quarta-feira, 3 de junho de 2020

Autarcas do Alto Minho e da Galiza protestam pela reabertura “imediata” de fronteiras

Presidentes de câmara portugueses e galegos de municípios banhados pelo rio Minho exigiram hoje a reabertura "imediata" de mais três pontos entre Portugal e Espanha de forma a corrigir o que dizem ser uma injustiça dos dois Estados.
Doze dos 14 autarcas portugueses e galegos com municípios localizados ao longo de 70 quilómetros do rio Minho realizaram hoje de manhã uma ação de protesto conjunta no meio da ponte internacional da Amizade, que liga Vila Nova de Cerveira, no distrito de Viana do Castelo, a Tomiño, na Galiza, em Espanha, encerrada desde a reposição de fronteiras entre os dois países.
Na ação, promovida pelo Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Rio Minho, que contou com a presença de jornalistas portugueses e espanhóis, os autarcas exibiram a palavra "SOS" em letras grandes.
O controlo das fronteiras terrestres com Espanha está a ser feito desde as 23:00 do dia 16 de março em nove pontos de passagem autorizada devido à pandemia de covid-19.
Atualmente, no distrito de Viana do Castelo, a ponte nova sobre o rio Minho, que liga as cidades de Valença e Tui, é o único ponto de passagem autorizado para trabalhadores transfronteiriços e transporte de mercadorias.
Na terça-feira, o ministro da Administração Interna admitiu manter encerradas as fronteiras terrestres e aérea com Espanha, enquanto existir uma quarentena interna no país vizinho.
"Nós, neste momento, temos a fronteira terrestre encerrada até 15 de junho. Iremos analisando essa situação. Eu admito que, se as próprias autoridades espanholas já disseram que antes de 01 de julho não haverá liberdade de circulação, provavelmente temos de manter encerrada a fronteira terrestre todo este mês de junho", afirmou Eduardo Cabrita.
O governante sublinhou que "não faz sentido reatar a fronteira terrestre enquanto em Espanha existir uma situação epidemiológica que exige acompanhamento e enquanto existir uma quarentena interna".
Mas, nas últimas semanas, os autarcas dos dois lados do rio Minho têm feito repetidos apelos à abertura de mais passagens entre as duas regiões transfronteiriças.
Na sexta-feira, os presidentes das câmaras de Valença e Tui lançaram "um pedido de socorro" aos Governos de Portugal e de Espanha, exigindo a reabertura imediata da ponte centenária que liga a eurocidade, e de mais pontos de passagem no território face aos "prejuízos muito graves" que a atual situação está a causar à economia dos dois territórios e aos trabalhadores transfronteiriços.
Anteriormente também o diretor do AECT Rio Minho referiu que o território está "afogado" por uma única passagem na fronteira entre os dois países e a situação está a tornar-se "insustentável".
Constituído em fevereiro de 2018 e com sede em Valença, o AECT Rio Minho abrange um total de 26 concelhos: os 10 municípios do distrito de Viana do Castelo que compõe a CIM do Alto Minho e 16 concelhos galegos da província de Pontevedra.
Também o Observatório Transfronteiriço Espanha-Portugal indica que, "dos 60 pontos existentes entre ambos os países, os de Valença-Tui, Cerveira-Tomiño e Monção-Salvaterra do Minho estão entre os seis com maior fluxo de tráfego transfronteiriço, somando, entre as três, mais do 50% do trânsito de veículos".
Lusa

