terça-feira, 9 de março de 2021
Marinha Grande REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO - RUA D. JOÃO PEREIRA VENÂNCIO E RUAS ADJACENTES
NEAMWAVE’21 - EXERCÍCIO PARA TESTAR O ALERTA E GRAU DE PRONTIDÃO NA REAÇÃO A UM TSUNAMI
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) realizam amanhã, 10 de março, entre as 8:30 e as 14:00 horas, o exercício NEAMWAVE’21.
O NEAMWAVE’21 visa testar a efetividade e o grau de prontidão do sistema de alerta para Tsunamis implementado na região do Atlântico Nordeste, Mediterrâneo e Mares Conexos (NEAMTWS, na sigla em inglês).
Trata-se de um exercício de comunicações durante o qual os diversos intervenientes de escalão nacional e internacional trocarão entre si notificações técnico-operacionais relacionadas com a eventualidade de um sismo responsável pela geração de um tsunami com impacto na costa portuguesa.
Portugal participa nas diferentes fases do exercício através da ANEPC, do IPMA, da Direção-Geral da Autoridade Marítima (DGAM), do Serviço de Busca e Salvamento Marítimo da Marinha (MRCC – Maritime Rescue Coordination Centre), do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, do Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira, dos Serviços Municipais de Proteção Civil e Corpos de Bombeiros dos concelhos litorais e estuarinos de Portugal Continental, bem como através de um conjunto de entidades responsáveis pela gestão de infraestruturas vitais das redes de energia, abastecimento de água, comunicações e rodo e ferroviárias.
A ANEPC envolve no exercício os vários níveis da estrutura do sistema nacional de proteção civil, nomeadamente o Comando Nacional de Emergência e Proteção Civil, os Comandos Regionais de Emergência e Proteção Civil e os Comandos Distritais de Operações de Socorro, em estreita articulação com os patamares municipal e regional autónomo, e assegurando a articulação com os restantes agentes e entidades participantes.
O IPMA intervém no exercício na qualidade de Centro de Alerta de Tsunamis responsável pela monitorização, deteção e difusão de alertas de tsunami a entidades coordenadoras nacionais, bem como às entidades de gestão da emergência de vários países do Nordeste Atlântico, como Marrocos, Espanha, Reino-Unido, Dinamarca, França, Alemanha e Irlanda, entre outros.
O NEAMTWS é a designação do sistema de alerta e aviso da região do Atlântico Nordeste, Mediterrâneo e Mares Conexos (Tsunami Early Warning and Mitigation System for the North-eastern Atlantic, Mediterranean and Connected Seas), implementado e coordenado pela Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO depois do Tsunami do Oceano Índico de 26 de dezembro de 2004.
O sistema de alerta e aviso NEAMTWS centra a sua ação em três áreas principais:
1. Avaliação do risco de Tsunami;
2. Preparação e sensibilização da população;
3. Implementação de sistemas de alerta e aviso em caso de emergência.
Atualmente estão operacionais nesta região do globo cinco Centros de Alerta de Tsunamis: CENALT (França), INGV (Itália), KOERI (Turquia), NOA (Grécia) e IPMA (Portugal), que prestam o alerta às autoridades dos Estados Membros do NEAM em caso da eventualidade ou ocorrência de tsunami.
Leiria recebe final da Taça da Liga Feminina
AHBVC apresenta benefícios para os seus sócios
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede (AHBVC) estabeleceu parcerias com diversas empresas e entidades que garantem aos seus sócios nas categorias Sócio Individual e Sócio Família um conjunto cada vez maior de vantagens e descontos.
Segue a lista de benefícios em vigor no presente ano de 2021
Marcelo promete defender democracia com tolerância e “estabilidade sem pântano”
O Presidente da República prometeu hoje defender uma "melhor democracia", com tolerância e respeito por todos, rejeitando o "mito do português puro", com convergência no regime e alternativa de governação, e "estabilidade sem pântano".
Na sua intervenção perante a Assembleia da República, na cerimónia em que tomou posse para um segundo mandato, o chefe de Estado afirmou que assegurar estes objetivos será a sua "primeira prioridade" nos próximos cinco anos.
Marcelo Rebelo de Sousa realçou que "pela primeira vez em democracia um Presidente da República toma posse em estado de emergência" e que durante a pandemia de covid-19 o parlamento "nunca deixou de funcionar ao serviço dos portugueses", e agradeceu aos deputados "o exemplo de dedicação à democracia, nunca aceitando calá-la, nunca aceitando suspendê-la, nunca aceitando fazê-la refém".
