sexta-feira, 17 de abril de 2020

Covid-19: Acesso a cabeleireiros será por marcação e com número limitado de clientes

Acesso a cabeleireiros será por marcação e com número limitado de ...
Record
O acesso aos cabeleireiros por marcação prévia e a imposição de um número limitado de pessoas dentro dos estabelecimentos são duas das regras que o setor terá de observar quando, em maio, abrir ao público.
O setor dos cabeleireiros inclui-se entre os que deverão poder começar a abrir portas e a retomar a atividade de forma gradual quando terminar o estado de emergência, que foi prolongado até 2 de maio.
Num comunicado subscrito pelas associações representantes do setor dos cuidados pessoais, hoje enviado às redações, a presidente da Associação Portuguesa de Barbearias, Cabeleireiros e Institutos de Beleza, Cristina Bento, refere que foi desenvolvido um documento de “Compromisso do setor” que inclui um conjunto de regras e recomendações essenciais para a reabertura dos estabelecimentos.
Entre as medidas delineadas, que estão a ser divulgadas pelos associados, inclui-se a imposição de um número limitado de pessoas dentro de cada estabelecimento, para que seja possível cumprir as indicações de distanciamento social que têm sido sublinhadas pela autoridade de saúde.
Além disto, o acesso aos serviços será feito apenas por marcação, solução que permitirá evitar concentrações de pessoas além do número limite que deve ser observado, e os clientes e funcionários estarão obrigados a usar máscara e materiais descartáveis. Os não descartáveis serão esterilizados.
Citada no comunicado, Cristina Bento refere o impacto que os serviços prestados por este setor tem para a autoestima dos portugueses e, ainda que sublinhe a necessidade de ser retomada a atividade, afirma que as associações pretendem faze-lo “de forma gradual, com profissionalismo e cuidado” e seguindo indicações das autoridades de saúde competentes, tendo já enviado uma carta ao Governo a dar conta das suas intenções.
O decreto presidencial que prolonga até 2 de maio o estado de emergência iniciado em 19 de março prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".
Na quinta-feira O primeiro-ministro apontou para maio a possibilidade de as creches reabrirem e de os serviços da administração pública retomarem o atendimento presencial aos cidadãos, e garantiu abundância de materiais de proteção individual no mercado.
Na ocasião, o líder do executivo defendeu ser necessário começar a definir as prioridades de qual deve ser o ritmo em termos de alívio da pressão social existente em termos de restrições à circulação e à atividade económica.
Neste contexto, referiu que o Governo vai olhar para as atividades e empresas que tiveram de encerrar durante este período, por imposição do estado de emergência, nomeadamente o comércio ou a restauração. “Temos que começar pelo pequeno comércio de bairro, que junta menos gente, o que melhor serve a economia local e aquele que melhor responde às necessidades imediatas dos cidadãos”, referiu para sublinhar a necessidade de este processo ser feito de forma prudente e gradual.
Segundo a Associação Portuguesa de Barbearias, Cabeleireiros e Institutos de Beleza, existem mais de 38.000 salões de cabeleireiro e institutos de beleza, que empregam mais de 50 mil pessoas.
Lusa

Carregal do Sal | Câmara Municipal distribuiu mais EPI por instituições concelhias

A Câmara Municipal de Carregal do Sal distribuiu mais algum Equipamento de Proteção Individual.
Seguindo o que foi feito na primeira entrega, na sequência do levantamento das necessidades feito pela Autarquia junto de cada instituição, a Câmara Municipal entregou na 4.ª feira, 15 de abril, mais EPI às IPSS (incluindo CRTT), corporações de Bombeiros Voluntários, Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa e Juntas de Freguesia do Concelho.
E, desta vez, para além do EPI, a Câmara Municipal também entregou termómetros às instituições que deram conta dessa necessidade e desinfetante para as mãos.

Silves | Numa ação de sensibilização junto da comunidade indiana e nepalesa

SECRETÁRIO DE ESTADO DAS PESCAS E SECRETÁRIA DE ESTADO PARA A INTEGRAÇÃO E AS MIGRAÇÕES VISITAM ZAP DE ARMAÇÃO DE PÊRA
Imóveis em Silves | Meravista
Uma delegação liderada pelo Secretário de Estado (SE) das Pescas, José Apolinário, recentemente nomeado pelo Primeiro-Ministro para coordenação da resposta à pandemia por COVID-19 na região do Algarve, e pela SE para a Integração e Migrações, Cláudia Pereira, visitou ontem, dia 16 de abril, a Zona de Apoio à População (ZAP) de Armação de Pêra.
Esta visita, que foi acompanhada pela Presidente da Câmara Municipal de Silves, Rosa Palma, e por outras entidades, entre as quais a Proteção Civil Distrital, representada pelo comandante Vaz Pinto, e pela Diretora Nacional SEF, Cristina Gatões, teve como objetivo principal sensibilizar a comunidade indiana e nepalesa residente nesta freguesia para as boas práticas na prevenção e proteção face à pandemia, tendo sido distribuídos, junto de representantes das referidas comunidades, Kits informativos sobre o COVID-19 e os apoios disponibilizados, em quatro línguas asiáticas.
Relembramos que a ZAP de Armação de Pêra já se encontra ativa e destina-se à utilização por parte da comunidade indiana e nepalesa em caso de necessidade. Tem uma capacidade de 80 camas e servirá para o isolamento de casos positivos ou de um número elevado de suspeitos. Esta ZAP é um espaço autónomo, onde se pode cozinhar, circular e interagir. A alimentação é fornecida pela Cruz Vermelha de Silves e Albufeira, sob a orientação da Embaixada da Índia.

Após reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil a Câmara de Cantanhede avança com testes de rastreio ao Coronavírus Covid-19


A Comissão Municipal de Proteção Civil de Cantanhede reuniu, ontem, 16 de abril, pela quinta vez, para analisar a situação epidemiológica relacionada com a propagação do Coronavírus Covid-19 no concelho, apresentando como principal novidade face às medidas já implementadas, o avanço com testes de rastreio a profissionais de maior risco.

