sábado, 6 de fevereiro de 2021

Covid-19 | Reforço da capacidade

 


Hospital das Forças Armadas, em Lisboa, com mais 140 camas.

A Ministra da Saúde, Marta Temido, acompanhou, ao início da tarde de hoje, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o Primeiro-Ministro, António Costa, numa visita ao Hospital das Forças Armadas, em Lisboa, que foi reforçado com mais 140 camas.

Este hospital passa, agora, a contar com um total de 197 camas de enfermaria e 15 camas de cuidados intensivos exclusivamente para doentes com Covid-19.

Na sua intervenção, o Primeiro-Ministro elogiou a ação das Forças Armadas «na linha da frente» do combate à Covid-19, tanto ao nível do acolhimento e tratamento hospitalar de doentes, como na evacuação de lares ou no plano de vacinação.

«Quero aqui prestar homenagem às mulheres e homens das Forças Armadas pela ação empenhada num combate que tem de ser de todo o país. As Forças Armadas têm estado na linha da frente», salientou António Costa.

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que «estamos aqui hoje para mostrar que se trata de um combate de todos, em total união: Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Primeiro-Ministro, Governo, Forças Armadas, todos unidos com o mesmo objetivo. E, naturalmente, nesse objetivo entrando todas e todos os portugueses».

O Presidente da República manifestou «orgulho e gratidão» pela atuação das estruturas militares no combate à Covid-19, sublinhando que «em tempo de pandemia tem sido extraordinário o papel das nossas Forças Armadas».

Esta visita foi também acompanhada pelos secretários de Estado Adjunto e da Defesa, Jorge Seguro Sanches, e dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, assim como pelo chefe de Estado-Maior General da Armada, almirante António Mendes Calado, e pelo diretor deste hospital, o brigadeiro-general Rui Sousa.

Sangue | Mais de 8.600 dádivas

IPST agradece e apela para que as dádivas continuem.

O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) agradece a mobilização para doar sangue, o «empenho e competência dos profissionais de saúde» e a ajuda das associações de dadores na organização de sessões de colheita que ajudaram a contrariar um «decréscimo de cerca de 10% nas colheitas», o que em contexto de inverno, agravado pela pandemia, levou a uma instabilidade nas reservas.

«Apesar da situação difícil em que o país se encontra, a resposta por parte da sociedade foi excecional e sem precedentes: Entre 19 e 26 de janeiro inscreveram-se 8.638 dadores e foram colhidas 7.009 unidades de sangue nos Centros de Sangue e da Transplantação do IPST em Lisboa, Porto e Coimbra», informa o instituto.

No entanto, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação sublinha que as necessidades de sangue e componentes sanguíneos nos hospitais «são diárias» e que há condicionantes no armazenamento, uma vez que «os componentes sanguíneos têm um tempo limitado de armazenamento; os dadores de sangue, sendo homens só podem realizar a sua dádiva de três em três meses e sendo mulheres de quatro em quatro meses», ao que acresce a incerteza sobre a evolução da pandemia.

«Assim, esta mobilização foi essencial para estabilizar as reservas de componentes sanguíneos nesta fase, mas a afluência maciça gerou também situações de esperas longas e desconforto. Por isso, o IPST reitera o apelo a todos os dadores para que, dentro das suas possibilidades, procurem os serviços de colheita de sangue de forma regular e faseada, uma vez que só assim será possível continuar a garantir as condições de distanciamento social, um melhor atendimento ao dador e a distribuição constante e regular de unidades de sangue aos hospitais», pede o instituto.

Deslocação para efeitos de dádiva são permitidas pelas autoridades

O IPST relembra que «mesmo em tempos de pandemia é possível continuar a ajudar a salvar vidas, já que nos locais de colheita foram reforçadas todas as medidas para que o ato se efetue com segurança» e as deslocação para efeitos de dádiva são permitidas pelas autoridades.

Podem doar sangue todas as pessoas com bom estado de saúde, com hábitos de vida saudáveis, peso igual ou superior a 50 kg e idade compreendida entre os 18 e os 65 anos. Para uma primeira dádiva, o limite de idade é 60 anos. A dádiva de sangue é benévola e não remunerada.

A doação de sangue pode ser feita de quatro em quatro meses pelas mulheres e de três em três meses pelos homens.

Para saber mais, consulte
IPST > Dador

Teleconsulta | Insuficiência cardíaca

ULS Castelo Branco monitoriza à distância doentes com a patologia.

O Serviço de Cardiologia do Hospital Amato Lusitano, integrado na Unidade Local de Saúde (ULS) Castelo Branco, está a trabalhar num projeto em que os doentes com insuficiência cardíaca partilham os seus dados sem terem de se deslocar a Castelo Branco, foi hoje anunciado.

«Trata-se de uma teleconsulta, mas com dados objetivos, obtidos em tempo real a partir dos dispositivos implantados, alguns para tratamento da insuficiência cardíaca, mas também de pacemakers corrigindo bloqueios cardíacos», disse à agência Lusa o Diretor do Serviço de Cardiologia, Francisco Paisana.

O hospital começou a trabalhar com o Centro de Saúde da Sertã neste projeto há cerca de um ano, que permite que os doentes com insuficiência cardíaca consigam partilhar os seus dados sem terem de se deslocar à unidade de saúde albicastrense.

A Sertã, no distrito de Castelo Branco, é um dos concelhos com maior número de pessoas a implantar pacemakers, um cenário que é justificado pelo envelhecimento da população.

Este município é ainda um dos que está mais distante do Centro de Pacing da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB).

Este projeto permite que os doentes da Sertã e dos concelhos limítrofes possam ser seguidos.

A tecnologia utilizada permite ainda efetuar a consulta de vigilância dos parâmetros de funcionamento, transmitindo a partir do Centro de Saúde para a Unidade de Pacing de Castelo Branco que regista e orienta futuras consultas.

«Assim temos a vantagem da consulta de proximidade com os benefícios inerentes». Não só na «implantação e vigilância remota dos pacemakers alocados ao tratamento da insuficiência cardíaca (onde se inclui o pacing hisiano), mas também na vigilância em tempo real dos pacemakers comuns”, sublinha o cardiologista.