Itália abre circulação interna e fronteiras no espaço Schengen

Itália abre circulação interna e fronteiras no espaço Schengen ...
A Itália permite, a partir de hoje, a livre circulação entre as suas regiões e abre as fronteiras com o resto da União Europeia, depois de três meses encerradas devido à pandemia da covid-19.
"Hoje parece uma conquista se pensarmos nas condições de há alguns meses. Conseguimo-lo com o sacrifício de todos, mas é preciso lembrar que o vírus ainda vive connosco", afirmou o ministro de Assuntos Regionais, Francesco Boccia, defendendo que não se pode esquecer "as 33.000 pessoas que morreram e os trabalhadores de saúde que fizeram um esforço incrível".
Depois de algumas divisões entre os presidentes das regiões, especialmente os do sul e das ilhas, que temiam a chegada de cidadãos do norte, onde ainda ocorre o maior número de infeções, a "circulação incondicional" foi finalmente imposta, embora cada região possa escolher as medidas a usar para detetar potenciais infetados com o coronavírus.
Por exemplo, o presidente da região de Lazio, cuja capital é Roma, Nicola Zingaretti, assinou uma portaria que impõe controlo e medição da temperatura de todos os passageiros que chegam à região de comboio, avião ou barco.
Quem exceder a temperatura de 37,5 graus será isolado e submetido a um teste rápido para o coronavírus.
Na Sardenha, onde o presidente, Christian Solinas, queria impor a utilização de um passaporte de saúde, será necessário ter um registo para entrar na ilha e preencher um questionário sobre a previsão de movimentação interna.
O questionário deve ser preenchido no site da região antes da partida ou através da aplicação de telemóvel "Safe Sardinia", que faz um acompanhamento dos contactos de cada pessoa.
Também na Campânia, cuja capital é Nápoles, todos os viajantes que chegam a estações de comboio a partir de outras regiões ou ao aeroporto devem passar por uma medição da temperatura corporal e, no caso de apresentarem um valor igual ou superior a 37,5 graus, permitir que lhes seja feito um teste rápido à covid-19.
Na Apúlia, todas as pessoas que cheguem de outras regiões ou do estrangeiro, em meios de transporte públicos ou privados, devem preencher um formulário no site institucional da região.
Os viajantes devem declarar o local de origem e o município em que se irão hospedar e registar a lista dos locais visitados e das pessoas que conheceram durante a estadia.
A abertura das regiões e fronteiras levou a que, hoje de manhã, se formassem longas filas de carros em Messina, na Sicília, para poder chegar ao continente e registou-se um aumento significativo do número de passageiros que se dirigiram para as principais estações de comboio de Milão.
A ministra dos Transportes, Paola De Micheli, foi hoje à estação de Termini, em Roma, para verificar como está a decorrer a chegada dos comboios e a medição da temperatura aos passageiros.
O primeiro dia de reabertura das fronteiras sem necessidade de quarentena para os cidadãos dos países do espaço Schengen também significou um reforço da vigilância nos aeroportos do país, como em Fiumicino, Roma.
No aeroporto da capital estão agendados hoje 100 voos, dos quais cerca de 60 são rotas nacionais e, destas, 20 dirigem-se para o norte da Itália.
No total, e desde o início da crise da covid-19 no país em 21 de fevereiro, Itália contabiliza 33.530 vítimas mortais e 233.515 pessoas que estão ou estiveram infetadas com o novo coronavírus.
Lusa

Jorge Jesus renovou com Flamengo por mais uma época

Jorge Jesus renovou com Flamengo por mais uma época - Desporto - SAPO
Jorge Jesus vai permanecer mais uma época nos brasileiros do Flamengo, até junho de 2021, anunciou hoje o treinador português de futebol na sua página no Instagram.
"Meus representantes chegaram a um acordo hoje com diretoria do Flamengo para renovação de meu contrato por mais um ano. As minhas relações de amizade com todos jogadores, estrutura do clube e nação 'rubro-negra' foram determinantes para tocar meu coração e falaram mais alto em minha decisão. Obrigado a todos pelo carinho, pelo reconhecimento e apoio ao nosso trabalho", escreveu o treinador.
Jorge Jesus, de 65 anos, chegou ao clube brasileiro em junho de 2019, tendo, desde então, conquistado o Brasileirão, a Taça Libertadores, a Supertaça sul-americana, a Supertaça do Brasil e ainda a Taça Guanabara, a primeira volta do estadual Carioca.
Lusa