Com a coordenação e total empenhamento dos agentes de proteção civil municipais envolvidos, Helena Teodósio, presidente da Câmara Municipal adiantou que “a Câmara Municipal de Cantanhede tem agora validação técnica e científica por parte da ARS do Centro para iniciar o processo de testes aos profissionais de maior risco e vulnerabilidade das IPSS, Bombeiros, GNR, INOVA e funcionários municipais, garantindo o rastreio inicial e necessário para conter o risco de propagação do COVID-19”.

A recomendação da ARS do Centro surge depois de o parecer positivo do Infarmed, sugerindo uma abordagem para realização de um rastreio combinado de testes serológicos para avaliarem as IgM e IgG + Teste de doseamento sanguíneo da PCR para análise da Proteína C Reactiva, cujos resultados devem ser interpretados com base num fluxograma criado pela ARS do Centro para o efeito.

Caso este primeiro rastreio seja positivo, seguir-se-á a necessária confirmação através da realização de testes de Biologia Molecular (Vulgo Zaragatoa- RP-PCR) nos laboratórios da Universidade de Coimbra, no espaço de 24h, no âmbito de um protocolo de colaboração que será celebrado entre a Universidade de Coimbra e a CIM – Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra.

A reserva estratégica de meios, recursos e equipamentos de proteção individual, continua a ser reforçada, quer por aquisição direta, quer através da CIM Região de Coimbra, referindo a edil Cantanhedense a este respeito que “o enorme esforço financeiro que a câmara municipal está a realizar para garantir a segurança dos agentes e principais atores de prevenção do surto epidemiológico é absolutamente necessário e perfeitamente justificado, se comparado com o esforço e sacrifício que todos os profissionais, das mais diversas áreas se encontram a fazer para mitigar a evolução do surto epidemiológico no conselho”.

Por ultimo a autarca enalteceu o comportamento consciente, preventivo e colaborativo da população, reiterando que “é ainda necessário continuar a garantir o isolamento social e adotar todas as medidas de etiqueta respiratória, sendo que a palavra de ordem se mantém: prevenção, prevenção, prevenção em todas as frentes”.

CMA ENTREGA 150.000€ de EPI a IPSS’s e BOMBEIROS HOJE SÃO ENTREGUES MAIS 30.000 UNIDADES


Combate à Pandemia do Coronavírus 
Neste Combate à Covid-19, em que estamos todos envolvidos, o apoio às Instituições que têm Lares e Serviços de Apoio Domiciliário em cuidado dos Nossos Idosos, assim como o apoio às duas Corporações de Bombeiros do Município, reveste-se de importância prioritária para a Câmara Municipal de Aveiro (CMA). 

É nesse âmbito que esta sexta-feira, dia 17 de abril, a CMA procede à entrega de cerca de 30.000 unidades de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e 1.200 litros de gel desinfetante nas vinte e seis Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS’s). 

Entre os EPI entregues hoje encontram-se máscaras cirúrgicas (8.700 un.), máscaras FFP2 (1.750 un), luvas (15.000 pares), fatos (800 un.), toucas (1.145 un.), protetores de sapatos (800 un.), óculos (200 un.), viseiras (500 un.), aventais (1.150 un.) e gel desinfetante (1.200 litros). 

Esta é a quinta vez, desde o final do passado mês de março, que a CMA distribui EPI a IPSS’s e Bombeiros do Município, num investimento de apoio já entregue que corresponde, só nesta área da operação Anti-Covid19, a cerca de 150.000€. 

Cidadãos, Entidades e Empresas Doam Equipamentos 

A CMA agradece ainda publicamente o gesto de altruísmo, solidariedade e responsabilidade social demonstrados por Cidadãos e Instituições que deram um importante contributo com a doação de EPI entregues na CMA, ao longo das últimas semanas, e que foram entregues pela CMA a Entidades do Setor Público da Saúde e a IPSS’s, nomeadamente, OLI / Oliveira & Irmão; Prof. Emídio Gomes / Portus Park; Prof. Rui Aguiar; Eng. Artur Varum / CivilRia; Eng. Francisco Castanhas / Unir Portugal; Dr. Jorge Santos / Extradireccional – Shine Media Group; Grupo Mota Ceramics Solutions. 

Nesta e noutras entregas de EPI já realizadas, a CMA cuida de realizar uma distribuição de forma proporcional, quer à dimensão de cada Instituição em termos de Idosos beneficiados, quer na entrega de EPI mais adequados às Instituições que têm Idosos em Lares, com casos de Covid-19 positivos. 

Agrademos publicamente o excelente trabalho em prol da Vida da Nossa Boa Gente, dos Dirigentes, Profissionais e Voluntários das IPSS’s e dos Bombeiros, e desejando que tudo corra bem na Vida das Pessoas e das Instituições, nesta fase tão difícil do Combate à Pandemia do Coronavírus / Covid-19”. 

ESTAMOS JUNTOS. 


