quinta-feira, 21 de junho de 2018

Partidos ameaçam baixar imposto nos combustíveis à revelia do PS

PSD, CDS, Bloco e PCP concordam no princípio: é preciso acabar com o adicional de quatro cêntimos por litro de gasolina e gasóleo. Coligação negativa em perspetiva
Resultado de imagem para Partidos ameaçam baixar imposto nos combustíveis à revelia do PS
O PS arrisca-se a ver hoje os restantes partidos aprovarem a eliminação do adicional do imposto sobre produtos petrolíferos (ISP), instituído em 2016. CDS, PSD, BE e PCP levam a debate e votação quatro propostas, com o mesmo propósito de baixar a carga fiscal sobre os combustíveis, ainda que a forma de alcançar este objetivo seja diferente. Os votos entre a esquerda e a direita podem ditar uma coligação negativa. Outra hipótese passa por baixar as várias propostas, sem votação, e tentar depois uma via consensual para diminuir o imposto.
O PSD avança, desde já, que dará o seu acordo à proposta do CDS, deixando em aberto o sentido de voto quanto aos textos da esquerda. Mas António Leitão Amaro, vice-presidente da bancada social-democrata, adverte que "a redução do ISP só não passará se o BE e o PCP não quiserem". Com o voto favorável das duas bancadas da direita, bastará a abstenção de um dos partidos da esquerda para as propostas serem viabilizadas. O PS votará contra todas as propostas em cima da mesa.
Num debate potestativo (de marcação obrigatória) agendado pelo CDS, os centristas avançam com um projeto de lei (tal como o Bloco), enquanto PCP e CDS apresentam projetos de resolução que recomendam ao governo o fim do adicional ao ISP. Soluções diferentes para dar resposta a um problema apontado a uma voz pelos partidos - as condições que em 2016 estiveram na base da criação de um adicional de seis cêntimos por litro de gasolina e gasóleo deixaram de existir. À data, o governo justificou a medida com a baixa do preço do barril de petróleo, defendendo que o aumento do ISP serviria para evitar quebras na receita fiscal. Ora, com a subida do preço do petróleo, os partidos querem que o governo acabe com o adicional (que é agora de quatro cêntimos), argumentando que a receita fiscal acabou por aumentar com a medida instituída em 2016. Nas contas do CDS são "quase 900 milhões de euros que o Estado cobrou a mais aos portugueses", diz o centrista Pedro Mota Soares, defendendo que é preciso "baixar a fatura das famílias portuguesas", até porque se trata de um imposto "cego, em que todos pagam o mesmo".
"Solução que cumpre lei-travão"
Leitão Amaro defende que a proposta do PSD visa garantir que "apesar de o preço do petróleo ter subido, os impostos que os portugueses pagam não sobem". "A nossa solução é a única que cumpre a lei-travão", acrescenta ainda o deputado do PSD, referindo a norma que impede que sejam aprovadas medidas que representem, a meio da execução orçamental, um esforço adicional para as contas públicas. O PSD defende ainda que uma recomendação ao governo será uma medida de implementação mais imediata do que um projeto de lei, que só daqui a várias semanas terá o processo legislativo concluído.
Luís Testa, deputado do PS responsável por este dossiê, argumenta que o adicional ao ISP "eram seis cêntimos, foi reduzido para quatro e nunca mais se alterou". A verba conseguida por esta via, acrescenta, "representa um acréscimo de receita substancial e foi também através desse acréscimo que foi possível reduzir outros impostos" - e aponta o "reescalonamento do IRS" aprovado no Orçamento para 2018. É na consideração dos vários impostos que tem de ser alcançada a neutralidade fiscal, diz o coordenador socialista na Comissão de Economia. "A questão que justificou a criação do adicional deixou de existir, mas situações ulteriores justificam a permanência dos quatro cêntimos", defende o deputado ao DN.
O BE não podia estar mais em desacordo, defendendo que a proposta que hoje leva a votos "responde ao compromisso que o próprio governo assumiu". Constatando que o preço dos combustíveis "quando sobe, sobe muito rapidamente, quando desce, desce muito lentamente", o deputado bloquista Heitor de Sousa sublinha que "o que era para ser temporário tornou-se permanente". E defende que é preciso regressar ao "princípio da revisão mensal do valor dos combustíveis e do próprio ISP" - a proposta do BE visa precisamente que o preço recomendado seja revisto mensalmente, em função do preço médio do barril de petróleo do mês anterior. Já no caso do PCP, que não esteve disponível para prestar declarações, é também proposta a eliminação do adicional. Mas o PCP já manifestou reservas às propostas vindas da bancada da direita, criticando o que diz ser o "branqueamento" da ação do anterior governo.
DN

Ministro-sombra de Rio quer que PSD salve OE para evitar eleições

P
 
 
Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Bom dia! 
Vamos às últimas notícias?

Trump deu um passo atrás, mas as 2300 crianças que já foram separadas não têm data para se reunirem com a família. O decreto assinado nesta quarta-feira não deverá ter efeitos retroactivos.
No Mundial, mais um candidato com uma vitória arrancada a ferrosa Espanha venceu o Irão com um golo que nasceu de um ressalto e igualou-nos na liderança do Grupo B. Dito isto, um empate com o Irão apura Portugal, mas há mais contas a fazer.
No futebol nacional há mais problemas: as buscas a Sp. Braga, V. Guimarães e ao Turismo do Norte chegaram ao fim do dia e já fizeram cinco arguidos por suspeita de corrupção; noite fora houve quatro clubes impedidos de inscrever jogadores (por não cumprirem critérios financeiros); e, claro, no Sporting continua a guerra de Carvalho.
Ainda por cá, faleceu Fernando Guedes. O criador da Sogrape moderna, que ficará sempre ligado ao Mateus Rosé ou ao Barca Velha, morreu ontem no Porto. O Manuel Carvalho já nos escreveu sobre os legados do grande senhor do vinho português.