Que seja essa a primeira lição do dia de hoje: vivemos em democracia, queremos continuar a viver em democracia, e em democracia combater as mais graves pandemias. Preferimos a liberdade à opressão, o diálogo ao monólogo, o pluralismo à censura, e demonstrámo-lo realizando duas eleições em pandemia, de uma das quais resultou a subida da oposição ao Governo", afirmou, referindo-se às eleições regionais nos Açores, e observando: "Isto é democracia".
Em seguida, o Presidente da República defendeu que é preciso "melhor democracia, onde a liberdade não seja esvaziada pela pobreza, pela ignorância, pela dependência ou pela corrupção, onde a inclusão, a tolerância, o respeito por todos os portugueses, para além do género, do credo, da cor da pele, das convicções pessoais, políticas e sociais não sejam sacrificados ao mito do português puro, da casta iluminada, dos antigos e novos privilegiados".
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Proteção Civil da Marinha Grande participa no Exercício europeu NEAMWave21
Venda de terras para estrangeiros
- Hélio Brambilla
No final do ano legislativo, o Senado desengavetou um projeto que “dormia nas gavetas” havia mais de um ano, e o aprovou em apenas 44 minutos na noite do dia 15-12-2020. Apresentado pelo Senador Irajá Abreu, o PL 2963/19 pretende tornar realidade a venda ou arrendamento de propriedades rurais a empresas estrangeiras. O que significa isso para nós, hoje e no futuro?
Segundo notícia de “O Estado de São Paulo” (17-12-20), a medida dispensa autorização ou licença para aquisição de qualquer modalidade de posse por estrangeiros. A única restrição significativa é que a soma das áreas não poderá passar de 25% da superfície dos municípios. Mas abre assim a possibilidade de 2.136.857 km² de nosso território (num total de 8.547.403 km²) serem entregues a estrangeiros.
Essa área é maior que os territórios da Alemanha, França, Espanha, Itália, Portugal e Áustria juntos, e poderia tornar-se propriedade de qualquer interessado. Assim estaria formado um “Estado dentro do Estado”. Só um? Poderia ser mais de um, mas alguém tem dúvida de que a China é a grande interessada em comprar o Brasil? E o prezado leitor deseja ver seus filhos e netos nascendo sob o regime comunista chinês?
Essa aberração política, além de estabelecer inadmissíveis enclaves no Brasil, poderia perpetuar nessas terras a escravidão do nosso povo. Ameaça vaga, hipotética, inconsistente? Nada disso! Basta ver que a entrada indiscriminada de muçulmanos na Europa tem colocado de joelhos a população de vários países, ante a prepotência dos imigrantes, que já se tornaram e se consideram “donos da situação”.
Com sua população nativa envelhecida e declinante, e agora acrescida por muçulmanos que não fazem limitação da natalidade, a Europa enfrenta gravíssima situação econômica. Medidas econômicas suicidas, implantadas a propósito da pandemia, arruinaram a economia sem impedir o morticínio.
Uma notícia com algo de tranquilizante, porém insuficiente para nos autorizar a fechar os olhos, é que o governo brasileiro está na contramão dessa política suicida. Na véspera do Natal, o presidente Bolsonaro voltou a condenar o malfadado projeto de venda de terras a estrangeiros. Terá ele a clarividência necessária para vetar todo o projeto, quando os trâmites legislativos se concluírem?
No mesmo sentido ergueu sua voz a associação dos produtores de soja, cujo presidente Bartolomeu Brás assegurou ser esta a posição das 16 seções da entidade no Brasil. Comunicou que se reuniu com o Senador Irajá Abreu, filho da ex-ministra Kátia Abreu, tratando de convencê-lo dos malefícios do projeto. De nada adiantou, pois o parlamentar não quis ouvir as admoestações dos produtores rurais. Vários sindicatos rurais também estão levantando a voz contra o disparatado projeto.
