sábado, 29 de fevereiro de 2020

Falta sangue para os grupos A e O. O que deve fazer para ser dador e em que situações está impedido de dar sangue

ALEXANDER POGOZHEV
A regra de ouro é sentir-se saudável, mas há casos em que não é permitida a dádiva: uma grávida não pode dar sangue e uma pequena cirurgia pode implicar uma suspensão de uma semana. Ao contrário de alguns mitos, diabéticos ou pessoas medicadas para o colesterol não têm à partida limitações.

COMO É QUE UMA PESSOA SE CANDIDATA À DÁDIVA DE SANGUE E ONDE SE DEVE DIRIGIR?

Poderá consultar os locais de colheita de sangue em dador.pt. Nos locais de colheita deverá apresentar um documento de identificação com fotografia (como o cartão de cidadão) e preencher um questionário. Posteriormente, será avaliado por um profissional de saúde qualificado que determinará a elegibilidade para a dádiva de sangue, através de uma avaliação clínica e exame físico (como determinação do peso, altura, hemoglobina e tensão arterial).

QUE QUANTIDADE DE SANGUE É COLHIDO. PODE DEIXAR O DADOR ENFRAQUECIDO?

São colhidos entre 410 a 490 mililitros. O dador “deve tomar o pequeno almoço/lanche e reforçar a ingestão de líquidos antes da dádiva de sangue" e não deve fazer uma refeição abundante previamente à dádiva. No final, poderá "reforçar novamente a ingestão de líquidos e fazer uma refeição ligeira”. Em princípio, será possível regressar imediatamente ao trabalho, exceto certas profissões mais exigentes (como pilotos de avião, maquinistas de comboio, mergulhadores, ou trabalhadores em altura), que podem implicar uma pausa mínima de 12 horas. O processo demora cerca de 30 minutos.

QUE SITUAÇÕES PROVOCAM IMPEDIMENTO?

  • uma mulher a amamentar está temporariamente suspensa até três meses após a amamentação, mas está apta se a amamentação for superior a 12 meses;
  • uma mulher grávida só se pode candidatar à dádiva de sangue “seis meses após o parto”;
  • o síndrome gripal (febre, tosse e mialgias) ou “sintomatologia compatível com febre indeterminada” entre 1 de maio e 31 de outubro de cada ano determina uma suspensão por 28 dias. Fora do período de tempo referido, o dador poderá apresentar-se 15 dias depois, se não tiver sintomas nem estiver medicado;
  • a realização de um exame endoscópico (endoscopia ou colonoscopia), até quatro meses após a sua realização;
  • o antibiótico não é impedimento, mas “a doença infecciosa subjacente impede a dádiva”. Em caso de infeção aguda (limitada no tempo), o dador pode apresentar-se “sete dias após terminar o antibiótico”, desde que não tenha sintomas;
  • tratamentos no dentista: suspensão por 24 horas de suspensão após destartarização, ajuste de aparelho ortodôntico, branqueamento e polimento dentários; sete dias de suspensão após extração dentária, obturação e implante; sete dias após a remoção dos pontos em caso de sutura (desde que não haja sintomas);
  • pequenas cirurgias (exérese de sinais, laser, pequena cirurgia oftalmológica) implicam uma suspensão de uma semana;
  • operações implicam uma suspensão de quatro meses, caso não tenha havido complicações nem transfusões; caso tenham ocorrido complicações (como dificuldade de cicatrização) o período é alargado para seis meses;
  • ter recebido uma transfusão após 1980;
  • ter colocado um piercing há menos de quatro meses;
  • ter feito uma tatuagem há menos de quatro meses;
  • ter feito um aborto há menos de seis meses
  • as viagens em algumas áreas geográficas (por exemplo, zonas endémicas de doenças como a malária/paludismo) podem ser impedimento: o IPST esclarece as dúvidas através do email omedicoresponde@ipst.min-saude.pt.

QUE SITUAÇÕES NÃO PROVOCAM IMPEDIMENTO?

  • uma mulher que esteja a tentar engravidar pode dar sangue “desde que não tenha atraso menstrual e não esteja em investigação ou sob tratamento de infertilidade”;
  • ser diabético, “desde que os valores da glicemia (açúcar no sangue) estejam normalizados e não esteja a fazer insulina”;
  • sofrer de fibromialgia, desde que o dador se sinta bem e que a medicação que realiza não contra-indique a dádiva;
  • sofrer de epilepsia, desde que tenham decorrido três anos desde a última data de toma de medicação anticonvulsiva, sem recidiva;
  • tomar medicação para o colesterol , desde que o dador “se sinta bem”;
  • a menstruação, visto que na avaliação clínica é determinada a hemoglobina do dador. Se o valor for superior ou igual a 12.5gr/dl e não houver cólicas menstruais (dismenorreia), poderá dar sangue;
  • os antidepressivos não são impedimento, desde que não haja sintomas associados.

SEXUALMENTE, QUE COMPORTAMENTOS SÃO CONSIDERADOS IMPEDITIVOS?