Renault já retomou produção em Cacia com um quarto dos trabalhadores

Renault já retomou produção em Cacia com um quarto dos trabalhadores
O Grupo Renault já retomou a produção na sua fábrica de Cacia, Aveiro, com cerca de um quarto dos trabalhadores, disse fonte oficial à Lusa.
“Cacia já retomou parcialmente esta semana a produção e, neste momento, tem uma equipa de cerca de 300 pessoas que já estão a trabalhar”, disse o diretor de comunicação da empresa, Ricardo Oliveira, à Lusa.
A fábrica de Cacia tem no total 1.165 colaboradores e, neste momento, tem cerca de um quarto das pessoas a trabalhar numa única equipa, segundo o responsável, que perspetiva que esse número continue a aumentar progressivamente em maio.
“As expectativas são de ir progressivamente, em maio, aumentando a atividade, em função do que for o arranque das outras fábricas do Grupo”, declarou.
Ricardo Oliveira esclareceu que o aumento gradual da produção em Cacia “vai depender da velocidade do arranque das fábricas de montagem do Grupo”, que se encontram concentradas em Espanha e França.
“Não podemos avançar uma data para ter toda a gente a trabalhar, mas em maio já deverá haver mais gente a trabalhar”, disse.
A Renault Cacia, inaugurada em 1981 naquela área industrial de Aveiro, produz, atualmente, caixas de velocidades e componentes para motores, como bombas de óleo, árvores de equilibragem e outros componentes em ferro fundido e alumínio.
Esta empresa, que também produz alguns componentes para a Nissan, tinha decidido suspender a produção em 18 de março, devido ao avanço da Covid-19.
Lusa

México | Dudas Si Una App De Coronavirus Es Oficial? Envíala A Apklab.Io Y Averígualo Fácilmente


por Yesica Flores
Todos están pensando en el coronavirus, incluyendo los ciberdelincuentes. Y, tristemente, en el mundo de las estafas online, nada es sagrado. Incluso algo tan mortalmente serio como una pandemia será explotado si alguien puede hacer dinero con ello. Y con cientos de aplicaciones dedicadas a la información de COVID-19, y con más por venir, va a ser cada vez más difícil para el usuario medio distinguir lo bueno de lo malo, lo oficial de lo malicioso, la verdad de las mentiras descaradas. 
Avast está lanzando una nueva iniciativa en su plataforma de inteligencia de amenazas móviles apklab.io para facilitar a los investigadores tanto la contribución como el examen de muestras de aplicaciones relacionadas con COVID-19. Hasta ahora, hemos encontrado más de 450 aplicaciones relacionadas con el coronavirus. Mientras las analizamos para discernir lo genuino de lo fraudulento, invitamos a la comunidad de investigadores a participar también. Hemos personalizado nuestras fuentes para que los indicadores de compromiso (IoC) sean accesibles al público para que otros investigadores de seguridad puedan unirse a nosotros en las investigaciones. Los investigadores pueden solicitar una invitación aquí para explorar nuestro profundo análisis de las aplicaciones. Puede que no seamos capaces de detener la propagación de COVID-19; pero, trabajando juntos como comunidad, podemos ayudar a detener la propagación de las malas aplicaciones que se aprovechan de la crisis. También estamos invitando a otras empresas a seguir el ejemplo.
Los investigadores pueden analizar las muestras que hemos recogido hasta la fecha, que han sido separadas en apps de coronavirus y URLs de coronavirus.
  1. Utiliza sitios web en lugar de aplicaciones. Visitar un sitio web suele ser mucho más seguro que instalar una aplicación en el dispositivo. De hecho, la mayor parte de la información que las aplicaciones afirman utilizar proviene de sitios web, así que sólo tienes que ir a ellos directamente, como la Organización Mundial de la Salud.
  2. Sólo instalar aplicaciones de las tiendas oficiales. La gran mayoría del software malicioso se propaga a través de tiendas de aplicaciones de terceros no oficiales, así que asegúrate de utilizar Google Play Store o Apple App Store para obtener tus aplicaciones.
  3. Consigue una segunda opinión sobre la aplicación. Antes de instalar una nueva app, echa un vistazo a cuántas descargas tiene hasta ahora y echa un vistazo a las revisiones. Esto te dará una buena lectura de las opiniones sobre si es útil o una pérdida de tiempo. 
La falsa información y la desinformación que se está difundiendo sobre COVID-19 va desde falsos mapas de brotes hasta falsas curas para la enfermedad y más. Evita toda esa confusión escuchando sólo a los expertos. Como sociedad, estamos practicando el distanciamiento social para prevenir la escalada de la enfermedad. Como individuos, es una buena idea distanciarnos de la masa de información falsa sobre el virus para prevenir la escalada del pánico y las acciones perjudiciales. Mantengámonos seguros, sanos y tranquilos. 

De las 1,770 aplicaciones aproximadas que llegan a nuestros filtros, aproximadamente 225 se detectan actualmente como maliciosas, y ninguna de ellas se propaga a través de tiendas de aplicaciones oficiales como Google Play, sino a través de SMS, URL o ingeniería social. Los tipos de malware varían de ransomware a spyware y troyanos bancarios. Lo que tienen en común es que intentan hacer un mal uso de la publicidad actual asociada con el coronavirus, por ejemplo:

Covid19 / Coronavirus Tracker: Un ejemplo clásico de ransomware, que bloquea el teléfono del usuario y exige un rescate de $100 a $250 en Bitcoin para desbloquear el teléfono.
Corona live 1.1: Esta aplicación utiliza el ícono oficial de la aplicación Samsung Health, y tiene la capacidad de acceder a la ubicación y los contactos del dispositivo infectado, puede leer mensajes SMS, acceder a la cámara del teléfono y tomar fotos, grabar audio, verificar aplicaciones en ejecución y mucho más. Informa los datos a un host de URL que está asociado con otras muestras de malware
Coronavirus: Esta aplicación también alberga malware, específicamente el famoso troyano bancario, Cerberus, se superpone y corre en paralelo a las aplicaciones bancarias para recolectar la información que los usuarios ingresan en ellas, para así robar los datos de acceso de los usuarios, acceder a sus SMS y recolectar listas de contactos.
Por Nikolaos Chrysaidos, Head of Mobile threat intelligence and Security de Avast

Uma investigação completa sobre a teoria da origem do coronavírus em laboratório


Por Natasha Romanzoti, em 17.04.2020

Desde que a pandemia de COVID-19 se tornou um problema mundial, surgiram teorias da conspiração e hipóteses de que o vírus que causa a condição foi criado em ou liberado de um laboratório.
Apesar de todas essas especulações, não existe nenhuma evidência de que o Sars-CoV-2 tenha sido liberado propositalmente de um laboratório.
Já a possibilidade de ele ter “escapado” sem querer de um laboratório, devido a brechas na segurança, é menos improvável. Existem relatórios americanos sobre instalações chinesas que apontam para irregularidades.
Confira abaixo o que sabemos sobre todas essas teorias até agora.

