sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Covid-19 | Contratação de médicos

                     Autorização a título excecional e com o reconhecimento da Ordem.

Os serviços e estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) podem a partir de hoje contratar a termo resolutivo e incerto médicos a quem tenha sido reconhecido pela Ordem o exercício da medicina, dispensando o cumprimento de formalidades.

A autorização para a contratação consta do decreto-lei que entra hoje em vigor e no qual o Governo define medidas adicionais de caráter extraordinário e transitório aplicáveis de forma a enquadrar o esforço adicional dos trabalhadores, especialmente daqueles que são prestadores diretos de cuidados.

Esta autorização “aplica-se a médicos que, independentemente da nacionalidade e do país onde foi realizada a formação, não detenham, ainda, o grau de especialista numa área de exercício profissional”, esclareceu à Lusa o ministério da Saúde.

No decreto é dada autorização a título excecional aos “órgãos máximos de gestão dos serviços e estabelecimentos de saúde do SNS para contratação de “médicos a quem tenha sido reconhecido pela Ordem dos Médicos o exercício autónomo da medicina, sempre que essa contratação se mostre indispensável para a prestação de cuidados no âmbito da pandemia de covid-19 e dispensando cumprimento de quaisquer outras formalidades”.

Entre as medidas está também a contratação de médicos e enfermeiros aposentados durante o período de vigência do decreto-lei (60 dias).

As instituições do SNS podem igualmente proceder à contratação de enfermeiros aposentados para exercer funções públicas ou prestar trabalho remunerado sempre que seja indispensável para a prestação de cuidados de saúde no âmbito da pandemia e enquanto a situação se mantiver. Os contratos celebrados com os enfermeiros aposentados vigoram pelo período máximo de um ano.

Durante a vigência do decreto, independentemente da carreira em causa, o período normal de trabalho dos trabalhadores de serviços e estabelecimentos de saúde do SNS pode ser integralmente afeto a atividades diretamente relacionadas com o tratamento da covid-19.

Os serviços devem também autorizar a realização de estágios curriculares e extracurriculares que lhes sejam solicitados por alunos do ensino superior da área da saúde que frequentem o último ano do respetivo curso, sempre que estes se disponibilizem, sob a supervisão de um orientador a designar para o efeito, a desenvolver atividades de apoio no âmbito da pandemia.

O decreto-lei foi aprovado em Conselho de Ministros de 28 de janeiro e vigora por um período de 60 dias.

CHUSJ | Apoio no combate à Covid-19

 Centro hospitalar garante «disponibilidade total» para receber doentes de outros hospitais.

O Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ) demonstra «disponibilidade total» para continuar a receber doentes de outros hospitais, a garantia foi dada pelo Presidente do Conselho de Administração, Fernando Araújo.

«A disponibilidade do hospital é total. Vamos rever as necessidades dia-a-dia e tentaremos dar uma resposta cabal (…). Não fugimos às nossas responsabilidades e se for necessário receber um número tão elevado quanto este amanhã ou nos próximos dias temos capacidade para o fazer», disse em declarações à agência Lusa.

A articulação entre unidades é fundamental num momento de grande complexidade

Falando em «esforço solidário», o responsável do CHUSJ destacou «a generosidade dos profissionais do Hospital de São João» e elogiou o Instituto Nacional de Emergência Médica e a Proteção Civil por terem organizado a operação «em tempo recorde».

Fernando Araújo defendeu que «a articulação entre unidades é fundamental num momento de grande complexidade», frisando que «não existem questões regionais».

«O hospital [de São João] tem capacidade de plasticidade. Já o demonstrou na primeira vaga quando não sabíamos o que ia acontecer. Conseguimos adaptar-nos com alguma flexibilidade às necessidades», concluiu.

Visite:

CHUSJ – https://portal-chsj.min-saude.pt/

Covid-19 | Saúde mental

              ULS do Nordeste disponibiliza linha de apoio psicológico à comunidade.

A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste, através da equipa de Saúde Mental, disponibiliza apoio psicológico telefónico para os utentes do distrito de Bragança, no âmbito da pandemia de Covid-19.

Este apoio pretende dar resposta em situações em que as pessoas têm sentimentos de medo, angústia, insegurança, solidão ou ansiedade decorrentes da situação de pandemia, estando disponível através do número 273 310 800, de segunda a sexta-feira, entre as 9 e as 17 horas.

Internamento | Apoio psiquiátrico

 CHPL apoia doentes psiquiátricos do CHLO e Hospital de Cascais.

O Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL) abriu uma nova enfermaria de apoio exclusivo ao internamento temporário de utentes oriundos dos Serviços de Psiquiatria do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) e do Hospital de Cascais.

«Contamos com o apoio profissional de médicos assistentes e internos do CHLO bem como recursos humanos do CHPL, nomeadamente enfermeiros e assistentes operacionais», informa o CHPL, em comunicado.

De acordo com o centro hospitalar , para fazer face às necessidades crescentes de internamento, «os hospitais gerais têm vindo a reorganizar-se permanentemente, transformando os mais variados espaços em unidades de internamento para receber doentes Covid-19».

«Consideramos que a articulação solidária é fundamental para atenuar o atual período de pressão a que os hospitais estão sujeitos» assegura ainda o CHPL.

Para saber mais, consulte:

CHPL – http://www.chpl.min-saude.pt/

Estrutura Hospitalar de Contingência

 Hospital de campanha em Lisboa vai ter 2.º pavilhão com 150 camas para doentes Covid-19.