A mudança de parceiro sexual implica um período de suspensão de seis meses. As normas atuais suspendem definitivamente da condição de dadores os indivíduos definidos como “trabalhadores do sexo”. Devem ser suspensos durante um ano “parceiros de portador(es) de infeção por VIH, e hepatites B e C” e homens e mulheres “que tiveram contacto sexual com indivíduo(s) com risco infecioso acrescido para agentes transmissíveis pelo sangue”.

QUANTAS VEZES SE PODE DAR SANGUE POR ANO?

Os homens podem dar sangue quatro vezes por ano e as mulheres três vezes, com um intervalo mínimo de dois meses entre as dádivas.

QUE SITUAÇÕES PROVOCAM IMPEDIMENTO?

  • uma mulher a amamentar está temporariamente suspensa até três meses após a amamentação, mas está apta se a amamentação for superior a 12 meses;
  • uma mulher grávida só se pode candidatar à dádiva de sangue “seis meses após o parto”;
  • o síndrome gripal (febre, tosse e mialgias) ou “sintomatologia compatível com febre indeterminada” entre 1 de maio e 31 de outubro de cada ano determina uma suspensão por 28 dias. Fora do período de tempo referido, o dador poderá apresentar-se 15 dias depois, se não tiver sintomas nem estiver medicado;
  • a realização de um exame endoscópico (endoscopia ou colonoscopia), até quatro meses após a sua realização;
  • o antibiótico não é impedimento, mas “a doença infecciosa subjacente impede a dádiva”. Em caso de infeção aguda (limitada no tempo), o dador pode apresentar-se “sete dias após terminar o antibiótico”, desde que não tenha sintomas;
  • tratamentos no dentista: suspensão por 24 horas de suspensão após destartarização, ajuste de aparelho ortodôntico, branqueamento e polimento dentários; sete dias de suspensão após extração dentária, obturação e implante; sete dias após a remoção dos pontos em caso de sutura (desde que não haja sintomas);
  • pequenas cirurgias (exérese de sinais, laser, pequena cirurgia oftalmológica) implicam uma suspensão de uma semana;
  • operações implicam uma suspensão de quatro meses, caso não tenha havido complicações nem transfusões; caso tenham ocorrido complicações (como dificuldade de cicatrização) o período é alargado para seis meses;
  • ter recebido uma transfusão após 1980;
  • ter colocado um piercing há menos de quatro meses;
  • ter feito uma tatuagem há menos de quatro meses;
  • ter feito um aborto há menos de seis meses
  • as viagens em algumas áreas geográficas (por exemplo, zonas endémicas de doenças como a malária/paludismo) podem ser impedimento: o IPST esclarece as dúvidas através do email omedicoresponde@ipst.min-saude.pt.

QUE SITUAÇÕES NÃO PROVOCAM IMPEDIMENTO?

  • uma mulher que esteja a tentar engravidar pode dar sangue “desde que não tenha atraso menstrual e não esteja em investigação ou sob tratamento de infertilidade”;
  • ser diabético, “desde que os valores da glicemia (açúcar no sangue) estejam normalizados e não esteja a fazer insulina”;
  • sofrer de fibromialgia, desde que o dador se sinta bem e que a medicação que realiza não contra-indique a dádiva;
  • sofrer de epilepsia, desde que tenham decorrido três anos desde a última data de toma de medicação anticonvulsiva, sem recidiva;
  • tomar medicação para o colesterol , desde que o dador “se sinta bem”;
  • a menstruação, visto que na avaliação clínica é determinada a hemoglobina do dador. Se o valor for superior ou igual a 12.5gr/dl e não houver cólicas menstruais (dismenorreia), poderá dar sangue;
  • os antidepressivos não são impedimento, desde que não haja sintomas associados.

SEXUALMENTE, QUE COMPORTAMENTOS SÃO CONSIDERADOS IMPEDITIVOS?

A mudança de parceiro sexual implica um período de suspensão de seis meses. As normas atuais suspendem definitivamente da condição de dadores os indivíduos definidos como “trabalhadores do sexo”. Devem ser suspensos durante um ano “parceiros de portador(es) de infeção por VIH, e hepatites B e C” e homens e mulheres “que tiveram contacto sexual com indivíduo(s) com risco infecioso acrescido para agentes transmissíveis pelo sangue”.

QUANTAS VEZES SE PODE DAR SANGUE POR ANO?

Os homens podem dar sangue quatro vezes por ano e as mulheres três vezes, com um intervalo mínimo de dois meses entre as dádivas.
Fonte: expresso-pt/sociedade/2020-02-27