Uma certeza: não é um vírus projetado em laboratório

Um rumor que se tornou viral em janeiro sugeria que o vírus havia sido projetado em laboratório, como uma bioarma.
Essa alegação já foi refutada por diversos cientistas em diferentes estudos. Estes provam que o vírus não é um feito de engenharia genética, mas sim originou-se em animais, provavelmente morcegos.
Por exemplo, uma pesquisa publicada em março na revista Nature mostrou que o vírus não possui sinais de ter sido projetado.
“Ao comparar os dados disponíveis da sequência do genoma a cepas conhecidas de coronavírus, podemos determinar firmemente que o SARS-CoV-2 se originou através de processos naturais”, disse um dos autores do estudo, Kristian Andersen, do Instituto de Pesquisa Scripps (Califórnia, EUA).

Acidente?

Ok, não é uma bioarma malevolamente liberada sobre a população. Mas a suposição de que essa foi uma liberação acidental de um vírus natural por um laboratório chinês?
A proximidade de dois institutos que faziam pesquisa sobre doenças infecciosas do mercado de animais de Wuhan – de onde pensa-se que o surto se iniciou – certamente “esquenta” essa teoria.

Diplomatas americanos e o Instituto de Virologia de Wuhan

Uma matéria do The Washington Post divulgou que diplomatas americanos visitaram instalações de pesquisa chinesas em 2018, enviando dois alertas sobre “segurança inadequada” ao governo dos EUA.
Segundo o jornal, os oficiais estavam preocupados com a segurança e fraquezas de gerenciamento no Instituto de Virologia de Wuhan, e solicitavam mais ajuda – o local já havia recebido financiamento dos EUA, juntamente com assistência de institutos de pesquisa americanos.
O artigo ainda alega que os diplomatas estavam receosos de que a pesquisa com coronavírus de morcegos pudesse levar a uma nova pandemia como a de SARS em 2002-2003.

Procedimentos de segurança

Laboratórios que estudam vírus e bactérias seguem um sistema conhecido como “normas BSL”, sendo que BSL significa “Biosafety Level” ou “Nível de Segurança”. São quatro níveis, que dependem dos tipos de agente biológicos sendo estudados e das precauções necessárias para isolá-los.

O nível um (BSL-1) é o menor, utilizado para o estudo de agentes biológicos bem conhecidos que não representam uma ameaça para seres humanos.
As medidas de precaução aumentam conforme os níveis aumentam, sendo 4 o mais alto, reservado a laboratórios que estudam patógenos perigosos para os quais não existem muitos tratamentos ou vacinas, como o ebola, o vírus de Marburg e, no caso de apenas dois institutos nos EUA e na Rússia, a varíola.
Essas normas são utilizadas no mundo todo, com poucas diferenças (por exemplo, na Rússia, o nível mais alto é 1 e o mais baixo é 4). Apesar da Organização Mundial da Saúde (OMS) ter publicado um manual sobre os níveis, não existe nenhum acordo ou tratado sobre o BSL, de forma que não existem regras que devam ser obrigatoriamente aplicadas em todos ou certos países.
Dito isto, se você deseja fazer projetos com parceiros internacionais, certos padrões são exigidos. O mesmo vale para quem quiser vender produtos ou serviços, como testes, no mercado.
Tendo em vista que o Instituto de Virologia de Wuhan trabalhava em conjunto com os EUA, os diplomatas recomendaram mais atenção e auxílio ao laboratório. Porém, não fica claro que tipo de ajuda era necessária.
Existem várias maneiras pelas quais as medidas de segurança podem ser violadas em laboratórios que lidam com agentes biológicos, incluindo acesso ao laboratório, treinamento de cientistas e técnicos, procedimentos para manutenção de registros, inventário de patógenos, práticas de notificação de acidentes, procedimentos de emergência e muito mais. Simplesmente não sabemos o que havia de “errado” com o instituto de Wuhan.

Conclusões

É de registro público que o Instituto de Virologia de Wuhan conduzia pesquisa em coronavírus que afetam morcegos. Esse trabalho é legítimo e foi publicado em revistas científicas internacionais. Levando-se em conta a experiência chinesa com o surto de SARS anos atrás, esse tipo de estudo não é nenhuma surpresa.
A questão da origem do Sars-CoV-2 é “muito difícil”, de acordo com a Dra. Filippa Lentzos, especialista em biossegurança do King’s College London (Reino Unido).
“Houve discussões silenciosas nos bastidores na comunidade de especialistas em biossegurança, questionando a origem do mercado de frutos do mar que é uma mensagem forte na China”, disse.
Essas discussões são “silenciosas” justamente porque não há evidências de que qualquer instituto de pesquisa em Wuhan tenha sido a fonte do vírus.
Por outro lado, o presidente americano Donald Trump informou que seu governo iria investigar a tal teoria da liberação de laboratório. Contra a China existe o fato de que o país repetidamente escondeu ou omitiu informações cruciais sobre a pandemia, tendo um forte histórico de falta de transparência.

A briga política entre as nações não importa para a ciência, contudo. Os pesquisadores continuarão fazendo seu trabalho duro para traçar a origem do vírus com rigor.

