quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Hospital S. João do Porto investe 1,8 milhões de euros no Serviço de Cardiologia de Intervenção

O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no Porto, anunciou hoje um protocolo com a empresa Medtronic para investir 1,8 milhões de euros em obras e equipamentos "médicos inovadores" no Serviços de Cardiologia de Intervenção até meados 2020.

“O protocolo envolve um investimento na ordem dos 1,8 milhões de euros para equipamentos e obras, cuja implementação deverá estar concluída nos primeiros meses de 2020”, lê-se num comunicado enviado hoje pelo CHUSJ.
O protocolo entre o hospital de São João e a empresa celebrado hoje tem o objetivo de "equipar os serviços de Cardiologia e Radiologia de Intervenção com soluções inovadoras de equipamento médico", refere o mesmo comunicado.
Segundo o Hospital de São João, o Serviço de Radiologia de Intervenção duplicará a capacidade existente, utilizado para radiologia, cirurgia vascular e neurorradiologia e passará a ser “possível dar uma resposta mais eficiente aos exames requeridos e inúmeras urgências, aumentando a capacidade de produção e a acessibilidade”.
“Esta parceria permitirá que o Serviço de Cardiologia – Centro de Referência de Intervenção em Cardiopatia Estrutural – substitua totalmente uma das salas de hemodinâmica”, acrescenta o comunicado.
O novo equipamento vai permitir a “integração em tempo real da imagem e cocardiográfica e radiológica” e a “nova sala de hemodinâmica permitirá otimizar a qualidade dos exames e a segurança dos procedimentos”.
Lusa

Duas mulheres detidas e fábrica de enchidos encerrada em Bragança

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A operação envolveu PSP, ASAE e a Câmara de Bragança e foi desencadeada depois de o local ter sido descoberto numa missão de rotina das brigadas de Proteção Ambiental (BriPA). Foram apreendidos.
"310 quilogramas de produtos, por géneros alimentícios anormais avariados e corruptos”.Uma fábrica de enchidos e panificação de Bragança foi encerrada por falta de condições e duas mulheres detidas numa operação em que foram apreendidos mais de 300 quilos de produtos estragados, informaram esta quinta-feira as autoridades.
O processo seguirá agora em tribunal e foi desencadeado pela intervenção da brigada de Proteção Ambiental, que identificou o local “onde era evidente o processamento de carnes evidenciando total desrespeito pelas normas legais e compromisso com a saúde pública”.
No mesmo local eram também confecionados doces regionais, conhecidos por económicos.
A brigada da PSP contactou a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e foram também chamados ao local a veterinária municipal e o delegado de saúde.
“Os produtos encontravam-se em instalações sem garantias mínimas de condições técnico funcionais, que colocavam em causa, de forma séria, o risco higienossanitário”, constataram as autoridades.
Segundo a descrição, “a sala de preparação e manuseamento dos enchidos apresentava bastantes danos estruturais, bem como evidenciava ausência de higienização, com bastante sujidade e acumulação de gorduras, com diversos enchidos colocados diretamente no chão”.
O relato dá conta de que “os diversos anexos, nomeadamente, o forno para produção de panificação e os locais onde se encontravam as várias câmaras de conservação de produtos congelados, não reúnem as condições legais”.
As autoridades observaram que no local existiam dois cães que “tinham acesso” aos equipamentos “com muita sujidade, restos de enchidos e excrementos dos referidos animais e um cheiro nauseabundo”.
Os produtos, como carne de porco, presuntos e enchidos “encontravam-se impróprios para consumo, dado se encontrarem depreciados, queimados pelo gelo, com alterações de coloração, desidratados e com bolores”.
“Alguns, com cheiro nauseabundo, em virtude de estarem putrefactos por avaria no equipamento de armazenagem”, segundo ainda as autoridades.
As autoridades retiram também do local os dois cães e desencadearam um processo criminal contra os donos por maus-tratos.
Lusa

Oeste | Prove Leiria Doçaria: está de volta ao Mercado Sant’Ana o fim de semana mais doce do ano

O Mercado de Sant’Ana recebe, de 18 a 20 de outubro, mais uma edição do Prove Leiria Doçaria, o evento mais doce do ano, em que as pastelarias de Leiria apresentam as suas especialidades, num programa que conta com a participação especial dos reconhecidos chefs Cátia Goarmon, Nuno Bergonse, Marco Costa, Luís Gaspar e Filipa Gomes.

