- José Antonio Ureta
OForo Mundial de Davos quer aproveitar a “oportunidade de ouro” do colapso econômico pós-confinamento para operar um Great Reset do sistema, tornando-o mais ecológico, igualitário e global. Os jesuítas latino-americanos são mais ambiciosos: querem aproveitar a crise para mudar de Deus.
Eles o deixam claro na revista Aurora, lançada no início da epidemia pela Conferência de Provinciais na América Latina e no Caribe, da qual já publicaram quatro números com artigos de religiosos da Companhia de Jesus e de leigos ligados a ela.
A mudança de paradigma divino, como era de esperar, se opera em nome do “discernimento” inaciano da situação. Não me estenderei sobre o abuso do conceito porque os leitores já viram em documentos e declarações do Papa Francisco, particularmente no capítulo VIII da Amoris laetitia, onde sua deformação sociológica e relativista conduz.
Na atual crise tratar-se-ia de discernir em clave profética o passo de Deus pela humanidade contaminada pela Covid-19, a fim de saber aproveitar este momento “como um kairós (tempo de graça) capaz de engendrar uma nova Igreja (sic), uma nova sociedade e uma nova humanidade” (sic), como deseja o Pe. Ignacio Blaso SJ em seu artigo intitulado “Onde Deus chama na pandemia?”.[i]
Deus não chama à conversão do pecado, porque isso suporia uma imagem completamente deformada de Deus (o arcebispo de Milão diria que é uma imagem “pagã”), o que obriga a “Discernir uma fé sobressaltada pelo terror”, título de um artigo do Pe. Pablo Mella SJ no segundo número da revista Aurora.
Pelo contrário, é preciso recusar com energia “a primeira tentação que temos nestes tempos de pandemia que nos aterroriza”, a qual consiste em “considerar Deus como um ser sádico, o arqui conhecido Deus castigador que João Batista esperava (Lc 3,7) e ao qual Jesus se opôs” (sic). [O versículo do Evangelho de São Lucas relata o que o Precursor dizia àqueles que vinham receber um batismo de conversão de suas mãos: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir do castigo iminente?”].
“De acordo com essa concepção muito generalizada, que poderia encontrar eco em muitas passagens do Antigo Testamento”— lamenta o Pe. Mella—,“Deus enviou o coronavírus para castigar a humanidade por seus pecados”. Seu objetivo seria “humilhar o ser humano para que ele volte seu coração para Deus”.
Que absurdo imaginar um Deus assim! Ninguém deveria então cantar o “Parce Domine, parce populo tuo ut non in aeternum irascaris nobis”, que ressoou no dia 27 de março diante do Cristo milagroso da peste de 1522, durante a bênção Urbi et Orbi com uma praça de São Pedro vazia!
Porque um Deus assim, punitivo,“tem como pano de fundo um ser ciumento, egocêntrico e distante”, que de seu trono celestial envia doenças “para mostrar à humanidade que é ele [o minúsculo é do original] quem tem poder absoluto e o exerce a seu bel-prazer, sem prestar contas a ninguém”. Um “deus [sempre em minúsculas] assim não dialoga, repreende maquiavelicamente e executa de maneira justa sem pestanejar”, pois “esse ser frio e ressentido não olha com afeto nem compaixão para uma humanidade perdida”. Para esse “Deus sádico [agora em maiúscula] deve-se repetir insistentemente que tenha piedade, porque do contrário corre-se o risco de sofrer uma nova versão das pragas do Egito em escala planetária”.[ii]
Não se pense que o Pe. Mella está se referindo a Huitzilopochtli (deus do sol), ou a algum outro ídolo mesoamericano ao qual se sacrificavam repetidamente vítimas humanas. Nosso jesuíta é pároco de Santa Maria de Chiquimulas, na Guatemala, e como missionário aggiornato desenvolve uma pastoral inculturada que sabe valorizar as sementes que o Espírito semeou naquelas terras antes do genocídio cultural perpetrado pelos missionários espanhóis (para utilizarmos a terminologia dos documentos preparatórios do Sínodo Pan-amazônico). Além disso, uma apresentação tão negativa de Huitzilopochtli causaria ao nosso jesuíta problemas com o Pe. Eleazar López, padre mesoamericano e autoproclamado “parteiro” da Teologia Índia, convidado como perito ao recente Sínodo Pan-Amazônico. O Pe. Eleazar justifica tais sacrifícios humanos com uma analogia comovente: “Se Deus [o Sol] morre diariamente para nos dar vida, devemos estar dispostos a morrer com Ele para dar vida ao povo”. De qualquer forma, a menção explícita das pragas do Egito prova que o padre Mella tem em mente o Deus de Moisés, pouco ameno com os perseguidores de Israel.