Reino Unido promete passaporte britânico a millhões de residentes em Hong Kong

Reino Unido promete passaporte britânico a milhões de residentes ...
O primeiro-ministro do Reino Unido propôs na terça-feira atribuir a milhões de habitantes em Hong Kong o passaporte britânico, com possibilidade de aceder à cidadania, se a China não reconsiderar a lei da segurança imposta ao território.
"Muitas pessoas em Hong Kong receiam que o seu modo de vida - que a China se comprometeu a manter - esteja ameaçado" por esta lei, escreveu Johnson num artigo para o The Times of London e para o South China Morning Post.
"Se a China avançar e justificar estes receios, o reino Unido não pode, em boa consciência, encolher os ombros e seguir em frente; em vez disso, honraremos as nossas obrigações e forneceremos uma alternativa", afirmou Johnson, nas primeiras declarações dirigidas aos habitantes de Hong Kong desde que a China aprovou a lei da segurança nacional.
Cerca de 350 mil pessoas em Hong Kong possuem atualmente um passaporte que permite o acesso sem visto ao Reino Unido, para uma estadia até seis meses, explicou o primeiro-ministro. Além destas, mais 2,5 milhões seriam elegíveis para requerer o documento, segundo Johnson.
Quando Hong Kong passou para a administração da China em 1997, após 150 anos como colónia britânica, os seus residentes não obtiveram o direito de viver no Reino Unido, o que poderia mudar com a proposta do primeiro-ministro britânico.
"Se a China impuser a sua Lei de Segurança Nacional, o Governo britânico alterará a sua legislação em matéria de imigração e permitirá a qualquer titular destes passaportes residentes em Hong Kong vir para o Reino Unido por um período renovável de 12 meses e obter outros direitos, incluindo o direito ao trabalho, o que os colocaria no caminho da cidadania", escreveu o primeiro-ministro britânico.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Grã-Bretanha, Dominic Raab, já tinha afirmado em 28 de maio que o país poderia alargar as condições de permanência no Reino Unido, de seis para 12 meses, para os cerca de 300 mil titulares de passaporte nacional britânico em Hong Kong, se a China não reconsiderasse o seu plano.
A lei de segurança nacional proposta pela China visa reforçar o controlo de Pequim sobre Hong Kong, numa tentativa de impedir o reacender de protestos violentos registados ao longo de vários meses no ano passado.
"Tenho dificuldade em perceber como é que a mais recente medida poderá aliviar as tensões em Hong Kong. Durante grande parte do ano passado, o território foi palco de grandes protestos, desencadeados por uma tentativa mal ponderada de aprovar uma lei que permitisse a extradição de Hong Kong para o continente", recordou Johnson.
O primeiro-ministro britânico alertou ainda para o impacto económico da limitação de liberdades no território.
"A China tem mais interesse do que qualquer outra parte em preservar o sucesso de Hong Kong. Desde a transferência de soberania em 1997, a chave tem sido o precioso princípio de 'um país, dois sistemas', consagrado na Lei Básica de Hong Kong e sustentado pela Declaração Conjunta assinada pelo Reino Unido e pela China", escreveu Boris Johnson.
A imposição da Lei da Segurança a Hong Kong "restringiria as suas liberdades e reduziria substancialmente a sua autonomia", sublinhou o primeiro-ministro britânico.
A Assembleia Popular Nacional (APN), o órgão máximo legislativo da China, aprovou em 28 de maio a controversa proposta de lei de segurança nacional de Hong Kong.
O diploma, ainda não finalizado, proíbe "qualquer ato de traição, separação, rebelião, subversão contra o Governo Popular Central, roubo de segredos de estado, a organização de atividades em Hong Kong por parte de organizações políticas estrangeiras e o estabelecimento de laços com organizações políticas estrangeiras por parte de organizações políticas de Hong Kong".
Entre os sete artigos propostos por Pequim, está uma disposição para um mecanismo legal que permite ao Comité Permanente da APN articular legislação que vise prevenir e punir uma série de suposições, incluindo "subversão contra o poder do Estado".
A metrópole financeira de mais de sete milhões de habitantes regressou à China em 1997 sob um acordo que garantia ao território semiautonomia e liberdades desconhecidas no resto do país, ao abrigo do princípio "Um país, dois sistemas".
Tal como acontece com Macau desde 1999, para Hong Kong foi acordado um período de 50 anos com elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judicial, com o Governo central chinês a ser responsável pelas relações externas e defesa.
Lusa

