Quando
a Câmara a Municipal de Aveiro exige do Governo central um
tratamento de equidade na atribuição de financiamentos, está a
fazer uso de um direito que lhe assiste, não admite certamente que
seja colocada em causa a democracia em Portugal, como também não
deixa de reagir a tratamentos discriminatórios no caso de se sentir
prejudicada.
Ainda
bem que existe democracia em Portugal, e dela ninguém abdica, estou
certo, incluindo aqueles com saudades do passado.
Como
cidadão em pleno direito de usufruto dos direitos que a Lei
Fundamental do meu País me confere, tenho séria dificuldade em
aceitar que a Câmara Municipal de Aveiro tenha praticado
discriminação na distribuição de publicidade a este órgão de
imprensa relativamente à Feira de Março.
Não
nos fica bem, exigir do poder central aquilo que não praticamos na
nossa área de acção, refiro-me em concreto à não entrega de
publicidade ao Litoral Centro – Comunicação e Imagem, com
o
registo
definitivo na ERC nº.
126864,
Estatuto
Editorial, entre outros requisitos que obrigatoriamente este órgão
de informação de âmbito nacional está sujeito.
O
mais surrealista foi a resposta que nos foi
dada pelo gabinete de comunicação da respectiva Câmara Municipal,
a
saber:
“Incube-me
o Sr. Dr. Rogério Carlos, Adjunto do Sr. Presidente da Câmara
Municipal de Aveiro e responsável pela organização da Feira de
Março 2019, informar que caso
pretenda ter acesso aos conteúdos informativos sobre o certame,
teremos todo o gosto em acrescentar os seus contactos na base de
dados da Comunicação Social”.
Mais
“Incube-me ainda de informar que no que à Publicidade diz
respeito, neste momento o plafond para a aquisição de publicidade
já está fechado, pelo que não será possível contratar
publicidade no seu meio de comunicação”. Que resposta tão
desprezível!
Estamos
perante um claro tratamento de discriminação em relação a um
órgão de informação com mais de um milhão e cem mil leitores vs
visualizações
de página, lido
ou pesquisado em mais de 130 países, que recebe conteúdos de
eventos de Câmaras Municipais entre outras entidades de norte a sul
do País.
“Tentámos
por 3 vezes contactar com o Dr. Rogério Carlos a saber: uma nas
instalações da Feira de Março, outra presencialmente na Câmara
Municipal, e por fim, falámos
via telefone com o seu secretário, para dar nisto. Convido-a
por via deste link a ler o Código de Honra do Jornalista
http://litoralcentro-comunicacaoeimagem.pt/sobre/.Vamos
estar atentos!”.
Esta
a resposta dada ao e-mail enviado pelo gabinete de comunicação da
dita Câmara Municipal de Aveiro.
Os
critérios que determinam a distribuição da publicidade à imprensa
de Aveiro (infelizmente
nem
sequer tem assim tanta),
ou até do Distrito como ainda a de âmbito nacional, leva-nos
a pensar que estamos perante os
que são “amigos do peito”, os que não “levantam ondas”,
aliás, como sempre foi pratica corrente.
Certo
Governador Civil de Aveiro disse o seguinte: “Deixa-os pousar!”.
Tinha
como destinatários um
grupo de
jornalistas à
espera
no corredor para
confrontar o dito governador de então sobre
determinado assunto.
Face
ao sucedido vamos mesmo continuar atentos. Não só porque também
pagamos impostos, mas, porque Aveiro necessita de jornalismo a sério.
Fazer
jornalismo sério e construtivo exige o inconformismo de levantar a
voz para combater, quando a verdade o exigir, uma obediência servil
a homens, combater factores que engendram uma sociedade gasta,
incapaz e enferma.
Um
jornalista sério não pode adoptar uma posição de conformismo, um
alheamento ao fluir dos acontecimentos, que directa ou indirectamente
atinge a elevação ou decadência moral e social da
comunidade/sociedade.
A
Câmara Municipal de Aveiro ficou mal na foto, e assim vai continuar
enquanto não reparar a injustiça que em seu nome alguém praticou.
Joaquim
Carlos
Director
e Administrador