Fonte:hypescience

[BBC]

ENTREVISTAS | Márcia Amaral: “Regras absolutas não servem na cobertura de acontecimentos extremos”

"Um dos grandes desafios da cobertura jornalística é compreender quando um desastre começa, quanto ele dura e quando ele termina" Créditos: Arquivo pessoal

Dairan Paul
Doutorando em Jornalismo pelo PPGJOR/UFSC e pesquisador do objETHOS
Denise Becker
Mestranda em Jornalismo pelo PPGJOR/UFSC e pesquisadora do objETHOS
Mesmo para jornalistas com vasta experiência, narrar uma pandemia global é tarefa que está longe de ser simples ou livre de dilemas. Isolamento de indivíduos, rearranjo nos modos de trabalho e as vidas que foram perdidas pelo coronavírus são apenas alguns dos impactos mais imediatos na população. No caso do jornalismo, há interferências no seu processo produtivo, à medida que profissionais passam a apurar boa parte das informações em suas casas, a partir de estruturas técnicas limitadas e sem contato físico com entrevistados. Os desafios para informar o surto de maneira significativa são globais, mas sujeitos a importantes variações locais.
Nem tudo é novidade, entretanto: algumas questões morais são comuns a coberturas de tragédias e surgem redimensionados no Covid-19. Quais cuidados éticos devem preocupar jornalistas? Como lidar com fontes enlutadas ou que passaram por traumas recentes? É possível escrever sobre temas delicados sem apelar para uma linguagem sensacionalista? Olhar para coberturas anteriores de surtos globais pode ser uma alternativa para a estruturação de histórias construtivas com ênfase no que as pessoas podem fazer na fase pós-coronavírus.
Para a pesquisadora Márcia Franz Amaral, nenhum profissional se torna especialista no coronavírus de um dia para o outro, assim como nenhum jornal consegue criar uma estrutura de cobertura de uma hora para outra. Professora do curso de Jornalismo e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria (PPGCOM/UFSM), Amaral estuda coberturas jornalísticas de desastres desde 2011, e assinala que acontecimentos complexos dificilmente são previstos ou narrados em sua totalidade pelo jornalismo – embora riscos e vulnerabilidades possam ser antecipados.
Diversos fatores estão envolvidos em uma tragédia e conferem complexidade ao acontecimento, explica a pesquisadora. Os sentidos que compõem uma catástrofe modificam-se ao longo da história e “têm grande poder de afetação, pois só existem porque destroem, mas ao mesmo tempo desvelam problemas sociais, ambientais e econômicos”.
É essa multiplicidade de causas que pode colidir com a lógica das rotinas jornalísticas. “A cobertura compassada com o tempo cronológico do desastre é fundamentalmente anestesiante”, sintetiza a professora. “Nestas condições, a apuração, que é o diferencial do jornalismo, ocorre de maneira fragilizada, superficial, em tempo real e a conta gotas”.
Assim, temáticas outrora negligenciadas pela grande imprensa emergem nas manchetes de jornais e são destacadas nas escaladas de programas noticiosos em horário nobre da TV brasileira: o papel do Estado na crise, desemprego, trabalho informal, falta de água e de saneamento. “A desigualdade social saltou na cara do jornalismo tradicional”, reitera. Nesse sentido, cabe à informação jornalística de qualidade articular diferentes campos – político, social, econômico -, “iluminar explicações possíveis, dotar este desastre de inteligibilidade, configurar seu passado e antever seu futuro”.
Márcia Amaral é pesquisadora CNPq, líder do Grupo de Pesquisa Estudos de Jornalismo e organizadora do livro Periodismo y Desastres, publicado peça Editora da Universidade Oberta de Catalunya (UOC) e o Institut de la Comunicació da Universitat Autònoma de Barcelona (InCom-UAB) em setembro de 2019. Na entrevista a seguir, a professora discute aspectos da cobertura jornalística no Brasil, algumas lições a partir de desastres anteriores, como os casos Kiss e Mariana, e o papel desempenhado pelas testemunhas nas tragédias.
Como estamos vendo, a pandemia do coronavírus domina o noticiário. De forma geral, qual é a sua avaliação da narrativa sobre o COVID-19 na mídia brasileira? Algum exemplo chamou sua atenção, positiva ou negativamente?
É difícil fazer uma avaliação generalista da cobertura midiática. De maneira geral, creio que o jornalismo está vivendo um momento de resgate de sua importância, pois a Covid-19 reconectou muitos cidadãos (inclusive os jovens) ao jornalismo. Grandes portais, jornais, rádios e emissoras de televisão batem recordes de público e aplicativos de notícia nunca foram tão procurados. Mas isso não significa uma redenção do jornalismo como negócio porque há extrema dificuldade de monetizar todas estas audiências. Muitos pequenos jornais já estão em crise e demitem seus profissionais. Em outros países que estão vivenciando esta experiência, percebe-se que o acesso ao jornalismo cresce nas primeiras semanas e, posteriormente, há uma saturação. Entretanto, podemos afirmar que há um crescimento ao menos temporário de audiência e de seguidores dos veículos tradicionais de comunicação.
Mas é preciso pontuar que por outro lado, temos no país um deserto de notícias que impede certas regiões de terem acesso a informações locais que são tão importantes para a vida cotidiana do cidadão comum. Cabe também lembrar do desmonte da comunicação pública no Brasil e a necessidade de ela ser reestruturada em outras bases para que seja acionada em momentos tão importantes como o que estamos vivendo.
Quanto à cobertura da grande mídia, observamos um certo redirecionamento. Mesmo que estas grandes empresas de comunicação tenham apoiado o projeto do governo e suas medidas econômicas, obrigam-se agora a dar um passo atrás e a defender, por exemplo, verbas para a pesquisa e a cobrir parte das vulnerabilidades sociais no Brasil.