O Brasil possui hoje 62 milhões de hectares utilizados para a agricultura. Calculando pelo valor médio de seis mil dólares por hectare, esse ativo vale 372 bilhões de dólares. Por outro lado, nos últimos 20 anos o agronegócio brasileiro gerou um trilhão e trezentos bilhões de dólares, valor suficiente para pagar quatro vezes o valor dessas terras. Não existe ativo mais rendoso no mundo. Negócio como o proposto pelo PL 2963/19 é bem exatamente um “negócio da China”…
E há mais. Caso seja montada uma agroindústria na propriedade, esta poderia admitir até 50% de funcionários do país comprador — uma cláusula feita “sob encomenda”, pois serve como uma luva… para quem? Você conhece algum país com 1,4 bilhão de habitantes à disposição para serem exportados? A médio e longo prazo, não escaparíamos de invasão maciça de chineses. E não se esqueça de que um contingente assim costuma ser enriquecido por “soldados” travestidos de funcionários.
Os produtores rurais brasileiros não podem deixar de ver a enormidade do problema com o qual nos deparamos. Algumas vozes se levantam a favor do projeto, alegando que os imigrantes sempre compravam terras, mesmo sem se tornarem brasileiros. Mas os tempos eram outros, eles aportaram no Brasil numa conjuntura totalmente diferente, pois vinham se integrar à nação. Hoje, pelo contrário, com a nova geopolítica global, virão para subjugá-la.
Isto poderá custar o equivalente a um Tratado de Tordesilhas às avessas! O Brasil perderá mais de dois milhões de km² de terras conquistadas com sangue, suor e lágrimas por nossos antepassados. Também por isso, os ruralistas devem protestar junto aos políticos de sua região. E insistir junto ao Presidente da República para vetar o projeto, qualquer que seja sua redação final.
Trabalhemos em conjunto para proteger o que é nosso. E Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, nos ajudará a manter íntegro nosso território soberano.
ABIM
Combater a obesidade e o excesso de peso com a ajuda do telemóvel
Uma equipa de investigadores do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da Universidade de Coimbra (UC), liderada por José Pinto Gouveia, desenvolveu uma aplicação móvel (app) para ajudar no combate à obesidade e excesso de peso.
A app foi desenvolvida no âmbito do projeto eBEfree, que tem como grande objetivo fornecer ferramentas e estratégias de regulação emocional que permitam às pessoas com obesidade ou excesso de peso eliminar ou reduzir significativamente os episódios de ingestão alimentar compulsiva, e aumentar a sua saúde mental e qualidade de vida.
No atual contexto da pandemia Covid-19, «especialmente com o confinamento geral no nosso país, vários estudos sugerem que o isolamento vem acompanhado de uma redução na saúde mental das pessoas. Neste sentido, o projeto eBEfree, nomeadamente pelo seu formato digital, pretende ser um contributo especialmente apropriado à situação atual», explica a equipa do projeto, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
A app eBEfree é constituída por 12 módulos, disponibilizado um por semana, que abordam diversas perspetivas do problema. «Os conteúdos para o tratamento da ingestão alimentar compulsiva, como estratégias de regulação emocional através de exercícios comportamentais e de meditação, foram desenvolvidos com recurso a vídeos de animação explicativos, exercícios áudio e vídeos de psicólogos/as da nossa equipa a abordar os temas relevantes», detalha José Pinto Gouveia, acrescentando que a aplicação inclui também um fórum de discussão, «onde os utilizadores podem colocar questões aos terapeutas (haverá sempre um terapeuta a acompanhar o funcionamento da app)».
Para testar e validar a eficácia da aplicação, a equipa está a solicitar a colaboração de pessoas de todo o país, com idades compreendidas entre os 18 e 55 anos, com excesso de peso e ingestão alimentar compulsiva, e que possuam um smartphone ou tablet com acesso à internet. Os voluntários que pretendam participar no estudo devem contactar a equipa de investigação através do endereço eletrónico: ebefree@uc.pt.
A participação no estudo envolverá uma entrevista inicial, via zoom, para avaliar os critérios de elegibilidade, o preenchimento de uma bateria de questionários online e a utilização da aplicação móvel.
O eBEfree resulta de um estudo anterior cujos resultados evidenciaram que «estas ferramentas de regulação emocional e promoção de saúde mental são eficazes quando implementadas presencialmente em formato grupal. O que pretendemos com o eBEfree é alargar esse estudo para chegar a todo o território nacional, com todas as vantagens de uma aplicação móvel», conclui José Pinto Gouveia.
Mais informação sobre o projeto está disponível em: https://ebefree.uc.pt/.