Os títulos do dia

Um ministro-sombra de Rio quer que PSD salve OE para evitar eleiçõesE também que salve o acordo de concertação social. Esse homem é Silva Peneda, o entrevistado desta semana do PÚBLICO e Renascença.
Uma 'coligação' anti-PS pode acabar com o imposto adicional sobre os combustíveis, dizem o Negócios e o DN, confirmando a possibilidade avançada há uma semana pelo PÚBLICO.
"Em 2019, o Bloco quer ser força de governo", diz a moção de Catarina Martins à convenção do BE. Mas é para forçar o PS a fazer o que agora não quer.
O Governo diz que nunca prometeu tudo aos professores. O artigo de opinião da secretária de Estado Alexandra Leitão chama-se "factos sobre a recuperação do tempo de serviço dos professores".
A boa notícia do dia é que Portugal foi o país da Europa do Sul onde os imigrantes mais recuperaram o emprego. E, aparentemente, estamos prontos a receber mais 1010 refugiados - diz o DN.

Ler com atenção

1. As migrações são o rastilho de uma convulsão política internacional. Na fronteira entre os EUA e o México milhares de crianças são separadas dos pais na sequência da nova política de "tolerância zero". Na Hungria, apoiar imigrantes ilegais passou a ser crime. Estas são apenas duas das faces mais visíveis de um ambiente cada vez mais hostil à entrada de migrantes. Mas é um ambiente em contraciclo: os países da OCDE receberam menos refugiados, pela primeira vez em seis anos. Os dois textos, do Manuel Louro e da Joana Gorjão Henriques, dão-nos a perspectiva de como não há uma crise migratória, há uma crise de hospitalidade.
2. Os bancos centrais e o novo problema dos salários baixos. Se, no passado, o mais habitual era vermos os bancos centrais a lançar alertas contra os riscos da inflação e a pedirem moderação salarial, agora os principais responsáveis pela condução da política monetária a nível mundial começam a queixar-se da dificuldade de fazer a subir a inflação e a lamentar-se da forma modesta como os salários estão a subir. Foi isso que aconteceu no Fórum do BCE que terminou esta quarta-feira em Sintra. O Sérgio Aníbal esteve por lá e explica-nos porquê. E junta uma entrevista a Ricardo Reis que tem um alerta que nos dá um nó na cabeça: “É preciso não exagerar no desejo de aumentar a inflação”.
3. O oceano ofereceu-nos um tesouro inesperado nos Açores. É o primeiro campo hidrotermal descoberto numa expedição totalmente portuguesa, liderada pela Fundação Oceano Azul. Localizado entre as Flores e o Faial, está a 570 metros de profundidade. A Teresa Firmino está a bordo e mostra-nos o que se vê lá em baixo.
4. E a selecção? Vamos lá explicar o "inexplicável". Portugal conseguiu a primeira vitória na Rússia, mas ao arrepio da tradição jogou tão pouco que até o treinador lamentou o que considera "inexplicável". Para ajudar à próxima conversa, nós temos algumas explicações: em Moscovo, o David Andrade viu "os mesmos problemas"; por cá, o Nuno Sousa analisou como fomos engolidos por "vagas de pressão marroquina"; e o treinador Manuel José, directo como sempre, viu até falta de mentalidade e de maturidade. Dito isto, só queremos que melhore o jogo, os resultados vão bem.

Hoje na agenda 

Por cá, no Parlamento discutem-se os impostos sobre os combustíveis e marcam-se as primeiras audições na Comissão de Inquérito sobre as rendas na energia. No tribunal de Lisboa começam as alegações finais da Operação Fizz.
Lá por fora há dois pontos na agenda a merecer atenção: os ministros das Finanças da zona euro reúnem-se para tirar a Grécia do resgate; e o Congresso americano junta-se para votar nova legislação sobre imigrantes.
Despeço-me com uma recomendação e uma novidade.
A recomendação é o texto do Adriano Mirando sobre "aquela foto" que lhe valeu um prémio Gazeta e, sobretudo, um grande orgulho. Chama-se A fotografia com asas e é sobre como nos ensinaram que o jornalismo é sobre mudar o mundo.
A novidade é que o P3 mudou - de cara e de feitio. De cara está mais bonito, claro, como merecia. De feitio porque agora se dedica a causas. O Amílcar Correia explica tudo aqui

Um dia bom!
Até amanhã!