Luxemburgo é o primeiro país a ter transportes públicos gratuitos

O objetivo é reduzir o número de carros a circular.
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Escreve o The Guardian que o Luxemburgo é o primeiro país a ter transportes públicos gratuitos para a população.
Algumas cidades no mundo tomaram medidas parciais similares — de referir a redução do preço dos passes nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto em Portugal —, mas é a primeira vez que uma medida desta natureza afeta todo um país.
Assim, no Luxemburgo os transportes públicos passam a ser gratuitos a partir deste sábado, sendo que a expectativa é de que isto tenha impacto em 40% das famílias do país, que conseguirão poupar cerca de 100 euros por ano com a medida.
A medida faz parte de um plano mais alargado do governo luxemburguês de reduzir o congestionamento do tráfego, considerando que os carros privados são a forma privilegiada de deslocação no país.
"O investimento sistemático e contínuo é essencial para promover a atratividade dos transportes públicos", disse François Bausch, citado pelo The Guardian.
As únicas exceções ao serviço gratuito são viagens em primeira classe nos comboios e alguns serviços noturnos de autocarro.
E em Portugal?
Desde 01 de abril de 2019 que a Área Metropolitana de Lisboa tem um passe único metropolitano que abrange os 18 concelhos, por 40 euros, além de novos passes municipais que custam 30 euros.
Esta iniciativa está inserida no Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos, que prevê que as Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto e as 21 Comunidades Intermunicipais recebam um total de 104 milhões de euros do Fundo Ambiental, através do Orçamento do Estado.
Já as famílias residentes no Grande Porto vão poder solicitar a partir de 13 de abril o passe família, que entrará em vigor em maio, sendo aquele título emitido no momento da requisição e mediante apresentação da declaração de IRS.
O passe família, aprovado pelos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto no final de janeiro, entra em vigor no dia 01 de maio, quase um ano após o mesmo ter sucedido em Lisboa.
O título vai permitir que todos os elementos de um agregado familiar que vivam na mesma casa tenham acesso ao passe único, por um preço fixo de 80 euros, correspondente ao valor de dois títulos mensais.
À semelhança do que acontece com o passe único, os portadores deste título poderão optar entre duas assinaturas: o Andante Família Metropolitano, válido em toda a área metropolitana, com um custo mensal de 80 euros, e o Andante Família Municipal, que terá um custo de 60 euros mensais e será válido para viagens dentro do município ou até três zonas.
Para solicitar a emissão do passe, o responsável pelo agregado familiar (desde que composto por "três ou mais elementos"com o mesmo domicílio fiscal) deve dirigir-se às lojas Andante e algumas bilheteiras
Madremedia

Região de Coimbra solidária com agricultores lesados por javalis

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A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra solidarizou-se ontem com a CNA e com os agricultores lesados por javalis e outros animais selvagens, apoiando o teor de uma petição para que os produtores sejam ressarcidos.
“A CIM da Região de Coimbra associa-se à posição da CNA para que o assunto seja discutido em plenário da Assembleia da República”, disse à agência Lusa o secretário executivo do organismo, Jorge Brito.
No final de uma reunião ordinária do Conselho Intermunicipal da CIM, realizada em Mortágua, distrito de Viseu, Jorge Brito adiantou que o apoio às iniciativas da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) foi aprovado por unanimidade.
“Os territórios que foram atingidos pelos incêndios [sobretudo em 2017] estão a ser muito afetados” pelo ataque dos javalis e outros ungulados às plantações e sementeiras, numa região onde predominam a pequena propriedade e a agricultura familiar, referiu, corroborando as denúncias da CNA e associadas, como a Associação de Agricultores do Distrito de Coimbra (ADACO), que têm promovido diversas iniciativas a alertar para a situação e a exigir ao Governo medidas de apoio extraordinário.
A ordem de trabalhos da reunião do Conselho Intermunicipal da CIM, realizada nos Paços do Concelho de Mortágua, incluía um ponto intitulado “Prejuízos na agricultura provocados por javalis e outros animais selvagens – petição”.
Nos últimos anos, javalis, veados e corços regressaram aos antigos habitats da região Centro, onde agora se multiplicam e arrasam culturas, levando frequentemente as famílias a desistir das explorações.
Os incêndios de 2017, em que morreram 116 pessoas e extensas áreas florestais foram destruídas, agravaram a situação, com milhares de animais com valor cinegético a rondarem as povoações em busca de alimento.
Além dos 17 municípios que integram o distrito de Coimbra, a CIM da Região de Coimbra, com sede nesta cidade e liderada por José Carlos Alexandrino, presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, inclui os concelhos de Mortágua (Viseu) e Mealhada (Aveiro).