Para nos resgatar dessa imagem deprimente de um Deus “sádico”, a Companhia nos envia o Pe. Fernando López SJ, que nos presenteia com seu artigo “DEUS-MÃE que nos pare [do verbo parir!] e AMAMENTA” [as maiúsculas são do original; a fotografia ao lado foi censurada por nós].
Nestes tempos de pandemia em que o paradigma da revolução industrial e da modernidade se esgota — segundo o autor, que é um missionário itinerante na tríplice fronteira amazônica Bolívia-Peru-Brasil —, a reciprocidade e a complementaridade cósmica trazem novas visões. Estas, por sua vez, “nos levam a novas imagens e compreensões de nós mesmos, de outros seres e do próprio mistério da vida e de Deus”. Nada de novo sob o sol: é uma aplicação da antiga concepção modernista de uma Revelação divina permanente ao longo da História.
Essa conversão é essencial porque “os seres humanos somos a espécie mais predadora do planeta”, e “se não mudarmos de paradigma por sabedoria, Gaia vai nos obrigar a fazê-lo por biologia, o que é mais doloroso”. Ou seja, Deus não pode castigar, mas a Pachamama pode; mas, atenção, ela o faz em legítima defesa, e quem o diz não é outro senão o patriarca da Teologia da Libertação: “A pandemia de COVID-19 é, nas palavras de L [eonardo] Boff, ‘Coronavírus: legítima defesa da própria Terra’”, cita alegremente seu discípulo jesuíta.
Para nos incitar a mudar de paradigma divino levados pelo impulso da sabedoria (obviamente aquela admirável dos povos indígenas), o Pe. Fernando López nos fala de sua própria conversão a “uma nova imagem de Deus”, que ele foi aprofundando e à qual reza todos os dias: “É a da mulher Awá-Guajá amamentando um filhote de javali”. A cena inspiradora ocorreu pela primeira vez em 1989, no Paraguai, quando ele ainda era um noviço jesuíta:
“Uma mãe Ache levava um menino pequeno em sua rede lateral (tipoia) e um cântaro na cabeça para buscar água no rio. Seguiam-na quatro simpáticos filhotes de javali. A cena me cativou, era linda, idílica. Na volta, a mulher deixou seu cântaro de água no chão e se ajoelhou para amamentar os javalis, que rosnavam disputando o peito de sua mãe Ache. Minha exclamação espontânea foi — e tenho vergonha de recordá-la: ‘Como são selvagens!’ Depois de mais de trinta anos compartilhando a vida com diferentes povos indígenas, onde essa cena se repete diariamente, afirmo, agradecido e sem vergonha, que o ‘selvagem sou eu’, que ‘os selvagens somos nós’, que rompemos e não compreendemos essa relação íntima e cuidadosa, recíproca e complementar em que fomos criados”.
Talvez pensando em leitores europeus, ignorantes da “amenidade” da flora e da fauna amazônicas, e também deformados pela racionalidade greco-latina, o Pe. Fernando López lhes oferece uma analogia com o mundo da ciência, com o qual estão mais familiarizados. “A física clássica e determinista nos dá uma imagem de um mundo ‘mecânico’, exato, um mundo ‘relógio’ e um ‘Deus-Relojoeiro-Controlador’”. Pelo contrário, “a física quântica nos aproxima de um mundo profundamente conectado e inter-relacionado, mais dinâmico e interativo, criativo e generativo, onde nem tudo é controlado (princípio da indeterminação) e há espaço para as surpresas, para a liberdade e o amor”, como nas selvas amazônicas.