 Brisas do Lis, barrigas de freira, capuchinhos, canudos de Leiria, fatias do Convento de Sant’Ana, arrepiados, trouxas d’ovos, noivas do Lis, pecados dos anjos, queijadas, doces, geleias, compotas e muitas outras iguarias de  “deixar água na boca”  vão fazer as honras desta edição do Prove Leiria Doçaria, uma verdadeira tentação para os apreciadores da doçaria tradicional. 

Para aqueles que, além de comer, gostam de “meter a mão na massa” para confecionar os seus doces, recomendamos as sessões de “Creative Show Cooking” que vão decorrer  durante o fim de semana.

A primeira Chef a mostrar os seus talentos será Cátia Goarmon (Tia Cátia do 24 Kitchen), na sexta-feira, dia 18 de outubro, às 18h00, seguindo-se, no sábado, dia 19, às 11h00, o Chef Nuno Bergonse (MasterChef Portugal) e, às 15h30, o Chef Marco Costa. No domingo é a vez do Chef Luís Gaspar e da Chef Filipa Gomes (24 Kitchen) partilharem os seus talentos, às 11h00 e às 15h30, respetivamente.

A música não vai faltar neste “doce” evento, que ao longo dos três dias e a partir das 19h00, irá contar com Sunsets animados pelo DJ Carlos Matos.

Na sua quinta edição, o “Prove Leiria Doçaria” continua a ter como base a promoção  de produtos da região de Leiria, com particular destaque para o segmento dos doces e similares. 

A edição deste ano conta com a parceria de Brisas do Liz, Delta Cafés, Ponto Rebuçado, Aldeia dos sabores, Alexmel, Pastelarias Brisanorte, MAGLICE, pastelaria Pão Quente, Permarcati Creperie&Geladaria , Pires Pastelarias, Sar&Doce e Dolce Peccato.  Na área Doces & Mel, participam no evento: Mar e Mares, Demaria, Doces da Go, Mel do Caçador e Mel das Encostas do Liz.

A entrada é livre. Esperamos por si no Mercado de Sant'Ana!

Oeste | ÚLTIMA EDIÇÃO DE 2019 DA FEIRA RURAL DE SANTA CRUZ


No próximo dia 19 de outubro, sábado, Santa Cruz recebe a última edição de 2019 da Feira Rural. Entre as 9h00 e as 17h00, na Rua José Pedro Lopes, será possível visitar as bancas dedicadas à doçaria, aos vinhos e ao artesanato.

A animação também está garantida, com a Banda às Riscas.

Uma experiência diferente, com “aroma” a maresia, que lhe permitirá fazer as suas compras enquanto desfruta da beleza e vivência única da praia de Santa Cruz.

Esta atividade integra-se no programa “Santa Cruz.365”, sendo organizada pela Câmara Municipal de Torres Vedras e pela Junta da Freguesia da Silveira.

Cantanhede | No âmbito do projeto Tardes Comunitárias” - História das Comunicações e o Dia Mundial dos Correios foi tema de palestra na Biblioteca Municipal de Cantanhede


A História das Comunicações e o Dia Mundial dos Correios foram o mote da palestra que reuniu mais de quarenta pessoas no auditório da Biblioteca Municipal de Cantanhede, no passado dia 9 de outubro. 
Esta foi mais uma iniciativa realizada no âmbito do projeto concelhio Tardes Comunitárias: Dar Mais Vida aos Anos, que teve como principais objetivos, assinalar o Dia Mundial dos Correios, que se comemorou, ontem, dia 9 de outubro, e também elucidar os presentes sobre a História das Comunicações, bem como a sua importância ao longo da evolução humana.
Foram oradores na sessão as técnicas da Biblioteca Municipal de Cantanhede, Maria João Espírito Santo e Maria Teresa Paixão, que elaboraram uma apresentação sobre a História das Comunicações, e João Laranjeiro e Paulo Carreira, ambos técnicos dos CTT, que apresentaram testemunhos da profissão de carteiro e também sobre a história desta Instituição centenária.  
Esta atividade contou com a parceria dos CTT de Cantanhede, que disponibilizaram aos participantes um bilhete-postal selado gratuito, e da Fundação Portuguesa das Comunicações, que ofereceu a todos os participantes um exemplar da publicação “Cinco Séculos de Comunicações em Portugal”.