Coimbra debate inclusão social e saúde mental das comunidades ciganas

A inclusão social e a saúde mental das comunidades de etnia cigana são o tema da sessão que vai realizar-se, hoje, no polo B da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), em São Martinho do Bispo, Coimbra.
Promovida no âmbito da monografia final de licenciatura de estudantes da ESEnfC e das experiências de ensino clínico de enfermagem de saúde mental comunitária e reabilitação, desenvolvidas em articulação com a Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) Coimbra Saúde, a iniciativa pretende consciencializar a população, especialmente estudantes de enfermagem e enfermeiros, sobre a importância da inclusão social e da “redução do preconceito e da discriminação nos cuidados de saúde”.
Após a sessão de acolhimento (às 14:00, no auditório António Arnaut), terá lugar um painel com Bruno Gonçalves, da Associação Letras Nómadas, Maria João Pais, da Associação Social Recreativa Cultural Cigana de Coimbra, Janete Ferreira, da UCC Coimbra Saúde, e Maria José Vicente, do Gabinete de Desenvolvimento da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN)/Portugal.
O painel vai deter-se em questões relacionadas, designadamente, com ‘Saúde e comunidades ciganas’ (a partir da projeção de um vídeo), ‘Vivências da comunidade cigana em Coimbra – Inclusão social’, ‘Experiências de cuidar grupos minoritários’ e ‘Projetos de inclusão social em grupos minoritários’, refere uma nota da ESEnfC.
Lusa

360º- “Cruel” ou “legal”? 10 respostas para entender a separação de famílias nos EUA; e como Ronaldo voltou a disfarçar os pecados da seleção

946629b0-05e0-4d31-a47b-080e2c165728.jpg

360º

Por Filomena Martins, Diretora Adjunta
Bom dia!
Enquanto dormia... 
... um acidente de viação fez seis mortos e dois feridos esta manhã, na zona da Marateca, Setúbal. A circulação no IC1 está interrompida.
Donald Trump recuou na lei de separação de pais e filhos imigrantes. A nova ordem já permite que as famílias ilegais fiquem juntas na fronteira com o México, depois de reportagens emocionadascartas de mães desesperadas e críticas até do mundo tecnológico.

Mas o que é que está realmente a acontecer nos EUA? A Cátia Bruno tem dez respostas para perceber se a crise migratória que está a chocar o mundo é "cruel ou ilegal".  

No Sporting, a confusão só aumenta. Numa sucessão de comunicados, Bruno de Carvalho anunciou uma providência cautelar contra a Comissão de Fiscalização e impediu a Comissão de Gestão de entrar em Alvalade naquilo a que chamou "um acto terrorista semelhante ao que aconteceu na Academia". 
A resposta de Marta Soares foi uma queixa em tribunal, um pedido de auditoria às contas do clube e outro para os bancos vetaram o presidente suspenso. Porque, segundo José Maria Ricciardi, qualquer candidato precisará de 60 milhões. A AG destitutiva deste sábado começa às 14h00 e, como se vê, promete.

Pelo meio da barafunda, sabem-se mais pormenores dos dias agitados em Alvalade. A SAD manteve o processo disciplinar a Gelson Martins depois de arquivar o de 20 outros jogadores e Bruno de Carvalho tentou de várias formas receber prémios chorudos.


No Mundial de futebol... 
... Portugal e Espanha estão praticamente apurados para os oitavos de final depois de duas vitórias muito sofridas frente a Marrocos e ao Irão. Mas só segunda-feira, dia 25, se saberá mesmo quem ganha o grupo e quem passa no segundo lugar, porque os iranianos de Carlos Queiroz ainda podem ter uma palavra a dizer no jogo com os portugueses. As contas fazem-se com um detalhe importante: se portugueses e espanhóis acabarem empatados, o que vale são... os cartões.
 


  • Hoje há jogos que vale a pena seguir: depois do Dinamarca-Austrália, há um França-Perú, mas as atenções estarão todas no (quase) decisivo Argentina-Croácia. O liveblog do dia já está aberto.


Outra informação relevante 
Depois do futebol, houve debate parlamentar. Nos minutos decisivos da partida, os problemas maiores vieram da própria equipa: António Costa esteve defensivo, na tentativa de resolver os problemas internos. A crónica futebolístico-política é da Rita Tavares e do Pedro Rainho.

Mas o Bloco continua a passar rasteiras. Na moção à próxima Convenção, o partido escreve que o PS procura "maioria absoluta ao centro" e que Rio já se assume "como futuro colaborador de um Governo socialista".

Silva Peneda, um dos ministros-sombra de Rio, diz que o partido está de facto em jogo. Em entrevista ao Público e à RR, defende que o PSD deve salvar o Orçamento e evitar eleições e aplaude o acordo de concertação (sem CGTP) nas leis laborais.

Mas há um jogada conjunta do Parlamento contra o Governoos partidos ameaçam baixar o imposto dos combustíveis à revelia do PS, escrevem DN e Negócios.

Apesar das tensões na geringonça, o primeiro-ministro vaia receber na próxima semana Pedro Sánchezo novo presidente do governo espanhol quer conhecer a táctica de Costa e saber como mantém o apoio dos partidos que o apoiam.

O Sp. Braga, o V. Guimarães e o Turismo do Porto foram alvo de buscas por suspeitas de esquemas de corrupção nos patrocíniosHá já cinco arguidos.​

O fundo criado por Pires de Lima e Sérgio Monteiro, ex-ministro da Economia e ex-secretário de Estado das Obras Públicas, comprou as torres da Altice em Portugal. O negócio dos dois antigos governantes foi avaliado em 495 milhões. Nota relevante: Monteiro tutelou as telecomunicações, embora diga que não interferiu na venda da PT.

Mario Draghi recebeu em Sintra uma boa notícia: a do
o acordo entre a França e a Alemanha para o aprofundamento da União Económica e Monetária. “Temos finalmente algo com que trabalhar”, disse o presidente do BCE. Já a guerra comercial dos Trump acabou por ser o motivo com que os banqueiros  e economistas reunidos em Portugal mais mostraram reservas e preocupações.