Hospital de campanha, instalado no Estádio Universitário de Lisboa, vai ter um segundo pavilhão para receber doentes Covid-19, com mais 150 camas e em funcionamento «daqui a 10 dias», avança o Coordenador da Estrutura Hospitalar de Contingência, António Diniz.

O primeiro pavilhão, que começou a acolher doentes em 23 de janeiro e que dispõe de 58 camas, vai manter-se operacional, registando, no dia 3 de fevereiro, 35 doentes internados, revelou o responsável, reforçando que, com o segundo pavilhão, que está já a ser preparado, a capacidade vai ser superior a 200 camas.

Em declarações à agência Lusa, António Diniz adiantou que, até ao momento, todos os doentes internados no hospital de campanha vêm de hospitais da região de Lisboa, que se estende desde a Península de Setúbal até Santarém, Médio Tejo e Oeste.

O responsável assegurou que não há qualquer restrição em colaborar com outras regiões, explicando que o que acontece é que «a maior pressão tem estado sempre sobre os hospitais da região de Lisboa».

No âmbito da preparação do segundo pavilhão, António Diniz renovou o apelo às empresas que possam patrocinar equipamento médico e outro tipo de apoio, «como participaram e continuam a participar no pavilhão que está aberto».

«Uma parte substancial desse pavilhão foi equipada, equipamento médico, com doações, com empréstimos, com cedências», indicou o responsável pela Estrutura Hospitalar de Contingência de Lisboa, destacando a colaboração de empresas do setor privado de vários ramos, desde o setor alimentar até à indústria farmacêutica, passando por instituições bancárias.

Apoio voluntário

Sobre a necessidade de voluntários para o hospital de campanha, o coordenador afirmou que «todas as boas vontades e todas as pessoas que desejem ajudar são bem-vindas, porque há muito tipo de trabalho que se pode fazer numa estrutura com estas características».

«Os recursos humanos são, na verdade, escassos em todo o sítio», admitiu o pneumologista António Diniz, acrescentando que o apoio de voluntários é para «um trabalho menos diferenciado», mas há recetividade para receber também pessoal de enfermagem e médicos que queiram ajudar.

«Há muita coisa para fazer, sobretudo numa estrutura que tem 150 camas como é o pavilhão que está nesta altura em estruturação», frisou o responsável da Estrutura Hospitalar de Contingência de Lisboa.

Na quarta-feira, dia 3, a Universidade de Lisboa informou que a Estrutura Hospitalar de Contingência de Lisboa, a funcionar no Estádio Universitário da Universidade de Lisboa, «precisa de voluntários para apoiar os profissionais de saúde em tarefas de alimentação, higiene e outros cuidados dos doentes, bem como tarefas de apoio administrativo».

António Diniz confirmou que a Universidade de Lisboa está a colaborar na procura de voluntários, adiantando que o critério de pessoas que já tenham sido infetadas com Covid-19, com probabilidade de possuírem imunidade à infeção, é uma «medida adicional de segurança», mas não um fator de exclusão.

Covid-19 | Plano de Vacinação

 

                       Portugal vai receber 1,9 milhões de doses de vacinas até abril.

A Ministra da Saúde, Marta Temido, fez na passada segunda-feira o ponto semanal de situação da evolução do plano de vacinação contra a Covid-19, após a reunião de informação com a task force do plano.

Portugal recebeu até ao final da semana passada 493.050 doses de vacinas. Desse total, 450.150 foram entregues no Continente e o restante nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, e ontem chegaram ao país as primeiras 43.200 doses de vacinas da farmacêutica AstraZeneca.

Ainda sobre a entrega de vacinas, Marta Temido afirmou que Portugal já recebeu mais 87.750 doses da Pfizer, estando ainda prevista uma entrega de mais 22.800 doses da Moderna. Na totalidade, Portugal prevê receber cerca de “1,9 milhões de doses de vacinas até ao final do primeiro trimestre”, anunciou.

Mais de 100 mil já receberam segunda dose

Até às 13h00 de hoje foram registadas 397 404 inoculações, cerca de 292 mil primeiras doses, e quase 105 mil segundas doses. Estas administrações de vacina abrangeram residentes e profissionais de lares de idosos, de unidades da rede nacional de cuidados continuados integrados e de estruturas equiparadas, designadamente de cidadãos portadores de deficiência, bem como um número significativo de profissionais de saúde.

A Ministra da Saúde anunciou também que ainda esta semana está previsto vacinar mais 120 mil pessoas entre idosos, profissionais de saúde e pessoas com mais de 80 anos ou entre os 50 e os 79 anos com comorbilidades associadas.

Processo de convocação

Depois de ter iniciado a vacinação do segundo grupo em algumas cidades, a Ministra da Saúde garantiu que “todo o país está já a agendar e convocar pessoas para vacinação”.

Segundo a governante, “serão 957 mil as pessoas dentro do segundo grupo de prioritários a vacinar e os centros de vacinação estarão por todo o país”. “Amanhã abrem mais 59 unidades” onde a vacinação deverá ocorrer, afirmou.

Até agora, foram realizados 2.380 agendamentos. “Processo vai ser expandido ao longo das próximas semanas consoante a capacidade de vacinas”, apontou.

Foram enviados 1.677 SMS e 902 pessoas responderam “sim”. Em relação aos portugueses sem médico de família Marta Temido acrescentou que foram já emitidas “4.140 declarações médicas”.

Para todos os portugueses acima de 50 anos com outras doenças ou mais de 80 anos haverá “um simulador onde poderá confirmar se está na lista”. Caso não esteja poderá contactar os serviços de saúde para ser incluído, explicou Marta Temido.