Por um lado, temos uma cobertura direcionada totalmente às classes média e alta, até porque no caso da Covid-19, há uma camada da população que pode se proteger mais do que as demais. Aí cabe o discurso de que não contrair o vírus só depende de nós, ou seja, há culpabilização antecipada dos futuros afetados. Há uma grande dificuldade tanto do jornalismo como da comunidade científica de elaborar um discurso que leve em conta as experiências da maioria da população. Boa parte do discurso dos epidemiologistas, fontes dos jornalistas, ainda está focado na lavagem das mãos, no distanciamento social, no uso de máscaras, no pagamento de contas com cartões bancários ou nas compras virtuais ou por telentrega.
Ainda de maneira incipiente e também não sabemos por quanto tempo, algumas matérias jornalísticas passam a abordar a dura realidade das zonas periféricas, das comunidades indígenas e dos marginalizados de maneira geral. Mas tratam-se de matérias sobre estas comunidades e não de matérias para estas comunidades, direcionamento que a televisão aberta e o rádio poderiam fazer. Assim, creio que o temor do coronavírus gerou visibilidade para alguns campos problemáticos já existentes que agora parecem estar sendo alçados a “problemas de todos”, como a importância e fragilidade do SUS e a falta de estrutura do sistema de saúde das pequenas cidades. De alguma maneira, tem se atravessado na cobertura temáticas como o papel do Estado na crise, o desemprego, o trabalho informal, a falta de água e de saneamento. A desigualdade social saltou na cara do jornalismo tradicional, mas de maneira ainda muito tímida, pois ainda está enquadrada como um problema gerencial e não estrutural. Falta na cobertura a abordagem de sociólogos, urbanistas, antropólogos e sanitaristas que deem conta de debater os problemas históricos do país.
Muitas questões ainda estão também acobertadas, como as questões de gênero. No caso, por exemplo, da defesa de isolamento vertical por parte de algumas pessoas, percebe-se que é totalmente ignorado o papel das mulheres que agregam funções de dona de casa, trabalhadora, compradora de mantimentos, mãe e cuidadora dos idosos, enfermos e vulneráveis.
No plano ideal, o jornalismo precisa participar efetivamente e criticamente deste momento em que o controle social e a democracia são questões tão delicadas. A crise epidemiológica, somada à crise do sistema de saúde e às crises econômicas, sociais e políticas vai exigir muito do jornalismo. O enredamento da questão epidemiológica com as disputas políticas é bastante complexo. Esta é uma grande oportunidade para o jornalismo escancarar os problemas brasileiros e debater formas originais de enfrentá-los, e há que se duvidar que esta grande imprensa sustentará estes temas por muito tempo.
Neste caso em específico, temos como marca também uma cobertura que não é realizada nas ruas ou nas redações, mas desde a casa dos apresentadores e jornalistas, o que instaura um novo padrão estético e de performance dos profissionais, mas certamente tem graves consequências na apuração jornalística.
Olhando para trás, o que jornalistas podem aprender a partir de coberturas de outras tragédias recentes, como a boate Kiss, em Santa Maria, e o desastre em Mariana?
Um dos grandes desafios da cobertura jornalística é compreender quando um desastre começa, quanto ele dura e quando ele termina. Compreender o passado de um desastre e fazer ver seu futuro (o passado do próximo desastre) é desafiador. Dar cobertura jornalística à longa duração de cada acontecimento limite também é. Como são acontecimentos que nascem publicamente por suas consequências imediatas, quando o impacto inicial se dilui, o jornalismo tende a abandoná-lo.
Outro ponto importante que a cobertura de outras tragédias nos mostra é que o acionamento das fontes jornalísticas vai se modificando ao longo dos dias e este acionamento vai iluminando ou silenciando diferentes campos problemáticos que envolvem o acontecimento.
No caso do incêndio da Boate Kiss, como foi uma tragédia com centenas de sobreviventes, o jornalismo concedeu nas primeiras horas um grande papel às testemunhas, ou seja, a quem vivenciou a experiência, e os depoimentos delas foram fundamentais na reconstituição da tragédia. Neste caso, contrariando a lógica de priorizar as falas oficiais, as testemunhas tiveram seus depoimentos priorizados e transgrediram a função estrita de contar seus dramas individuais. Foram as testemunhas que esclareceram onde o fogo começou e as dificuldades enfrentadas para escapar da boate.
Já no desastre de Mariana, a cobertura inicial foi do tipo “drone”, pois tratava-se de um acontecimento ocorrido no espaço de uma grande empresa mineradora. Os jornalistas não tiveram acesso imediato às pessoas afetadas. O que chama a atenção é o quanto o jornalismo precisa orquestrar a entrada de suas fontes de maneira a diversificar não somente o número de pessoas que falam, mas também seus pontos de vista. Como neste caso a região era muito dependente da atividade mineradora, houve situações em que as próprias vítimas falavam a favor da empresa e, então, a matéria dava conta apenas de um ponto de vista. Outro aspecto observado é que muitas pessoas afetadas apareceram na cobertura sem sequer serem identificadas. Algumas coberturas que analisamos não concederam espaço aos afetados que manifestavam o sentimento de injustiça e indignação. Assim, o testemunho das vítimas ficou restrito à experiência individual, e o potencial político das falas que poderia colaborar com a configuração de uma questão pública, foi silenciado.