A nova ala pediátrica do S. João continua à espera das verbas prometidas. O ministro anunciou dinheiro em duas semanas; dois meses depois, tudo continua bloqueado.

Portugal vai receber mais mil refugiados até 2019Uma equipa do SEF vai ao Egito e à Turquia para entrevistar os candidatos.
 

A polícia alemã diz ter impedido um atentado com uma “bomba biológica" em Colónia. Teria ricina, um veneno mais poderoso que cianeto.

Notícia ainda para a morte de Fernando Guedeso histórico líder da Sogrape, o sr. Vinho.


Os nossos Especiais 
Como a droga se globalizou em Portugal nos anos 70. A Helena Matos conta (e mostra) os detalhe da época em que a droga deixou de ser um vício de artistas para se transformar no “flagelo da nossa juventude". Prisões e julgamentos sucederam-se. Acusaram-se os pais. E também o rock.

A nossa opinião

  • José Manuel Fernandes escreve sobre os danos irreversíveis de uma maioria “reversionista​": "Talvez seja a pacatez dos costumes, talvez a ligeireza da oposição, mas certo é que pouco se fala de como esta governação já deixou feridas que levarão muito tempo a sarar, se é que não são incuráveis".
  • Helena Garrido escreve sobre os devedores da CGD: "Os créditos que explicam as perdas da CGD são conhecidos mas precisamos de saber toda a história. Temos o direito. O que aconteceu exigiu dinheiro dos contribuintes e agrava as desigualdades no País.
  •  Paulo Tunhas escreve sobre as "Descobertas e a má consciência": "O que a conversa contemporânea sobre a palavra “descobertas” faz é omitir os diferentes sentidos da palavra. Tal como para as celebrações de Salazar, é o aspecto político o único que realmente conta".
  • Assunção Flores escreve sobre os professores: "É fundamental questionar e repensar modos de recrutamento e seleção de professores, mas também refletir sobre a sua formação, inicial e contínua, e já agora sobre a sua avaliação, de modo consistente".
Notícias surpreendentes 
Vai ser o momento do Rock in Rio: Marcelo, Ferro e uma série de outros políticos vão subir ao palco com os Xutos & Pontapés para cantar “A Minha Casinha” numa homenagem a Zé Pedro. O convite foi da banda.

Da “selfie com Kissinger” à lambada: o Diogo Lopes faz o relato (vamos manter os termos futebolísticos) da noite em que foram eleitos os 50 melhores restaurantes do mundo.

Hoje estreia “Ocean’s 8” , em que Sandra Bullock e Cate Blanchett sucedem a George Clooney e Brad Pitt. Agora são elas, mas o filme é o mesmo, diz o Eurico de Barros, que só lhe dá uma estrela. Estas são as outras alternativas.

Foi descoberto um novo campo hidrotermal nos AçoresO monte submarino Gigante, um verdadeiro oásis debaixo de água (quente), fica a 570 metros de profundidade, a 60 milhas da ilha do Faial.

Está feito o resumo das notícias da manhã (muito alargado hoje, por causa do jogo de Portugal). Para o resto da actualidade, tem tudo o que precisa no ObservadorE não deixe de conhecer o nosso novo programa de assinaturas, o Observador Premium

Boa quinta-feira e bom início de Verão (ainda que com chuva, granizo e trovoadas)
Seja um Observador /premium
Mais pessoas vão gostar da 360º. Partilhe:
no Facebook no Twitter por e-mail
Leia as últimas
em observador.pt
Leia as últimas
em observador.pt
Observador
©2017 Observador On Time, S.A.
Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa

Seis mortos em desastre rodoviário perto na Marateca, Setúbal

Resultado de imagem para Seis mortos em desastre rodoviário perto na Marateca, Setúbal
Seis pessoas morreram e uma ficou ferida em estado grave num acidente ocorrido hoje ao início da manhã no IC1, entre a Marateca e Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, segundo fonte da Proteção Civil.

Em declarações à agência Lusa, fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) Setúbal explicou que a colisão, ocorrida pelas 06:53 na localidade de Vale do Cão, concelho de Palmela, envolveu um automóvel e uma carrinha de 12 lugares.

No local estavam, pelas 08:00, 25 operacionais apoiados por 10 veículos dos bombeiros de Alcácer e Águas de Moura, INEM e GNR.

O IC1 ainda permanecia cortado por volta das 08:00.
Lusa

Governador do banco central admite que taxas de juro elevadas são necessárias para equilíbrios macroeconómicos que Moçambique precisa


Foto do Banco de Moçambique
Diante das taxas de juro da banca comercial, que reconheceu serem “relativamente elevadas”, o Governador do banco central pede “paciência” aos moçambicanos porque os resultados das decisões de política monetária, a taxa MIMO reduziu pela sexta vez desde Agosto de 2017, “levam o seu tempo a dar resultados”. Enquanto isso os cada vez mais ricos banqueiros, que mesmo em tempo de crise obtiveram lucros bilionários inéditos, cobram uma taxa de juro média de 28,69 por cento que Rogério Zandamela admitiu serem “necessárias para podermos ter o tipo de estabilidade e equilíbrios macroeconómicos que nós necessitamos” em Moçambique.

Reunido pela 3ª vez este ano o Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique (BM), “considerando que a perspectiva de inflação a curto prazo assim como a sua projecção de médio prazo continua a apontar para uma cifra ao redor de um dígito, e ponderando todos os riscos subjacentes o CPMO deliberou reduzir a taxa de juro de política monetária (a taxa MIMO) em 75 pontos base, para 15,75 por cento”, começou por anunciar Rogério Zandamela.