Fonte: MadreMedia/Lusa
Foto: Sapo

Pelo menos um golfinho morre por dia em Portugal nas redes de pesca

Em Portugal continental morre acidentalmente nas redes de pesca pelo menos um golfinho por dia, segundo a investigadora Catarina Eira, da Universidade de Aveiro, que alerta para ameaça de extinção da espécie boto.
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Questionada pela Lusa, a investigadora disse que, pelos dados que a Universidade teve em 2019 esse número é real e até conservador, pelo menos em relação à região norte e centro, área de ação da investigação do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), da Universidade de Aveiro.
Catarina Eira falava à Lusa a propósito da carta que esta semana a Comissão Europeia enviou aos ministros do mar de 22 estados, incluindo o de Portugal, a pedir solução para as capturas acidentais de golfinhos e outros animais marinhos nas águas comunitárias.
“Escrevi aos ministros […] de 22 estados-membros da UE sobre a questão das capturas acidentais de golfinhos e de outros animais marinhos nas águas da UE, especialmente no Golfo da Biscaia e no Mar Céltico, para instá-los a colaborar na busca de uma solução para esta situação”, indicou o comissário europeu do Ambiente, Oceanos e Pescas, Virginijus Sinkevičius, numa declaração publicada no ‘site’ do executivo comunitário.
Na declaração o comissário observou que, em toda a UE, “os níveis de capturas acidentais são inaceitáveis”, podendo levar à “extinção de populações locais de espécies protegidas”.
A especialista portuguesa diz que a Universidade recolheu no ano passado cerca de 320 golfinhos, só no Norte e Centro do país, e que a situação portuguesa nem sequer é das piores.
Esta semana, por exemplo, foi divulgado que 670 animais, a maior parte golfinhos, foram recolhidos nas costas francesas só nas seis primeiras semanas do ano, numa contabilidade da organização ambientalista Pelagis. Os ambientalistas dizem que a culpa é das redes de pesca. Em 2019, nas costas de França, foram encontrados 11 mil golfinhos mortos.
Em Portugal não há dados oficiais globais mas há números que resultam do projeto LIFE+MarPro, de conservação de espécies marinhas protegidas em Portugal, criado nomeadamente nas “importantes taxas de captura acidental registadas nas pescas portuguesas”.
Catarina Eira explica que se chama captura acidental porque o golfinho não é a espécie alvo de pesca. Mas ficar preso nas diversas artes de pesca sempre aconteceu e é “muito frequente”.
“Temos contabilizado animais que chegam já mortos às praias” e nas análises conseguimos identificar a causa de morte, que na maioria é devido a “captura acidental”, diz. E essa captura acontece em qualquer arte de pesca, seja nas redes de emalhar, de cerco ou na arte xávega.
Através do projeto LIFE a Universidade estimou taxas de captura acidental e quais as redes mais perigosas para os animais. As redes de emalhar são, concluiu a investigação, as mais perigosas.
E entre as várias espécies de golfinhos que ocorrem em Portugal o boto é a que mais a preocupa. “Se a taxa de mortalidade não diminuir prevemos a extinção na costa portuguesa nos próximos 20 anos”, diz Catarina Eira, que explica que o golfinho-comum tem a maior taxa de captura e mortalidade, muito acima de outras espécies como o golfinho riscado ou o roaz.
Também na página do projeto LIFE se fala do “caso crítico” do boto, com dados com referência a 2015 a dizerem que 8,4% da população de Portugal continental era enrolada nas redes todos os anos, “um valor inadmissível em função dos 1,7% máximos recomendados”. E estimava-se que o golfinho-comum podia ter uma mortalidade de mais ou menos 3.400 indivíduos por ano.
“É comum na pesca haver golfinhos nas redes. No ano passado, trabalhando só no Norte e Centro, recolhemos cerca de 320 golfinhos. Destes, não conseguimos determinar a causa de morte em todos (…) mas a captura acidental chega normalmente aos 70%”, afirmou.
A especialista alertou também que as redes nem sempre são utilizadas de forma legal, o que pode ser responsável por “boa parte da captura acidental”, e admitiu que soluções para o problema da captura acidental que não ponham em causa a pesca não são fáceis. E têm sempre de envolver os pescadores.
Foram já feitos testes com um tipo de redes mais facilmente detetadas pelos golfinhos, mas foram abandonados porque diminuíam a quantidade de pesca, e estão a ser testados equipamentos (“pingers”) que emitem um som que afasta golfinhos sem ser prejudicial. Mas a implementação não é fácil.
Catarina Eira, investigadora e bióloga, autora de dezenas de artigos científicos, especialista em biodiversidade e ecologia marinha, salienta que os “pingers” não resolvem o problema todo e volta à questão da conservação. “Há espécies com problemas de conservação. No boto o número de fêmeas que chega à idade reprodutora é baixo, 70% das fêmeas que morrem são juvenis”.
Em janeiro do ano passado foi criada uma área de conservação de cetáceos, que faz parte da rede Natura 2000 e que compreende uma faixa entre Ovar e Marinha Grande, e foi alargada uma faixa de conservação no sudoeste alentejano, sugestões do projeto LIFE.
“A área foi legalmente aprovada, o plano de gestão para as duas áreas foi aprovado, mas desde aí não foram aplicadas medidas de conservação que estavam definidas nos planos”, lamenta Catarina Eira, afirmando que a única ação foi a aplicação de ‘pingers’ em redes de arte xávega na praia da Vieira.
Com a ameaça dos pescadores sempre presente não terão os golfinhos problemas também resultantes das alterações climáticas? Catarina Eira diz que não, que são animais com “grande capacidade de adaptação” e que as análises mostram que as presas principais vão variando.
Por agora andam a consumir tainhas, e também desde o ano passado biqueirão. “A população está a adaptar-se às alterações que estão a acontecer na zona”, resumiu.

