquer contributo sério, neste caso sobre o que é urgente fazer no que toca à floresta nacional, ao ordenamento do território e ao combate aos incêndios.

As lutas sociais latentes ou em curso, a baixa qualidade do emprego e das retribuições, a discussão estruturante sobre o próximo Orçamento do Estado ou o debate sobre a posição do país na UE não merecem à Direita mais do que negligência, aqui e ali salpicada por pronunciamentos de oportunismo político. A Direita entregou-se à chicana política, fazendo uso de quaisquer armas de arremesso e apoiando-se em alguns grandes meios da comunicação social que, sem escrúpulos, se alimentam do alarme social.

O arrastar da política para o patamar da lama pode ter efeitos espúrios vários: i) enfraquece a democracia ao acentuar a sua descredibilização e ao não trazer conteúdos para o debate das ideias e para a formulação de propostas; ii) amplia no Partido Socialista (PS) a ideia de que, a este, basta o Governo ir gerindo a situação para ter garantida a continuidade no poder, o que pode matar mudanças de políticas tenuemente iniciadas em algumas áreas; iii) coloca dificuldades acrescidas aos partidos da Esquerda que dão apoio parlamentar ao Governo, porque estes têm de ser ofensivos face à Direita, mas não podem pactuar com um PS acomodado.

O atual Governo, perante um debate político concentrado na "espuma dos dias" que emerge de uma agenda de retrocesso económico e social e de esvaziamento de valores, se optar por empurrar os problemas com a barriga, deixará atrás de si verdadeiros alçapões que poderão transformar-se em perigosas armadilhas para os trabalhadores, para a maioria dos portugueses e para o país.

Por exemplo, o caso "Altice" reproduz-se, mesmo que parcelarmente, em muitas outras empresas, e perante isso não pode haver silêncios. São muito importantes as inspeções da Autoridade das Condições de Trabalho, instituição de grande mérito mas com crónica falta de meios, contudo os seus pronunciamentos não são decisões de tribunais transitadas em julgado, ou seja, o efeito da sua ação (importante) pode chegar quando o emprego e os direitos de quem trabalha já foram cilindrados. A incapacidade de agir sobre estas situações alia-se, de facto, a uma vontade fortemente impulsionada por Bruxelas que vai no sentido de compatibilizar a legislação laboral com essas subversões das relações de trabalho e não de se fazerem os ajustamentos - talvez bem pequenos se cirúrgicos e acompanhados por sinais motivadores - para dar combate eficaz às precariedades e promover a negociação coletiva.

Por outro lado, a justiça é ela própria um grande alçapão, se continuar prisioneira de uma enorme desconexão entre o estardalhaço na comunicação social provocado pelo início de alguns processos e o que fica no final desses mesmos processos. Esta realidade tolhe a sociedade e contribui para a secundarização do trabalho na justiça.

O Governo tem que ser coerente com a sua plataforma política. Cometerá um erro estratégico grave se no próximo Orçamento do Estado inscrever compromissos limitadores por longo tempo da reposição de direitos, da criação de emprego digno, da requalificação de emprego e da melhoria dos salários. Há condições para o desenvolvimento, haja coragem e bom senso.

* Investigador e professor universitário

PORTUGAL CÓMICO SE NÃO FOSSE TRISTE | Tancos e a guerra do Raul Solnado - com vídeo






“‘Tá lá? É do inimigo? Vocês podem parar a guerra aí um bocadinho? Tenho aqui um colega com dores de cabeça e também tenho o canhão encravado (...) Quando pensam atacar? No sábado não porque a gente faz semana inglesa. Sexta-feira a que horas? Aí estamos todos a dormir. Não podiam vir depois do almoço?”

Ana Sá Lopes | jornal i | opinião

Este é um trecho de um famoso sketch do grande humorista Raul Solnado que, se fosse vivo, poderia agora reproduzir o seu telefonema com o inimigo e, com alterações, chamar-lhe “roubo de Tancos”. Inicialmente, o caso foi considerado pelas autoridades militares e políticas como “grave” ou “gravíssimo”.

O chefe do Estado-Maior do Exército exonerou temporariamente cinco comandantes. Costa foi de férias. Quando voltou, explicou que antes de sair do país tinha contactado a secretária-geral da Segurança Interna, Helena Fazenda, que o descansou: não havia risco para o país. Nos últimos dias ficámos a saber que:

1 – A secretária-geral da Segurança Interna soube do furto “pelos jornais”, como disse a própria, no dia 29 ao início da tarde. Nesse dia, o Exército faz um comunicado público.

