Entrou
em vigor no passado 1 de Maio o Programa de Apoio à Redução do
Tarifário dos Transportes Públicos (PART) na Região de Aveiro.
Esta medida, lançada pelo governo para as duas Áreas Metropolitanas
e para as várias Comunidades Intermunicipais do país, é positiva a
vários níveis, nomeadamente em termos ambientais, sociais e
económicos, destacando-se pelo objectivo de transferir viagens
realizadas em automóvel próprio para meios de transporte
colectivos.
Relativamente
à implementação do PART na Região de Aveiro, há primeiro que
lamentar o atraso na implementação deste programa a nível local, o
qual teve início apenas um mês depois do seu lançamento nas Áreas
Metropolitanas de Lisboa e Porto.
Os dados apontam já para um aumento superior a 30% dos passes
vendidos na AM de Lisboa relativamente ao mês homólogo e para 18%
mais passageiros no Metro do Porto face ao mês anterior.
Os
descontos aplicados na Região de Aveiro destacam-se por apenas
abrangerem passes intermunicipais, inter-regionais com a CIM Região
de Coimbra e no Município de Aveiro. Conclui-se assim que a oferta
de transportes públicos urbanos e intra-municipais nos restantes
concelhos da região é inexistente ou alvo de discriminação
negativa por parte da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro
(CIRA).
Não
existe qualquer estratégia de simplificação tarifária por parte
do Município de Aveiro ou da CIRA, de forma a atrair mais
passageiros para os transportes colectivos. Veja-se o exemplo da AM
de Lisboa, em que com o mesmo passe Navegante Metropolitano (40 €)
é possível viajar por todos os 18 municípios da AML e em todos
serviços de transporte público (comboio, autocarro, barco,
eléctrico, metro, etc.).
Na região de Aveiro, os passes dos utilizadores estão restringidos
a percursos fixos ou zonas limitadas, e quem quiser utilizar, por
exemplo, comboio e autocarro nas suas deslocações, tem de adquirir
2 passes diferentes, com distintos sistemas de bilhética e sem
qualquer desconto pelo conjunto.
Em
Aveiro não existe também o passe familiar, que permita a um
agregado familiar pagar um valor mais apelativo pela totalidade dos
elementos que o constituem, nem sequer isenções até aos 12 anos de
idade como acontece por exemplo em Lisboa.
É
inconcebível que seja mais fácil, cómodo e, por vezes, até mais
barato viajar de Aveiro até ao Porto, do que por exemplo entre
Aveiro-Ílhavo, Aveiro-Águeda ou outros municípios da CIRA.
É
também inadmissível que quem necessita de trocar de autocarro para
realizar um só percurso entre 2 pontos no município de Aveiro,
tenha de pagar 2 viagens.
E
é ainda incompreensível como é que passados 2 anos após as
eleições autárquicas, o município de Aveiro ainda não tenha
implementado o sistema complementar de
transporte público rodoviário a pedido, dirigido aos residentes em
zonas periféricas e de menor densidade populacional, tal como
constava no programa eleitoral da coligação PPD/PSD,
CDS-PP, PPM.
O executivo municipal continua sem qualquer plano e
estratégia para a mobilidade sustentável em Aveiro, isto apesar das
claras insuficiências do serviço de transportes colectivos ao
dispor da população, tal como mostra o inquérito realizado pela
DECO no ano passado, em que o nível de insatisfação por parte dos
cidadãos relativamente à escassez da oferta é a mais elevada do
país no conjunto das cidades analisadas.
A
Câmara Municipal de Aveiro e a Comunidade Intermunicipal da Região
de Aveiro limitaram-se a utilizar as verbas disponibilizadas pelo
governo para baixar os preços de alguns tarifários específicos,
mas é necessária muito mais ambição e vontade para realizar uma
efetiva transformação nos hábitos de mobilidade da região,
altamente dependente do automóvel particular para as suas
deslocações, com todos os prejuízos que daí advêm tanto
individual como colectivamente.
_______________
PAN – Pessoas Animais Natureza – Aveiro
Comissão Política Distrital
04 de Maio de 2019
Em
Aveiro não existe também o passe familiar, que permita a um
agregado familiar pagar um valor mais apelativo pela totalidade dos
elementos que o constituem, nem sequer isenções até aos 12 anos de
idade como acontece por exemplo em Lisboa.
É
inconcebível que seja mais fácil, cómodo e, por vezes, até mais
barato viajar de Aveiro até ao Porto, do que por exemplo entre
Aveiro-Ílhavo, Aveiro-Águeda ou outros municípios da CIRA.
É
também inadmissível que quem necessita de trocar de autocarro para
realizar um só percurso entre 2 pontos no município de Aveiro,
tenha de pagar 2 viagens.
E
é ainda incompreensível como é que passados 2 anos após as
eleições autárquicas, o município de Aveiro ainda não tenha
implementado o sistema complementar de
transporte público rodoviário a pedido, dirigido aos residentes em
zonas periféricas e de menor densidade populacional, tal como
constava no programa eleitoral da coligação PPD/PSD,
CDS-PP, PPM.
O executivo municipal continua sem qualquer plano e
estratégia para a mobilidade sustentável em Aveiro, isto apesar das
claras insuficiências do serviço de transportes colectivos ao
dispor da população, tal como mostra o inquérito realizado pela
DECO no ano passado, em que o nível de insatisfação por parte dos
cidadãos relativamente à escassez da oferta é a mais elevada do
país no conjunto das cidades analisadas.
A
Câmara Municipal de Aveiro e a Comunidade Intermunicipal da Região
de Aveiro limitaram-se a utilizar as verbas disponibilizadas pelo
governo para baixar os preços de alguns tarifários específicos,
mas é necessária muito mais ambição e vontade para realizar uma
efetiva transformação nos hábitos de mobilidade da região,
altamente dependente do automóvel particular para as suas
deslocações, com todos os prejuízos que daí advêm tanto
individual como colectivamente.