Projeto permite controlo sobre o estado do doente e redução de custos associados

A insuficiência cardíaca atinge mais de 400 mil portugueses, sendo fortemente incapacitante e causadora de uma grande deterioração da qualidade de vida. Adicionalmente, esta patologia representa 3,4% dos custos anuais em saúde e é a primeira causa de internamentos acima dos 65 anos.

Face a estes números, Francisco Paisana realça a importância em reconhecer que a insuficiência cardíaca implica um diagnóstico e tratamento rápido para controlo da condição.

Este projeto permite um controlo sobre o estado do doente, possibilitando a gestão de cenários de crise e facilita ainda uma redução de custos associados, especialmente para a população que teria de se deslocar de ambulância ou táxi até Castelo Branco.

Além disso, devido ao período de pandemia que se vive, é um projeto seguro para os doentes, observa ainda o responsável.

Visite:
ULS Castelo Branco – http://www.ulscb.min-saude.pt/

CHMT | Fiquem em casa

Jovem médica na linha da frente faz apelo à população.
Teresa Oliveira é médica interna nos cuidados intensivos no Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) e trabalha na área dedicada aos doentes Covid-19.

Num vídeo publicado pelo CHMT, a médica fez “um pedido” a todos os cidadãos. Um pedido repetido todos os dias por quem está no terreno numa altura em que o país atravessa a pior fase da pandemia, com níveis de infeção, de internamentos e de mortes que se ultrapassam dia após dia.

“Quero pedir a todos que não saiam de casa, por favor. Muitas das pessoas que estão aqui internadas, a maioria, são mais novos do que os meus pais. Alguns deles têm a idade dos meus irmãos mais velhos. Pessoas sem outros problemas, sem outras cormobilidades. Por favor, fiquem em casa”, apelou Teresa Oliveira.

Covid-19 | Combate às notícias falsas

Plataformas digitais unem esforços para combater a desinformação sobre as vacinas.

O programa de monitorização e eliminação das “fake news” (notícias falsas) relacionadas com a pandemia da Covid-19, que junta plataformas digitais como o Facebook, Google, Microsoft, Twitter e TikTok, uniu esforços para combater a desinformação sobre as vacinas na União Europeia.

A Comissão Europeia tem vindo a considerar que a difusão de notícias falsas e enganosas está a “minar os processos de vacinação nos diferentes países”.

Os relatórios de acompanhamento, que foram elaborados pela Comissão Europeia tendo por base a informação relatada pelas plataformas, revelam os “esforços contínuos por parte dos das plataformas para abordar a desinformação em torno da covid-19”.

O executivo comunitário verificou desde logo que, em dezembro de 2020, quando arrancou o processo de vacinação na UE, foram adotadas medidas como a eliminação ou redução de conteúdos com informações falsas ou enganosas, a limitação de comportamentos manipuladores ou da falsa publicidade, a colaboração com mais verificadores de factos e investigadores e ainda a promoção de fontes de informação fidedigna.

A Comissão Europeia solicita mais empenho às plataformas e pede que continuem a aplicar o programa pelo menos até junho de 2021.

AVEIRO | ATIVIDADE LETIVA À DISTÂNCIA: CÂMARA EMPRESTA COMPUTADORES A ALUNOS DO 1.º CICLO E MANTÉM MEDIDAS DE APOIO ÀS FAMÍLIAS

 Manutenção da Escola de Acolhimento e do acompanhamento à distância para Crianças do Pré-Escolar 

Refeições garantidas e novo cabaz com 10 refeições para alunos necessitados 

A Câmara Municipal de Aveiro (CMA) em consequência do Decreto nº3-D/2021, de 29 de janeiro, que determina a retoma das atividades educativas e letivas em regime não presencial a partir da próxima segunda-feira, dia 08 de fevereiro, e após auscultação dos vários Diretores dos Agrupamentos de Escolas do Município de Aveiro e do Diretor da Escola Artística do Conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian, decidiu tomar várias medidas para fazer face a este novo modelo de funcionamento do presente ano letivo (documento em anexo).

Entre as principais medidas tomadas destaca-se desde logo o facto de a CMA estar a proceder à entrega, a título de empréstimo, de computadores portáteis e/ou acessos à internet aos Alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico que manifestaram necessidade junto dos respetivos Docentes. Numa primeira fase serão contemplados os Alunos de Escalão A e B da Ação Social Escolar, e numa segunda fase os restantes Alunos, que comprovem a real necessidade destes apoios tecnológicos. Os Encarregados de Educação serão contactados pela CMA para procederem ao levantamento dos respetivos equipamentos, sendo que as entregas já se iniciaram hoje, no Centro de Congressos de Aveiro.

De realçar a manutenção da Escola de Acolhimento para receção e acompanhamento dos filhos ou outros dependentes de trabalhadores de serviços essenciais, na Escola e Jardim de Infância de Santiago. Os interessados que reúnem as respetivas condições devem entrar em contacto com a CMA (educacao@cm-aveiro.pt) ou com o Agrupamento de Escolas de Aveiro (diretor@aeaveiro.pt), parceiro da CMA na gestão desta iniciativa.

As Famílias utilizadoras das Atividades de Animação e Apoio à Família em período de interrupção letiva, continuarão a ter disponível a cedência de uma mochila com materiais, atividades e respetivo acompanhamento online dos monitores.

Os Alunos que vierem a ser identificados como não tendo condições para acompanharem o Ensino à Distância pela internet, e que serão integrados em grupos presenciais nos estabelecimentos de ensino, terão acesso ao transporte escolar e ao serviço de refeição escolar no próprio estabelecimento de ensino, sempre que necessário, devendo os Encarregados de Educação procederem à marcação das refeições na plataforma SIGA.

Manutenção e reforço do apoio alimentar a Crianças e Jovens

Atenta à importância da nutrição alimentar das nossas Crianças e Jovens, a CMA vai manter o serviço de apoio alimentar dirigido aos alunos de Escalão A e Escalão B, desde o pré-escolar ao ensino secundário, devendo os Encarregados de Educação manifestarem a respetiva necessidade e/ou interesse através da Plataforma SIGA, utilizada normalmente para a marcação de refeições escolares, devendo proceder a essa manifestação de necessidade entre o dia 8 e o dia 10 de fevereiro.