Mais fiável, barato e nada invasivo: Universidade de Aveiro otimiza teste PCR para detetar o novo coronavírus através da saliva

 Manuel Santos, que liderou a investigação, tem esperança de ver o novo teste aprovado até ao final do mês, numa altura em que o Governo aposta em alargar a testagem para combater a pandemia.

Um novo teste PCR para detetar a infeção por Sars-CoV-2, desenvolvido pela Universidade de Aveiro (UA), está pronto a entrar no mercado nacional, assim que receber luz verde das autoridades de saúde. Ao contrário da zaragatoa nasofaríngea, que causa desconforto e induz as lágrimas em muitas pessoas, a nova solução nada tem de invasiva, uma vez que basta recolher uma amostra de saliva: cospe-se para um tubo de plástico (como os das colheitas de sangue), com a ajuda de um pequeno funil, e nem sequer é necessária a intervenção de um enfermeiro. “Podemos fazer isto sozinhos, seja em casa ou no local de trabalho”, sublinha o diretor do Instituto de Biomedicina (iBiMED) da UA, Manuel Santos, que liderou a investigação.

Nos últimos três meses, a sua equipa dedicou-se a criar um teste PCR alternativo, sem os constrangimentos provocados pela introdução de uma cotonete grande no nariz, quase até à zona da garganta. Para concretizar o objetivo de simplificar o processo de colheita, era imperioso ajustar a tecnologia PCR, de modo a que os laboratórios conseguissem identificar (ou descartar) a presença do novo coronavírus nas amostras de saliva. Depois de “péssimos resultados no início”, a investigação não podia ter evoluído de melhor forma. “Conseguimos chegar a um ponto em que temos um teste com uma sensibilidade tão boa ou melhor do que o da zaragatoa e com uma fiabilidade superior”, adianta Manuel Santos, referindo-se à capacidade para detetar casos positivos a partir de cargas virais mais reduzidas e também à precisão no diagnóstico, quando comparados com os testes PCR utilizados neste momento. “Em alguns casos, poucos, tivemos testes que deram negativo com a zaragatoa e positivo com a saliva”, acrescenta, para reforçar a ideia de que “há menos falsos negativos com amostras de saliva”. Uma possível explicação para esta melhor fiabilidade, nota Manuel Santos, pode estar no facto de nem sempre ser possível realizar uma boa colheita com a zaragatoa: “Como é muito desconfortável, sobretudo as crianças e os idosos retraem-se muito, e por vezes não chega à nasofaringe.”

Kit de testagem a um euro

Os PCR são testes que apresentam um grau de fiabilidade maior do que os antigénios (os chamados testes rápidos), além de permitirem a deteção do vírus quando a sua presença no corpo não é tão intensa, por exemplo em pessoas assintomáticas. Numa altura em que o Governo anunciou a intenção de aumentar a testagem para melhor controlar a pandemia da covid-19, o diretor do iBiMED considera que os testes de saliva poderão “ter um impacto muito significativo” nesse plano. Além de mais práticos e fiáveis, serão também mais baratos do que os atuais PCR, garante Manuel Santos. Não só porque os custos do kit de colheita de saliva (tubo e funil), desenvolvido através de uma parceria com a empresa portuguesa Muroplás, andarão à volta de um euro e dispensam o recurso a cuidados de enfermagem, mas também porque o novo método vai permitir uma “maior automação em laboratório”. Em vez de uma amostra de cada vez, explica o investigador, vai ser possível analisar 10 ou 20 ao mesmo tempo, o que será especialmente útil em casos de probabilidade reduzida de infeção, como as pessoas com contactos de baixo risco que vão passar a ser testadas. Se a probabilidade for alta, pelo contrário, já não se justificará a opção, uma vez que, depois, seria necessário repetir o processo em laboratório para identificar qual ou quais das amostras continham o vírus.

Manuel Santos sublinha que a deteção do Sars-CoV-2, através de colheitas de saliva, está autorizada nos Estados Unidos da América, desde abril, em testes PCR, tendo recebido entretanto o aval em países europeus como Espanha, França ou Itália. Portugal também já viabilizou este método alternativo mas apenas para testes antigénio. Agora que a Universidade de Aveiro apresenta uma solução ao nível dos testes PCR, o diretor do iBiMED tem esperança de que o Infarmed dê luz verde ao kit e ao novo teste “até ao final de fevereiro”.

A Muroplás, enfatiza, é “uma empresa de engenharia de plásticos certificada para a área médica” e não terá problemas em produzir kits em massa, assim como os laboratórios já podem trabalhar a partir das colheitas de saliva para detetarem casos positivos. “Do nosso lado está tudo pronto para o teste ser aprovado”, remata.

RUI ANTUNES / Jornalista

12.02.2021 às 11h27


França é primeiro país a recomendar só uma dose da vacina para pessoas já infetadas

 

As autoridades sanitárias de França recomendaram hoje a administração de apenas uma dose da vacina contra a covid-19 a pessoas que já tenham sido infetadas com o novo coronavírus, tornando-se o primeiro país a fazê-lo.

As pessoas curadas da covid-19 "já desenvolveram na altura da infeção uma memória imunológica. A dose única da vacina irá desempenhar assim a função de um aviso", explicou a Alta Autoridade de Saúde francesa no seu parecer, que ainda não recebeu a aprovação do Governo.

No mesmo parecer, a autoridade francesa recomenda esperar "mais de três meses" após o registo da doença, "de preferência seis meses" antes de injetar a dose única da vacina.