Sobre Paulo Carreira
Paulo Carreira é coordenador da área comercial da região de Coimbra dos CTT. É licenciado em Gestão pelo Instituto Politécnico de Santarém e possui pós-graduações em Vendas e Direção Comercial, pelo Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM), em Estudos Pós-Graduados em Gestão, pela Universidade Aberta, e o Curso Geral de Gestão, pela Universidade Nova. Possuidor de uma sólida experiência profissional na área financeira, trabalhou em vários bancos representados em Portugal, de 1981 a 2004, abraçando o desafio dos CTT, em 2004.
Sobre João Laranjeiro
João Laranjeiro iniciou funções nos CTT, em 1986. Depois de um estágio em Coimbra, foi colocado em Cantanhede, no dia 9 de outubro de 1987, onde desempenha há 32 anos o cargo de carteiro.

Proença-a-Nova | Consumo de produtos da época e do território em destaque na 10ª Oficina Bioaromas


Com o tema “Plantas Aromáticas e Medicinais da Época e do Território”, a 10ª Oficina do Projeto Bioaromas irá sensibilizar a população para o consumo de produtos que se colhem nesta altura do ano na região, realizando-se no dia 18 de outubro, no Centro Ciência Viva da Floresta, a partir das 17h00.

O tema escolhido está em linha com a comemoração do Dia Mundial da Alimentação, promovido anualmente pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e para a Agricultura), que este ano apela para a promoção de uma alimentação saudável, sustentável, disponível e acessível a todos.

À semelhança das edições anterior, o Chef Rui Lopes conduzirá os participantes numa viagem pelos sabores e irá explorar as plantas aromáticas e medicinais (PAM) que crescem espontaneamente no nosso território, numa ligação estreita com a floresta. Muitas vezes desvalorizadas, as PAM dão sabor especial aos pratos, ao mesmo tempo que contribuem para uma alimentação mais saudável. 

As inscrições para esta oficina estão a decorrer em https://www.ccvfloresta.com/  e estão limitadas a 30 participantes. 

Ciência | Investigadores da FCTUC realizam campanha de sensibilização sobre praga do percevejo asiático



Numa altura em que se discute intensamente o combate à vespa asiática (vespa velutina), «existe outro inseto muito problemático, o percevejo asiático (Halyomorpha halys), que, com certeza, nos vai incluir na já longa lista de países invadidos em todo o mundo», alerta um grupo de investigadores da Universidade de Coimbra (UC).

Para sensibilizar a população em geral, e os produtores agrícolas em particular, uma equipa do FLOWer Lab (Centre for Functional Ecology), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), iniciou uma campanha de sensibilização sobre a problemática desta praga.

Esta campanha, inserida no projeto i9Kiwi, inclui vários materiais de divulgação, entre os quais panfletos acerca do percevejo asiático, difundidos em formato físico ou através das redes sociais, bem como a realização de comunicações públicas e publicações técnicas, alertando para a problemática deste inseto. Os investigadores apelam também à participação de todos os cidadãos, na melhor filosofia de uma ciência verdadeiramente inclusiva e cidadã, através da partilha no grupo de Facebook "Percevejo asiático (Halyomorpha halys) PT", ou via e-mail (h.halys.i9k@gmail.com), de fotografias de possíveis avistamentos do inseto.

Nativo do oeste asiático, o percevejo asiático foi introduzido acidentalmente nos continentes americano (nos EUA em 2001 e no Chile em 2017) e europeu (Suíça em 2004), tendo expandido a sua distribuição a partir destes pontos de introdução, contando já com 22 países invadidos. Apesar das populações estabelecidas mais próximas estarem na Catalunha (Espanha) desde 2016, no início de 2019, o inseto foi intercetado na região de Pombal, em equipamento agrícola importado de Itália (Fonte: DGAV), país europeu onde se estão a verificar mais prejuízos económicos.

Para João Loureiro, investigador do FLOWer Lab, «o estabelecimento de mais uma praga agrícola no nosso país, especialmente de um inseto picador-sugador capaz de se alimentar em mais de 300 espécies de plantas nas suas diferentes estruturas (frutos, folhas, rebentos...), incluindo inúmeras plantas de interesse agrícola, poderá ter efeitos muito negativos para a agricultura».

