Janeiro é sinónimo de comemorações da elevação de Estarreja a cidade. No próximo sábado, dia 26, às 21h30, o Cine-Teatro de Estarreja será o palco do 14º aniversário. A entrada é livre.
Sendo a Cultura um dos fatores marcantes para o desenvolvimento do município, é com música que se celebra a efeméride. “No âmbito da nova estratégia para a política cultural, a valorização do território e dos seus agentes culturais, educativos e criativos é um pilar essencial na nossa dinâmica cultural. O momento comemorativo do aniversário de elevação de Estarreja a Cidade, nos últimos anos, tem sido um palco dessa valorização, mostrando à nossa comunidade o que de melhor os Estarrejenses fazem, em várias áreas artísticas, fomentando o envolvimento e participação da comunidade”, salienta Isabel Simões Pinto, vereadora da Cultura.
A Câmara Municipal de Estarreja continua a valorizar os agentes culturais locais e convida a Orquestra Filarmonia das Beiras, sob a direção do Maestro Cláudio Ferreira, tendo como solista a flautista Angelina Rodrigues, dois talentos da nossa terra que terão o merecido destaque neste dia de celebração. A autarca destaca o trabalho destes músicos canelenses com percursos académicos e artísticos brilhantes, que têm que ser dados a conhecer a todo o concelho.
Neste concerto, será apresentado a Abertura de As Bodas de Fígaro de Wolfgang Amadeus Mozart, o Concerto para Flauta de Jacques Ibert, interpretado pela flautista Angelina Rodrigues, e a Sinfonia nº7 de Ludwig van Beethoven, sob a direção do maestro Cláudio Ferreira.
É indiscutível que o dia 26 de janeiro de 2005 permanecerá na história do Município de Estarreja. Era então publicada no Diário da República a Lei nº 3/2005 que oficializava a Cidade de Estarreja. O Artigo Único da Lei nº 3/2005 refere que “A Vila de Estarreja, no Município de Estarreja, é elevada à categoria de Cidade”. A lei foi aprovada pela Assembleia da República a 9 de dezembro de 2004, tendo sido promulgada pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, a 7 de janeiro de 2005.
Notas Biográficas:
Maestro Cláudio Ferreira
Cláudio Pais Ferreira iniciou os estudos musicais na mais antiga coletividade do concelho de Estarreja e uma das mais antigas do distrito de Aveiro, a Banda Bingre Canelense. Prosseguiu a sua formação em trombone no Conservatório de Música de Aveiro. Terminou o curso de Instrumentista de Sopro na ARTAVE. Licenciou-se em Trombone e concluiu um Mestrado em Pedagogia do Instrumento, um Mestrado em Teoria e Formação Musical e um Mestrado em Direção pela Universidade de Aveiro com o maestro Ernst Schelle. No âmbito deste último Mestrado, sob orientação do maestro António Vassalo Lourenço, editou a obra Suite Africana de Frederico de Freitas, a publicar pela AvA Musical Editions.
Trabalhou com pedagogos e maestros de renome – entre os quais Severo Martinez, António Santos, Jarrett Butler, Hugo Assunção, Ricardo Casero, Jon Etterbeck, António Saiote, Christopher Bochmann, Jean-Sábastien Béreau, Alberto Roque, Pascual Vilaplana e Jean-Marc Burfin – e colaborou com diversas orquestras, nomeadamente a Orquestra Clássica da Madeira e a Orquestra do Algarve. Colaborou, como professor de naipe, com a Orquestra Clássica de Espinho. Foi maestro titular da banda Sociedade Musical Cultura e Recreio de Paços de Vilharigues, Banda União Musical Pessegueirense e Filarmónica de Santa Comba Dão. No momento encontra-se a aperfeiçoar a sua técnica de direção com o maestro Pedro Neves.
Atualmente é o maestro responsável pelos estágios de orquestra que os municípios de Trancoso, Mêda, Moimenta da Beira e Aguiar da Beira organizam conjuntamente.