Em conferencia de imprensa, nesta segunda-feira (18), o Governador do BM assinalou que com esta decisão as taxas de juro de política já reduziram mais de 600 pontos base em relação ao pico registado em Outubro de 2016.

“Adicionalmente, avaliamos também as outras taxas (de referência), e decidimos manter a taxa da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez (FPC) em 18 por cento, reduzir a taxa da Facilidade Permanente de Depósitos (FPD) em 50 pontos base para 12 por cento e manter os coeficientes de Reservas Obrigatórias em passivos em moeda nacional e em moeda estrangeira em 14 e 22 por cento, respectivamente”, acrescentou Zandamela.

Contudo é assinalável que esta redução da taxa MIMO foi de apenas metade dos cortes anteriores, que haviam sido de 150 pontos base, o que indicia que a crise continua para durar quiçá até depois das eleições Presidenciais do próximo ano como aliás deixou nas entrelinhas o Governado do banco central.

É que o Banco de Moçambique considerou como principais desafios a nível doméstico “as incertezas quanto ao rigor das medidas de consolidação fiscal necessárias para mitigar o risco associado à sustentabilidade da dívida pública no contexto do ciclo eleitoral de 2018, que são as eleições municipais, e em 2019, as eleições presidenciais e dos governadores. O segundo desafio doméstico tem a ver com incerteza quanto à tendência dos preços dos combustíveis líquidos e outros bens e serviços administrados (tais como a água, energia, transporte semi-colectivo, portagem, taxa de lixo…)”.

Questionado sobre os riscos eleitorais, Rogério Zandamela esclareceu que: “não é nada específico com Moçambique, em todos os países que passam por ciclos eleitorais, incluindo os Estados Unidos, tomar medidas num ciclo eleitoral é complicado (...) Cada vez que há um ciclo eleitoral os investidores sempre aguardam, não sabem quem é que vai ganhar as eleições, mesmo quando é do mesmo partido não quais vão ser as prioridades da nova equipa, há sempre uma redução dos investimentos, não é nada pouco usual, quem tem dinheiro em geral são conservadores e não brincam com o seu dinheiro, não o querem perder, não tendo clareza para onde as coisas vão andar aguardam para depois decidir”.

Taxas de juro elevadas “são necessárias para podermos ter o tipo de estabilidade e equilíbrios macroeconómicos que nós necessitamos”

Relativamente as taxas de juro que os bancos comerciais teimam em manter altas, quase que ignorando os sinais de menores restrições da política monetária, o Governador do banco central declarou que: “não é fácil porque não podemos reduzir taxas com medidas administrativas, como expliquei no passado um parte da componente da taxa (de juro) tem a ver com o comportamento da taxa de política (monetária) mas também tem uma boa componente da parte do mercado”.

“Na conjuntura actual as taxas continuam elevadas, até digo relativamente elevadas, são necessárias para podermos ter o tipo de estabilidade e equilíbrios macroeconómicos que nós necessitamos, a nossa esperança é que elas continuem a cair, isso é boa notícia. Algumas caíram como a Prime Rate, que caiu mais que as taxa sobre o crédito ao retalho”, disse.

Zandamela pediu: “É preciso ter paciência porque os resultados de medidas levam o seu tempo a dar resultados mas o sinal é bom, a direcção é correcta, a intensidade podia ser melhorada”.

De acordo com o Banco de Moçambique a taxa de juro média a retalho, com prazo de um ano, registou uma redução de 3,2 pontos percentuais, para 28,69 por cento em Abril 2018, comparativamente a Dezembro último.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
Foto da Autoridade Tributária de MoçambiqueNampula foi a província que mais investimento directo recebeu entre 2006 e 2015, revelou Lourenço Sambo, director geral da Agência para a Promoção de Investimento e Exportações (APIEX), que indicou que a agricultura e o agro-negócio foi o segundo sector que mais dinheiro recebeu dos 40 biliões de dólares norte-americanos de investidores nacionais e estrangeiros que criaram mais 314 mil empregos em Moçambique. Entretanto o desafio actual é inverter a queda de investimentos que acontece desde 2014.
Durante uma palestra subordinada ao tema: Benefícios Fiscais no “Âmbito do Investimento Directo Estrangeiro e Nacional”, que proferiu na Autoridade Tributária de Moçambique, Lourenço Sambo desmistificou a percepção que Maputo e Tete são as províncias que têm recebido mais investimentos no nosso país.
“Nampula nos últimos dez anos está em cima por causa da zona económica especial, depois também temos Tete estão lá as minas de carvão” revelou o director da APIEX precisando que dos 40,8 biliões de dólares norte-americanos de investimentos 10,8 biliões ficaram na chamada capital Norte, seguida por Tete com 7,3 biliões. No entanto a cidade e província de Maputo juntas receberam 10,3 biliões de dólares de investimentos entre 2006 e 2015.
Agência para a Promoção de Investimento e Exportações
Desse investimento grande parte foi para o sector da energia, que engloba a produção mineira, no entanto Sambo indicou que “cerca de 22 por cento foi investido na agricultura e cerca de 13 por cento foi para a indústria”.
Os 3.185 projectos de investimento que aconteceram ao longo de quase uma década no nosso país geraram, de acordo com a , 314.637 empregos.
Agência para a Promoção de Investimento e Exportações
Entretanto Lourenço Sambo, que defende que os benefícios fiscais e incentivos que são dados aos investidores são uma das ferramentas para os trazer a Moçambique, declarou em entrevista ao @Verdade que o desafio actual, face a redução dos investimentos que está acontecer desde 2014, “é efectivamente inverter a pirâmide, o foco não pode ser o gás ou o carvão tem que ser a agricultura, têm que ser as infra-estruturas, tem que ser olhar para aquilo que pode fazer a diferença, por exemplo a energia, nós temos um potencial enorme”.
“Nós temos uma estratégia para promover o investimento privado em Moçambique, durou 3 anos e agora estamos a fazer outra que tem cinco pilares e um deles é melhorar o ambiente de negócios” acrescentou.
Agência para a Promoção de Investimento e Exportações
Na perspectiva do director da APIEX, “o ambiente de negócios não é um problema do Governo, é um problema da sociedade, é um problema da economia moçambicana, é um problema dos empresários, dos empregados, dos sindicatos, das famílias, de todos nós, para melhor o ambiente de negocio precisa de pragmatismo político e olharmos para o caso do Ruanda, é dizer que eu não quero que isto acontece e não acontecer”.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