"Até à data, nenhum país tomou uma posição clara sobre uma vacinação de dose única para as pessoas que contraíram covid-19 antes da vacinação", sublinhou o organismo.

Nos últimos dias, esta hipótese foi mencionada em vários estudos realizados nos Estados Unidos da América e em Itália, análises que ainda não foram avaliadas por outros cientistas.

Entre outros argumentos, os investigadores envolvidos nestes estudos assinalaram que dar uma única dose da vacina a pessoas que já tenham contraído o SARS-Cov-2 poderá possibilitar a poupança de doses num contexto de escassez de oferta.

O executivo francês normalmente acata os pareceres da Alta Autoridade de Saúde.

Uma das exceções ocorreu no final de janeiro, quando o Governo francês considerou que o prazo previsto entre a toma das duas doses da vacina Pfizer/BioNTech não podia ser dilatado, contrariando assim uma recomendação emitida alguns dias antes pela Alta Autoridade de Saúde.

As autoridades sanitárias francesas estão a apostar fortemente na progressão da campanha de vacinação para fazer frente à situação epidémica registada no país, que continua frágil, mas também admitem que há ainda um longo caminho a percorrer.

Segundo dados relativos a quinta-feira, 2.135.333 pessoas já receberam pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19 em França, das quais 535.775 pessoas já foram inoculadas com duas doses.

Desde o início da crise pandémica, 3,4 milhões de casos de infeções pelo novo coronavírus foram diagnosticados (e confirmados por testes) em França.

É provável que o número de pessoas que contraíram o vírus em França possa ser maior, especialmente durante a primeira vaga de infeções, altura em que a capacidade de testagem era inferior.

Três vacinas contra a covid-19 estão atualmente autorizadas na União Europeia: Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca/Oxford.

Todas requerem a administração de duas doses para serem eficazes em pessoas que nunca tiveram contacto com o SARS-Cov-2.

A vacina da Johnson & Johnson, que está em processo de avaliação pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), requer apenas de uma dose.

A pandemia da doença covid-19 provocou pelo menos 2.368.493 mortos no mundo, resultantes de mais de 107,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Lusa

Armação de Pêra: CORTE DE TRÂNSITO NA RUA DR. MARTINHO SIMÕES E RUA DOS PESCADORES SOFRE ALTERAÇÃO PARA A TARDE DO DIA 18 DE FEVEREIRO


A Câmara Municipal de Silves informa que a interrupção de circulação de trânsito na Rua Dr. Martinho Simões, em Armação de Pêra, inicialmente prevista para a tarde de dia 15 de fevereiro, foi adiada para dia 18 de fevereiro, durante o mesmo horário (das 14h00 às 17h00). Esta interrupção, que implicará o corte de trânsito na Rua dos Pescadores, decorre da necessidade de realização de trabalhos de betonagem de obra a levar a efeito por particulares.

A autarquia pede a atenção e compreensão dos automobilistas e residentes para esta situação e agradece a colaboração de todos.

 

Alvaiázere | Covid-19 - Município reduz rendas para apoiar famílias e empresas


O Município de Alvaiázere, de forma a apoiar as famílias em maior vulnerabilidade social e reduzir os custos fixos para as empresas do concelho que funcionam em espaços que sejam propriedade da autarquia, voltou a promover um conjunto de benefícios que já haviam figurado no ano transato, aquando da primeira vaga, nomeadamente:

  • redução de 50% do valor das rendas não habitacionais a todos os estabelecimentos comerciais que funcionam em instalações de propriedade municipal, e que, pese embora o estado de emergência em vigor, se mantêm em funcionamento;

  • isenção do valor das rendas não habitacionais a todos os estabelecimentos comerciais que funcionam em instalações de propriedade municipal, e cuja atividade se encontra suspensa;

  • A extensão da medida às empresas incubadas nos polos da Alvaiázere+ - Incubadora de Negócios, reduzindo-se o preço do valor a pagar em função da suspensão, ou não, da atividade empresarial da entidade incubada;

  • redução de 50% do valor das rendas a todos os contratos de ocupação para fins habitacionais que funcionam em instalações de propriedade municipal.

Os apoios em causa reportarão ao período em que as medidas de confinamento e de suspensão da atividade económica decorrentes do atual estado de emergência vigorarem.

Porto de Mós | Instituições recebem máscaras tipo II


A autarquia distribuiu hoje, dia 12 de fevereiro, mais de 5000 máscaras tipos II junto das associações humanitárias de bombeiros e das IPSS’s com valência de ERPI – Estrutura Residencial para Idosos e SAD – Serviço de Apoio Domiciliário, num total de 12 instituições e mais de 300 pessoas abrangidas, que agora podem usufruir destes equipamentos de proteção.

Para além desta medida, o município pretende, ainda, distribuir mais equipamentos de proteção individual, testes rápidos, bem como reforçar o apoio financeiro junto destas instituições.

Esta é uma das medidas de auxílio que integra o Plano de Apoio do Município às Famílias, Instituições e Empresas, no âmbito da COVID-19.

Patrícia Alves

Estarreja | Mais histórias e memórias locais reunidas em dois novos livros

Dois livros que reforçam o fundo local, contribuindo para aumentar o conhecimento sobre a história do concelho. O volume nr. º 14 da Revista “Terras de Antuã” – Histórias e Memórias do Concelho de Estarreja, de vários autores, e o livro “Criação de Cavalos para a Remonta o Exército – Ordenanças, Milícias e Guerra Peninsular”, da autoria de Artur Castro Tavares, estão disponíveis para venda.