2 – A partir do momento em que soube do acontecido, ao mesmo tempo que os leitores dos jornais, Fazenda tentou contactar o chefe do Estado- -Maior-General das Forças Armadas. Em vão, durante o dia. O senhor general só atendeu à meia-noite. A menos que estivesse a ser sujeito a uma operação cirúrgica, não se percebe como pode ignorar telefonemas da secretária-geral durante dez horas.

3 – O ministro da Defesa aludiu à hipótese de terrorismo, a PGR confirmou as suspeitas de as armas terem ido parar ao terrorismo internacional, mas Costa disse que foi informado, antes de ir de férias, que o roubo não estaria associado “a qualquer risco de atividade terrorista nacional ou internacional”. Ninguém se entende.

4 – O material roubado não é obsoleto, segundo o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas; algum material roubado é obsoleto, segundo o chefe do Estado-Maior do Exército. “‘Tá lá, é do inimigo?” 

Nota: Página Global aproveitou a oportunidade para recordar Raul Solnado através do vídeo apresentado. Convidamos aos interessados em conhecer Solnado que pesquisem em Youtube.

“DESPERADO” EM PORTUGAL | PSD - Partido Significativamente Desesperado


A ausência de um pensamento estratégico para o país fora da caixa da austeridade é o problema, que convive com a existência de um líder acossado, nunca adaptado ao papel de oposição.

Pedro Filipe Soares *

O novo líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, dirigiu-se ao país para fazer um ultimato ao governo. No anúncio urbi et orbi dava um prazo de 24 horas para a divulgação da lista das vítimas mortais da tragédia de Pedrógão Grande. A arma de arremesso político era a insinuação de que haveria uma manipulação da lista oficial das vítimas mortais.

As respostas nunca satisfizeram o PSD. Nem a indicação de que a informação estava a ser tratada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), nem o facto de ser segredo de justiça e o governo não o poder infringir, nem tão-pouco a separação de poderes. Nada demoveu o PSD de insinuar que estava em curso uma operação de branqueamento dos números de mortes. O PSD instigou uma teoria da conspiração com objetivos puramente partidários.

Expirado o prazo de 24 horas, Hugo Soares exigiu, triunfalmente, como quem faz a jogada de xeque-mate, a realização de uma conferência de líderes e de uma reunião da Comissão Permanente do Parlamento. A apresentação da lista da PGR, pouco tempo depois, só serviu para expor a sofreguidão do processo.

A realidade tirou rapidamente o tapete ao PSD: a lista oficial é exatamente a mesma que já tinha sido assumida anteriormente, sem tirar nem pôr. Face à inexistência de qualquer manipulação de números, a acusação do PSD dissolveu-se no vazio e o seu líder parlamentar caiu no ridículo. Foi irónico vê-lo, logo depois, a retirar os pedidos de reuniões e a tentar dar por resolvida a questão.

A instrumentalização do número de vítimas da tragédia de Pedrógão Grande para aproveitamento político é lamentável e uma enorme chicana política. Mas foi essa a intenção do PSD, seguido de perto pelo CDS - Assunção Cristas, para não ficar atrás, chegou a admitir a apresentação de uma moção de censura. A corrida para o abismo entre PSD e CDS é prova do desnorte da direita.

Contudo, no caso particular do PSD, este foi apenas o último episódio de uma profunda falta de orientação política. A ausência de um pensamento estratégico para o país fora da caixa da austeridade é o problema, que convive com a existência de um líder acossado, nunca adaptado ao papel de oposição.

O percurso do PSD na oposição tem sido penoso e incoerente. No início, tivemos o discurso dos usurpadores, incapaz de perceber que é o governo que depende do Parlamento e não o contrário. Depois, foi a fase do velho do restelo e das preces ao diabo na economia. Agora, é a tentativa de correr atrás dos casos políticos, atraído por eles como a borboleta se sente atraída pela luz.

O discurso disparatado do PSD é bem visível nas questões orçamentais. Os grandes promotores da ideologia da inevitabilidade anunciavam enormes tormentas com as escolhas económicas que foram sendo seguidas. Mês após mês iam dizendo que o fim estava próximo e que se pagaria caro o alegado "despesismo". Só que os meses foram passando e a economia foi melhorando, as contas públicas mais equilibradas e a confiança das pessoas reabilitada. O aumento do salário mínimo nacional, que cresceu 52euro euros/mês desde outubro de 2015, é a maior conquista na afirmação da valorização dos salários e ao mesmo tempo a maior derrota de Passos Coelho, que defendia a sua eliminação. Provamos que o país fica melhor quando as pessoas estão melhores.

