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domingo, 20 de dezembro de 2020
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Estudo luso-espanhol ajuda a compreender e a prever os efeitos das alterações climáticas na biodiversidade do solo
Os investigadores Jorge Durán, do Centro de Ecologia Funcional da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), e Manuel Delgado-Baquerizo, da Universidad Pablo de Olavide (Sevilha, Espanha), avaliaram, pela primeira vez, de que forma e por que razão a variabilidade espacial da biodiversidade do solo muda em ecossistemas terrestres a uma escala global.
A variabilidade espacial, ou seja, a distribuição desigual das propriedades do solo, desempenha um papel essencial no controlo das principais características e serviços dos ecossistemas, como o desempenho das plantas, a produtividade dos ecossistemas, as interações tróficas ou a ciclagem de nutrientes do solo.
Os resultados deste estudo, publicado na revista científica Scientific Reports, do grupo Nature, são essenciais «para melhorar a nossa capacidade de compreender e prever os complexos efeitos das alterações climáticas na biodiversidade do solo, bem como para projetar medidas de deteção e mitigação precoces mais eficazes», afirma Jorge Durán.
«Sabemos que a variabilidade espacial das propriedades e funções do solo é controlada pela interação de vários atributos biológicos, químicos e físicos. No entanto, pouco se sabe acerca dos fatores que controlam a variabilidade espacial dos organismos subterrâneos. O que não deixa de ser surpreendente porque a biodiversidade do solo é um fator essencial em múltiplas funções do ecossistema. Embora a investigação na última década tenha sido capaz de identificar os fatores ambientais mais importantes que controlam a biodiversidade dos organismos do solo, um aspeto que tem sido negligenciado nesses estudos é sua variabilidade espacial», explica o investigador do Centro de Ecologia Funcional da FCTUC.
Este estudo visou precisamente colmatar estas lacunas no conhecimento. Os investigadores analisaram uma grande base de dados, de solo e vegetação, de 87 locais diferentes de todos os continentes (exceto Antártica), atingindo uma ampla gama de condições climáticas, tipos de vegetação, idades e origens do solo.
Os resultados obtidos, afirmam Jorge Durán e Manuel Delgado-Baquerizo, «mostram que a variabilidade espacial dos principais grupos de organismos do solo (bactérias, fungos, protistas e invertebrados) está altamente correlacionada nos diferentes ecossistemas, sugerindo fortes ligações entre os diferentes grupos, e que qualquer fator ou distúrbio que afete um grupo, afeta provavelmente o resto dos grupos de organismos do solo de maneira semelhante».
Observou-se também que a variabilidade espacial dos organismos do solo «é controlada principalmente pela estrutura da vegetação, que, por sua vez, é influenciada pela aridez e por diferentes atributos do solo. Assim, áreas com baixa cobertura vegetal, mas alta heterogeneidade espacial das plantas, estão consistentemente associadas a altos níveis de variabilidade espacial da biodiversidade do solo. Além disso, o nosso estudo sugere a existência de vínculos significativos e não descritos entre a variabilidade espacial da biodiversidade do solo e importantes funções do ecossistema, como o sequestro de carbono, a ciclagem de nutrientes ou produtividade vegetal».
As implicações destes resultados, segundo os autores do estudo, são amplas num contexto de alterações climáticas, «pois indicam que as reduções no coberto vegetal (por exemplo, via desertificação, aumentos na aridez ou desmatamento) são suscetíveis de aumentar a variabilidade espacial dos organismos do solo, o que poderia comprometer a capacidade dos diferentes ecossistemas de realizar funções importantes e manter serviços ecossistémicos chave».
Cristina Pinto
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Lusa
SÃO DOMINGOS DE SILOS
Grande taumaturgo do século XI, foi conselheiro de bispos e reis. Reformou o mosteiro de São Sebastião, um dos mais famosos da Espanha medieval. Sua festa litúrgica é celebrada neste dia 20 de dezembro.