 

Apesar de ter sido cancelada a Sessão Comemorativa dos 501 anos do Foral de Antuã, em novembro, em que se faria a apresentação das duas obras, a Câmara Municipal disponibiliza-as aos Munícipes. Pode adquirir os dois livros na Casa Museu Egas Moniz e na Biblioteca Municipal, pelo valor de 6€ (Revista “Terras de Antuã” nº 14) e 10€ (Criação de Cavalos para a Remonta o Exército).

 

“Revista Terras de Antuã – Histórias e Memórias do Concelho de Estarreja”

 

O n.º 14 elege como imagem de capa o mapa e plano da Barra de Aveiro. Marca da dinâmica e identidade cultural do Município de Estarreja com o contributo de excelência de cidadãos e munícipes que, com investigação, documentos e fontes históricas, colaboram para o enriquecimento e conhecimento da história local e preservação da memória coletiva.

 

Com a publicação anual da Revista Terras de Antuã, a Câmara Municipal corporiza os princípios preconizados desde a 1ª edição: veículo de divulgação e de discussão da memória coletiva; local onde aqueles que se dedicam ao estudo da história possam editar os seus estudos; incentivo para que mais e melhores trabalhos de investigação possam surgir; meio de angariação de uma base iconográfica, impedindo assim o desaparecimento definitivo de um sem número de documentos gráficos e fotográficos.

 

O nome da revista representa uma homenagem ao lugar que, em tempos remotos foi paróquia visigótica, freguesia e vila medieval, sede de julgado e de concelho, e a principal povoação que por estas paragens existiu até meados do século XVI. É também uma singela homenagem ao principal curso de água que atravessa o concelho e que terá sido fator relevante no povoamento das suas margens. Pode consultar as edições anteriores neste link www.cm-estarreja.pt/revista_terras_do_antua

 

“Criação de Cavalos para a Remonta o Exército”

 

O livro “Criação de Cavalos para a Remonta o Exército – Ordenanças, Milícias e Guerra Peninsular”, da autoria de Artur Castro Tavares, além de abordar a criação de cavalos no concelho de Estarreja e noutras terras circundantes, que eram abrangidas pela Superintendência local, - incluindo Sedouros, Bunheiro, Pardelhas e Murtosa, - foca ainda homens da ordenança, como os capitães-mor, alferes e tenentes, assim como os oficiais dos regimentos de milícias e regimentos do exército de primeira linha, que recrutavam em Estarreja, as coutadas, monteiros-mores e os mamposteiros, responsáveis pela arrecadação de esmolas destinadas a recuperar a liberdade de prisioneiros de guerra, chamados de cativos.

 

Temas e autores da edição 14 da Terras de Antuã

O NOSSO LIVRO - Abel Cunha

 

MAJOR ANTÓNIO BERNARDINO FERREIRA - António Augusto Silva

A “GRATIDÃO” DE JOSÉ LUÍS DA CUNHA: UM CASO DE SUOR, SUCESSO E LÁGRIMAS NO PANORAMA EMIGRATÓRIO DA ESTARREJA OITOCENTISTA - António Pedro de Sottomayor

 

O CONCELHO DE ESTARREJA EM 1865 - Delfim Bismarck Ferreira

 

A EMBARCAÇÃO TRADICIONAL COMO ARTEFACTO E O HOMEM ARTESÃO: O MESTRE CONSTRUTOR NAVAL DA RIA DE AVEIRO. - Etelvina Resende Almeida

 

“O COLÉGIO” - José Fernando Correia

 

DR. TAVARES AFFONSO. SEIS CARTAS E UM BILHETE POSTAL DIRIGIDOS AO PROF. DOUTOR EGAS MONIZ - José Gurgo e Cirne

 

AVIVAR MEMÓRIAS: AS TRADIÇÕES ORAIS COMO PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL DO CONCELHO DE ESTARREJA - Juliana Cunha

 

OS LIMITES HISTÓRICOS COMUNS DAS DIOCESES DO PORTO E DE COIMBRA - Marco Pereira

 

SÃO SEBASTIÃO - Maria Clara de Paiva Vide Marques, António Cruz Leandro

 

EGAS MONIZ E O JOGO - Rosa Maria Rodrigues

 

PARA QUE OS OLHOS SE LEMBREM - Sérgio Paulo Silva

 

EMIGRAÇÃO ESTARREJENSE NO ANO DE 1909 - Teresa Cruz Tubby e Valter Santos

 

VEIROS. SINOPSE PELAS REFERÊNCIAS DA SUA HISTÓRIA E SUAS GENTES - Victor Bandeira

 

SAUDADES. BIORIA, O SUSTENTÁVEL CONVÍVIO ENTRE A NATUREZA - Adolfo Vidal

 

Pode encomendar através dos seguintes contactos:

Casa Museu Egas Moniz museuegasmoniz@cm-estarreja.pt 968819543

Biblioteca Municipal biblioteca.municipal@cm-estarreja.pt | 234 840 614

 


Carla Miranda

Armas apreendidas por violência doméstica em Mira

A GNR de Coimbra, através do Posto de Mira, apreendeu várias armas e munições no âmbito de um processo de violência doméstica, no concelho de Mira, no dia 10 de fevereiro.


No âmbito de uma investigação por violência doméstica, os militares da Guarda efetuaram uma busca domiciliária, que culminou na apreensão do seguinte material:

  • Duas arma de caça;
  • Uma arma de ar comprimido;
  • 146 munições de diversos calibres;
  • Sete armas brancas.