O também docente da FCTUC sublinha que «é durante o período de atividade em que se alimenta (de abril a novembro) que inviabiliza comercialmente os produtos agrícolas (provocando cicatrizes, depressões, descolorações, deformações e/ou queda). As perdas a este nível podem chegar a 90% de produção, e culturas agrícolas como o tomate, milho, pera, uva, e laranja, tão relevantes no contexto nacional, podem vir a ser severamente afetadas, sem que haja ainda uma forma eficaz de controlo».

Ao nível de saúde pública, «a procura do inseto por abrigos, nomeadamente no interior de casas e barracões, para a fase de diapausa (hibernação) durante os meses frios (Dezembro-Março), leva uma concentração elevada de organismos - na ordem dos milhares de insetos- agravada pela libertação de odores nefastos quando perturbados», salienta.

Por sua vez, Hugo Gaspar, investigador do FLOWer Lab responsável pela produção dos materiais de divulgação e pela identificação dos avistamentos suspeitos, observa que «o clima favorável em Portugal, a rápida progressão observada e os danos agrícolas e de saúde pública com difícil combate, e a intersecção verificada em Portugal no início do ano, tornam imperativo trazer o conhecimento ao público e assim tentar evitar a expansão silenciosa. O estado de alerta é a melhor medida que podemos tomar neste momento e a ajuda de todos é essencial, principalmente através da participação ativa dos produtores agrícolas».

Cristina Pinto


Mundo | Religião: A concepção católica tradicional das Missões

Fundação da cidade de São Paulo – Oscar Pereira da Silva, 1909. Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Fundação da cidade de São Paulo – Oscar Pereira da Silva, 1909. Pinacoteca do Estado de São Paulo.
No post de ontem deste site reproduzimos a introdução do livro de Plinio Corrêa de Oliveira “Tribalismo Indígena – Ideal comuno-missionário para o Brasil no século XXI”, no post de hoje segue praticamente a íntegra do primeiro capítulo desta obra, da qual podemos dizer que é um prognóstico do atual Sínodo Pan-Amazônico.
  • Plinio Corrêa de Oliveira
• Como fim, evangelizar.
• Evangelizando, civilizar.
• Civilizando, fazer o bem.
O“diálogo” que o leitor acaba de ler corresponde, na sua maior parte, a textos emanados de fontes missionárias “atualizadas”, e delineia uma radical modificação na doutrina das missões. Tal modificação penetrou largamente, de algum tempo para cá, em ambientes missionários brasileiros, onde se propaga com a discrição e a rapidez da mancha de azeite. Como se verá, esta transformação não interessa apenas a especialistas, mas afeta profundamente o futuro da Igreja e da Pátria.
         Assim, devem estar atentos para ela todos os brasileiros. Pois ela visa estender uma perigosa ondulação no mundo das selvas incultas. E, ainda mais, conectar esta ondulação com outra maior, a ser efetuada no mundo dos campos cultivados e das cidades.
         Selvas incultas, campos cultivados, cidades em franca expansão: é bem o Brasil inteiro que assim pode ser atingido…
1. Conceito de Missão
         Na doutrina missiológica da Igreja, velha de cerca de vinte séculos, o conceito de Missão católica, seus fins e seus métodos, está perfeitamente definido. E coincide com o modo de ver e de sentir do leitor brasileiro médio. Por isto pode-se estar certo, de antemão, que os próximos parágrafos não chocarão ninguém. Pelo contrário, parecerão tudo quanto há de mais normal.
         Missão vem do vocábulo latino missio, de mitto, isto é, eu envio. O missionário é pois um enviado (Bispo, Sacerdote — e, por extensão, também uma Religiosa ou um leigo).
Enviado, o missionário o é pela Igreja, em nome de Jesus Cristo, a Quem representa junto a povos não católicos, com o fim de os trazer para a verdadeira Fé.
2. Fim supremo da Missão – a glória de Deus e a bem-aventurança eterna
         Ensina a Igreja que a via normal para o homem se salvar consiste em ser batizado, crer e professar a doutrina e a lei de Jesus Cristo.
Trazer os homens para a Igreja é, pois, abrir-lhes as portas do Céu. É salvá-los. É este o fim da Missão.
Esta salvação tem por supremo fim a glória extrínseca de Deus. Salva-se a alma que tenha conseguido assemelhar-se a Ele pela observância da Lei, nos embates desta vida. E assim Lhe dará glória por toda a eternidade.
Toda semelhança é, em si, um fator de união. A alma dessa maneira unida a Deus alcança a plenitude da felicidade.
3. Efeitos da Missão na vida temporal
a) A ordem
         A glória de Deus e a perpétua felicidade dos homens são fins missionários da mais alta transcendência. Isto não impede que a Missão tenha efeitos terrenos, também dos mais elevados.
Com efeito, Deus criou o universo numa ordem sublime e imutável. Sendo o homem o rei do universo, tal ordem é sobretudo admirável no que toca a ele.
         Os preceitos da ordem natural se exprimem nos Dez Mandamentos da Lei de Deus (cfr. Santo Tomás, Suma Teológica, Ia. IIae., q. 100, aa. 3 e 11), confirmados por Nosso Senhor Jesus Cristo (“não vim dissolver a lei, mas cumpri-la” – Mt 5, 17), e por Ele aperfeiçoados (Mt 5, 17 a 48; Jo 13, 34).
         Ora, a observância da ordem, em qualquer esfera do universo, é a condição não só para a conservação desta, como para seu progresso, o que é sobretudo verdadeiro para os seres vivos, e mais especialmente para o homem.
b) A grandeza e o bem-estar dos povos
         Daí decorre que a Lei de Deus é o fundamento da grandeza e do bem-estar de todos os povos (cfr. S. Agostinho, Epist. 138 al. Ad Marcellinum, cap. II, n. 15).
Cristianizar e civilizar são, pois, termos correlatos. É impossível cristianizar seriamente sem civilizar. Como, reciprocamente, é impossível descristianizar sem desordenar, embrutecer e impelir de volta rumo à barbárie.