Eu, Psicóloga | 10 pontos importantes e fundamentais que aprendemos com a segunda temporada de Os 13 porquês



A primeira temporada de os 13 porquês foi um sucesso. Nesta temporada, o foco é o julgamento iniciado pela mãe de Hannah, a garota que comete suicídio, contra a escola Liberty, onde ela estudava. Para isso, a série expande os tema do assédio, abuso para outros jovens e aprofunda os efeitos da atenção ou desatenção dos personagens adultos. 
Escolas e famílias são instituições cujas imagens sofrem os maiores arranhões ao longo da temporada.

Leia os 10 pontos importantes e fundamentais que aprendemos com a segunda temporada de Os 13 porquês: 

1- O bullying é algo sério e deve ser encarado de frente:

Embora o bullying tenha sido tratado na primeira temporada de forma exaustiva, não fica muito claro como os amigos de Hannah reagiram a essas experiências. Na primeira temporada, a vítima do bullying parece ser única e exclusivamente a adolescente. Já nessa temporada fica claro como os tentáculos desse abuso afeta todos ao redor.

O bullying traz consequências e feridas emocionais profundas. As crianças e jovens que praticam o bullying ("valentões") estão em busca de popularidade, de sentir-se mais poderosos (para encobrir a própria insegurança), de obter uma boa imagem de si mesmo, afinal, não possuem controle emocional ou mesmo disciplina/supervisão. Também praticam o ato por conviverem em um ambiente marcado pela punição física, pelo autoritarismo dos pais ou pelo uso familiar de comportamentos agressivos ou explosivos.  A criança agressora, geralmente, se torna o espelho do ambiente em que vive.

Já as crianças que sofrem o bullying, são crianças com dificuldade de interação social, consideradas diferentes ou com baixa autoestima. Os motivos que levam a prática são aparência do corpo, aparência do rosto, desempenho acima da média, raça/cor, orientação sexual, religião ou região de origem.  Crianças  e adolescentes que sofrem bullying têm 3 vezes mais possibilidade de pensar em suicídio, além de sofrerem de distúrbios de saúde e emocionais na fase adulta, tais como: instabilidade nas relações sociais, ansiedade, propensão ao vício do álcool e drogas.

Os pais precisam estar atentos para alguns sinais que podem indicar que os filhos estão sofrendo bullying: isolamento, exclusão social, ataques de fúria e impulsividade, sentimento de incapacidade, agitação e agressividade atípica, medo ou pânico de ir para escola, diminuição nas notas escolares, choro aparentemente sem motivo, aparecimento de feridas pelo corpo que a criança diz que não sabe como surgiram, chegar em casa com roupa rasgada ou suja, sumiço de pertences e dores de cabeça e barriga várias vezes ao dia.

Aos primeiros sinais que o filho possa estar exposto ao problema, os pais devem conversar com seus filhos sobre o assunto e informar imediatamente a escola e os professores.

2 - Vítimas de abuso sexual tem medo de contarem o que aconteceu com elas:

A segunda temporada mostra como as vítimas de abuso sexual se sentem  inseguras e com medo para contarem a violência que sofreram. Jessica, a adolescente aterrorizada pelas lembranças tem medo de não ser compreendida, julgado pelos amigos e tudo o que ela mais quer é esquecer o ocorrido. Porém isso não acontece. Diariamente ao ver o adolescente que a estuprou a adolescente sente violentada e injustiçada novamente. 

Jessica não é a exceção. Histórias são silenciadas porque geralmente não têm testemunhas, e pelo estigma que deixam em suas vítimas, marcadas pela dor e constrangimento que levam ao sofrimento da solidão, reforçando uma cultura do estupro. Muitas desistem de denunciar e de pedir ajuda, e temem o tratamento que receberão do poder público, seja no primeiro atendimento policial ou na rede de saúde, seja quando lhes é negado o acesso ao abortamento legal, direito previsto em lei desde 1940.

As vítimas têm, sim, dificuldade de falar sobre o assunto.Revelar para outra pessoa uma situação de abuso sexual é muito difícil para a maioria das mulheres. Mesmo que seja uma pessoa de sua confiança.