Atendendo a que voltamos ao funcionamento das atividades letivas, embora em formato à distância, os Alunos de Escalão A terão direito ao cabaz alimentar gratuitamente, enquanto que os Alunos de Escalão B terão acesso ao mesmo cabaz alimentar mas com o habitual pagamento de 50% do valor da refeição escolar, ou seja, 0,73€.

A CMA, em articulação com o seu prestador de serviço de refeições escolares, fornecerá um cabaz de bens alimentares às famílias que manifestarem essa necessidade, sendo o mesmo entregue até ao dia 16 de fevereiro, na sede do respetivo Agrupamento de Escolas de origem. Este cabaz corresponde a 10 refeições, ou seja, do período de 8 a 19 de fevereiro. Este apoio alimentar será gerido à quinzena enquanto se mantiver o ensino à distância.

Da mesma forma, a CMA através do Serviço de Psicologia e Aconselhamento, vai organizar uma sessão semanal online sobre os impactos da Covid-19, de modo a manter um canal de comunicação com os Encarregados de Educação e Docentes, enquanto que em cooperação com Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Aveiro vai prosseguir o acompanhamento e apoio de todas as situações de vulnerabilidade que sejam detetados.

Transportes Escolares em funcionamento

Os horários dos transportes escolares também se vão manter em funcionamento até nova decisão, exceto as carreiras exclusivamente escolares, podendo alguma ser ativada em caso de necessidade identificada pelos Agrupamentos de Escolas. Neste âmbito a CMA e a ETAC / Transdev / Aveirobus, farão uma avaliação diária sobre o funcionamento dos transportes públicos municipais, e se forem tomadas outras medidas de alteração da oferta, serão devidamente comunicadas.

Estamos Juntos neste Combate ao Coronavírus / Covid-19.

Câmara de Águeda entrega edifícios renovados às associações da “Casa do Adro”


As obras estão concluídas e as chaves dos edifícios da Orquestra Típica, Cancioneiro e Conservatório de Música foram entregues às respetivas associações.
“Hoje é um dia muito feliz, porque temos aqui uma obra que enriquece Águeda”, afirmou Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, ontem, na entrega das chaves dos edifícios da Orquestra Típica, Cancioneiro e Conservatório de Música de Águeda, depois das obras de requalificação de que foram alvo no último ano.

O momento foi simbólico, tendo em conta as atuais circunstâncias, pelo que a inauguração formal será feita numa altura mais oportuna. Presentes estiveram Jorge Almeida e Edson Santos, respetivamente Presidente e Vice-Presidente da Câmara Municipal de Águeda, bem como os vereadores da Cultura, Elsa Corga, e das Obras Particulares, João Clemente, que desejaram às associações um “bom regresso a casa”.
“Este é o momento de dar os parabéns ao arquiteto, ao empreiteiro, à fiscalização e aos serviços da Câmara Municipal que acompanharam esta obra e às associações que agora ficam com ótimas instalações para realizarem as suas atividades que tão bem representam Águeda”, sublinhou Jorge Almeida, acrescentando que este “emblemático” movimento associativo que está localizado naquele complexo tem agora condições “para ser ainda mais criativo”.
Para breve, quando a situação epidemiológica o permitir, está prometida uma “grande festa”, que demonstre a satisfação que as associações têm de ver este espaço renovado e terá como protagonistas as próprias coletividades, numa exibição do seu rico portfólio. E a “festa” já tem nome: “Sons do Adro”. Foram as associações que tomaram a dianteira e designaram deste modo a celebração.

“Será uma grande festa de e com todas as associações”, anunciou, ontem, Ana Isabel Fernandes, presidente da direção da Orquestra Típica, satisfeita por a coletividade que representa receber esta “casa” renovada, “muito bonita e funcional”, numa altura em que celebram 50 anos de existência em Águeda.

“Lutámos por muito menos do que isto”, disse Augusto Gonçalves, presidente da direção do Conservatório de Música de Águeda, explicando que “a realidade é muito maior do que o que sonhámos”. Num discurso emotivo e visivelmente satisfeito pela “grande obra realizada”, o dirigente salientou a “fantástica colaboração desta Câmara Municipal”, que “dentro do que é legítimo e correto, tudo fez para nos facilitar a vida”, lembrando a disponibilização do espaço da Incubadora Cultural para que o Conservatório pudesse continuar a dar aulas enquanto as obras decorriam.

Uma obra que marca a diferença
“É bom vermos a nossa Águeda a crescer”, disse ainda Jorge Almeida, defendendo que esta obra tem um conjunto de particularidades funcionais que não se vêem mas que fazem dela um modelo e que a tornam, “certamente, uma candidata a prémios na área”.

Sobre a intervenção, o arquiteto e coordenador da equipa de projeto, Daniel Oliveira, natural de Águeda, frisou que é visível “a diferença entre o que estava antes e o que podemos ver agora”, sublinhando que as associações têm, hoje, muito melhores condições “tanto no interior, dos pontos de vista térmico, acústico, espacial e funcional”, como no exterior “com um espaço público/coletivo que ficou muito mais capacitado para ser utilizado e que deveria ser de uso pedonal”.

De recordar que a empreitada da requalificação dos edifícios da Orquestra Típica, Cancioneiro e Conservatório e do espaço exterior envolvente foi adjudicada à empresa Nível 20 – Estudos, Projectos e Obras, Lda. e o investimento global foi de 1,02 milhões de euros.

A reabilitação do Conservatório baseou-se no tratamento das paredes exteriores, com tratamento térmico, bem como na substituição da caixilharia, cobertura e caleiras do edifício. Foi ainda realizada a adaptação sanitária para deficientes e melhoradas as condições de mobilidade no edifício, com a implementação de uma plataforma elevatória para pessoas com mobilidade reduzida.

Ainda relativamente ao Conservatório, é aqui que está uma das obras de maior envergadura que passou pela construção de um espaço novo, construído de raiz, numa zona em declive e quase em cave, o que torna o seu impacto visual quase nulo. Trata-se de uma sala polivalente, para ensaios de orquestra, aulas ou outras funcionalidades, ampliando a capacidade deste equipamento cultural.

Já no Cancioneiro foi colocado um telhado novo, com uma estrutura em perfis de ferro, rematado no cume com uma clarabóia, garantindo a entrada de luz natural no espaço. Apesar desta alteração, o edifício mantém a sua traça original, uma vez que as paredes exteriores foram conservadas, preservando a sua identidade e características típicas aguedenses, de seixo rolado, ou godo como é comummente designado.