Primeira Missa no Brasil – Victor Meirelles, 1860. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
4. Missão e índios
a) O contato com Jesus Cristo
         Ser missionário, no Brasil, é principalmente levar o Evangelho aos índios. É levar-lhes também os meios sobrenaturais para que, pela prática dos Dez Mandamentos da Lei de Deus, alcancem seu fim celeste. É persuadi-los de que se libertem das superstições e dos costumes bárbaros, que os escravizam em sua milenar e infeliz estagnação. Em consequência, é civilizá-los.
         Cabe insistir: enquanto é próprio ao homem cristianizado e civilizado progredir, sempre no reto e livre exercício de suas atividades intelectuais e físicas, o índio é escravo de uma imobilidade estagnada, a qual desde tempos imemoriais lhe tolhe todas as possibilidades de reto progresso.
Apresentando-se ao índio, está o missionário de Jesus Cristo no direito de lhe dizer: “cognoscetis veritatem, et veritas liberabit vos – conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8, 32).
b) O contato com o neopaganismo moderno
         Bem entendido, o contato com os missionários traz forçosamente, para o índio, o contato com a civilização. Não com uma civilização quimérica, descida das nuvens, mas com a civilização ocidental como ela é concretamente. Na medida em que esta possui ainda fermentos autenticamente cristãos, a civilização será rica, para os indígenas, em benefícios espirituais e até materiais. E na medida em que nela trabalhem os germes de decadência e do neopaganismo, há o risco de que ela seja ocasião para os índios se poluírem na alma e no corpo.
c) Problema desconcertante
         Essa circunstância cria para as missões contemporâneas dificuldades desconcertantes. Como podem elas evitar que, levando Jesus Cristo aos índios, não lhe siga o passo muito de perto o Anticristo, ou seja, o neopaganismo moderno?
5. Para o missionário, uma solução impossível: abster-se
a) O poder de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre as almas retas
O problema, por mais intrincado que seja, não pode servir de razão para o missionário não ir aos índios. Não lhes levar Nosso Senhor Jesus Cristo, sob a alegação de que o Anticristo moderno virá logo após Ele, é ignorar o poder e a bondade do Salvador. Em todas as almas retas, e entre os índios obviamente, Nosso Senhor Jesus Cristo é infinitamente mais poderoso do que o Anticristo.
b) O contato com a civilização ocidental
         Ao tratar da presente temática, é preciso não confundir grosseiramente o neopaganismo moderno com a civilização ocidental. Esta última foi cristã durante mais de mil anos; e embora por desdita já não se possa dela dizer tal, ainda conserva muito do caráter cristão de outrora. Da mesma forma que certos edifícios de pedra que, expostos ao dardejar do sol durante o dia inteiro, depois de entrada a noite conservam o calor acumulado. Assim também a civilização ocidental — sem mais poder dizer-se cristã, e a despeito da decadência onímoda em que se vai afundando — ainda está quente da ação benfazeja que, durante os séculos da antiga fidelidade, recebeu do Sol de Justiça (Ml 4, 2) que é Nosso Senhor Jesus Cristo.
         De onde se deve concluir que seria irrefletido, simplista e até fanático pretender que, em contato com a civilização ocidental, os índios só têm a perder e nada a lucrar.
c) Influência do verdadeiro Sacerdote
         Quando vive na civilização atual, o verdadeiro Sacerdote tem por missão a luta. Luta a favor de tudo quanto procede de Jesus Cristo e a Ele conduz. Luta contra tudo que procede do mal e afasta de Jesus Cristo.
Se o índio nota no missionário esta atitude valorosa, de discernimento e de luta, terá as graças e o bom exemplo para beneficiar-se dessa civilização, sem nela se corromper.
d) Problema bizantino
         Ademais, na realidade concreta em que vivemos seria perfeitamente bizantino discutir sobre se convém aos índios receber, com a presença dos missionários, também a influência de nossa civilização. Esta, em seu vertiginoso desenvolvimento técnico, os estará alcançando a todos muito em breve, com ou sem missionários. E melhor será para os índios que, junto com a civilização neopagã, vão também os missionários de Jesus Cristo.
e) O agitador comunista, missionário de Satã
         Aonde a civilização neopagã for, o mais das vezes levará consigo o que ela tem de pior, isto é, o agitador comunista, o “missionário” de Satã.
O exemplo da África mostra quanto o comunismo internacional se empenha em tirar proveito das tribos aborígines. Quem poderá garantir que, hoje ou amanhã, ele não empreenderá o mesmo entre os índios não civilizados, ou os que venham a sê-lo?
Mais ainda — e quanto dói dizê-lo! — como se poderá garantir que, utilizando a infiltração ideológica em meios católicos, o comunismo não aproveite para a infiltração esquerdista entre os índios os Bispos, Padres ou religiosos cuja simpatia e cooperação tenha conquistado?
Em consequência, convém que vá ao índio o bom missionário, por todas as razões. Até mesmo para prevenir contra o “missionário” comunista.

