Bom Domingo para todos os amigos de bem!
Há uns anos a esta parte, a ADASCA - Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro, a caminho de 13 anos de existência, desenvolveu, e tem vindo a desenvolver um trabalho em prol da dádiva de sangue no Concelho de Aveiro, inédito, segundo a opinião de pessoas atentas às actividades da dita associação.
Para quem não sabe, chegou a reunir entre 100 a 200 pessoas para doarem sangue no Salão dos Bombeiros Velhos de Aveiro. Aconteceu por mais do que uma vez reforçar os recursos humanos, como ainda a logística. Com o decorrer do tempo, foi-se registando uma redução significativa, sem saber porque. Sobre este assunto a cegueira era total.
Quando alguém, alertou para o que estava a ser feito administrativamente por alguns funcionários do CST de Coimbra, com o propósito de retirar dadores das brigadas promovidas pela ADASCA, encaminhando-os para outras localidades, francamente, não queria acreditar. A dura realidade aconteceu, e ainda hoje acontece.
Respirou-se, e ainda se respira uma flagrante injustiça, com ameaças diversas à mistura. Os interesses subterrâneos existentes, os compadrios, as influências pessoais, os acordos existentes deviam nesta área configurar crimes morais, levando quem os pratica a prestar contas no tribunal. Isso não aconteceu, e dificilmente vai acontecer. A impunidade veio para ficar, encobrem-se uns aos outros, é o que vale estar protegido pelo estatuto de funcionário público. Miséria moral.
Mais, existem funcionários no CST de Coimbra, que não deviam estar mais ao serviço, pelo menos nesta área. Pela forma como atendem os dadores, pelas respostas desadequadas, falta de civismo, bastava. Se falarmos na falta de resposta às questões colocadas pelos dadores, então as situações agravam-se ainda mais. De vez em quando, ainda lhes entregam uns questionários quantificar a sua satisfação...
A quebra de dadores tem explicação, não se deve à falta de promoção para a dádiva, deve-se ao não aproveitamento. Pelo que não acreditamos que se verifique falta de sangue, estamos perante campanhas com intuitos pouco claros, quiçá, para a imprensa fazer publicidade gratuita, tendo em conta que se trata de um assunto de interesse público. Um trunfo/artimanha para que seus nomes apareçam na imprensa associados a boas causas, como ainda na promoção da imagem pessoal. Sinal dos tempos.
A ADASCA não dá mais aos dadores porque as limitações físicas das instalações são evidentes, são necessárias outras que proporcionem melhores condições.
A composição da mesa do dia 14 de Agosto é a que se vê na imagem, procura-se a diversidade na oferta. Os dadores merecem tudo isto e muito mais. Não podem ser só lembrados para esticar os braços.
Compreendo aqueles ex-dadores que deixaram de fazer a sua dádiva. Ninguém gosta de se sentir enganado, ou de estar a ser usado para fins obscuros, essa a razão que me leva a escrever: Doar sangue sim, mas, abram os olhos, estejam atentos ao que se passa, e quem se está a servir de vós para atingir interesses que vos escapam. Cuidado com as vozes angélicas, suaves, cativantes, que soam bem aos ouvidos.
Pela parte que me diz respeito, bem podia ser um ex-dador magoado, sou sim, por razões de doença cardíaca. Mas, sou um dos dirigentes profundamente desencantado com este mundo da dádiva. Assiste-me fortes razões pessoais e morais para não comparecer nas reuniões do CSTC/IPST.
Sinto-me mal com tiranos sentados ao meu lado, a adoptarem comportamentos fingidos, hipócritas e traiçoeiros. Infelizmente, conheço alguns. É caso para deixar uma observação no ar: Pregam o que praticam, ou, praticam o que pregam? Nem são carne, nem são peixe, são uns intrusos, oportunistas, revelando comportamentos como se fossem os donos disto tudo, exercendo pressões e ameaças, sobre quem não alinha com eles.
Por fim, acredito piamente, que cada um vai colher o que semeou no seu devido tempo. Uma figueira não pode dar uvas, como uma videira não pode dar figos. Assim é, a imagem daqueles que dizem que são, e fazem o seu contrário.
As Convenções Nacionais de Dadores de Sangue, de que a ADASCA foi anfitriã com a primeira no auditório do ISCAA em Aveiro revelaram parte do que eu desconhecia. Afinal, estava iludido, enganado, e não via mais do que uma fantasia. Fui alertado por diversas pessoas para não avançar com tal iniciativa, não quis dar ouvidos, acabei por ser um alvo a abater até hoje. A famosa Carta Aberta publicada em determinado site é reveladora do que certas pessoas são capazes de fazer TUDO para denegrir outras.
Sinto-me devorado... Estou perante um índice da pura maldade humana inacreditável. A Convenção Nacional de Dadores de Sangue que se realizou em Viana do Castelo não se devia ter realizado, evitava-se assim a de Santarém e da Carapinheira - Montemor o Velho.
Os lobos montaram o cerco aos inocentes, mas, incómodos. Se os dadores tivessem assistido uma destas Convenções, certamente que compreendiam melhor o que aqui escrevo. Ainda vão para as televisões com ar de bonzinhos, amorosos, condoídos.
Mentir descaradamente na barra de um tribunal é obra. Os cobardes foram os que neles confiaram desde o primeiro momento. Os heróis foram os que mentiram em tribunal, quando juraram pela sua honra dizer a verdade, somente a verdade. Que honra vem a ser essa?
Porque dois ou três incomodam assim tanto?
Termino como iniciei: Bom Domingo para todos os amigos de bem!
Joaquim Carlos
Director
NB: Este artigo de opinião isenta de qualquer responsabilidade os elementos dos órgãos sociais da ADASCA, é da inteira responsabilidade do seu autor.