Investigadores testam formas de afastar golfinhos das redes de pesca no Algarve

Um projeto da Universidade do Algarve (UAlg) está a testar formas de afastar os golfinhos de artes de pescas através de alarmes sonoros, diminuindo a sua mortalidade e os prejuízos para os pescadores, disse à Lusa uma investigadora.
“Os ensaios estão a decorrer e no caso das redes de emalhar são muito promissores, com 100% de sucesso na redução das capturas acidentais de cetáceos”, revelou à Lusa a investigadora Ana Marçalo, uma das coordenadoras do projeto iNOVPESCA.
Desde junho passado que os alarmes acústicos estão a ser testados em redes de embarcações de Olhão, Quarteira (Loulé) e ilha da Culatra (Faro), fazendo a monitorização do sistema para perceber “os seus efeitos e eventual habituação dos animais”.
A habituação dos cetáceos ao sistema pode vir a ser um problema, admitiu Ana Marçalo, já que se trata de animais “bastante inteligentes”.
Numa primeira fase, foi feito um levantamento da captura acidental de animais marinhos (cetáceos, aves e tartarugas) no Algarve, com os resultados a revelarem a pesca do cerco e as redes de tresmalho e emalhar (fixas na coluna de água) como “as mais problemáticas”, principalmente na zona do sotavento (leste).
A conservação das espécies é uma das preocupações do projeto, já que a captura acidental contribui para uma “mortalidade considerável”, além dos prejuízos causados devido aos danos nas artes de pesca, referiu a investigadora.
Nas redes estáticas fundeadas, ou seja, de emalhar, o problema é “a facilidade” com que o golfinho roaz corvineiro “aprendeu a alimentar-se” dos peixes que ficam presos e são habituais na sua alimentação, provocando prejuízos “quer no pescado, quer pela destruição das redes”.
No cerco, o golfinho comum é a espécie mais afetada e onde irão ser feitos ensaios com alarmes acústicos “na primavera deste ano” para avaliar a redução da sua captura acidental.
Mostrando-se otimista face os resultados obtidos nos testes já realizados, Ana Marçalo alertou, no entanto, para o facto de o tamanho da frota tornar “impraticável a colocação dos alarmes em todos os barcos”, o que iria “aumentar o ruído” no ambiente marinho e “afastar os animais do seu habitat natural”.
A investigadora destacou a importância da criação de um manual de boas práticas, juntamente com a comunidade piscatória, para “desenvolver ideias” para a utilização dos alarmes acústicos em artes adequadas, que estejam na água “apenas um determinado tempo e em certas estações do ano, estabelecendo certos limites”.
A instalação dos alarmes fica a “custo zero para os profissionais da pesca”, mas cada um “tem um valor de 2.500 euros” e precisam de ser colocados “a cada 400 metros”, em redes que podem chegar a vários quilómetros.
Contudo, existem plataformas de financiamento inseridas no programa Mar 2020 às quais “as associações de pescadores deverão estar atentas”, para se poderem candidatar quando abrirem os concursos.
O iNOVPESCA - Redução de Interações de espécies marinhas protegidas pescarias costeiras Algarvias: Inovação de procedimentos e técnicas de mitigação - é um projeto financiado pelo programa Mar2020 coordenado pelo grupo das Pescas, Biodiversidade e Conservação do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) da UAlg.
O seu objetivo é avaliar o nível de problemas associados às interações de cetáceos e outras espécies protegidas (tartarugas marinhas e aves) com as pescarias costeiras algarvias, procurando resolvê-los testando novos métodos de mitigação.
Fonte: Sapo2

Papa Francisco está doente e cancela compromissos pelo terceiro dia consecutivo

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A última vez que o Papa apareceu em público foi na quarta-feira. Foi visto debilitado, a tossir e a assoar-se, mas a natureza da doença ainda não foi divulgada.
Papa Francisco cancelou este sábado os compromissos públicos oficiais pelo terceiro dia consecutivo alegadamente devido a uma "ligeira indisposição", segundo informação do Vaticano.
O chefe da Igreja Católica, de 83 anos, que retirou parte de um pulmão devido a uma doença respiratória na juventude, nunca cancelou tantas audiências oficiais e eventos durante os sete anos que já leva o seu pontificado, segundos as agências internacionais. De acordo com o gabinete de imprensa do Vaticano, o Papa Francisco vai continuar a trabalhar na residência de Santa Marta e a receber pessoas em privado.
Durante a manhã deste sábado recebeu o chefe do gabinete dos bispos do Vaticano, o arcebispo da Ucrânia e os embaixadores do Líbano e da França.
Foram canceladas duas audiências oficiais no Palácio Apostólico, uma com uma organização internacional de bioética e outra com membros da ordem religiosa Legião de Cristo.
Na segunda-feira, Francisco deverá deixar o Vaticano juntamente com funcionários da Santa Sé para uma semana de exercícios espirituais no campo, no habitual retiro anual de início da Quaresma.
O Papa apareceu pela última vez em público na quarta-feira, quando foi visto a tossir e a assoar-se durante a missa de Quarta-Feira de Cinzas, levantando suspeitas de que padece de uma constipação.
No dia seguinte, cancelou uma missa e, na sexta-feira, a audiência com os participantes de uma conferência sobre inteligência artificial no Vaticano.
O Vaticano esclareceu que o Papa celebrou missa todas as manhãs, tendo recebido cumprimentos dos fiéis no final e passando depois o resto dos dias a trabalhar a partir de casa.
A natureza da doença do Papa Francisco não foi revelada, com o Vaticano a dizer apenas que o pontífice teve "uma ligeira indisposição".
A doença do Papa surge numa altura em que Itália está em alerta máximo por causa da epidemia de coronavírus, que já afetou mais de 800 pessoas, a maioria no norte do país.
Fonte: Lusa
Foto: Alberto Pizzoli/AFP