Sucesso da Zoom torna-a na mais recente mina de ouro da internet

Sucesso da Zoom torna-a na mais recente mina de ouro da internet
A Zoom Video Communications está a emergir rapidamente como a mais recente mina de ouro da internet, à medida que milhões de pessoas recorrem ao seu serviço de videoconferência para verem familiares, amigos e colegas retidos em casa pela pandemia.
Os resultados financeiros divulgados na terça-feira por esta outrora obscura companhia, relativos ao período fevereiro-abril, evidenciam um crescimento astronómico que a tornou em uma estrela de Wall Street.
As receitas da Zoom para o seu primeiro trimestre fiscal mais do que duplicaram, em relação ao mesmo período do ano passado, para os 328 milhões de dólares (293 milhões de euros), com os lucros a dispararem de 198 mil dólares há um ano para os atuais 27 milhões de dólares.
Estes números excederam as expectativas, já elevadas, dos analistas, o que forneceu novo impulso a esta ação que já mais do que triplicou a sua cotação durante este ano.
Depois de uma progressão consistente na antecipação da divulgação dos resultados, a Zoom valorizou três por cento na terça-feira, para 213,60 dólares, o que representa mais de cinco vezes o preço da oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) com que abriu o capital ao público, há 14 meses, a 36 dólares.
A subida da sua cotação já coloca a Zoom com um valor bolsista de 59 mil milhões de dólares, mais do que a soma do valor de mercado de cada uma das quatro maiores transportadoras aéreas dos EUA, que viram o seu negócio pulverizado pelo surto do novo coronavirus, que reduziu dramaticamente as viagens aéreas.
A empresa foi fundada há nove anos por vários sócios, entre os quais o atual presidente executivo, Eric Yuan.
Como sinal de que os seus dirigentes não esperam que o atual desempenho seja de curta duração, as previsões do volume de negócios para o trimestre que acaba em julho é de 500 milhões de dólares, o que mais do que quadruplica o homólogo.
Para o seu ano fiscal completo, a Zoom espera agora um volume de negócios de 1,8 mil milhões de dólares, o que praticamente triplica o alcançado no último exercício.
O crescimento acentuado da Zoom verificou-se apesar de problemas de privacidade, que permitiu a intrusos aparecimentos sem convite nas sessões em linha, por vezes de forma insultuosa e provocadora.
As preocupações levaram algumas escolas a deixarem de usar a Zoom nas suas aulas em linha, que se generalizaram em fevereiro, se bem que os esforços da empresa para aumentar a segurança conseguiram trazer alguma de volta.
Agora existem mais de 100 mil escolas à escala mundial que usam a Zoom para as suas aulas em linha, segundo a empresa.
A empresa acabou abril com 265.400 clientes empresariais com pelo menos 10 empregados, o que significa a multiplicação por quatro da situação de há um ano.
Para procurar responder aos desafios da segurança, e garantir a privacidade das suas videoconferências, a Zoom tem estado a trabalhar desde abril com Alex Stamos, um conhecido perito de segurança informática, que já trabalhou para a Yahoo e a Facebook, empresas estas que também já tiveram problemas de segurança e privacidade.
O sucesso da Zoom provocou, por outro lado, que também empresas de outra dimensão, como Microsoft, Google e Facebook, passassem a dar mais atenção a este negócio.
Lusa