ABIM

Castelo de Paiva | Com passeio pela concelho e muita animação musical


MOTO CLUBE PAIVENSE GARANTIU SUCESSO
NA REALIZAÇÃO DE MAIS UM “ CONVÍVIO MOTARD “
Mais de 600 participantes marcaram presença na iniciativa

A exemplo de anos anteriores, o Moto Clube Paivense garantiu no passado sábado, um rotundo sucesso, com a realização do seu habitual Convívio Motard, uma jornada emocionante de grande confraternização que reuniu os associados da colectividade paivense e centenas de entusiastas das duas rodas de diversas zonas do país, nomeadamente representantes de outros moto clubes que costumam colaborar e fazer parceria com a congénere local.

Segundo Nuno Monteiro, presidente do Moto Clube Paivense, contabilizaram-se cerca de 600 participantes neste evento anual e, sustentado numa organização bem estruturada, por todos elogiada, o programa contemplou uma recepção aos motociclistas a meio da manhã, um churrasco à hora do almoço e um passeio pela região durante a tarde, percorrendo parte do território municipal, assim com, uma prova de vinhos em Real ( Quinta do Gafanhão ) e degustação de petiscos regionais, registando-se uma paragem na zona ribeirinha de Pedorido – Choupal ( Aquapura ), e depois, ao final da tarde, teve lugar um jantar convívio, com caldo verde, castanhas assadas e o bom vinho verde de Castelo de Paiva, realizando-se de seguida, a cerimónia de entrega de lembranças aos participantes na sede da colectividade, localizada em Gração, junto à antiga escola preparatória, onde aconteceu um grande convívio com animação musical pela noite dentro e algumas surpresas que potenciaram uma excelente confraternização.