Tem vindo a dirigir um número crescente de concertos em importantes locais e salas - Viseu, Açores, Lisboa, Porto (Casa da Música), Salamanca, Moçambique (Maputo), entre outros. É regularmente convidado para orientar estágios de orquestra e banda. Para a presente temporada, tem agendados 27 concertos com diferentes orquestras escolares e profissionais.
Dirigiu, como maestro convidado, a Orquestra Filarmonia das Beiras e a orquestra e coro do Projeto Xiquitsi em Maputo.
É o maestro titular da Orquestra Juvenil de Viseu e Docente no Conservatório Regional de Música, Dr. José de Azeredo Perdigão.
Flautista Angelina Rodrigues
Angelina Rodrigues é licenciada em flauta transversal pela Universidade de Aveiro, onde estudou com o professor Pedro Couto Soares. Do seu percurso académico fazem parte masterclasses com Jorge Caryevschi, Herbert Weissberg, Istvan Matuz, Patrick Gallois, Aurèle Nicolet, Peter Lukas Graf, Ricardi Ghiani e alguns prémios como o da Juventude Musical Portuguesa (1º em Música de câmara e 2º em flauta) e o 2º lugar no Prémio Jovens Músicos, nível superior, em 1993.
Entre 1993 e 95 apresenta-se a solo com a já extinta Orquestra de Câmara de Aveiro, período durante o qual faz parte da Orquestra de Jovens Luso-Francesa, Orquestra Portuguesa da Juventude, Orquestra Internacional do Music Meeting de Espinho 94, colaborando ainda com a Orquestra do Norte e Orquestra Clássica do Porto.
Integrou, desde a sua formação e posteriormente como Solista A, a Orquestra Filarmonia das Beiras com a qual se apresentou a solo em 1998 e 99. Formou em 99 o Quinteto Cromeleque com presença regular no Festival Internacional de Música de Aveiro e estreita colaboração com Bernardo Sassetti na gravação dos seus trabalhos “Quaresma” e “Unreal: Sidewalk Cartoon”. Em 2003 é selecionada para participar no “Flautissimo”, evento internacional que reuniu em Roma alguns dos principais nomes da atualidade no instrumento, como Felix Renggli, com o qual continuou o seu aperfeiçoamento em Basel.
Em 2015 participa no ciclo de música de câmara no Palácio da Bolsa (Porto), com o Quinteto de Solistas da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, com o qual participa também, em 2016, no “Festival da Primavera”, (Viseu). Em 2017 apresenta-se a solo com a orquestra de cordas da Universidade de Aveiro, no âmbito do Research Hands on Flute.
Desenvolveu a sua atividade pedagógica no Conservatório de Águeda, Academia de Música de S. João da Madeira, Academia de Música de Espinho e na Escola Profissional de Música de Espinho tendo, nos últimos anos, orientado diversas masterclasses em várias escolas do país. Tem alunos laureados nos seguintes concursos: Prémio Jovens Músicos 2006 (1º prémio, categoria superior), Terras de La Sallete 2007 (1º e 2º categoria C) e 2008 (a nível nacional 1º prémio, categoria sénior), Concurso de flauta de Beja 2007 (1º prémio, categoria 16-18 anos), I Concurso Nacional CMACG 2008 (2º e 3º prémios), II Concurso Nacional Paços Premium 2008 (1º prémio, Categoria A), Prémio Jovens Músicos 2008 (3º prémio, nível médio) e Anatólio Falé 2015.
No plano orquestral trabalhou com solistas de renome nacional e internacional como Mário Laginha, Pedro Burmester, Elisabete Matos, Gregory Porter, John Storgards, Emilio Pomàrico, Eliahu Inbal, Leopold Hager, Michail Jurowski, Stefan Blunier, Joseph Svensen, Michael Sanderling, Vasily Petrenko e Andris Nelsons, entre muitos outros.
É atualmente professora de flauta como Assistente Convidada na Universidade de Aveiro e, desde 2002, Solista B na Orquestra Nacional do Porto, agora Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música.
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