Em outras análises de cobertura sobre desastres ligados a eventos climáticos extremos, percebemos que as fontes especializadas têm uma grande importância no enquadramento das matérias jornalísticas, pois são elas que, muitas vezes, cobram ação do Poder Público. Até porque o papel das fontes oficiais, na ocorrência imediata dos desastres, normalmente é tergiversar e atribuir o desastre à força da natureza. E ainda sobre este tema, ressalto a importância, no caso da cobertura das mudanças climáticas, de o jornalismo rever seu hábito de revelar sempre o contraditório e dar a ver sempre posições opostas. Não há motivos para dar espaço a negacionistas das mudanças climáticas, por exemplo, se elas já foram exaustivamente provadas pela ciência. E no caso de a matéria trazer fontes que se contradizem, há também que dimensionar a participação de cada fonte na matéria.
Noutros casos, se a informação ou declaração da fonte contraria evidências científicas, é necessário buscar dar a contraposição na mesma matéria para não ficarmos refém de jornalismo declaratório, polêmico, gerador de likes que vai, entretanto, dar visibilidade para informações duvidosas ou obscurantistas.
Desta maneira, cada acontecimento tem suas especificidades e cabe aos jornalistas criar estratégias de como relatá-lo.
Quais cuidados éticos (em relação à linguagem e à etapa de apuração) você destacaria para a cobertura de catástrofes e situações de desordem social?
Creio que o jornalismo participa da construção social da realidade, não é um mero lugar de passagem de informações. Desta maneira, quando cobre um desastre no dia a dia ajuda a configurar modos de inteligibilidade para ele e configura formas de vivenciá-lo. A concepção do jornalismo como espelho da realidade ainda está muito presente no senso comum dos jornalistas e acaba isentando o profissional do jornalismo daquilo que ele divulga. O que é dito sobre o acontecimento integra o desenrolar deste acontecimento, tem efeitos de toda a ordem. Por exemplo, se eu eu faço uma matéria com foco em algumas prateleiras vazias de um supermercado, por mais que elas estejam efetivamente vazias, preciso pensar nos efeitos de sentido desta matéria que pode dar a sensação a um público tão diverso que há problemas de abastecimento em todas as cidades. Os cuidados éticos devem estar presentes desde a apuração até a antecipação de como tal informação vai circular e ser recebida em cada camada da população, e que efeitos pode causar.
Todos os limites são muito tênues neste momento, pois até a cobertura excessiva pode ser antiética por ser excessiva. Cenas que se tornam ícones nos desastres, por exemplo, costumam ser reproduzidas ad infinitum,como o avião nas torres gêmeas ou a cena do jovem que tenta quebrar a parede da boate Kiss com uma marreta. Por vezes, a cobertura excede seu papel de agregar conhecimento ao acontecimento e pode chegar à beira do entretenimento e da fruição (como cenas quase cinematográficas captadas em desastres, a exemplo de cidades desertas ou a chegada de um tsunami).
A própria denominação do acontecimento precisa ser refletida, porque alguns termos e expressões que já o inscrevem numa determinada ordem imaginária do acontecimento sensacional (catástrofe, caos, tragédia, emergência, desastre anunciado, desastre natural, tsunami de lama, rio nas ruas, o rio invadiu, a chuva matou, vírus assassino, doença mortal) criam também sentidos determinados ao acontecimento. Por vezes, algumas vulnerabilidades e riscos que envolvem o acontecimento ficam mais evidentes na sua designação. Outras vezes, são interditados. Ou seja, a denominação pode suavizar um acontecimento, dotá-lo de dramaticidade, configurá-lo no âmbito de uma explicação monocausal ou ainda no âmbito da busca pela justiça. A denominação inscreve o acontecimento em determinados campos problemáticos, convoca alguns personagens e argumentos, e borra outros. No caso do coronavírus, temos observado o uso de metáforas como “guerra”, “combate”, “inimigo”. Isso certamente tem determinados efeitos de sentido entre o público, como o de estarmos todos no mesmo front, defendendo-nos do mesmo inimigo etc.
O contato com fontes enlutadas ou que passaram por situações traumáticas é comum em casos como esse. O testemunho das vítimas afetadas é relevante para a cobertura? Quais abordagens devem ser evitadas pelos jornalistas ao contatá-las?
Em casos de tragédias, o relato da experiência dos afetados é sempre de grande valor, porque auxilia na reconstrução do acontecimento ou no conhecimento dele. Também é um recurso muito utilizado porque produz proximidade com o público do jornalismo que muitas vezes se considera vítima virtual (pessoas que supostamente poderiam estar no lugar dos que sofrem ou foram atingidos).
A primeira recomendação é não expor pessoas em situações vulneráveis. No caso de isso acontecer, deve-se questionar o quanto a exposição das pessoas afetadas nos auxilia a conhecer melhor este acontecimento.
É difícil dimensionar a abordagem entre o público e o privado. No início da cobertura sobre o Covid-19, vimos um certo exagero na individualização de quem teria trazido o vírus, com histórias de casamentos e noivados que teriam disseminado-o, ou até o local de trabalho de cada um dos primeiros infectados.
No caso de entrevistar pessoas afetadas, os manuais recomendam que o jornalista as trate com dignidade, permita-se conhecer a história da pessoa e também as condições da entrevista priorizando o bem estar da pessoa. E do ponto de vista da audiência, algumas imagens e informações sobre o sofrimento de pessoas devem ser acompanhadas de advertência prévia.
Regras absolutas não servem na cobertura de acontecimentos extremos, pois em algum momento pode ser importante mostrar à população de uma cidade que há alguém afetado pela doença ou dar visibilidade à vulnerabilidade dos profissionais de saúde no atendimento ao público.
Fonte:objethos