ESAC e Escola Secundária João Gonçalves Zarco firmam parceria
A Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC) e a Escola Secundária João Gonçalves Zarco firmaram recentemente um protocolo de colaboração.
Este protocolo foi estabelecido no âmbito do projeto Ciência Viva “Biodiversidade e Agricultura Biológica”, de que é responsável na ESAC a Professora Teresa Vasconcelos.
Visa-se divulgar a relevância da biodiversidade nos ecossistemas agrários e a sua aplicação aos sistemas em modo de produção em modo biológico, sensibilizando os estudantes do ensino secundário para esta temática.
De acordo com o protocolo, a parceria será levada a cabo através de consultoria e assessoria técnica, científica e educativa; colaboração em projetos no âmbito de atividades pedagógicas; colaboração em ações de formação/capacitação, não conferentes de grau, e; participação mútua em seminários, workshops e iniciativas públicas.
Entre outras obrigações, ambas as instituições devem colaborar na identificação de especialistas e/ou instituições que poderão participar na elaboração de ações, dinamização e seguimento do protocolo, bem como na divulgação dos projetos/ações previstos.
Cada projeto ou ação específica será definida e detalhada, no que respeita aos objetivos, encargos, mecanismos e prazos, através de contratos específicos ou adendas a celebrar entre as partes.
Varzim mostra “profundo repúdio” por apedrejamento ao autocarro do Leixões
O Varzim, da II Liga portuguesa de futebol, demonstrou "profundo repúdio" pelo apedrejamento do autocarro do Leixões, antes da partida entre dos dois clubes, da jornada 23, na noite de segunda-feira.
"Ao tomar conhecimento do apedrejamento ao autocarro do Leixões aquando da sua chegada à nossa cidade, para o jogo de hoje, a direção do Varzim manifesta o seu profundo repúdio pelo sucedido", pode ler-se num comunicado publicado no site do emblema poveiro.
O Varzim disse ainda "não se rever neste tipo de atitudes, que entende ser mais um episódio que em nada engrandece o desporto e que envergonha todos aqueles que amam e vibram com esta modalidade".
Somos um clube que preza pelo bem receber e prima pelo ambiente saudável no futebol e no desporto, em geral", acrescentam os poveiros.
Segundo fonte do Leixões, o incidente ocorreu por volta das 18:15 de segunda-feira, no nó de acesso da A28 à variante de ligação da Póvoa de Varzim, e que ninguém ficou ferido. A viatura foi atingida por "duas pedras no lado direito", arremessadas por desconhecidos.
Lusa
PR Argentino e outros políticos internacionais celebram anulação de condenações de Lula
O Presidente da Argentina, Alberto Fernández, e outros políticos internacionais como a autarca parisiense, Anne Hidalgo, ou a deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua, comemoraram hoje a anulação das condenações do ex-mandatário brasileiro Lula da Silva.
"Celebro que Lula tenha sido reabilitado em todos os seus direitos políticos. Foram anuladas as condenações contra si, que foram ditadas com o único fim de persegui-lo e eliminá-lo da carreira política foram. Fez-se justiça! Lula Livre", escreveu Fernández na rede social Twitter.
Já a deputada portuguesa Joana Mortágua indicou que a prisão de Lula faz parte do "golpe contra a democracia no Brasil".
"A anatomia completa do golpe contra a democracia no Brasil está por conhecer, mas é certo que passou pela decisão política de prender Lula da Silva. Passo a passo, essa injustiça vai sendo denunciada e corrigida", disse a deputada do Bloco de Esquerda, cuja mensagem foi republicada por Lula.
Do lado francês, a presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, declarou estar "muito feliz" por ter sido feita "justiça para Lula da Silva".
"Após cinco anos de perseguição, todas as ações judiciais contra Lula da Silva foram anuladas! Lula está livre. O 'juiz' Moro e sua gangue repudiados. A magistratura brasileira recusa-se a fazer o trabalho político sujo", escreveu, por sua vez, o líder do partido de esquerda França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon.
De Espanha, o líder do Podemos, Pablo Iglesias, disse que Lula foi afastado da política para "abrir caminho para a extrema-direita".
"O 'lawfare'[uso estratégico do Direito para fins ilegítimos] contra Lula, para impedi-lo de ser candidato e abrir caminho para a extrema-direita, exemplifica o novo 'modus operandi' das grandes potências. No final das contas não deu em nada, mas hoje manda Bolsonaro no Brasil. Agora é para ganhar Lula. Punho levantado", indicou Iglesias.
O Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro anulou hoje todos as condenações do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná, relacionadas com as investigações da Operação Lava Jato.
A decisão foi tomada pelo juiz Edson Fachin, que é o relator dos casos da Lava Jato no STF.
A anulação foi decretada na sequência da decisão de Fachin, de declarar a incompetência da Justiça Federal do Paraná nos processos sobre a posse de um apartamento de luxo no Guarujá, estado de São Paulo, e de uma quinta em Atibaia, também em São Paulo, que haviam levado a duas condenações do ex-chefe de Estado brasileiro, em decisões das primeira e segunda instâncias.
Isto não quer dizer que o antigo chefe de Estado brasileiro tenha sido inocentado já que os processos serão remetidos para a justiça do Distrito Federal, que vai reavaliar os casos e pode receber novamente as denúncias e reiniciar os processos agora anulados.
Com a decisão, porém, Lula da Silva voltou a ser elegível e recuperou seus direitos políticos.
Lula, de 75 anos e que governou o Brasil entre 2003 e 2010, chegou a cumprir 580 dias de prisão, entre abril de 2018 e novembro de 2019 e, desde então, o ex-presidente recorre da sua sentença em liberdade condicional.
Em comunicado, o Instituto Lula indicou que, "infelizmente, a decisão tomada hoje chega tarde demais e depois de causar prejuízos irreparáveis não apenas ao Instituto e ao ex-presidente, mas também ao país e à própria Justiça".
"Há cinco anos, já se sabia que a vara de Curitiba não era competente e que Lula jamais cometeu crime algum. Moro [ex-juiz da Lava Jato] criou uma farsa com promotores para criminalizar o Instituto, o ex-presidente e afastá-lo das eleições. É lamentável que o Brasil e a democracia tenham pagado um preço tão alto antes que essa injustiça fosse reconhecida. A verdade vencerá", concluiu o Instituto.
Lusa
Maior operação policial de sempre na Bélgica em curso
Uma vasta operação policial contra o crime organizado está em curso esta manhã na Bélgica, mobilizando mais de 1.500 agentes apoiados por unidades especiais, informou o Ministério Público Federal.
A operação compreende mais de 200 buscas em simultâneo, efetuadas desde as 05:00 (04:00 em Lisboa).
É] uma das maiores operações alguma vez organizadas em território belga" em termos do número de pessoas destacadas, disse à agência de notícias France-Presse (AFP) um porta-voz do Ministério Público Federal.
A operação está a ser conduzida pelo Ministério Público Federal e pelo Ministério Público de Antuérpia.
De acordo com a emissora pública RTBF, a operação visa os traficantes de droga, particularmente os envolvidos no tráfico de cocaína, com ramificações internacionais.
Fonte: Lusa
Imagem: JN
Psicólogo apoia profissionais, doentes e famílias na urgência do São João
O Serviço de Urgência do Hospital de São João, no Porto, somou esta semana à equipa um psicólogo para apoiar profissionais de saúde, doentes e familiares nos momentos de stress ou de notícias difíceis, entre outras situações.
O protocolo de colaboração entre o Serviço de Urgência e o Serviço de Psicologia do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) entrou em vigor na segunda-feira e Cláudia Martins foi a primeira psicóloga escalada para a nova tarefa.
Aos jornalistas, a especialista contou um dos exemplos do que pode ser a intervenção de um psicólogo no Serviço de Urgência, lembrando que o apoio psicológico se mantém no internamento.
"Hoje estive com um senhor que ficará internado. Foi-lhe identificada ansiedade em relação ao prognóstico. Primeiro, há que tentar validar o que a pessoa sente e focar no aspeto positivo que é o 'está cá, foi recebido, houve estabilização do quadro, vai avançar para recuperação'. Neste caso, foi necessário reforçar o contacto com a família", descreveu a psicóloga.
A identificação das necessidades é feita pelas equipas médica e de enfermagem, mas a psicóloga contou que não se limita a aguardar sentada que a procurem e, no primeiro dia de trabalho, dedicou-se a circular pelo serviço e dar a conhecer a sua disponibilidade para ajudar também os profissionais de saúde em situações de crise e emocionalmente traumáticas.
Esta abordagem não é novidade para Cláudia Martins, que trabalhou durante 13 anos no Reino Unido, num contexto hospitalar que tinha práticas semelhantes, mas é, segundo o diretor do Serviço de Psicologia do CHUSJ, "pioneira em Portugal".