Tribunais retomam hoje atividade regular

Covid-19: Tribunais retomam hoje atividade regular - Portugal - SÁBADO
Os tribunais retomam hoje a realização de diligências presenciais, mas dirigentes do setor anteveem que o regresso à atividade normal será assimétrico e progressivo, sendo em alguns casos difícil assegurar totalmente as medidas de segurança contra a covid-19.
Com este retorno à atividade, a realização presencial de julgamentos e de inquirição de testemunhas passa a ser a regra nos tribunais a partir de hoje.
O Ministério da Justiça (MJ) e a Direção-Geral da Saúde divulgaram medidas para garantir a higienização, distanciamento e proteção individual dos intervenientes processuais, garantindo ainda que serão disponibilizadas máscaras e gel desinfetante a quem trabalha nos tribunais.
O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, António Ventinhas, prevê que o regresso à atividade nos tribunais irá fazer-se "de forma assimétrica e progressiva", de acordo com as condições físicas dos tribunais de cada comarca.
Segundo António Ventinhas, os julgamentos e as diligências com "um número pequeno de intervenientes sofrerão um incremento significativo, mas o mesmo não sucederá nas situações em que se encontrem envolvidos um número elevado de arguidos e respetivos advogados".
O presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses alertou que "há ainda questões logísticas graves não totalmente resolvidas" para que "tudo funcione o melhor possível" no regresso à atividade dos tribunais.
"Nem todos os tribunais têm serviços de limpeza para assegurar a higienização dos espaços nos horários de funcionamento. Os tribunais estão sem manutenção de ar condicionado há meses e há muitas salas, talvez a maioria, sem condições para a realização de julgamentos com 20 a 30 pessoas", precisou Manuel Soares.
O bastonário da Ordem dos Advogados disse ser manifesto que as condições de segurança nos tribunais "estão longe de estar asseguradas", notando que grande parte dos tribunais tem salas de audiência internas, sendo que alguns até funcionam em contentores, sendo impossível abrir quaisquer janelas.
Segundo Menezes Leitão, os tribunais "não estão a fornecer equipamentos de proteção a advogados e testemunhas, pretendendo que estes os adquiram em máquinas de venda ao preço exorbitante de um euro cada".
O presidente do Sindicato dos Magistrados Judiciais, Fernando Jorge, disse que a "maior preocupação é a implementação das medidas de segurança", apesar de a ministra da Justiça ter afirmado recentemente que "não há razão para haver falta de nada", incluindo máscaras e gel desinfetante.
"Há que ter cuidado com os espaços" e com as regras de segurança a aplicar, advertiu.
O diploma do governo define que as audiências de julgamento e inquirição de testemunhas ocorram presencialmente, cumprido o limite máximo de pessoas e as regras sanitárias, ou, em alternativa, através de meios de comunicação à distância como teleconferência ou videochamada, a realizar num tribunal.
O presidente do Conselho Superior da Magistratura, António Joaquim Piçarra, saudou "o esforço feito por todos os profissionais da justiça para assegurar o cumprimento da sua missão essencial no contexto da pandemia" e deixou "uma palavra de encorajamento para uma retoma plena de atividade".
"Impõe-se deixar uma mensagem de confiança aos cidadãos sobre o funcionamento dos tribunais judiciais portugueses, na certeza de que os juízes estão conscientes da sua responsabilidade na recuperação da normalidade da justiça e do país", afirmou.
Para assinalar a retoma da atividade regular dos tribunais, a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, o secretário de Estado Adjunto e da Justiça, Mário Belo Morgado, e a diretora-geral da Administração da Justiça, Isabel Namora, visitam o Tribunal de Loures.
Um comunicado do Ministério da Justiça divulgado hoje refere que a visita pretende "sinalizar que estão garantidas as necessárias condições de segurança para magistrados, funcionários e cidadãos intervenientes nos atos processuais".
O mesmo comunicado adianta que o Ministério da Justiça "despendeu até agora mais de 600.000 euros" em equipamento de proteção, designadamente 340.000 máscaras, 11.071 viseiras, 96.540 pares de luvas, 276 termómetros para salas de isolamento e 785 separadores acrílicos para áreas de atendimento.
O documento refere ainda que em serviços de limpeza está prevista uma despesa anual de cerca de cinco milhões euros.
Lusa