O suspeito foi identificado, e os factos foram remetidos para o Tribunal Judicial de Cantanhede.

A ação contou com o reforço do Núcleo de Investigação e de Apoio a Vitimas Específicas de Coimbra.


Barcelo | IPCA abre 2ª edição da Pós-Graduação em Contabilidade Financeira Empresarial


A abertura da 2ª edição da Pós-Graduação em Contabilidade Financeira Empresarial decorre no próximo dia 20 de fevereiro, pelas 10h00, com um Webinar sobre o papel e competências dos contabilistas nas organizações.

A receção aos estudantes da Pós-Graduação será efetuada pela Presidente do IPCA, Maria José Fernandes, e pelo Diretor da Escola Superior de Gestão, Fernando Rodrigues.

A sessão de abertura conta ainda com o Seminário subordinado ao tema “REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DO CONTABILISTA NAS ORGANIZAÇÕES E COMPETÊNCIAS A SEREM DESENVOLVIDAS PELOS CONTABILISTAS”, que conta com a participação de João Rodrigues, como orador principal.
João Rodrigues é Doutorado em Gestão, Docente do Ensino Superior, Revisor Oficial de Contas e Especialista em Normas Internacionais de Contabilidade. Participou no grupo que efetuou o trabalho GAAP Convergence. É Autor de diversas obras, entre as quais se destacam: “Participações financeiras e consolidação de contas” e “Sistema de Normalização Contabilística – Explicado”.

O tema em debate pretende refletir sobre a importância do papel do contabilista e sobre as competências que o mesmo deverá desenvolver no sentido de contribuir para a criação de valor nas organizações.

O seminário é dirigido aos estudantes do curso de pós-graduação em Contabilidade Financeira Empresarial, sendo aberto à comunidade em geral e a todos os interessados no tema.

Dadas as contingências e medidas de restrição no âmbito do combate à pandemia da COVID-19, o seminário será transmitido on-line através da plataforma Zoom.


ID DA REUNIÃO: 869 3281 1002
PALAVRA-PASSE: 685739

Ana Teixeira

INÍCIO DA RENOVAÇÃO DO TEATRO AVEIRENSE


Teve início esta semana a empreitada de renovação do Teatro Aveirense, um investimento da Câmara Municipal de Aveiro (CMA) de 1.499.294,54€, que visa intervir de forma generalizada na conservação das infraestruturas, equipamentos e organização funcional e que está a ser levada a cabo pela empresa CIMAVE – Construtora e Imobiliária de Aveiro, Lda.

A opção de renovar o Teatro decorre da utilização intensiva e da ausência de ações regulares de manutenção e de renovação do edifício desde a última grande intervenção de reabilitação, em 2003. A empreitada engloba toda a estrutura e os seus elementos construtivos, as redes de infraestruturas, todos os equipamentos mecânicos e à sua organização funcional, assim como a capacitação ao nível da modernização do equipamento e dos meios de comunicação.

Aposta na Valorização Cultural
Esta obra tinha apontado o seu início para julho de 2021, mas a evolução da Pandemia do Covid-19 determinou o encerramento do Teatro Aveirense sem data perspetivada para a sua reabertura, e estando criada todas as condições necessárias, decidimos iniciar desde já estas obras.

Impossibilitados de comemorar os 140 anos do Teatro Aveirense (que se assinalam a 5 de março) com a programação cultural que estava definida, perspetivamos agora assinalar essa data de referência com a “prenda” da inauguração do renovado Teatro na sua reabertura perspetivada para setembro de 2021, e uma programação alusiva (caso nos seja permitido pela evolução da Pandemia e pelas regras em vigor à data).

Numa altura em que a CMA prossegue com o processo de valorização cultural do Município, assente no Plano Estratégico para a Cultura e na Candidatura de Aveiro a Capital Europeia da Cultura em 2027, a reabilitação do edifício do Teatro Aveirense é mais um importante passo de crescimento qualitativo a este nível.

Aluna de Vimioso com aulas ‘online’ na carrinha do pai à procura de rede


Uma aluna de 12 anos de Serapicos, em Vimioso, desloca-se mais de um quilómetro várias vezes ao dia para assistir às aulas 'online' dentro da carrinha que o pai estaciona num ponto alto da aldeia para apanhar rede.

"Mesmo quando chego aos pontos mais altos, para além do frio que apanho dentro da carrinha do meu pai, a ligação está sempre a cair e por isso perco muita matéria, como é caso de hoje, durante a aula de História, porque não consigo ouvir os professores", descreveu à Lusa Leonor, que frequenta o 7.º ano.

A aluna tem de se adaptar ao trabalho do pai na agricultura, para assim os dois tirarem rendimento do dia e das deslocações, tentando manter o equilíbrio e a concentração mediante a "complicada" tarefa de apreender à distância naquela aldeia do concelho de Vimioso, distrito de Bragança, onde falta cobertura da rede de internet das várias operadoras nacionais.

"Não consigo fazer os trabalhos que me são marcados, porque não consigo ouvir os professores em boas condições. Para além deste problema, tenho de me deslocar quatro ou cinco vezes por dias para cada um dos pontos da aldeia onde consigo apanhar rede, o que é muito desgastante, stressante e complicado", vincou a aluna do Agrupamento de Escolas de Vimioso.

Leonor indica que muitas vezes são os seus colegas que lhe manda os trabalhos devido às várias falhas na ligação à internet.