Quanto à Orquestra Típica, a intervenção implicou a substituição da cobertura, bem como foram melhoradas as condições de acessibilidade e de conforto térmico (paredes duplas com caixa-de-ar). O espaço foi ampliado com a construção de uma nova sala e foram demolidas algumas paredes para se obterem espaços mais amplos e polivalentes. As fachadas deste edifício foram revestidas com seixo rolado, devolvendo ao espaço uma linguagem arquitetónica coerente com a do complexo.

Uma das grandes intervenções neste complexo prende-se com os arranjos exteriores, uma área que foi transformada, num tratamento paisagístico que apresenta uma bancada a céu aberto e vários espaços verdes.

 

DGS atualiza norma sobre os procedimentos post mortem


A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou esta quinta-feira, dia 4 de fevereiro, a atualização da Norma 002/2020, que aborda os procedimentos post mortem no contexto da pandemia da COVID-19.

Os agentes funerários devem manter uma boa comunicação com os familiares explicando-lhes o regime de exceção vigente devido à pandemia da COVID-19, com procedimentos que serão diferentes do habitual, por forma a minimizar a potencial transmissão da doença e manter a dignidade da cerimónia.

Esta atualização prevê que seja mantido o procedimento do reconhecimento visual do corpo por um familiar próximo, sempre que o houver.

Para a cerimónia fúnebre/funeral, o caixão deve preferencialmente manter-se fechado, mas caso seja esse o desejo da família, e houver condições, pode permitir-se a visualização do corpo, desde que rápida, a pelo menos 1 metro de distância. A visualização do corpo pode também ser conseguida através de caixões com visor. Em qualquer uma das situações, não é permitido tocar no corpo ou no caixão.

A Norma refere que todos os presentes na cerimónia fúnebre devem usar máscaras faciais, incluindo o pessoal funerário e religioso, bem como manter o distanciamento físico de dois metros.

A sepultura em jazigo pode ser efetuada desde que cumpridas as regras, incluindo o uso de urna adequada, selada.



Requalificação do IP3 atrasada quase um ano. Empreitada vai custar mais um milhão de euros

 

O Governo acredita que, no máximo, no próximo mês, as obras de reformulação do IP3 entre Penacova e Mortágua vão ser concluídas. Trata-se de um atraso de quase 10 meses, e acima de tudo de uma derrapagem de sete dígitos.

As obras de requalificação do IP3 entre Penacova e a Lagoa Azul, em Mortágua, estão atrasadas dez meses. O projeto orçado em cerca de 12 milhão de euros vai ficar um milhão de euros mais caro.

Em declarações à TSF, Álvaro Miranda, da Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3, considera uma "incúria e uma pouco vergonha" o atraso de cerca de um ano da empreitada numa estrada onde já morreram mais de 200 pessoas.

"As obras decorrem a um ritmo muito lento. Continuamos a ver poucos trabalhadores alocados a esta obra", lamenta.

Para quem utiliza o itinerário principal n.º 3 a pandemia não pode ser uma desculpa para a derrapagem na intervenção. A Associação de Utentes e Sobreviventes até acha que a Covid-19 e o confinamento deviam ter ajudado a acelerar os trabalhos porque há agora menos movimento na via.

"A pandemia não pode ser tida como o problema para que a obra não avance. A obra nunca parou e até podiam e podem aproveitar para que a obra seja mais fluida na sua conclusão. O trânsito diminuiu muito e há muito mais facilidade em efetuar uma obra numa via quando o trânsito é muito inferior", defende Álvaro Miranda.

A Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3 está preocupada com o atraso da empreitada, mas também com o facto de o projeto em curso deixar de fora algumas obras.

"Iremos sempre ficar com um remendo na zona da livraria do Mondego, que é um concurso à parte. Nem sequer se iniciou a reparação deste troço e também vamos continuar sem soluções na zona de Oliveira do Mondego, na ponte que atravessa a albufeira, porque não foi contemplada nesta fase do projeto qualquer solução para os veículos agrícolas que circulam naquela zona", lamenta.

Álvaro Miranda questiona "como é que as pessoas se vão deslocar para os terrenos agrícolas" e "levar os seus animais para a pastorícia".

"Já me custa falar da desgraça que é o IP3"

Quem também continua muito critico em relação às obras no IP3 é o presidente da Câmara de Viseu. Almeida Henriques fala num "atraso flagrante" e diz que a via está uma "desgraça".

"Já me custa falar da desgraça que é o IP3 porque nem o primeiro troço ainda está concluído, nem sabemos quando é que vai estar concluído o projeto dos restantes troços", afirma o autarca, acrescentando que "o Governo tinha dito que até ao final da legislatura" o IP3 estaria concluído e após um ano de funções "as coisas estão como estão".

Apesar de crítico e de considerar "um remendo" o que está a ser feito, Almeida Henriques até encara como uma mais-valia a requalificação em curso em parte do IP3.

O presidente da Câmara de Viseu sustenta que agora é preciso acelerar os trabalhos e defende que este ou outro Governo não pode deixar cair o projeto de construção da nova autoestrada entre Viseu e Coimbra.

"Eu continuo a achar que virá alguém com visão, deste Governo ou de outro, que venha outra vez recuperar a perspetiva da Via dos Duques. Essa sim era estruturante porque permitiria concluir o IC12, fazer o IC37 entre Viseu e Nelas e depois a ligação a Seia e a ligação a Sul, do IC12 à A13, a Sul de Coimbra", aponta.

Intervenção a acabar e mais cara

O Ministério da Infraestruturas e da Habitação reconhece o atraso nas obras em curso no IP3 e diz que a demora teve várias causas. Entre elas o "incumprimento de prazos de diferentes atividades que levou a Infraestruturas de Portugal a requerer, ainda em 2019, a apresentação de um Plano de Recuperação de Atrasos".

Por outro lado, tiveram também impacto "as más condições climatéricas sentidas em dezembro/2019, incluindo a ocorrência de duas 'depressões', que inviabilizaram o cumprimento deste Plano de Recuperação".