Operação Artémis saldou-se por 87 detidos e 248 contraordenações por caça ilegal

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A Guarda Nacional Republicana (GNR), no período de 18 de Agosto de 2019 a 20 de Fevereiro de 2020, em todo o território nacional, realizou um conjunto de ações de fiscalização ao exercício da caça, com o intuito de prevenir e detetar irregularidades inerentes a esta atividade.
Esta operação realizada pela GNR, através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), teve como objetivo observar o respeito pelas medidas de proteção e conservação dos recursos cinegéticos, tendo em vista a sua gestão sustentável.
Durante a operação foram detetados 100 crimes e efetuadas 87 detenções, das quais se destacam:
  • 45 por exercício de caça em terrenos não cinegéticos, nos terrenos de caça condicionados sem consentimento de quem direito, nas áreas de não caça e nas zonas de caça as quais não se tenha legalmente acesso;
  • 37 por exercício da caça espécies não cinegéticas, caçar espécies cinegéticas que não constem na lista de espécies que podem ser objeto de caça ou fora dos respetivos períodos de caça, das jornadas de caça e em dias em que a caça não seja proibida ou por processos ou meios não autorizados ou indevidamente utilizados e ultrapassar as limitações e quantitativos de captura estabelecido;
  • 5 por exercício da caça sem estar habilitado com carta de caçador.
Ainda decorrente das ações de fiscalização foram registadas 248 contraordenações, destacando-se:
  • 59 por durante o exercício da caça o caçador não ser portador de documentação obrigatória: carta de caçador; licença de caça; licença dos cães que o acompanhem; licença de uso e porte de arma e o livrete de manifesto; seguro de caça válido; bilhete de identidade ou passaporte;
  • 33 por infrações praticadas pelas entidades gestoras das zonas de caça: falta de sinalização das zonas de caça ou em mau estado; incumprimento das normas reguladoras do exercício da caça;
  • 13 por falta de registo de cães;
  • 13 por falta de identificação eletrónica (chip) em cães.

Montijo: Aeroporto é “um atentado planeado à paisagem e ao território”, dizem arquitetos paisagistas

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A Associação Portuguesa dos Arquitetos Paisagistas (APAP) manifestou hoje "profunda preocupação" com a evolução do processo para a construção do aeroporto do Montijo, defendendo que se trata de "um atentado planeado à paisagem e ao território".
“Espero que, até às ultimas instâncias, este processo se venha a inverter e não se faça esta ação que redunda num atentado e num crime à paisagem e aos valores culturais do país”, afirmou o vice-presidente da APAP, João Ceregeiro, em declarações à agência Lusa.
Neste âmbito, os arquitetos paisagistas ficaram “surpreendidos” com a posição da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) sobre projeto do novo aeroporto no Montijo, na margem sul do Tejo, que emitiu, em 21 de janeiro, uma decisão favorável condicionada em sede de Declaração de Impacte Ambiental (DIA).
Lembrando que o projeto do aeroporto do Montijo se localiza num estuário, que tem “uma relação geomorfológica constante ao longo das suas margens” e é “um dos locais de valor paisagístico mais importantes nesta zona do país”, o representante da APAP acusou que “há uma legislação que foi, praticamente, anulada”.
“Temos legislação que está aprovada, há compromissos internacionais e temos impactos ou danos sobre o ecossistema, a paisagem e o próprio valor cultural”, avançou João Ceregeiro, considerado que as consequências do projeto são “de grande magnitude”.
No caso dos ecossistemas, a construção do aeroporto do Montijo pode anular a componente de avifauna, o que “é muito grave”, advertiu o vice-presidente da APAP, reforçando que “anular esta parcela é destruir um ecossistema”.
Em termos de impacto paisagístico, João Ceregeiro adiantou que afeta todo o estuário, porque “vai integrar as rotas de aproximação à pista e de descolagem da pista”, ressalvando que este território “tem uma sensibilidade” e devia ser envolvido numa reserva.
Destacando ainda o impacto cultural, “porque toda esta mancha de território tem um valor”, o representante dos arquitetos paisagistas apontou a importância da ecologia, dos ecossistemas e da relação do homem com o estuário.
“O Tejo e o estuário viveram um processo de despoluição, com o fim das indústrias, com o fim da siderurgia, e, neste momento, quando temos discussões com impacto ecológico europeu estamos a assistir a uma inversão do percurso”, referiu o vice-presidente da APAP, explicando que se passa de uma zona sensível, com características de reserva, para uma zona de um aeroporto.
De acordo com João Ceregeiro, o projeto de construção do aeroporto do Montijo é “um atentado planeado à paisagem e ao território”, pelo que representa “um crime ambiental a prazo”.
Questionado sobre a opção Alcochete como localização para o novo aeroporto da região de Lisboa, os arquitetos paisagistas sustentam que “é uma solução menos má” do que o Montijo.
“Se há 40 ou 50 anos estamos à procura de um aeroporto, se os trabalhos e os estudos foram feitos, diria que Alcochete era uma solução menos má, porque há um impacto sobre um território que está caracterizado pelo montando, que tem capacidade, de certa maneira, de ser compensado”, declarou o representante da APAP, frisando que a mitigação do impacto é mais controlada.
No caso do Montijo, João Ceregeiro sublinhou que um estuário não se pode recriar, porque “é uma peça única”, pelo que “devia ser uma reserva com zonas especiais de proteção atualizadas e não destruídas”.
Sobre as posições divergentes dos autarcas, os arquitetos paisagistas esperam que todos tenham noção do impacto do aeroporto na qualidade de vida das populações e que “não se trate só de uma questão política, mas uma questão de consciência, de cidadania, de cultura e de identidade do território”.
Em 08 de janeiro de 2019, a ANA — Aeroportos de Portugal e o Estado assinaram o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o atual aeroporto de Lisboa e transformar a base aérea do Montijo, na margem sul do Tejo, num novo aeroporto.
O aeroporto do Montijo poderá ter os primeiros trabalhos no terreno já este ano, depois da emissão da Declaração de Impacto Ambiental (DIA) e da reorganização do espaço aéreo militar e após os vários avanços registados em 2019.
Fonte: MadreMedia/Lusa
Foto: DANIEL ROCHA