Dessa “interconexão” emerge necessariamente um conceito distinto da divindade. Ao contrário do “Deus-Relojoeiro-Controlador” — o “Deus sádico” das pragas de Egito, diria seu cofrade Mella SJ —, a Teologia Quântica (sic) nos oferece, segundo o Pe. Fernando López, uma nova imagem da Trindade:“MADRE-AMANTE-AMIGO”. (A versão bíblica do Padre, Filho e Espírito Santo seria a seus olhos excessivamente machista, patriarcal e autoritária?).
O livro inspirado que o nosso missionário jesuíta itinerante cita com devoção para explicar sua nova imagem do mistério trinitário é Teologia Quântica: Implicações espirituais da nova física, cujo autor sagrado é o Pe. Diarmuid O’Murchu, um membro irlandês da Ordem dos Missionários do Sagrado Coração, formado em Psicologia Social e ativo na área do assessoramento de casais e em programas de Desenvolvimento da Fé Adulta. Dessa obra, publicada originalmente em 1996 e revisada em 2004, o Pe. López extraia seguinte citação:
“Deus-Mãe ‘dá à luz’ o mundo (universo) através de sua auto-expressão divina, o mundo é o ‘corpo de Deus’. Deus, como Mãe, implica uma generosidade cósmica que dá vida a todo ser sem pensar em retorno e continua participando do sonho de possibilidade aberta que vai se desenrolando — daí a noção de um útero prodigioso. Uma mulher ferozmente protetora, para quem a paixão e a justiça são muito importantes, uma mulher que fica furiosa quando seus descendentes (seu próprio corpo) são privados de princípios básicos essenciais, como amor, cuidado e justiça”[iii].
Para o Pe. O’Murchu, a criação não seria uma obra de Deus ex nihilo e ad extra, mas a emanação de um princípio ou de uma realidade primária, como postula a doutrina gnóstica do imanentismo, segundo a qual todos os seres, incluindo a alma humana, seriam uma emanação da própria divindade, formando o que Diarmuid O’Murchu chama de “o corpo de Deus”, no qual, obviamente, tudo está conectado.
É dessa interconexão que emerge um conceito supostamente feminino de Deus, diametralmente oposto Àquele que, na sarça ardente, se apresentou a Moisés afirmando a sua alteridade e transcendência, dizendo: “Eu sou aquele que sou” (Êx 3, 14). Segundo o Pe. Fernando López, “a imagem da mulher Ava Guajá fala alto em muitos sentidos”: está nua, ao ar livre e com um joelho no chão, numa atitude de profundo respeito diante do mistério da vida, adaptando-se ao mais vulnerável, neste caso o filhote de javali. O menino, por sua vez, “não disputa com seu ‘irmão do leite’ seu precioso manjar”.
Esse compartilhar do mais sagrado, o leite materno, “faz parte da experiência educacional diária dos povos indígenas”, através da qual eles aprendem “a ser cuidadosos em suas relações de proteção, reciprocidade e solidariedade, com todos os seres com os quais fazemos comunidade no misterioso e precioso Rio da Vida” —outra imagem costumeira entre os adeptos do emanacionismo.
Um princípio “de reciprocidade essencial, conexão universal e de origem e finalidade comum” (panteísmo?) que, de acordo com o Pe. Fernando López, “está profundamente enraizado nos povos indígenas”, especialmente “naqueles que têm menos contato com a cultura ocidental imersiva”. Se os aborígenes cuidam da Casa Comum, é porque “eles, em suas visões de mundo e conhecimento, têm projetos ancestrais de ‘Bem-Viver’, ‘Bem-Conviver’ e ‘Bem-Cuidar’ de todos os seres do universo, visíveis-invisíveis, vivos-mortos, materiais-espirituais […] sem dicotomias”, explica o missionário jesuíta, usando uma retórica que é moeda corrente no hinduísmo e no budismo, bem como nos círculos esotéricos da cabala e do sufismo.