- Plinio Maria Solimeo
Natural de Cañas, em La Rioja (Espanha), Domingos nasceu pelo ano 1000. Quando pequeno, apascentava o gado do pai e era muito caridoso. Muitas vezes oferecia leite das ovelhas para andarilhos pobres que passavam pela região.
Ele amava os estudos, e seus pais o confiaram ao pároco local, cuja escola ficava ao lado da igreja, e nela fez os estudos que lhe permitiram seguir a carreira sacerdotal. Aos 26 anos, foi ordenado sacerdote pelo bispo de Nájera.
Esmoleiro, mestre de obras, beneditino
Domingos sentia o atrativo da vida monástica, então em seu apogeu. Porém, antes de entrar num mosteiro, quis experimentar a vida eremítica, praticando a oração e penitências na solidão durante 18 meses. Depois dessa experiência, decidiu ingressar no mosteiro beneditino de Santo Emiliano de la Cogolla.
Muito dotado, logo se tornou mestre dos jovens que estudavam no mosteiro. Confiaram-lhe depois a reforma do priorato de Santa Maria de Cañas em sua cidade natal, passando ele um ano com a família. Para cumprir tal missão, teve que tornar-se esmoleiro para conseguir os recursos necessários à obra. Nela também trabalhou como pedreiro e mestre de obras, fazendo todo o possível para reconstruir o mosteiro arruinado a fim de receber novos candidatos à vida religiosa beneditina. Depois de terminada a obra, sua maior surpresa e alegria foi ver entre os candidatos à vida religiosa seu próprio pai e alguns outros parentes.
Voltando para Santo Emiliano, foi nomeado prior pelo abade Garcia, em 1038. Depois tornou-se abade do mosteiro.
Deposição abusiva e exílio
Na muito conturbada época de São Domingos, estava-se em plena Reconquista espanhola, e todos os príncipes espanhóis lutavam para retomar as terras sob domínio dos muçulmanos.
Grande parte do esforço de guerra era bancado pelos mosteiros e igrejas, por vezes muito ricos devido às doações de príncipes e nobres. No ano de 1030, Dom Garcia Sanchez III, rei da Navarra, exigiu os tesouros do mosteiro de Santo Emiliano para manter sua guerra. Alegava para isso que a maior parte deles havia sido dada pelos seus antepassados. Os monges estavam dispostos a ceder, mas o santo abade deu uma recusa – humilde, mas categórica – que contrariou muito o príncipe. Foi tão grande sua cólera, que obrigou os monges a deporem o abade, e o desterrou do reino de Navarra.
Domingos exilou-se em Burgos, capital de Castela. Por seus dotes intelectuais e de reformador, atraiu logo as simpatias do bispo local e do rei de Castela e Aragão, Fernando I, o Magno (1035-1065), que o recebeu em seu palácio. Mas o santo preferiu retirar-se para um eremitério fora da cidade.
O monarca, querendo servir-se desse grande talento para o bem da Igreja, no dia 14 de janeiro de 1041 propôs a Domingos que assumisse a reforma do mosteiro de São Sebastião de Silos, em lastimável estado.
Origens de São Sebastião de Silos
O mosteiro remontava à época visigótica (século VII), mas quase desaparecera com a ocupação muçulmana. No século X, quando o conde Fernán González governava Castela, o mosteiro conheceu novo esplendor, antes de cair novamente em decadência durante as invasões de Almazor. Quando São Domingos assumiu sua direção, a casa abrigava apenas seis monges e estava em péssima situação espiritual e financeira.
Um dos problemas mais dolorosos na Península Ibérica, quando parcialmente ocupada pelos árabes, eram os cristãos que gemiam sob seu jugo. Quase todos os santos espanhóis do período dedicaram muito de seu trabalho e energia ao resgate dos escravos cristãos. Com sua vigorosa disposição, Domingos se notabilizou pelos benefícios prestados aos cristãos prisioneiros dos muçulmanos, além de restaurar a vida monástica.