"O escorregamento ocorrido num talude de escavação na zona da obra na madrugada do dia 21 de dezembro de 2020, que implicou o corte do IP3 entre os Nós da Espinheira e de Penacova, que obrigou à mobilização de equipamento e pessoal (que deveria estar a ser utilizado na obra) para os trabalhos de remoção de terras e reparação da via necessários à reposição da circulação", explica o Ministério num esclarecimento à TSF.

De acordo com a mesma nota, as obras derraparam também devido a um atraso na entrega das obras de construção dos Nó de Oliveira do Mondego e do Cunhedo, que "apenas pôde ocorrer" em junho de 2020, "após obtenção de licenciamento de natureza ambiental".

"Prevê-se que os trabalhos estejam concluídos entre o final de fevereiro e o final de março", salienta o gabinete do ministro Pedro Nuno Santos, que adianta ainda que "o valor da empreitada foi ajustado para cerca de 13 milhões de euros",ou seja, mais um milhão de euros face ao que estava projetado inicialmente.

Quanto à duplicação e requalificação do restante traçado do IP3, entre o nó de Souselas, em Coimbra, e o de Viseu com a A25, o Governo explica que "o Projeto Base e o Estudo de Impacto Ambiental já foram concluídos e submetidos a Avaliação de Impacto Ambiental em dezembro de 2020".

O Ministério das Infraestruturas mantém 2024 como o ano da conclusão das obras em todo o itinerário principal n.º 3, uma data apontada pelo Ministro Pedro Nuno Santos em julho de 2019. A empreitada está avaliada em 134 milhões de euros e será suportada apenas por fundos estatais.

"O Projeto de Execução será desenvolvido de forma a possibilitar a materialização das empreitadas por troços e de forma desfasada, contribuindo para o cumprimento da data objetivo de conclusão das intervenções em 2024", refere.

José Ricardo Ferreira / TSF

Imagem: Estação Diária

Concluídas as obras no Posto Fixo da ADASCA

 
Como se pode ver na imagem as obras no Posto Fixo da ADASCA estão concluídas. A tijoleira anterior empolou, a solução nem sequer passava por substituir algumas peças de tijoleira, tendo toda ela sido renovada.
Ao abrigo do protocolo existente entre a Câmara Municipal de Aveiro e a ADASCA há 13 anos, foi possível esta benfeitoria. A Direcção da ADASCA sente-se honrada e agradece à Câmara de Aveiro por mais esta ajuda.
É de salientar que a Sede e Posto Fixo da associação funcionam no 1º. piso do Mercado Municipal de Santiago, onde são realizadas cerca de 8/9 sessões de colheitas de sangue por mês.
Enquanto decorreram as obras a ADASCA recorreu ao Salão dos Bombeiros Velhos de Aveiro, espaço onde realizou a primeira brigada no dia 30 de Dezembro 2006.
A Direcção agradece publicamente ao Sr. Comandante Carlos Pires por toda a colaboração dispensada, como ainda à respectiva Direcção dos Bombeiros em questão.
Existe uma preocupação constante em proporcionar o melhor acolhimento possível aos dadores que se deslocam à Sede da ADASCA, e isso é notório pela forma são recebidos.
Obrigado a todos quantos têm depositado confiança na ADASCA, uma associação de direito privado, com uma história importante e respeitável, sem fins lucrativos apesar de congregar perto de 4.000 dadores associados de pleno direito não existe a obrigatoriedade de pagamento de cotas ou outros valores.
Para conseguir levar a cabo a sua nobre missão, depende do escasso apoio financeiro do IPST, como ainda da generosidade de alguns amigos benfeitores através de donativos.
Mantém um projecto editorial com a publicação mensal do Boletim InfoADASCA http://www.adasca.pt/node/1404 com uma tiragem acima dos 600 exemplares sendo distribuído aos dadores no decorrer das sessões de colheitas de sangue.

Joaquim Carlos

Site www.adasca.pt







Telma Monteiro nomeada embaixadora do COI contra a manipulação de competições


A judoca Telma Monteiro, medalha de bronze na competição de --57 kg no Rio2016, juntou-se hoje ao canoísta Fernando Pimenta entre os embaixadores portugueses no projeto Believe in Sport, do Comité Olímpico Internacional (COI).

Telma Monteiro e Pimenta, medalha de prata em K2 1.000 metros em Londres2012, são os representantes lusos nas campanhas internacionais para a promoção da consciencialização dos atletas em relação aos riscos da manipulação de competições, anunciou hoje o Comité Olímpico de Portugal (COP).

"Penso que com este tipo de iniciativas podemos mostrar diferentes perspetivas e mostrar a importância desta questão. Para mim é uma honra assumir o papel de embaixadora para a integridade. Acredito num desporto honesto e movido pela paixão da incerteza do que pode acontecer em cada momento em que os atletas dão o seu melhor", afirmou Telma Monteiro, citada pelo COP.

O organismo olímpico recordou que os dois medalhados olímpicos já protagonizavam, juntamente com João Sousa, David Rosa e Patrícia Mamona, a campanha do seu programa de integridade #PeloRespeito, nomeadamente nas suas iniciativas de formação junto de Federações e agentes desportivos.

"Um dos planos que tenho passa por aproveitar encontros de atletas, ou webinars de formação, como os que o COP e COI organizam, em que temos todos os atletas reunidos e falar diretamente com eles sobre estas questões", admitiu a judoca natural de Almada.

Igualmente citado pelo COP, Fernando Pimenta admitiu sentir "uma maior responsabilidade para conseguir ser um bom exemplo para outras pessoas, desportistas ou não".

"É importante para mim sensibilizar e (in)formar os atletas sobre o perigo da manipulação de competições, porque quero ver o desporto o mais limpo e são possível. Acredito que posso fazer a diferença com outros atletas [para que] no momento de escolha optem pelo caminho limpo e justo", referiu Pimenta.

O projeto Believe in Sport foi lançado em 2018 e pretende proteger e promover a integridade das competições desportivas e proteger os atletas. É realizado em parceria com as federações internacionais das várias modalidades e com os Comités Olímpicos nacionais, bem como com atletas e treinadores.

Lusa
Imagem: Sapo Desporto

Oração é sugestão de quem escolheu estar confinado toda a vida

Nos mosteiros onde a clausura é um confinamento para toda a vida, a pandemia de covid-19 determinou ajustamentos, e a oração, que marca o ritmo destes espaços, é uma sugestão para quem enfrenta agora o confinamento.