Outra marca desumana do estupro é o risco de não restarem provas físicas da violência e assim dificultar a punição do criminoso. Se reagir, um vestígio do agressor pode aumentar as chances de justiça, mas a resistência aumenta o risco de morte. Não reagindo, são menores as chances de o agressor lhe deixar marcas, mas são maiores a de sair viva. Há ainda as que não denunciam por vergonha ou por medo.

3- O suicídio não afeta somente quem se mata mas todos ao redor:


O suicídio é sempre uma experiência extremamente traumática para os amigos e familiares, mesmo que quem tente o suicídio pense que ninguém se preocupa com elas. Além dos sentimentos de mágoa normalmente associados com a morte da pessoa, podem existir sentimentos de culpa, cólera, ressentimento, remorso, dúvidas e grande angústia acerca de situações não esclarecidas. O estigma que cerca o suicídio pode fazer com que seja extremamente difícil para os que sobrevivem lidar com a sua mágoa podendo-lhes causar, também, situações de isolamento extremo. 

É frequente acharem que são tratados de forma diferente após o suicídio e um familiar ou amigo tornando-se-lhes difícil falar sobre o problema devido ao estigma da condenação. Normalmente sentem que fracassaram por alguém que tanto amavam ter optado pelo suicídio, e a construção de novos relacionamentos é extremamente difícil devido à dor que sentem. 

É fundamental salientar a interface entre os sobreviventes e a rede social, já que o estigma está muito presente, estas pessoas precisam de ajuda para lidar com as consequências sociais do suicídio. Estudo sobre as necessidades de uma família após o suicídio de um adolescente aponta a importância do apoio aos sobreviventes.


4 -Escola e pais devem ser parceiros  e não inimigos

O papel da família, de modo geral, é o de fornecer apoio, segurança e afetividade.Um verdadeiro jogo de empurra. É assim que muitos definem a relação entre a escolas e as famílias quando se trata dos deveres e responsabilidades de cada parte na educação das novas gerações. Se, por um lado, professores e gestores cobram maior envolvimento dos pais no cotidiano escolar de seus filhos por meio do acompanhamento da lição de casa, participação em reuniões, entre outras estratégias; do outro, estes reclamam da falta de abertura e escuta de suas demandas por parte da escola.

A família deve buscar a interação com a escola, promovendo, questionando, sugerindo e interagindo de forma a fornecer elementos que através de discussões e ampla comunicação com os educadores promovam as iniciativas que vão de encontro às necessidades dos educando.

Na série fica claro como os pais da Hannah e a escola não se comunicavam, não eram parceiros. A impressão passada era de dois mundos isolados, onde cada um tinha sua parcela de responsabilidade em ajudar a adolescente e os dois falharam. Cada um com sua dose de parcela: O papel educador é responsabilidade da família, para que o papel pedagógico possa ser exercido pela escola com boa qualidade.

O caminho e a parceria entre família e escola é fundamental. Ambas precisam se acolher, se entender e se ajudar para o bem comum desse indivíduo, preparado como pessoa para viver em sociedade. Porém, sempre cabe à família educar e estar alerta, pois o contrato com a escola pode ser rescindido, mas o contrato de pai, mãe e filho é para a vida toda. Portanto, é muito importante exercer os papéis com sabedoria e responsabilidade de todos.


5 - Adolescentes têm dificuldade em se abrirem e conversarem, principalmente com os pais.

Claramente, esta é a fase do silêncio. A nova forma de comunicar-se é o silêncio ou, no melhor dos casos, as frases entrecortadas. Alguns livram-se de cair nesta etapa, mas são muito poucos. Por isso, é normal encontrar tantos pais desesperados com a indolência dos seus filhos. Tomar consciência do que se trata e de por que acontece é uma boa ajuda, pois assim é possível aprender o lado positivo, que neste caso, não é pequeno.

Quando alarmar-se:
1. quando o silêncio é acompanhado de manifesta agressividade; 
2. quando a má relação com os pais e professores exigir outras causas que não simplesmente a adolescência; 
3. quando existam suspeitas fundadas de que o filho não anda por bons caminhos; 
4. quando existam quebras do rendimento escolar.

6 - A escola pode ser um lugar de muita dor para o adolescente 

O bullying nas escolas infelizmente é uma realidade que também enfrentamos. Ele assume varias características, e formas dentro das escolas, bem como a reação de cada adolescente quando sofre.

Há várias formas de manifestar o bullying. A prática pode ocorrer da forma direta, quando a agressão é feita contra o seu alvo por meio de apelidos, exclusão do grupo, agressão moral ou física. O bullying pode ser também indireto, envolvendo furtos, fofocas e até mesmo, o cyberbullying , aquele que usa a internet, celular e outros meios do mundo digital para divulgar as ofensas - sites caluniando as vítimas, vídeos disseminados com situações embaraçosas e fofocas circulam pela rede numa velocidade impressionante. 

A escola que deveria ser um lugar de aprendizagem, amizades, o encontro com o primeiro amor, acaba se tornando um lugar de tortura onde o adolescente se vê maltratado por seus colegas. Se o adolescente for uma pessoa tímida, fechada isso pode ainda piorar já que ela não se sentirá capaz de ter uma “voz” para falar o que acontece. 

A forma como a escola e os pais lidam e percebem o bullying também influência na hora de decidir procurar apoio. Se o adolescente não se sente amparado, ou mesmo quando conta não se sente protegido, isso irá causar um sofrimento psíquico que poderá acarretar em sérias consequências.