Restaurando uma joia da arte românica
A igreja românica do mosteiro e o resto das dependências monacais foram reerguidas pelo santo. O claustro foi edificado após sua morte, e perdura como uma joia da arte românica. A abadia reconstruída existe ainda hoje, e é considerada um dos grandes tesouros da arquitetura espanhola.
Domingos organizou também o scriptorium, ou sala dos copistas, onde se criou uma das mais completas e ricas bibliotecas da Espanha medieval. Reuniu grande número de escritos visigóticos, e conseguiu que alguns monges se tornassem bons letrados para estudá-los. A imprensa não havia ainda sido fundada, e os livros eram manuscritos. Foi de fundamental importância o papel dos copistas dos mosteiros, que deixaram para a posteridade todo o acervo cultural dos tempos antigos e medievais.
Em pouco tempo o mosteiro se tornou renomado pelos livros, pela arte das iluminuras e pelos trabalhos em prata, além de importante centro espiritual. Multiplicou-se rapidamente o número de monges, exigindo a ampliação da casa para abrigá-los.
São Domingos tinha cuidado especial com os pobres, socorrendo-os em todas as suas necessidades. Ensinava também aos camponeses a agricultura e ofícios vários.
Três coroas oferecidas por um anjo
Domingos restabeleceu o louvor divino diurno e noturno. Seu contemporâneo Grimaldo, também monge de Silos, afirma que um anjo, para animar o santo, prometeu-lhe em sonhos três coroas: uma por ter abandonado o mundo perverso e se ter encaminhado para a vida perfeita; outra por ter construído Santa Maria de Cañas e ter observado a castidade perfeita; e a terceira pela restauração do mosteiro de Silos.
De fato, esta última coroa se realizou perfeitamente, pois durante os 30 anos em que São Domingos foi abade do mosteiro de São Sebastião de Silos, este se tornou centro de cultura e cenáculo de evangelização para a Igreja e o mundo. Aos poucos o Abade tornou-se grande taumaturgo e um dos homens mais populares da Espanha.
Outro Domingos, também santo
Naquele tempo vivia na Espanha outro Domingos, eremita muito preocupado com os peregrinos. Estes se deslocavam por caminhos cheios de acidentes, a fim de visitar o célebre santuário de Santiago de Compostela. Uma das grandes dificuldades era atravessar o rio Oja, e ele construiu uma ponte sobre o rio e uma ladeira para facilitar o deslocamento dos peregrinos. Daí lhe veio o nome com que ficou na história: São Domingos da Calçada, sendo festejado no dia 12 de maio.
O primeiro Domingos encorajou muito este segundo em sua obra, demonstrando assim que o trabalho dos monges tem também grande valor social.
Morte e glorificação, respeitado por reis e rainhas
O abade de Silos morreu no dia 20 de dezembro de 1073, entre seus numerosos filhos espirituais, assistido pelo bispo de Burgos. Foi sepultado no claustro do seu mosteiro. Multiplicando-se os milagres por sua intercessão, o mesmo bispo transferiu o corpo para a igreja do mosteiro de São Sebastião, que foi perdendo seu nome e acabou adotando o de São Domingos.
Muito amado pelo povo e respeitado por reis e rainhas, São Domingos operou em vida muitos milagres, e prosseguiu depois da morte, daí ser chamado ‘Taumaturgo do século X’.
A popularidade adquirida pelo santo foi tão ampla, que depois de sua morte foi inscrito seu nome ao lado de Cid Campeador, o famoso herói da Espanha medieval. Também o primeiro poeta castelhano de nome conhecido, Gonzalo de Berceo, traçou sua biografia na Vida de Santo Domingo de Silos, escrita no século XIII.
O nome de Domingos identifica cerca de cinquenta igrejas na Espanha. As regiões meridionais honravam-no especialmente por causa dos cativos libertos. As futuras mães invocavam-no para terem bom parto. Quando uma rainha da Espanha estava prestes a ser mãe, o abade de Silos levava para o palácio real o báculo de São Domingos, e esta relíquia lá permanecia até se dar o feliz nascimento.