"O nosso quotidiano pouco se alterou, mas claro, temos o cuidado de cumprir as normas sanitárias recomendadas a todos os cidadãos a fim de contribuirmos para o bem de todos", disse à agência Lusa a irmã Maria Clara, abadessa do Mosteiro de Santa Clara de Monte Real, concelho de Leiria.

A religiosa explicou que foram cancelados "visitas, encontros, retiros" e a comunidade, de 33 irmãs (a mais nova de 20 anos e a mais velha de 97), deixou de receber pessoas na hospedaria, lamentando ainda: "Com tristeza, também fechámos a porta da nossa igreja".

No caso do Carmelo de Cristo Redentor, em Aveiro, o dia 14 de março de 2020 significou o fecho da capela, que tinha culto público, e a suspensão das missas e do fabrico de hóstias, contou a irmã Sofia da Cruz, prioresa.

"Tivemos de mudar o horário e fazer ajustes à realidade", declarou, adiantando que o tempo de trabalho passou a ser outro, para que as irmãs pudessem "participar na eucaristia 'on-line'"

Por outro lado, a comunidade deixou "de receber pessoas nos locutórios" e a portaria foi estruturada, para as pessoas poderem ir ao Carmelo sem as religiosas manterem contacto direto.

Em 31 de maio, a capela foi reaberta ao público, mas depois de novo fechada, sendo a missa agora "apenas celebrada para a comunidade das irmãs", 18 no total, entre os 47 e os 92 anos, adiantou a irmã Sofia da Cruz.

No Mosteiro de Singeverga, instalado numa quinta de 80 hectares em Roriz, no concelho de Santo Tirso, a vida dos monges beneditinos "manteve-se substancialmente a mesma", mas a igreja fechou - "o primeiro grande golpe" -- e o segundo foi constatar que não poderiam ter em funcionamento a hospedaria, afirmou à Lusa o abade Bernardino Costa.

Além da oração, que "marca o ritmo diário da comunidade, desde manhã, o levantar, depois antes do almoço, antes do jantar, antes de deitar", os monges trabalham nas atividades que a quinta possibilita, como a agropecuária, horta, jardins, fabrico do Licor de Singeverga ou oficinas.

Nestes mosteiros, as notícias da crise sanitária chegam de várias formas.

"Acompanhamos a situação em que mergulha a humanidade um pouco através de um ou outro noticiário, inúmeras mensagens dilacerantes através de 'email', cartas e muitos telefonemas", relatou a irmã Maria Clara.

No Carmelo de Cristo Redentor, as religiosas têm acesso diário ao jornal e, se necessário, consultam as notícias na internet.

"Também as pessoas que telefonam a pedir orações partilham a situação do nosso mundo e manifestam a sua angústia", adiantou a prioresa Sofia da Cruz, explicando a reação quando se tornou real o impacto da pandemia: "Foi a de nos unirmos em oração, suplicando a Deus, por intercessão de Maria, pelo fim da pandemia e a descoberta de uma vacina".

Já no Mosteiro de Santa Clara de Monte Real, "o primeiro impacto perante a evolução da pandemia foi um sentimento de grande compaixão pela humanidade", observou a abadessa Maria Clara.

"Estamos a viver estes dias com um profundo sentido de participação e partilha do sofrimento, dor, fadiga e desconforto de todos", afirmou, frisando que todos são "chamados a viver de maneira responsável as indicações que as instituições" dão.

A irmã Maria Clara garantiu que neste tempo cresce "o desejo ainda mais profundo" de as religiosas continuarem "na linha da frente do combate, de 'mãos postas' em contínua oração, junto dos que lutam pela própria vida, mas também com todos os profissionais que diariamente combatem nesta batalha".

Em Singeverga, 22 dos 23 monges acabaram infetados com covid-19, em novembro.

O abade Bernardino Costa, que acabou por ficar hospitalizado quase um mês, de onde trouxe o relato de profissionais de saúde "incansáveis", referiu que a comunidade sentiu "uma espécie de peso".

"A comunidade é envelhecida, parecia que era chegado o fim", comentou quem teve "sempre confiança de que iria resistir".

No mosteiro, onde o monge mais novo tem 33 anos e o mais velho 95, apesar da doença que atingiu quase todos, "nunca houve um dia em que se possa dizer que não se rezou porque estavam todos doentes".

"E, desde a pandemia, incluímos, todos os dias, uma oração, pelos profissionais de saúde, pelos doentes, pelas pessoas mais vulneráveis, pelos que já partiram", acrescentou.

A prioresa Sofia da Cruz, que ressalvou não se poder igualar confinamento num determinado espaço e tempo a confinamento da vida, enumera conselhos para quem tem de estar confinado.

"Não se demitir da vida, procurar viver o possível de cada momento. Eu posso estar confinado, mas não posso confinar a vida", defendeu a religiosa, sugerindo igualmente "descobrir o confinamento como possibilidade de um novo estilo de vida".

"O confinamento tal como a clausura são apenas circunstâncias de um estilo de vida", observou, para salientar que se na clausura aquele "é composto de tempos de oração, de trabalho, de silêncio e solidão, de convivência, de diálogo e recriação festiva e alegre, de leitura", estes são "os mesmos tempos que podem existir num confinamento".

O abade Bernardino Costa apelou para que "haja horizontes, diálogo, leitura, pequenas atividades", frisando ser necessário "aprender a preencher o dia", mas "não apenas com os bens tecnológicos".

Apesar de vivermos e estarmos na clausura, dia após dia, ano após ano, sem sairmos, exceto em situações pontuais e necessárias, não sentimos o cansaço, a monotonia, a rotina da vida", afirmou a irmã Maria Clara, acrescentando: "Partindo da nossa experiência de confinamento podemos dizer a todos que, quando se prescinde do supérfluo, focamo-nos no que realmente importa".

Entre as recomendações está a valorização do tempo de confinamento, a procura da paz dentro de cada um e viver com qualidade.

"Empenhemo-nos em que as coisas que fizermos, por mais simples que sejam, assumam um valor e finalidade" e "ganhemos tempo para fazer coisas que sempre quisemos e nunca 'tivemos tempo"', como ler "um bom livro, a Bíblia por exemplo, ouvir boa música, conhecer virtualmente países e culturas diferentes", propõe a irmã Maria Clara.