7 - Pais não estão prestando atenção nos seus filhos

Esse não é um problema novo, mas que atualmente tem tomado proporções enormes. Antes os pais precisavam se ausentar porque trabalhavam demais, hoje eles continuam trabalhando demais, porém quando estão em casa, os filhos encontram outro concorrente: o celular. Não que os adolescentes não se isolem também nos aparelhos celulares, mas quando o modelo parental reforça e dá o exemplo a situação se complica. 

Pais não estão prestando atenção ao que acontece com seus filhos e tem terceirizado a função que é só deles: amar, cuidar, proteger, disciplinar. Na série a escola é colocada como a grande responsável, mas em vários momentos foram levantadas questões do papel desses pais em não perceber como a personagem Hannah não estava bem. Não se trata de uma caça a bruxas para achar culpados, mas um alerta para os pais da necessidade de estar mais próximo do seu filho, de conversar mesmo quando as respostas venham monossílabas, em colocar limites, em demonstrar que ama e que eles estarão ali sempre. 

8 - Adolescentes estão perdendo a noção do que é certo ou errado

Entende-se por moralidade o conjunto de normas e princípios de conduta. Na atualidade, a moral é o princípio de conduta que decai com o passar dos dias. Quem é que nunca se deparou com alguém ou até consigo mesmo menosprezando valores passados pela família ou pela religião para fazer o que lhe bem aprouver?

Que a adolescência é uma época difícil, de conflitos e muitas dúvidas todos nós sabemos. Mas se pararmos um pouco para observar os adolescentes de hoje perceberemos que eles nunca estiveram tão perdidos sem noção do que é errado ou certo. Valores morais tem sido distorcidos e coisas como bullying, assédio moral, levar vantagem, humilhar o outro, exposição exagerada nas redes sociais tem se tornado cada vez mais comum, porque não dizer normal. 

O adolescente confronta os seus próprios valores com os valores do "mundo adultos", na tentativa de alcançar a tão desejada autonomia. Para tal ajuíza regras e convenções sociais, o que o leva, por vezes, a acata-las e, por outras, a desobedece-las. Em uma sociedade perdida onde os valores estão cada vez mais distorcidos , não é de se admirar que os adolescentes sentirem tão  perdidos. 

9- Escolas precisam de psicólogos

Enquanto assistia cada episódio o que não saia da minha cabeça era: cadê o psicólogo desta escola? Eu sei, tinha o conselheiro, o Sr. Porter. Mas ele parecia ser o primeiro a precisar de um apoio ali. Isso não está longe da nossa realidade, nossos professores estão lidando cada dia mais com dificuldades emocionais dos seus alunos e eles não têm o preparo (e nem são obrigados a ter) necessário para dar o suporte emocional tanto para os professores e principalmente para os alunos. 

O psicólogo ajuda o professor a conhecer quais são seus interesses, atitudes, aptidões e outras capacidades e habilidades adquiridas ou inatas. Também ajuda na compreensão sobre o estágio em que o aluno se encontra com relação ao seu desenvolvimento social, emocional, intelectual e físico, além de levar em consideração o nível de aspiração e o comportamento consciente e inconsciente do aluno. 

Aspectos da vida do aluno que atualmente são ignorados no ambiente educacional, influenciam muito no rendimento do aluno e são o objeto do psicólogo educacional: como o aluno se comporta em grupos, seus conflitos, desejos e outros aspectos de sua saúde mental. Com a orientação adequada, o aluno pode formar uma atitude mais positiva com relação à vida e a si mesmo, além de formar uma personalidade mais integrada e solidária.

10- Os pais precisam conhecer as amizades dos seus filhos

Responda rápido: quem é o melhor amigo do seu filho? Você conhece a família dele? Onde ele mora? Pode parecer bobagem mas é algo importante. Na adolescência caminha-se da família para os amigos. Pense no seriado, enquanto acontecia o julgamento, a cada depoimento os pais da Hannah descobriam algo a respeito da sua filha e sua relação com seus amigos. Tudo era surpresa. Eles não sabiam com quem ela estava envolvida e como a filha sofria. 

Os adolescentes preocupam-se com a inclusão num grupo, valorizam a opinião dos amigos, refugiam-se nas conversas com estes e o número de amigos está habitualmente conotado com a satisfação consigo próprio. Mas a verdade é que a influência dos pares tanto se pode revelar positiva, com comportamentos de amizade, proximidade e suporte que favorecem o seu bem-estar, como se pode revelar de negativa, com comportamentos de crítica, rejeição e estigmatização que afetam seriamente o equilíbrio, já de si frágil, do adolescente. 

O círculo de amizades não tem a ver apenas com a formação de caráter e personalidade, mas, também, com interesses em comum. É mais provável que pessoas com interesses semelhantes se tornem amigas devido às afinidades naturais que surgem. Isso faz com que, dentro de um mesmo grupo, os amigos sejam relativamente semelhantes entre si, justamente por partilharem alguns gostos e interesses. Ao conhecer os amigos dos seus filhos, você conhecerá um pouco da sua criança ou adolescente.

Entender quem é o melhor amigo, por exemplo, dará uma boa perspectiva do seu rebento. Além de tudo, é uma maneira de ter novos assuntos, estreitando e fortalecendo laços. Conhecer os amigos dos seus filhos é indispensável para estar por perto, conhecer mais e acompanhar o desenvolvimento deles. Isso promete um relacionamento mais saudável e com mais segurança.

Debora Oliveira
Psicóloga Clínica 
CRP: 06/123470