Covid-19: Portugal poderá ter um milhão de infetados. É este o cenário em que está a trabalhar a DGS

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A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, admite que poderá haver um milhão de portugueses infetados pelo Covid-19, 21.000 na semana mais crítica, assegurando que as autoridades de saúde estão a preparar-se para esta possibilidade.
“Estamos a fazer cenários para uma taxa total de ataque de 10% [um milhão de portugueses] e assumindo que vai haver uma propagação epidémica mais intensa durante, pelo menos, 12 a 14 semanas”, afirmou Graça Freitas, em entrevista ao semanário Expresso, publicada hoje.
A diretora-geral da Saúde explicou que os estudos realizados estimam que 80% do total de infetados pelo novo coronavírus “vão ter doença ligeira a moderada”, 20% terão “doença mais grave” e apenas 5% uma “evolução crítica”.
Neste cenário, a taxa de mortalidade “será à volta de 2,3% e 2,4%”.
A responsável da Direção-Geral da Saúde (DGS) acrescentou que “no cenário mais plausível” poderá haver “cerca de 21.000 casos na semana mais crítica”, dos quais 19.000 poderão ter sintomas ligeiros, “como a gripe”, e 1.700 terão “de ser internados, nem todos em cuidados intensivos”.
Graça Freitas esclareceu que as autoridades de saúde de Portugal construíram esta previsão tendo por base a fórmula utilizada para a pandemia da Gripe A, em 2009.
“Estamos a trabalhar com cenários para a taxa de ataque da doença, como fizemos com a pandemia de gripe, em 2009. Na altura, pensávamos que podia ter uma taxa total de ataque de 10%: um milhão de pessoas doentes ao longo de 12 semanas, mas não todas graves. Mas, afinal, foram 7%, cerca de 700 mil pessoas no total da época gripal 2009/10″, explicitou, adiantando que “uma epidemia depende da taxa de ataque, da duração e da gravidade”.
Contudo, no caso do Covid-19, ainda não se sabe tudo para “fazer cenários tão bem feitos”.
Graça Freitas realçou que o plano para responder à propagação do novo coronavírus em Portugal prevê a disponibilização de 2.000 camas em hospitais e 300 quartos com pressão negativa.
Se a doença progredir haverá “isolamento por quartos e por enfermaria”, por exemplo, para “todas as pessoas que adoeceram no mesmo dia”, referiu.
A diretora-geral da Saúde afirmou também que “as notícias falsas e as redes sociais” são “um grande problema” associado ao surto do novo coronavírus.
“O maior medo que tenho é do comportamento humano, de informações virais [na internet] que podem ser contraproducentes”, sustentou Graça Freitas, acrescentando que o Covid-19 difere de outros surtos por ser “uma epidemia ‘online’ e um vírus” sobre o qual não se sabe tudo.
A responsável da DGS considera ainda que, dependendo da disseminação do Covid-19 em Portugal, poderá ser decretada a quarentena obrigatória.
Fonte: MadreMedia/Lusa

Brexit. Portugueses no Reino Unido alvo de “xenofobia e discriminação”