Leonor Miranda é tida pelos seus professores como uma boa aluna e disse à Lusa que se levanta muito cedo e tem de percorrer cerca de um quilómetro desde a sua casa, até conseguir apanhar rede de internet, nos pontos mais altos da aldeia onde reside, para poder acompanhar as aulas à distância, o que se torna "stressante " para a jovem estudante.

Na aldeia transmontana de Serapicos, há mais duas alunas de 1º ciclo que estão nas mesmas circunstâncias.

Vitor Miranda, pai de Leonor, explica que tem de mudar várias vezes de sítio para conciliar o seu trabalho na agricultura com os estudos da filha, "o que por vezes não é uma tarefa fácil".

"A minha filha tem de sair do conforto da minha casa e onde poderia estar mais concentrada nos seus estudos, mas a fraca qualidade da ligação à internet não o permite, o que nos causa grandes transtornos familiares", frisou.

Segundo Vitor Miranda, com o rigor do inverno e chuva dos últimos dias, "não é fácil estudar".

"Ainda tentei arranjar uma alternativa na casa da tia, mas como tem filhas pequenas, a situação é ainda mais complicada para a Leonor, por isso anda comigo dentro da carrinha onde o espaço não abunda ", contou.

O pai da jovem Leonor disse que esta situação mudou a sua vida profissional, porque tem algumas centenas de cabeças de gado e lavoura e estas tarefas também requerem muita atenção e trabalho.

Para a diretora do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV), Ana Paula Falcão, a menina fica bastante triste já que se trata de uma excelente aluna.

"Esta situação é constrangedora, porque a Leonor é uma excelente aluna. Ter de andar de uma lado para o outro, à procura de rede móvel para fazer a ligação à internet e muitas vezes não consegue assistir às aulas, certamente é uma grande tristeza para a menina. E nós, direção das escolas, não ficámos alheios a esta situação", explicou a também docente.

Na segunda-feira os alunos do 1.º ao 12.º ano retomaram as atividades letivas através do ensino a distância.

No total, são cerca de 1,2 milhões de alunos que voltam a ser obrigados a trocar, por tempo indefinido, as salas de aula pelas suas casas, quase um ano depois de, em março, o Governo ter encerrado as escolas e implementado o ensino a distância para conter a pandemia de covid-19.

Lusa

Imagem: Diário de Trás-os-Montes

Tóquio2020: Presidente do comité organizador demite-se após comentários sexistas


O presidente do comité organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio2020, Yoshiro Mori, anunciou hoje a demissão após a controvérsia desencadeada pelos seus comentários sexistas na semana passada, durante uma reunião da liderança do organismo.

"Demito-me do cargo de presidente do comité", disse Mori.

O ex-primeiro-ministro japonês, de 83 anos, fez o anúncio numa reunião com os membros do conselho e a direção executiva do organismo responsável pela organização de Tóquio2020, convocada para discutir as consequências dos comentários de Mori e da qual também se espera uma decisão sobre o sucessor.

Na terça-feira, o Comité Olímpico Internacional (COI) já tinha classificado como “absolutamente inapropriados” e contrários à política do organismo os comentários ofensivos sobre mulheres feitos pelo presidente do comité organizador dos Jogos Olímpicos Tóquio2020.

Yoshiro Mori defendeu que as mulheres têm dificuldade em ser concisas, observando que os membros femininos do órgão a que preside “sabem colocar-se no seu lugar”.

As declarações do responsável máximo do comité organizador da próxima edição dos Jogos Olímpicos (JO), adiada para 2021 devido à pandemia de covid-19, foram feitas durante uma reunião com o Comité Olímpico do Japão, aberta à comunicação social e reproduzidas pelo diário Asahi Shimbun.

"As reuniões dos conselhos de administração com a presença de muitas mulheres demoram demasiado tempo. Se for aumentado o número de membros femininos e o tempo de intervenção não for limitado, será mais difícil concluí-las, o que é irritante", sustentou Mori.

"As mulheres têm espírito competitivo. Se uma levanta a mão [para poder intervir], as outras sentem-se na obrigação de se exprimirem também. É por isso que todos acabaram por falar”, acrescentou.

Um dia depois de ter proferido os comentários, Mori pediu desculpa e considerou-os “contrários ao espírito olímpico”, mas afastou a hipótese de uma demissão imediata, que começou a ser pedida nas redes sociais.

Questionado sobre se tencionava abandonar o cargo, por causa da polémica, Mori recusou à partida essa possibilidade, mas acrescentou: “Se todos me disserem que estou a incomodar, então deverei pensar nisso”.

Cerca de 400 voluntários desistiram de dar apoio aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, previstos para o verão, e o comité organizador tem recebido milhares de queixas sobre as declarações de Mori, bem como críticas de patrocinadores.

Lusa

Lenda do jazz Chick Corea morreu e deixou pedido de “mais arte e diversão no Mundo”

O lendário pianista e compositor de jazz "Chick" Corea morreu aos 79 anos, vítima de uma forma rara de cancro, deixando a "esperança" de que o Mundo venha a ter ainda "mais arte e diversão".

Numa mensagem de despedida divulgada pela família do músico através do seu site, Armando Anthony "Chick" Corea agradece aos "formidáveis amigos músicos" que o ajudaram a cumprir "a missão de levar a alegria da criação a todos os lugares possíveis".

"Ter alcançado esta missão juntamente com os artistas que admiro tanto, esta foi a riqueza da minha vida", escreve Corea, que morreu na terça-feira, dia 09.