Forças Armadas fizeram mais de 1.100 ações de formação em escolas

Forças Armadas fizeram mais de 1.100 ações de formação em escolas
As Forças Armadas fizeram 1.140 ações de formação e sensibilização em escolas sobre limpeza e desinfeção devido à covid-19 e estão agora a atuar em prisões e em portos de pesca, informou o Ministério da Defesa.
No total, e antes da reabertura das aulas presenciais do 11.º e 12.º anos de escolaridade, foram feitas 1.140 ações de sensibilização e formação, além de três desinfeções em escolas, em articulação com o Ministério da Educação, segundo o Ministério da Defesa Nacional, em resposta a perguntas da agência Lusa.
O Exército ajudou em ações de descontaminação em unidades de saúde e em viaturas de emergência médica, em apoio ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Nesta altura, estão a decorrer ações de sensibilização e formação para desinfeções nos portos de pesca e em estabelecimentos Prisionais, em vários pontos do país, em resposta a pedidos do Ministério do Mar e do Ministério da Justiça.
Fonte e Foto: Lusa

FC Porto com teste difícil em Famalicão no regresso da I Liga

FC Porto com teste dificil em Famalicão no regresso da I Liga ...
A I Liga de futebol regressa hoje, após quase três meses de paragem, devido à pandemia da covid-19, com o FC Porto a tentar reforçar a liderança na visita ao Famalicão, na 25.ª jornada.
Os 'dragões', que têm um ponto de vantagem sobre o Benfica, são os primeiros dos candidatos ao título a reentrarem em campo, com uma deslocação que promete ser difícil à casa do sétimo classificado e equipa sensação da prova, mas que antes da interrupção estava a cair de produção, com uma única vitória em oito jogos.
Num encontro que está agendado para as 21:15, o FC Porto terá duas baixas importantes -- o central espanhol Marcano, de fora até final da época, com uma rotura de ligamentos, e o lateral esquerdo Alex Telles, que é o melhor marcador da equipa na I Liga, com oito golos, castigado -, além do japonês Nakajima, que está fora da equipa.
A equipa de Sérgio Conceição tentará colocar pressão no Benfica, que apenas regressa à competição na quinta-feira, recebendo no Estádio da Luz, em Lisboa, o Tondela (14.º), orientado pelo espanhol Natxo Gonzaléz e que, antes da suspensão, também estava em quebra.
A I Liga é retomada oficialmente às 19:00, no Algarve, com o 'aflito' Portimonense (17.º e penúltimo a sete pontos da salvação) a receber um tranquilo Gil Vicente (nono).
A competição regressa 87 dias depois dos últimos jogos, em 08 de Março, sem público nas bancadas, com um rigoroso protocolo sanitário e testagem regular aos jogadores ao novo coronavírus e com os jogos ao final da tarde e noite, maioritariamente durante a semana.
Programa da 25.ª jornada:
- Quarta-feira, 03 jun:
Portimonense -- Gil Vicente, 19:00.
Famalicão - FC Porto, 21:15.
- Quinta-feira, 04 jun:
Marítimo -- Vitória de Setúbal, 18:00.
Benfica -- Tondela, 19:15.
Vitória de Guimarães -- Sporting, 21:15.
- Sexta-feira, 05 jun:
Santa Clara -- Sporting de Braga, 19:00 (Cidade do Futebol, em Oeiras).
Desportivo das Aves -- Belenenses, 21:15.
- Sábado, 06 jun:
Boavista -- Moreirense, 21:15.
- Domingo, 07 jun:
Rio Ave -- Paços de Ferreira, 21:00.
Lusa