A conversão ambiental não se limita, portanto, a seus aspectos materiais, como seria diminuir os padrões de consumo ou fazer a coleta seletiva do lixo. Ela exige uma conversão espiritual cujo caminho já foi indicado pelo Pe. Pierre Teilhard de Chardin SJ, conforme escreve Mauricio López Oropeza, secretário-executivo da Rede Pan-Amazônica, entidade que organizou o Sínodo Pan-Amazônico e o culto à Pachamama nos jardins do Vaticano.
O mesmo número 4 da revista Aurora publicou um artigo dele sob o título “Novos caminhos para a conversão ambiental em um mundo em crise? Chaves para o discernimento”, propondo um “caminho de conversão espiritual” seguindo as “chaves de Teilhard de Chardin”. A inspiração no famoso antropólogo jesuíta é natural, já que antes de suas responsabilidades na REPAM o Sr. López Oropeza foi presidente da Comunidade Mundial da Vida Cristã, um grupo de leigos inspirados na espiritualidade inaciana.
A primeira chave teilhardiana é aquilo que o Sr. López Oropeza chama de “mística Encarnatória” (a maiúscula é do original). Dir-se-ia que ela deriva da famosa frase do jesuíta francês, que concebe cada homem como uma centelha divina: “Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana”. Segundo essa esdrúxula concepção, todos nós seríamos, de alguma maneira, verbos encarnados de Deus. Mas não apenas a humanidade, mas todos os seres, porque, como o Sr. López Oropeza nos assegura, “a comunhão com a criação faz sentido no ser humano devido ao próprio fato de sua origem e destino”.
Ela é seguida por uma chave de “interconexão plena”, uma consequência inevitável da anterior: “Quanto mais penetramos em distância e profundidade na Matéria, mais nos confundimos com a inter-relação de suas partes. Cada elemento do cosmos está entrelaçado positivamente com todos os demais. É impossível quebrar esta rede. Impossível isolar uma única peça sem desfazê-la toda. O universo é sustentado por seu todo”.
Uma interconexão que obviamente culmina — e essa é a terceira chave — no “amor total à comunhão com tudo o que é criado”: “Ser capaz de literalmente dizer a Deus que você o ama não apenas com todo o seu corpo, com todo o seu coração, toda a sua alma, mas com todo o Universo (a maiúscula é do original) em processo de unificação: eis uma oração que só pode ser feita no seio do espaço-tempo”. Isso é lógico, porque no final da Evolução não há ninguém para quem rezar: todos os seres se divinizarão, refundindo-se com o Uno original, como Teilhard aspirou em um de seus últimos escritos, cautelosamente não citado pelo Sr. Mauricio López Oropeza em seu artigo: “A Terra bem que pode, desta vez, agarrar-me com seus braços gigantes. Ela pode encher-me de sua vida ou retomar-me em seu pó. […] Seus feitiços não poderiam mais prejudicar-me, desde que ela se tornou para mim, para além de ela mesma, o corpo daquele que é e daquele que vem! O Meio Divino!”[iv].
“Uma esperança cósmica universal — conclui o secretário executivo da REPAM — é a única que pode nos ajudar a sair desta crise neste lugar e neste momento”.
Essa “esperança cósmica” de uma reunificação universal não passa da falsa esperança de uma redenção da contingência e do pecado através do conhecimento esotérico. Ela é contrária à esperança cristã — a qual aspira à visão de Deus “face a face” (1 Cor 13:12) sem se fundir com Ele — e constitui a ilusão que alimentou todas as correntes gnósticas ao longo da história, dos escritos de Hermes Trismegisto (mais de mil anos antes de Cristo) à Conspiração Aquariana, livro de cabeceira dos adeptos da Nova Era, passando pelos neoplatônicos, pela cabala, por Marsilio Ficino, Jacob Böhme, Henri Bergson e muitos outros, até se infiltrar na Igreja Católica através do Modernismo.