Esgotado o discurso do desastre económico que PSD difundia, logo mudaram a agulha para o argumento oposto: a política está a funcionar porque o governo está a copiar o que foi feito por PSD e CDS. Do desastre à glória em menos de um ano: o défice orçamental de 2016 teria resgatado a cartilha da austeridade do PSD pelas mãos das cativações.

O desespero instala-se quando é possível provar que não existiram cortes nos serviços públicos em 2016. Pelo contrário, apesar de ainda ser menos do que o necessário, o Serviço Nacional de Saúde e a escola pública viram reforçados os seus orçamentos. Esta não é claramente a política do PSD, nem está contemplada no seu manual: a única coisa que existe é puro oportunismo.

Se uma boa oposição ajuda a fazer um bom poder, sabemos que o PSD está a faltar à chamada. Este é o presente envenenado para António Costa. O deslumbramento espreita a cada sondagem com a ideia de menos PSD poder ser mais PS.

Nas vésperas do início do processo orçamental, é importante lembrar que um poder deslumbrado é um poder desleixado. A única escolha que temos neste momento exigente do país é a de continuar a aprofundar o caminho que tem sido trilhado, valorizando rendimentos e direitos sociais, melhorando os serviços públicos. A resposta à decadência da direita só pode ser o reforço de uma política de esquerda, que vire mesmo a página da austeridade.

Artigo publicado no Diário de Notícias (link is external), 28/7/2017

* Esquerda.net | Pedro Filipe Soares | Deputado, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, matemático.

Nota PG: "Desperado" em espanhol significa malfeitor

PORTUGAL | Protesto em Sines contra a exploração de petróleo na costa alentejana


Simulando um derrame de petróleo, os ativistas cobriram-se de tinta de choco e tricotaram uma linha vermelha em protesto contra a exploração de hidrocarbonetos em Aljezur. A ação teve lugar na Praia Vasco da Gama.

O protesto, que teve lugar este sábado, foi organizado pelo ALA - Alentejo Litoral pelo Ambiente(link is external), um grupo de cidadãs e cidadãos preocupados com os impactos da poluição na saúde, qualidade de vida, futuro comum e no meio ambiente, e que juntos estão a organizar diversas atividades cívicas no Alentejo para alertar para o perigo dos furos na sua costa. 

A iniciativa contou, contudo, com a colaboração da Campanha Linha Vermelha, bem como com o apoio de diversos coletivos, como o Stop Petróleo Vila do Bispo, Climáximo e Tamera. Os ativistas procuraram, desta forma, sensibilizar e informar os sineenses e os visitantes do Festival Músicas do Mundo sobre as consequências da exploração de hidrocarbonetos na costa alentejana.

No início das escadas que descem para a Praia Vasco da Gama, em Sines, foram colocadas faixas onde se podia ler “Não ao furo, sim ao futuro”.
Eugénia Santa Bárbara, da ALA, explicou à agência Lusa esta ação: “Quisemos simular um derrame de petróleo e os impactos que isso tem, normalmente, na fauna e na flora”, sublinhou, lembrando que há um furo previsto para Aljezur, de três mil metros de profundidade, já no início de 2018.

Eugénia Santa Bárbara sinalizou os “impactos ambientais, mas também económicos e sociais, no turismo e na pesca”, da exploração de petróleo.

Segundo referiu a ativista, a tinta de choco, biológica e preparada em casa, utilizada para “criar uma imagem que fosse forte”, só foi conseguida com a ajuda das peixeiras de um mercado lisboeta.

Ao mesmo tempo que perto de uma dezena de ativistas se deitava no areal coberta com a tinta, elementos da Campanha Linha Vermelha (link is external) desfiaram agulhas e linhas para “alertar e consciencializar os portugueses para a exploração do petróleo e do gás em Portugal”.

Catarina Gomes, responsável por esta campanha, explicou que recorrem às artes do tricô e do croché para desenhar uma estratégia “mais leve” e “convidativa”, porque, “quando as pessoas ouvem estes assuntos, sobre o petróleo, qualquer coisa relacionada com ativismo, ou coisas mais sérias, assustam-se”.

Todos estão convidados a participar na campanha, mesmo quem não sabe tricotar. Adultos, jovens e crianças, de norte a sul, já ajudaram a “tecer a maior linha vermelha que seja possível” e “com ela percorrer o país”.

Desde o seu início, há sete meses, a linha, com 15 centímetros de largura, já vai em quase quatro quilómetros. A campanha só terminará quando os nove contratos para exploração de petróleo e gás forem cancelados.

Esquerda.net | Foto retirada do facebook de Catarina Gomes.