Por volta de 1170, a beata Joana Aza de Gusmão foi rezar em Silos, para ter um bom parto, e depois deu o nome do santo protetor ao filho que lhe nasceu – Domingos de Gusmão, fundador dos Padres Dominicanos.
Até hoje os monges de São Domingos de Silos estão entre os melhores intérpretes do canto gregoriano em todo o mundo.
ABIM
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Fontes consultadas:
– http://www.santiebeati.it/dettaglio/90512
– https://santo.cancaonova.com/santo/sao-domingos-de-silos-sacerdote/
– https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-sao-domingos-de-silos/426/102/
– https://es.wikipedia.org/wiki/Monasterio_de_Santo_Domingo_de_Silos
– https://www.biografiasyvidas.com/biografia/d/domingo_de_silos.htm
Tomada de Posse dos novos Comandantes Operacionais Distritais e dos novos Adjuntos de Operações
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) realiza amanhã, segunda-feira, dia 21 de dezembro, pelas 13:30h, a cerimónia de designação dos Comandantes Operacionais Distritais de Aveiro, Évora, Faro, Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal, bem como de dois Adjuntos de Operações, a qual contará com a presença de Sua Excelência a Secretária de Estado da Administração Interna.
Os sete novos Comandantes Operacionais Distritais e os dois novos Adjuntos de Operações designados, todos originários do sistema de proteção civil com comprovada experiência e adequada formação para o desempenho das suas funções, vão ser:
- Como Comandante Operacional Distrital de Aveiro: Ana Paula Ramos. Atual 2.ª Comandante Operacional Distrital. Licenciatura em Segurança Comunitária. Tem experiência no exercício de funções de comando em corpo de bombeiros e presta serviço na ANEPC desde 1997.
- Como Comandante Operacional Distrital de Évora: Maria João Rosado. Atual 2.ª Comandante Operacional Distrital. Licenciada em Proteção Civil. Tem experiência no exercício de funções de comando em corpo de bombeiros e presta serviço na ANEPC desde 2007.
- Como Comandante Operacional Distrital de Faro: Abel Gomes. Atual 2.ª Comandante Operacional Distrital. Com formação em Riscos, Planeamento e Proteção Civil. Tem experiência no exercício de funções de comando em corpo de bombeiros e presta serviço na ANEPC desde 2006.
- Como Comandante Operacional Distrital de Lisboa; Hugo Santos. Atual 2.ª Comandante Operacional Distrital. Licenciatura em Gestão de Segurança e Proteção Civil. Tem experiência no exercício de funções de comando em corpo de bombeiros e presta serviço na ANEPC desde 1999.
- Como Comandante Operacional Distrital do Porto: Albano Teixeira. Atual 2.ª Comandante Operacional Distrital. Licenciatura em Engenharia de Proteção Civil. Tem experiência no exercício de funções de comando em corpo de bombeiros.
- Como Comandante Operacional Distrital do Santarém: David Lobato. Atual 2.ª Comandante Operacional Distrital. Licenciatura em Segurança e Higiene no Trabalho. Tem experiência no exercício de funções de comando em corpo de bombeiros.
- Como Comandante Operacional Distrital de Setúbal: João Pinto. Licenciado em Proteção Civil. Presta serviço na ANEPC desde 2003.
Os novos Adjuntos de Operações designados, vão ser:
- O Atual Comandante Operacional Distrital de Lisboa, Carlos Mata. Mestre em Sistemas de Informação Geográfica e Modelação Territorial Aplicados ao Ordenamento. Tem experiência no exercício de funções de comando em corpo de bombeiros.
- O Atual Comandante Operacional Distrital de Santarém, Mário Silvestre. Com Mestrado em Riscos e Proteção Civil. Tem experiência no exercício de funções de comando em corpo de bombeiros e presta serviço na ANEPC desde 2013.
Os concursos relativos a estes cargos serão submetidos à CReSAP.
Local: Sede da ANEPC em Carnaxide
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