Cultivar as relações pessoais e familiares, sendo que "é preciso cultivar a paciência e a calma nas relações familiares, sobretudo com as crianças, e doentes", e rezar, porque a oração liberta "do medo e da solidão", são outros dos concelhos da abadessa.

O abade Bernardino Costa apelou para que "haja horizontes, diálogo, leitura, pequenas atividades", frisando ser necessário "aprender a preencher o dia", mas "não apenas com os bens tecnológicos".

"Apesar de vivermos e estarmos na clausura, dia após dia, ano após ano, sem sairmos, exceto em situações pontuais e necessárias, não sentimos o cansaço, a monotonia, a rotina da vida", afirmou a irmã Maria Clara, acrescentando: "Partindo da nossa experiência de confinamento podemos dizer a todos que, quando se prescinde do supérfluo, focamo-nos no que realmente importa".

Entre as recomendações está a valorização do tempo de confinamento, a procura da paz dentro de cada um e viver com qualidade.

"Empenhemo-nos em que as coisas que fizermos, por mais simples que sejam, assumam um valor e finalidade" e "ganhemos tempo para fazer coisas que sempre quisemos e nunca 'tivemos tempo"', como ler "um bom livro, a Bíblia por exemplo, ouvir boa música, conhecer virtualmente países e culturas diferentes", propõe a irmã Maria Clara.

Cultivar as relações pessoais e familiares, sendo que "é preciso cultivar a paciência e a calma nas relações familiares, sobretudo com as crianças, e doentes", e rezar, porque a oração liberta "do medo e da solidão", são outros dos concelhos da abadessa.

Lusa

BALANÇO DE SAFRA 2020 — A Coroa de Louros

 

Quem livrou um bilhão e 500 milhões de pessoas da fome no mundo merece uma coroa de louros ou de espinhos?

  • Hélio Brambilla

Encerramos um dos mais emblemáticos ciclos da história recente. Que civilização conseguiu tamanho progresso material, tamanhas conquistas no campo da ciência e da técnica, até da conquista espacial? Entretanto, esse desenvolvimento não veio acompanhado do progresso moral e espiritual que se fazia necessário; pelo contrário, veio seguido de contínua decadência. Para Plinio Corrêa de Oliveira, o século XX não passou do século das guerras e do pecado.

As duas grandes conflagrações mundiais, bem como o surgimento do comunismo, sem contar as guerras de pequeno porte, ceifaram a vida de milhões de pessoas. O progresso material deveria ter tido o seu contraponto numa civilização ímpar, pois, sem os meios morais, os conhecimentos naturais desencadearam um “dilúvio energético” que poderá causar tremendas catástrofes, como a possibilidade de extermínio em massa. Basta lembrar Hiroshima e Nagasaki.

Ora, transpusemos a centúria passada e já caminhamos duas décadas do século XXI com novos progressos. Mas fomos atingidos por um vírus que provocou um caos mundial, do qual a ciência e a técnica ainda não foram ainda capazes de sair.

Devido ao pecado de nossos primeiros pais — apesar de alguns teimarem em buscar sua genealogia no macaco ou na ameba —, nossas inclinações ficaram desordenadas. Para não filosofar muito, tais avanços deveriam ser passíveis de ser controlados pelo homem equilibrado e virtuoso, mas sem a virtude isso se torna muito difícil, para não dizer impossível. Seria como colocar uma Ferrari a 300 km/hora nas mãos de uma criança. Desastre na certa…

*   *   *

Passo à análise da safra de 2020 dentro da conjuntura nacional e internacional. A primeira constatação é a tragédia provocada pela Covid-19, que além de ceifar milhares de vítimas no Brasil e no mundo, parece ter sido conduzida por políticos mais desastrados do que os efeitos da própria epidemia, ao decretarem a “prisão” domiciliar da população e a consequente paralisação da produção. Estimativas catastróficas chegaram a figurar, por exemplo, a redução do PIB brasileiro em mais de 15%.

A torcida da grande mídia é grande, mas o PIB nacional diminuiu apenas 4%… Por sua vez, o agronegócio conheceu um aumento de 15% no ano passado, colaborando para que o superávit da balança comercial atingisse 51 bilhões de dólares, graças às exportações, que somaram cerca de 100 bilhões de dólares. As reservas cambiais ficaram quase estáveis, fechando com 356 bilhões de dólares. A dívida bruta, que os catastrofistas previam astronômica, ficou por volta de pouco mais de 90%, enquanto vários países já endividados saltaram para 200%, como a Itália e o Japão.

O desemprego deixado pelo “furacão Dilma” baixou para cerca de 14 milhões de pessoas. Em novembro passado, o País recuperou 414 mil vagas de emprego. Um fator positivo dentro disso foi que a população aprendeu a economizar, talvez por medo da crise, e a poupança pela primeira vez passou de um trilhão de reais. Foram mais de 120 bilhões o saldo positivo dos depósitos em relação aos saques.

O agronegócio gerou um valor bruto de produção, ou seja, uma riqueza que não existia. Nasceu, cresceu e foi colhida uma safra que ultrapassou 700 bilhões de reais lançados no mercado. Nossos adidos agrícolas estão hoje em 20 países, negociando como nunca produtos agropecuários junto às embaixadas, pois a regra do atual governo é não depender de apenas um mercado.

Na verdade, em apenas dois anos, o Brasil abriu mais de 100 novos mercados, apesar de a imprensa torcer para que tal não acontecesse, pois, para ela, quanto pior para o País, melhor… Um non sense, pois nunca se ouviu dizer que durante alguma pandemia a imprensa de um país torcesse pela enfermidade… Nunca é capaz de se referir à China, causadora do mal, mas se compraz em criar factoides contra o seu próprio governo.

E não foi apenas isso. Lembremo-nos das queimadas, dos incêndios, muitas vezes dolosos, que despertaram furor contra o governo e os produtores rurais, sempre alegando a suposta destruição da floresta amazônica. Embora cientistas provem, com dados até da NASA, que 65% de nossas matas nativas estão intactas, contra 10 a 15% da Europa e dos EUA.