Foto: Andy Rain/EPA
Denúncia é feita junto do Conselho Regional da Europa pelos conselheiros em território britânico. "São casos mesmo muito graves, estamos a falar de portugueses que têm medo de falar português na rua porque podem ser agredidos."
Vários emigrantes portugueses no Reino Unido estão a ser afetados por "xenofobia e discriminação" relacionada com o ‘Brexit', de acordo com o relatado esta sexta-feira pelos conselheiros em território britânico, junto do Conselho Regional da Europa (CRE).
A presidente demissionária do CRE das Comunidades Portuguesas, Luísa Semedo, afirmou que os conselheiros eleitos pelo Reino Unido relataram que há portugueses que estão a ser afetados por "xenofobia e discriminação", impulsionada pela saída da União Europeia. "São casos mesmo muito graves. Estamos a falar de portugueses que têm medo de falar português na rua, porque podem ser, de alguma forma, agredidos - verbalmente, pelo menos - e isso é gravíssimo", disse Luísa Semedo, num balanço final da reunião de dois dias que reuniu conselheiros de países europeus no Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Luísa Semedo referiu estes temas têm na génese "um crescimento da extrema-direita", que "também está presente em Portugal". "Não nos podemos esquecer que lá fora somos estrangeiros, é assim que nós somos tratados e, portanto, todo este crescimento da extrema-direita é muito perigoso para nós", acrescentou.
A secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, considerou que "é evidente" que a presença de discursos nacionalistas pode possibilitar o surgimento de "um discurso xenófobo e racista um bocado com mais força", acrescentando que Portugal "não está imune" a discursos xenófobos. "Da parte da Secretaria de Estado das Comunidades, nós, sempre que tenhamos conhecimento de alguma espécie de abuso ou de algum tipo de situação em que consideremos que devamos intervir, certamente o faremos", garantiu Berta Nunes, advogando que perante estes discursos "a tolerância deve ser zero".
Berta Nunes fez um balanço positivo da reunião com o CRE das Comunidades Portuguesas, o primeiro em que participou desde que assumiu a pasta de secretária de Estado, em outubro do ano passado. "Considero que o papel dos conselheiros é importante, são uma voz autorizada porque são eleitos com legitimidade eleitoral - embora muitos não sejam eleitos por muitos portugueses - (...) e eles são uma voz das nossas comunidades que temos de ouvir", vincou a governante, apelando ao voto dos emigrantes nos seus representantes.
No encontro entre a secretária de Estado e os conselheiros europeus debateram-se também alterações à Lei do Conselho das Comunidades Portuguesas, o ensino da língua e "questões sociais" como o envelhecimento de emigrantes. "Ficou combinado criarmos um grupo de trabalho e iniciarmos o mais breve possível esse trabalho para fazer alterações à legislação. Há várias propostas que o Conselho das Comunidades tem feito em relação à legislação", referiu Berta Nunes.
A secretária de Estado salientou que há também discussões sobre a realização das eleições para os conselheiros, previstas para outubro deste ano.
Luísa Semedo destacou a presença do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, no encontro, tendo sido a primeira presença do chefe da diplomacia numa reunião do CRE no atual mandato.
Durante o encontro, que terminou ontem no Ministério dos Negócios Estrangeiros, o conselheiro eleito para o Conselho Regional da Europa (CRE) das Comunidades Portuguesas pela Bélgica, Pedro Rupio, foi eleito para a presidência do órgão, substituindo Luísa Semedo, que apresentou recentemente a sua demissão deste órgão.
Lusa / RR

Unidade 29155: subversivos e assassinos russos em ação

Uma unidade de elite russa, especializada em subversão, sabotagem e assassinato, age há uma década e está desestabilizando a Europa. 
Essa unidade militar se identifica por apenas um número, 29155, e é regida pela lei de assassinatos pontuais no exterior, aprovada por Putin em 2006. 
Eerik-Niiles Kross, ex-chefe de inteligência da Estônia, explicou: “Esses crimes, rodeados de segredo, fazem parte da guerra psicológica […]. Os russos querem estar por toda parte, para meter medo no adversário-vítima”. 
E Peter Zwack, ex-adido de defesa da embaixada dos EUA em Moscou, lamentou: “Esquecemos quão impiedosos podem ser os russos”.

ABIM

Convite » Inauguração da Exposição Itinerante "Vamos ser Geoparque ALGARVENSIS: o que é isso?"

Se o leitor está a passar este fim de semana no Algarve, aproveite e associe-se a este evento, é sempre bom conhecermos melhor o que o nosso País tem de maravilhoso.



Fotorreportagem do Desfile de Carnaval do Agrupamento de Escolas coloriu ruas de Carregal do Sal

“Vamos proteger o ambiente” - Foi este o mote do grandioso desfile de Carnaval do Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal que saiu à rua na tarde de hoje, 21 de fevereiro.
“Porque de pequenino é que se torce o pepino”, o Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal voltou a realizar a iniciativa, participada por quase 500 crianças do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico, acompanhadas por pessoal docente e não docente e auxiliares.

A eles juntaram-se, como é habitual, crianças da Creche da Santa Casa da Misericórdia de Carregal do Sal e utentes do Equipamento 2 de Oliveira do Conde da APCV, e todos juntos coloriram as ruas centrais da vila sede do Concelho enchendo-as de fantasia e muita alegria.

O som foi, uma vez mais, garantido por viaturas da Associação do Carnaval de Cabanas de Viriato e o trânsito, regulado por elementos da GNR.

A iniciativa terminou com a habitual passagem em frente da entrada dos Paços do Concelho, onde elementos do executivo municipal e diretores do Agrupamento de Escolas os aguardavam para saudar os pequenos foliões!

No final, o merecido descanso e o lanche para repor energias, oferecido pela Câmara Municipal!
Aqui está um exemplo de como as escolas, colectividades, associações de diversas natureza social, podem enviar textos e imagens para o Litoral Centro, na certeza que vão são publicadas.
Os trabalhos devem ser devidamente identificados pelos nomes dos seus autores, quer textos e imagens por causa dos direitos de autor, em caso de reclamação.
Não é recomendável a exposição de crianças sem conhecimento dos seus pais. Contudo, o registo de imagens pode ser feito em diversos ângulos.
Podem enviar pelo e-mail: editorlitoralcentro@gmail.com.

NR