Uns pela comida, outros pelo vinho novo, outros pelo passeio, outros ainda pelo convívio e troca de experiências, muitos foram aqueles que marcaram presença, e só deixaram Castelo de Paiva já a madrugada ia alta, não sem antes darem os parabéns ao Moto Clube Paivense, que este ano contabiliza 22 anos de existência, com actividade permanente.

Na sede da colectividade, localizada em Gração, junto à antiga escola preparatória, os dirigentes do Moto Clube Paivense, na cerimónia de entrega de lembranças aos grupos e clubes, tiveram a oportunidade de elogiar o espírito motard, a todos dando a boas vindas a Castelo de Paiva, ao mesmo tempo que alguns dirigentes de outros clubes, destacando –se a presença de elementos do Moto Clube de Moncarapacho ( Algarve ), deixaram uma palavra de gratidão ao Moto Clube Paivense por continuar a realizar esta grande iniciativa e continuar a levar bem longe o nome do concelho, realçando depois Nuno Monteiro, a grandeza deste encontro e a dinâmica organizativa evidenciada, considerando ser uma iniciativa que já é uma referência em Castelo de Paiva e que merece ser apoiada, atraindo adeptos motociclistas de vários pontos do país que confraternizam em salutar convivialidade, numa jornada contemplada com animação musical pela noite dentro, destacando-se Rock Bock Band (Rock covers band) para além do momento de cantar os parabéns ao MCP pelos 22 anos de existência.

O Vereador do Desporto, José Manuel Carvalho marcou presença no evento, e teve a oportunidade de elogiar o espírito motard, a todos dando a boas vindas a Castelo de Paiva e deixando uma palavra de gratidão ao Moto Clube Paivense por continuar a realizar esta grande iniciativa e continuar a levar bem longe o nome do concelho, realçando depois, a grandeza deste encontro e a dinâmica organizativa evidenciada, considerando ser uma iniciativa que já é uma referência em Castelo de Paiva e que merece ser apoiada, atraindo adeptos motociclistas de vários pontos do país que confraternizam em salutar convivialidade.

Para o presidente do Moto Clube Paivense, as expectativas foram ultrapassadas e o balanço é francamente positivo, tendo em conta que foi possível acolher mais de 600 participantes numa jornada de grande convivialidade, que atraiu muitos adeptos motociclistas e que decorreu da melhor forma, destacando-se o agrado dos participantes que enalteceram esta organização da colectividade paivense, prometendo voltar no próximo ano, destacando, em jeito de agradecimento, o apoio da Câmara Municipal, da colaboração da União de Freguesias de Sobrado/ Bairros e de várias empresas da região.

Carlos Oliveira

Comandante Operacional Nacional visita Centro de Meios Aéreos de Porto de Mós


O projeto “Prevenir Já”, implementado, pela primeira vez em todo o território nacional, no ano de 2019, nasceu em 2012, na então Base de Reserva de Alcaria por ação dos GIPS/GNR em parceria com o Município de Porto de Mós.

Neste sentido, o atual Centro de Meios Aéreos de Porto de Mós recebeu, hoje, a visita do Comando Nacional de Operações de Socorro, na pessoa do Comandante Operacional Nacional, Brigadeiro General Duarte Costa, com o objetivo de conhecer as instalações e de conhecer com mais detalhe a forma como este programa se implementou e desenvolveu.


O projeto “Prevenir já” materializa-se numa fiscalização intensiva e completa de todas as áreas inseridas nas faixas secundárias de gestão de combustível e numa estratégia de patrulhamento, assente no policiamento de proximidade e na sensibilização das populações em estreita colaboração com autarquias e comunidades locais, com o objetivo último de prevenção de incêndios florestais.


Este ano, pela primeira vez, o projeto foi executado a nível nacional e coordenado a partir do CMA de Porto de Mós,  e fez parte integrante de um plano alargado de prevenção florestal que visou, a médio e longo prazo, levar à mudança de comportamentos e mentalidades e, por conseguinte, reduzir significativamente o número de incêndios florestais em Portugal.


A acompanhar a visita estiveram, também, o 2º Comandante Operacional de Leiria, Mário Cerol, o 2º Comandante do Agrupamento Distrital Centro-Sul, Belo Costa, Diretor do Departamento Regional de Gestão e Valorização da Floresta, Carlos Ramalho e o Vice-presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, Eduardo Amaral.


Patrícia Alves