"Penso que este é um exemplo a replicar. Este é o primeiro hospital com este serviço", disse Eduardo Carqueja.
Questionado sobre o porquê do protocolo ter sido lançado agora, o diretor contou que a ideia estava prevista desde 2019, frisou que "o ADN dos psicólogos é trabalhar em equipa" e "cuidar de quem cuida, bem como de quem precisa de ser cuidado" considerando que o serviço surgiu "no tempo certo".
"Temos de ser prudentes na oferta. Queremos um contínuo ou até reforçar e foi agora possível", referiu, acrescentando que aos psicólogos foi dada formação especifica na transmissão de más notícias, embora não lhes caiba a eles fazer a transmissão das mesmas junto de familiares e que foi necessário realizar visitas com quem nunca tinha estado no Serviço de Urgência de modo a perceberem o ambiente estrutural e humano.
Já a diretora do Serviço de Urgência, Cristina Marujo, descreveu este apoio como "muito importante" para "equipas que acusam stress" e são responsáveis todos os dias por dar notícias difíceis, como situações de morte ou de uma doença grave, bem como para os pacientes e famílias que as recebem.
"Situações em que se perdem vidas que, à partida, não estávamos a contar perder, momentos que obrigam a atitudes clínicas importantes e intensas, situações emocionalmente pesadas para os profissionais das várias classes profissionais. E situações de conflito porque isso também faz parte em equipas grandes", descreveu.
Referindo-se à pandemia covid-19, Cristina Marujo disse que, embora este protocolo não tenha sido criado por causa "desta situação crítica", porque "já era desejado e estava pensado", se veio a notar "ainda mais a necessidade de ter um psicólogo a tempo inteiro" no Serviço de Urgência até porque "os doentes ficaram mais sozinhos".
"Normalmente conseguíamos partilhar os momentos difíceis com as famílias, mas a determinada altura estávamos só nós. Isso gera momentos de enorme stress", contou a diretora, salvaguardando que, entretanto, esta realidade se foi alterando porque foi sendo permitida a presença de familiares em momentos finais e críticos.
O protocolo que entrou esta semana e vigor traduz-se na presença de um psicólogo a tempo inteiro no Serviço de Urgência todos os dias úteis e em contacto permanente à noite e fim de semana.
A experiência poderá evoluir para que, à noite e ao fim de semana, o contacto passe também a presencial.
Os responsáveis do CHUSJ frisaram que as questões de psicopatologia continuarão a seguidas na Urgência Metropolitana de Psiquiatria.
No documento que sustenta este protocolo lê-se que se excluem "da intervenção psicológica todas as situações em que o doente referenciado ao Serviço de Urgência para avaliação psiquiátrica ou com critérios de psicopatologia".
O Serviço de Psicologia do CHUSJ tem 30 psicólogos e foi criada uma subequipa para esta nova tarefa.
Atualmente a Urgência do Hospital de São João está a receber uma média de 390 doentes por dia, o que contrasta com dados de 2018 e 2019 em que a média era 460 doentes/dia.
Lusa
GNR desmantelou rede de tráfico de droga que operava a partir de Vila do Conde
A GNR desmantelou uma rede de tráfico de droga que operava a partir do concelho de Vila do Conde e que vendia em diversas localidades do distrito de Porto, e deteve ainda um homem de 66 anos.
Hoje, em comunicado, a GNR adianta que a rede foi desmantelada no âmbito de uma investigação que teve a duração de cerca de dois meses.
No decorrer das diligências, a GNR fiscalizou um automóvel, onde encontrou um saco que continha 443 doses individuais de canábis, já preparadas e embaladas para entrarem no mercado de venda.
No âmbito da ação, "foi também feita uma busca a um armazém com cerca de 500 metros quadrados, onde a produção da droga era preparada, desde a germinação ao crescimento, secagem e acondicionamento para venda", adianta a GNR.
O homem de 66 anos foi detido na segunda-feira por suspeitas de tráfico de estupefacientes e apreendeu na viatura 1.108 gramas de canábis, 130 plantas de canábis, uma viatura, um telemóvel, 78 lâmpadas de aquecimento e seis bidões de fertilizante.
O detido vai ser presente hoje ao Tribunal Judicial de Vila do Conde para interrogatório judicial.
Lusa