2 mil estudantes estrangeiros estão a ser entrevistados para frequentar universidades portuguesas

Ensino Superior | Ideia de atrair estudantes estrangeiros divide ...
Desde 14 de Abril e até 3 de Julho, as cooperativas privadas ou universidades associativas parceiras do GEDS no sector da saúde terão entrevistado mais de 2.000 estudantes estrangeiros que se candidataram às 500 vagas nos pólos do Porto, Coimbra e Almada, estando já em curso contactos noutros países para colmatar a falta de vagas em Portugal.
De um total de 6 mil candidaturas, a GEDS permitiu às instituições de ensino superior portuguesas seleccionar 4 mil de acordo com os critérios de elegibilidade das universidades portuguesas, das quais mais de 2 mil foram e serão entrevistadas para avaliar o trabalho e a capacidade de reflexão do candidato, a autonomia e maturidade para seguir um curso europeu internacional, a capacidade linguística para aprender uma língua estrangeira - português - no prazo de um ano e o conhecimento aproximado ou experiência prática da profissão que pretende seguir.
Em Setembro de 2020, a GEDS irá colocar 500 dos 6 mil candidatos já inscritos para o próximo ano lectivo nas universidades parceiras, assegurando todo o processo administrativo das candidaturas internacionais através de uma plataforma dedicada.  Ao mesmo tempo, a GEDS irá organizar cursos de língua portuguesa para que os estudantes possam aprender a língua do país de acolhimento e integrar-se mais facilmente na comunidade académica e no contexto sociocultural.
A Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU), na região do Porto, a Escola Universitária Vasco da Gama (EUVG), em Coimbra, e a Cooperativa de Ensino Superior Egas Moniz (CESEM), em Almada, são as instituições que acolhem este programa dedicado ao ensino privado na área da saúde, que já representa vários milhares de estudantes francófonos a estudar em universidades portuguesas nos últimos cinco anos.
"O principal objectivo destas entrevistas é avaliar a capacidade dos estudantes para completar com êxito a formação que receberão, a fim de garantir que serão os profissionais mais acreditados quando entrarem no mercado de trabalho.  Como temos muito mais candidatos do que vagas, as nossas universidades têm a oportunidade de seleccionar os melhores candidatos e proporcionar-lhes uma excelente formação nas principais universidades, posicionando assim Portugal como um país de acolhimento de candidatos internacionais", disse Gilles Belissa, fundador e CEO da GEDS.
Fundada em 2015, a GEDS iniciou as suas actividades em Portugal no mesmo ano, lançando um programa que se confunde com o Erasmus. O programa GEDS permite que a educação sanitária privada tenha estudantes francófonos presentes em Portugal durante o tempo integral do curso superior, o que constitui uma importante virilidade para todas as comunidades envolvidas. Entre os cursos mais procurados contam-se a odontologia, seguida da medicina veterinária, fisioterapia, ciências farmacêuticas, ciências biotecnológicas e osteopatia, registando uma taxa de empregabilidade de 98% no regresso aos países de origem.