Aparentemente, essa é a esperança que veio animar a grande maioria dos religiosos da Companhia de Jesus, desde que se tornou em correia de transmissão das lucubrações místico-evolucionárias de Pierre Teilhard de Chardin SJ e de sua formulação teológico-filosófica nos escritos de Karl Rahner SJ, finamente analisados por Stefano Fontana em seus opúsculos A Nova Igreja de Karl Rahner e a Igreja Gnóstica e secularização.
Não há dúvida de que estamos diante de uma verdadeira apostasia. Aquela que o cardeal Walter Brandmüller denunciou em suas críticas ao Instrumentum laboris da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica, dizendo que “usa uma noção puramente imanentista da religião”.
Temos sérias razões para duvidar que o atual Prepósito Geral da Companhia de Jesus, Pe. Arturo Sosa Abascal SJ, tome qualquer medida contra os autores aqui mencionados e contra a Conferência de Provinciais na América Latina e no Caribe, responsável editorial da revista Aurora. Tanto mais quanto essa revista está sendo produzida pela editora Abediciones, da Universidade Católica Andrés Bello (Caracas, Venezuela), alma mater do Pe. Sosa Abascal, e da qual ele foi professor e membro do Conselho de Fundação.
Tampouco alentamos esperanças de uma correção paterna por parte do primeiro papa jesuíta, cuja proximidade com a Companhia é ostensível em todas as suas viagens, nunca omitindo um encontro com seus antigos irmãos de ordem. Não foi por acaso que os redatores do primeiro Documento Preparatório para o Sínodo da Amazônia descreveram a frase “tudo está conectado”, da Laudato Si’, como “o mantra do Papa Francisco”…
De fato, nessa encíclica — que, por recente decisão papal, seremos obrigados a comemorar durante os próximos sete anos (quanta humildade!) —, o Papa não apenas menciona Teilhard de Chardin, como leva a audácia a ponto de citar Ali al-Khawas, um mestre sufi (corrente gnóstica-panteísta do Islã), que “partindo da sua própria experiência”, nos diz o pontífice, “assinalava a necessidade de não separar demasiado as criaturas do mundo e a experiência de Deus na interioridade”.
E qual é a citação de Ali al-Khawas escolhida por Francisco: “Há um ‘segredo’ subtil em cada um dos movimentos e dos sons deste mundo. Os iniciados chegam a captar o que dizem o vento que sopra, as árvores que se curvam, a água que corre, etc.”
A conversão ecológica integral desembocaria então em uma iniciação… Bem-vindos à nova Companhia, que teria deixado de ser de Jesus!
Quomodo obscuratum est aurum! O baluarte da Igreja contra a conjuração anticristã se transformou, pelo menos em sua importante área latino-americana, na ponta de lança da Revolução em seu aspecto religioso mais tenebroso: o destronamento do Deus criador do Céu e da Terra e sua substituição pela caricatura gnóstica de uma energia divina encarnada.
Paradoxalmente, os católicos que admiramos a obra de Santo Inácio e queremos ser fiéis ao seu espírito nos vemos forçados a repetir, com dor na alma, a recomendação que os libertinos do século XVII davam aos seus seguidores, embora sem o espírito satírico que animava o Canticum jesuiticum: “O vos qui cum Jesu ites, non ite cum jesuitis”.
ABIM
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Tradução: Hélio Dias Viana.
[i]Aurora, n° 4, p. 13.
[ii] Aurora n°2, p. 37
[iii]DiarmuidO´Murchu (2024): Teología Cuántica – Implicaciones espirituales de la nueva física. Ed. Abya Yala, Quito, p. 219
[iv]Le Milieu Divin: essai de vie intérieure, Paris, Éd. du Seuil, 1957, p. 186-187.