A realidade é que a área agrícola no Brasil ocupa tão-só 7,8% do território nacional, enquanto na Europa se ocupa acima de 60%. E esta mesma imprensa nacional continua a se fazer de caixa de ressonância do presidente francês Macron quando ameaça o Brasil por uma suposta soja amazônica que nunca existiu.

Ora, enquanto a França produz hoje 400 mil toneladas/ano de soja, só o município de Sorriso, no Mato Grosso, produz seis vezes mais! No total, o Brasil produz mais de 130 milhões de toneladas. Macron, por favor, contribua para que a França continue produzindo bons vinhos, bons queijos, bons patês. Os brasileiros, contentes com o dinheiro da soja de Sorriso, agradecem.

Outra situação que certa imprensa propalou foi a inflação decorrente dos gêneros alimentícios. De fato, pela variação do dólar e o consequente aumento das exportações, certos produtos subiram mais do que a inflação. De acordo com o editorial econômico de “O Estado de S. Paulo (24-12-20), a média do ano para alimentação e bebidas foi de 14,36%, mas com a colheita que está se iniciando, a tendência é de queda dos preços. Desde que governadores malucos não queiram aumentar os impostos nesta circunstância trágica.

Nossa agricultura alimentou 1 bilhão e 500 milhões de pessoas mundo. Se não fossem esses alimentos, muita gente teria padecido muito nos 180 países para os quais o Brasil exporta. A imprensa só se lembra do oxigênio da Venezuela que veio para Manaus, mas não diz uma palavra sobre os cães dizimados para matar a fome da miserável população venezuelana. O que merece um país produtor de alimentos: uma coroa de louros ou uma coroa de espinhos?

Essa mesma imprensa esquerdista vem falando muito da saída da Ford do Brasil, fato que ocorreu no mundo inteiro, mas isso se deveu em parte ao custo muito alto dos nossos impostos, além da remodelação do mercado de automóveis, com aluguel por aplicativos, em vez de serem vendidos ao consumidor. Vai dar certo? Só o tempo dirá…

Encerro prestando uma homenagem especial aos profissionais de saúde, que vêm aguentando firmes nesta situação adversa; às Forças Armadas e de segurança que ajudaram a manter a lei e a ordem, e, principalmente, ao produtor rural e ao caminhoneiro, “irmãos siameses” — uns produzindo a maior safra de nossa história e outros a transportando.

Graças a Deus, não falta comida nas cidades, não faltam produtos para carregar os navios para o exterior… Aos produtores rurais e transportadores, bafejados pelas bênçãos de Deus e de Nossa Senhora Aparecida, a nossa merecida coroa de louros!

ABIM

Várias explosões em Sesimbra em incêndio que atingiu botijas de gás


O alerta foi dado às 23h15 de sexta-feira. Não há registo de vítimas.
Um incêndio num barracão localizado numa quinta, em Sesimbra, provocou a explosão de várias botijas de gás, esta sexta-feira à noite, sem provocar vítimas.

A informação foi confirmada à Renascença por fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal.

As chamas foram dadas como dominadas às 00h30, mais de uma hora depois de ter sido dado o alerta (23h15).

Para o local foram mobilizados cerca de 20 operacionais, entre elementos dos Bombeiros de Sesimbra, GNR e Proteção Civil.

O incidente ocorreu num local sem habitações por perto.

Através da rede social Facebook, o autarca de Sesimbra, Francisco Jesus, revelou que "as explosões ouvidas em todo o território de Sesimbra foram num armazém de gás, na zona da Roça, entre Alfarim e Aiana".

Famílias e diretores querem que alunos desfavorecidos continuem a ir à escola


As famílias e os diretores escolares querem que os alunos mais desfavorecidos, para quem é mais difícil acompanhar as aulas em casa, possam continuar a ir à escola durante o ensino a distância, que regressa na segunda-feira.

A partir de segunda-feira, alunos e professores regressam às aulas, mas não à escola, devido à pandemia de covid-19, e a poucos dias de retomarem o ensino à distância, os representantes de pais e diretores escolares estão particularmente preocupados com os alunos mais desfavorecidos.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE), Rui Martins, admitiu recear que "algum aluno possa ficar esquecido" e disse que as escolas têm de assegurar "que estes alunos não sejam abandonados".

No ano letivo passado, quando o ensino foi implementado pela primeira, muitos alunos tiveram dificuldade em acompanhar as aulas 'online' e continuar a estudar e aprender longe da escola por diversos motivos, desde a falta de equipamentos à falta de condições em casa.

Para minimizar este problema, Rui Martins sugere que as crianças e jovens em situação de maior fragilidade possam continuar a ir à escola, recorrendo às escolas de referência que se vão manter abertas para receber os filhos dos trabalhadores de serviços essenciais.

Do lado dos diretores escolares, também há a expectativa de que isso possa acontecer.

"Desta vez, estamos a tentar que aqueles alunos que têm situações mais complicadas venham para a escola, pelo menos um ou dois dias por semana", disse à Lusa Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE).

Desta forma, explica o representante dos diretores, "garantimos que esses alunos têm um acompanhamento melhor e mais eficaz", não só durante as aulas síncronas, mas durante todo o dia, que aproveitariam para consolidar aprendizagens com o apoio de um professor.

Mais de 1.600 alunos frequentaram na semana passada as cerca de 700 escolas de acolhimento abertas um pouco por todo o país. A meio desta semana, o número de alunos ultrapassava já os 2.500, segundo dados do Ministério da Educação.

Estas escolas estão abertas para receber os filhos de trabalhadores essenciais, mas também crianças com necessidades educativas especiais e algumas famílias que reconheceram não ter capacidade para dar apoio aos alunos também estão já estão a procurar desta alternativa.

Na terça-feira, a Federação Nacional dos Professores revelou, depois de uma reunião com o Ministério da Educação, que o executivo também estaria a ponderar alargar estes estabelecimentos de ensino aos filhos até 12 anos dos professores.

As escolas encerraram as portas há cerca de duas semanas e as crianças e jovens, desde creches ao ensino superior, ficaram em casa, numa pausa letiva que terminou na sexta-feira.

Na segunda-feira, cerca de 1,2 milhões de alunos do 1.º ao 12.º ano voltam a ter aulas à distância, à semelhança do que aconteceu no passado ano letivo.

Lusa