Brasil volta a registar mais de mil mortes diárias e ultrapassa os 30 mil óbitos

COVID-19: Brasil volta a registar mais de mil mortes diárias e ...
O Brasil voltou hoje a ultrapassar a barreira das mil mortes diárias pela covid-19, tendo registado 1.262 óbitos nas últimas 24 horas, num total de 31.199 vítimas mortais desde o início da pandemia, informou o executivo.
Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, o país registou 28.936 infetados nas últimas 24 horas, totalizando agora 555.383 casos confirmados.
O país investiga ainda a eventual relação de 4.312 mortes com a doença de covid-19, num momento em que 223.638 pacientes infetados já recuperaram e 300.546 continuam sob acompanhamento.
O estado de São Paulo, foco da covid-19 no país, concentra 118.295 casos de infeção e 7.994 mortes, tendo registado hoje o seu recorde diário de óbitos e infetados desde a chegada da pandemia ao país, num momento em que começou a reabrir a economia e a flexibilizar as medidas de isolamento social.
Segue-se o Rio de Janeiro, que tem agora 56.732 pessoas diagnosticadas e 5.686 óbitos, e o Ceará, que totaliza oficialmente 53.073 infetados e 3.421 vítimas mortais.
Lusa

PJ deteve suspeito de duplo homicídio em Valpaços

PJ deteve suspeito de duplo homicídio em Valpaços
O suspeito, de 65 anos, é cunhado das vítimas e no sábado já tinha sido interrogado pela PJ de Vila Real.
A Polícia Judiciária (PJ) de Vila Real anunciou que deteve, esta terça-feira, um homem de 65 anos suspeito do duplo homicídio que ocorreu no sábado, na aldeia de Avarenta, no concelho de Valpaços.
As vítimas, um casal na casa dos 50 anos, foram encontradas baleadas num terreno agrícola na localidade de Avarenta, freguesia de Carrazedo de Montenegro, para onde tinham ido trabalhar.
Segundo disse a PJ, em comunicado, “o arguido, munido de uma arma de fogo, terá disparado em direção às vítimas, provocando-lhes a morte imediata”.
O suspeito é cunhado das vítimas e no sábado já tinha sido interrogado pela PJ de Vila Real.
No domingo, decorreu uma operação que envolveu elementos da PJ e da GNR, durante a qual foi encontrada uma arma, numa zona próxima do local onde ocorreu o duplo homicídio.
A detenção foi feita por elementos do Departamento de Investigação Criminal de Vila Real da PJ e ocorreu ao final da tarde de hoje.
O detido vai ser presente às autoridades judiciárias para interrogatório e aplicação de eventuais medidas de coação.
Lusa

Ministério Público perde recurso e Rui Pinto será julgado por 90 crimes

Football Leaks: Ministério Público perde recurso e Rui Pinto será ...
Tribunal da Relação de Lisboa negou recurso do Ministério Público. Decisão da juíza de instrução Cláudia Pina mantém-se.
A intenção do Ministério Público (MP) passava por Rui Pinto ser acusado de 147 crimes, mas será julgado por 90. A notícia está a ser avançada pelo jornal Público.
Em setembro de 2019, o MP acusou Rui Pinto de 147 crimes, 75 dos quais de acesso ilegítimo, 70 de violação de correspondência, um de sabotagem informática e um de tentativa de extorsão, por aceder aos sistemas informáticos do Sporting, da Doyen, da sociedade de advogados PLMJ, da Federação Portuguesa de Futebol, da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Plataforma Score e posterior divulgação de dezenas de documentos confidenciais destas entidades.
A 17 de Janeiro, na leitura da decisão instrutória, a juíza de instrução criminal Cláudia Pina levou Rui Pinto a julgamento por seis crimes de acesso ilegítimo, por um crime de sabotagem informática, por 14 de violação de correspondência, por 68 crimes de acesso indevido e por um de extorsão, na forma tentada, crime pelo qual o advogado Aníbal Pinto também foi pronunciado.
A JIC Cláudia Pina defendeu que Rui Pinto “nunca poderia ser enquadrado na categoria de ‘whistleblower’ (denunciante)”, pois teve uma “atuação diversa à de denunciante de boa fé” e agiu de “modo ilícito”. A juíza manteve ainda Rui Pinto em prisão preventiva, medida de coação aplicada em 22 de Março de 2019.
Madremedia