Pianista e compositor, surge entre os precursores do jazz de fusão, desde o final dos anos 1960, quando sucedeu a Herbie Hancock, nos agrupamentos do trompetista Miles Davis - com quem trabalhou num dos mais famosos albuns de Jazz de todos os tempos, Bitches Brew -- tendo colaborado com músicos como Dave Holland e Jack DeJohnette, cruzando "free jazz", improvisação e elementos vindos do "rock'n'roll".

Ao longo de meio século, Chick Corea explorou sempre distintas áreas musicais e as suas zonas de fronteira, e manteve o trabalho com músicos de diferentes expressões. Destaca-se, neste aspeto, o dueto com o pianista austríaco de raiz clássica Friedrich Gulda ou a escolha de peças do compositor húngaro Béla Bartók, para o seu repertório.

Com ascendência espanhola, apelou ao "Concerto de Aranjuez", de Joaquín Rodrigo, para o prelúdio de uma das suas mais conhecidas obras, "Spain", e reuniu influências latino-americanas em "My Spanish Heart".

Na mensagem de despedida, Corea não mencionou alguns dos grandes nomes da música com quem trabalhou, mas a carreira de mais de meio século rendeu-lhe 23 prémios musicais Grammy.

Campanha contra violência no namoro aposta nas redes sociais para chegar aos jovens


O Governo tem a partir de hoje uma nova campanha contra a violência no namoro, dirigida aos mais jovens e com a parceria do cantor AGIR e de influenciadores digitais, para esclarecer comportamentos e divulgar linhas de apoio.

Em entrevista à agência Lusa, a secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade adiantou que a campanha #NamorarSemViolência tem uma mensagem, dirigida especialmente aos mais jovens, sobre comportamentos que são violência, que será difundida através das plataformas sociais.

Rosa Monteiro explicou que a campanha é apadrinhada pelo cantor e compositor AGIR, que gravou uma mensagem com um apelo para os mais jovens, e tem também a participação de seis influenciadores com presença ativa nas plataformas sociais Tik Tok e Instagram, porque, mais uma vez, resolveram apostar em "agentes de difusão que realmente têm influência sobre os grupos mais jovens".

O objetivo é "reforçar o conhecimento e a divulgação sobre as linhas de apoio que existem", além de pretender fazer um apelo à denúncia e à procura de informação, desde logo através da linha da Comissão para a Cidadania e a Igualdade Género (CIG) 800 202 448 ou do número de sms 3060.

A campanha, disponível a partir de hoje, tem por base pequenos vídeos gravados por cada um dos influenciadores, que depois são partilhados nas suas páginas, e que "refletem aquilo que são comportamentos (...) que são muito legitimados, comportamentos que não são considerados pelos jovens como sendo violência ou agressão".

O foco da campanha são os canais digitais porque, tal como explicou a secretária de Estado, é onde muitas vezes os adultos, pais ou educadores, não conseguem chegar.

Referiu, a propósito, que o mais recente relatório do Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE, na sigla em inglês) refere que na União Europeia cerca de 20% das raparigas entre os 18 e os 29 anos diz ter sido vítima de assédio sexual 'online'.

"Porém, quando analisamos o relatório nacional da cibersegurança de 2019 o que nos diz é que estas questões, de discursos de ódio 'online', de violência 'online', é que em Portugal é pouco considerado pelas próprias pessoas, eles referem muito a invisibilidade e o não reconhecimento do fenómeno", sublinhou.

Admitiu, por isso, que são precisas "mais e melhores ferramentas para conhecer e combater o fenómeno", defendendo que os adultos têm de estar mais preparados, nomeadamente através de cursos de literacia digital, para acompanhar esta área, tendo em conta a "quantidade de horas considerável que neste momento todas as pessoas em geral passam" frente aos computadores ou telemóveis.

Defendeu que é preciso "monitorizar estes novos fenómenos", mas também "mais mecanismos para tornar efetivo o seu combate", além de mais prevenção: "E aqui a prevenção é de banda larga, é para tudo aquilo que está na origem dos comportamentos de violência de género na juventude".

A apresentação da campanha decorre hoje num webinar, que servirá também para apresentar os dados de dois estudos sobre violência no namoro, um da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) e outro da Associação Plano I.

"Os dados da UMAR mostram que 58% de jovens até ao 12.º ano de escolaridade reportam já ter sofrido pelo menos uma forma de violência e 67% de jovens consideram como natural algum dos comportamentos de violência. Os dados da associação Plano i, cujo estudo incide sobre a população universitária, mostram que 53,8% de jovens já sofreram pelo menos um ato de violência no namoro", refere o gabinete da secretária de Estado.

Na opinião de Rosa Monteiro, estes dados demonstram que continua a haver tolerância social perante o fenómeno, o que demonstra que continua a ser preciso um trabalho de informação, esclarecimento e de dar visibilidade.

Apontou que normalmente na base desta legitimação da violência está o ciúme como forma de amor, mas que traz "conceções tradicionalistas de género, estereótipos de género assente em papeis enraizados e em visões enraizadas a cerca do que é ser rapaz ou rapariga".

"É muito chocante encontrar as mesmas expressões entre casais jovens e em idades mais tardias, entre homicidas, por exemplo. A ideia de que se não é minha não és de mais ninguém", sublinhou.

A secretária de Estado disse ainda que no último trimestre de 2020 arrancaram mais cinco projetos, financiados pela CIG, dedicados à intervenção primária entre crianças e jovens, entre eles um projeto da associação Plano I para "trabalhar masculinidades violentas e agressivas", com 34 escolas parceiras "para trabalhar ferramentas de autorregulação emocional".

Lusa