30 portugueses foram hoje repatriados da Venezuela

Covid-19: 30 portugueses foram hoje repatriados da Venezuela ...
Trinta portugueses partiram hoje do Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía, a norte de Caracas, num voo da companhia aérea Plus Ultra, elevando para 48 o número de lusos repatriados da Venezuela, desde finais de Março.
Fontes aeroportuárias e diplomáticas explicaram à agência Lusa que o voo foi organizado por Espanha para transportar cidadãos europeus, entre eles os portugueses, que tinham ficado retidos na Venezuela, devido à restrição de voos decorrente da pandemia do novo coronavírus.
O avião, um Airbus A340-313 (A343) que chegou na noite de quarta-feira a Caracas, partiu de Maiquetía pelas 17:10 locais (22:10 em Lisboa) para Madrid, com mais de 300 pessoas a bordo.
Uma vez em Madrid, os passageiros portugueses vão seguir viagem para Lisboa de autocarro, devendo cumprir uma quarentena.
“Abrimos o check-in pelas 12:00 horas locais [17:00 horas em Lisboa]. São 30 portugueses que viajaram recentemente para a Venezuela e que pediram para ser repatriados, porque vieram ver a família e ficaram apanhados”, explicou o cônsul-geral de Portugal em Caracas.
Lícinio Bingre do Amaral precisou que estes portugueses residem em Portugal continental, com exceção de um que seguirá depois para a Madeira.
“Há mais gente [da Madeira], pelo menos sete madeirenses ficaram em terra [na Venezuela], porque não conseguiram arranjar os bilhetes para o Funchal”, disse.
O diplomata precisou que ficaram ainda mais portugueses em lista de espera, porque não havia lugar no voo.
“As pessoas que residem em Portugal e que estão cá de férias ou de negócios que façam saber ao consulado que estão interessados em regressar, para ficar em lista de espera, se houver um novo voo”, frisou.
Na Venezuela alguns passageiros portugueses tiveram que conseguir um salvo-conduto e gasolina para poder chegar ao Aeroporto, entre eles um luso que estava em Barquisimeto (365 quilómetros a oeste da capital).
Em 26 de março, esta mesma companhia aérea realizou o primeiro voo organizado pela Espanha para transportar cidadãos europeus, no qual foram repatriados 18 cidadãos portugueses.
Segundo fontes aeroportuárias estão previstos voos de repatriamento de cidadãos de brasileiros e paraguaios, para esta sexta-feira e sábado, respetivamente.
Na Venezuela estão oficialmente confirmados 197 casos de pessoas infetadas e nove mortes associadas ao coronavírus.
A Venezuela está desde 13 de Março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia.
O estado de alerta foi decretado por 30 dias e prolongado por igual período.
Os voos nacionais e internacionais estão restringidos no país.
Desde 16 de Março que os venezuelanos estão em quarentena e impedidos de circular livremente entre os vários estados do país.
Lusa

Campanha #SERJOVEMEMCASA para incentivar e promover projetos online de e para jovens

*A iniciativa pretende criar uma rede de partilha de oferta de atividades através das tecnologias de informação e comunicação

No Dia Europeu da Informação aos Jovens, que se assinala hoje, dia 17 de abril, o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), ativa a campanha #SERJOVEMEMCASA, com propostas de atividades, oficinas e informações disponíveis para a juventude. 

Num contexto em que milhares de jovens se encontram nas suas casas, o tempo passado em confinamento não tem de ser privado de um conjunto de estímulos, nomeadamente no que se refere à procura ativa de informação, ao pensamento crítico, assim como à aquisição de competências e experiências enriquecedoras para o percurso dos/as jovens enquanto cidadãos/cidadãs participativos/as no exercício da sua cidadania. 

Esta campanha decorrerá nas várias plataformas do IPDJ, através do seu novo Portal e das suas redes sociais, Instagram e Facebook. Será disponibilizado, diariamente, um conjunto alargado de informações dirigidas à população jovem, mas também de iniciativas e atividades que possam enriquecer o seu tempo livre. Durante este dia que marca o lançamento da campanha estarão disponíveis conteúdos acerca do Dia Europeu da Informação aos Jovens, de programas do IPDJ, vídeos e a calendarização dos webinars. 

Durante a campanha estará disponível informação acerca de respostas que o IPDJ já disponibiliza e que o qualificam enquanto entidade pública no sector da juventude, nomeadamente a saúde e bem-estar juvenil, o associativismo e programas cujas candidaturas se encontram a decorrer. Nesta campanha pretende-se, também, criar um espaço de partilha de informação útil proveniente de fontes fidedignas para a juventude. 

Existirá, também, um conjunto de atividades, oficinas, webinars e momentos de partilha de informação para os jovens e que irá ao encontro dos seus interesses e motivações, como por exemplo oficinas ligadas às artes, à criação de conteúdos ou ainda a um estilo de vida mais ecológico. Terão lugar debates sobre questões que têm impacto na juventude, abordar-se-á a questão da segurança online, os direitos da juventude, entre muitas outras. 

A campanha conta com a participação e um enorme comprometimento de todo o tecido associativo jovem. Diversas associações de norte a sul do país aderiram à campanha #serjovememcasa e disponibilizarão as suas atividades para a juventude a nível nacional, tratando-se por isso de uma campanha diversificada nos conteúdos que se compromete apresentar. 

A primeira semana de campanha contará com workshops e desafios artísticos, oficinas de autoconhecimento ou, ainda, uma aula de italiano lúdica. A campanha contará também com conteúdos destinados a profissionais de juventude, nomeadamente um webinar sobre a prevenção da radicalização violenta na juventude e o IPDJ disponibilizará informação útil no que diz respeito aos seus programas e a sua adaptabilidade em tempos de pandemia. 

Os jovens são agentes de mudança, mas também de esperança para com o presente e o futuro. 

Mais informações: 
Divisão de Comunicação e Informação 
Rua Rodrigo da Fonseca, 55 | Piso 1 | 1250-190 Lisboa 
Tel. 21 047 00 00 
http://www.ipdj.pt email: comunicacao@ipdj.pt 

Programa Férias em Movimento 2020 

Candidaturas para entidades promotoras
*prolongamento do período de candidaturas  até 30 de abril

Estão abertas as candidaturas para Entidades Promotoras no âmbito do Programa Férias em Movimento.
As candidaturas estão abertas para as duas modalidades:

- Campos de férias residenciais e
- Campos de férias não-residenciais.

*Decorrem de 29 de junho a 13 de setembro.


O Programa promove a ocupação saudável dos tempos livres, em Campos de Férias, para jovens, no período de férias escolares, através da prática de atividades lúdico-pedagógicas.
Este ano as atividades de campos de férias podem enquadrar-se nas seguintes áreas:
✔️Desporto;
✔️Ambiente;
✔️Cultura;
✔️Património histórico e cultural;
✔️Multimédia;
✔️Outras, de relevante interesse para os jovens.



Nova Calendarização:

- De 29 de junho a 13 de setembro: Data de realização dos projetos

  • De 16 de Março a 30 abril:
Candidaturas das Entidades Promotoras

  • A partir de 01 de junho, até 5 dias antes de cada campo:
Inscrição dos Jovens


Candidaturas e mais informação
As entidades organizadoras devem remeter os seus projetos, para a plataforma dos programas de juventude do IPDJ: