quarta-feira, 7 de abril de 2021

Ansião assinala Mês da Prevenção dos Maus-tratos na Infância


O edifício dos Paços do Concelho ilumina-se de azul, durante o mês de abril, para sensibilizar para a prevenção dos maus-tratos na infância.

Numa iniciativa da CPCJ - Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Ansião, em parceria com o município, e à semelhança do que se tem realizado em anos anteriores, esta é uma das ações levadas a cabo para assinalar o Mês da Prevenção dos Maus-tratos na Infância.

Previstas estão outras atividades que envolvem a comunidade, como a construção, por crianças e jovens, em família, de um laço azul, símbolo da iniciativa. Os interessados em participar devem fotografar os trabalhos e partilhá-los com a CPCJ, para que os possa divulgar. Também as entidades representadas na comissão são convidadas a construir o seu laço e a colocá-lo em local visível.

Estas atividades simbólicas pretendem sensibilizar toda a comunidade para a realidade que muitas crianças vivem e que tantas vezes silenciam, alertando-a para o seu importante papel, a par do das autoridades competentes, na defesa dos direitos das crianças, tantas vezes ainda violados.

Assinalado Dia Mundial da Atividade Física
O Dia Mundial da Atividade Física, que se comemorou ontem, dia 6 de abril, foi assinalado nas AAAF – Atividades de Animação e Apoio à Família, nos jardins de infância de Ansião, Alvorge, Avelar e Santiago da Guarda.

Com as crianças da educação pré-escolar, foram dinamizadas diversas atividades de dança, jogos com música, jogos pré-desportivos, jogos tradicionais e jogos de relaxamento/ alongamento, entre outras.

Brincar, dançar, saltar, rastejar, dar cambalhotas, fazer posturas do yoga e, ainda, receber a visita do amigo Panda, teria sido a melhor forma de vivenciar este dia, proporcionando às crianças momentos salutares de diversão e convívio, também promotores de saúde e bem-estar, de que tanto têm sido privadas ultimamente.

Ansião recebeu o Museu na Aldeia
O lugar de Ateanha, na Freguesia de Alvorge, ganhou mais vida na manhã do dia 6 de abril ao receber o “Museu na Aldeia”.

Esta iniciativa, promovida pela Rede Cultura 2027, projeto que sustenta a candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura 2027, pretende levar os treze museus dos territórios que integram a Rede a treze comunidades idosas, isoladas e de baixa densidade populacional.

A atividade, dinamizada pela Sociedade Artística e Musical dos Pousos (SAMP), decorreu pelas ruas e numa eira da aldeia e consistiu na apresentação pública da iniciativa à população, contanto com vários momentos de interação a partir da música e da representação.

A segunda sessão está já agendada para o final do corrente mês, contemplando ainda o projeto várias dinâmicas de interação entre o Centro de Artes das Caldas da Rainha e a população sénior residente em Ateanha.

Alguns dos momentos daquela manhã foram transmitidos em direto no programa televisivo da RTP1, “Praça da Alegria”.





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Município assinala o Dia Mundial da Saúde

O Município de Ansião, com os seus parceiros na área da saúde, organizou uma sessão online de atividade física, para assinalar o Dia Mundial da Saúde, 7 de abril.

Com início às 19 horas, a Clínica das Cinco Vilas dará o arranque com o momento “Dança dos 0 aos 100”. Quinze minutos mais tarde será a vez de PhysioGo – Fisioterapia e Bem-Estar, desafiar os participantes para a prática de pilates clínico, a que se seguirá um treino funcional dinamizado por Moisés Lourenço Premium Studio. O encerramento ficará a cargo do município, com alongamentos por técnicos do desporto.

“Construir um mundo mais justo e saudável” foi o tema definido pelo Serviço Nacional de Saúde para o Dia Mundial da Saúde deste ano, e a autarquia, apostada na promoção de hábitos de vida saudáveis na população, promoveu mais esta iniciativa de incentivo à prática de atividade física, fundamental para a saúde e o bem-estar de todos os cidadãos.


Silves | Candidaturas ao programa de arrendamento por jovens – porta 65 jovem abrem no dia 20 de abril

As inscrições ao Programa de Arrendamento por Jovens – Porta 65 Jovem, vão decorrer entre 20 de abril e 25 de maio de 2021. A Câmara Municipal de Silves (CMS) disponibiliza, através do seu sector de Juventude, apoio à formalização das candidaturas, mediante marcação prévia.

Poderão candidatar-se a este programa todos os jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 34 anos (até 36 quando jovem casal), com rendimentos declarados referentes ao ano anterior (2020).

 

Os jovens interessados devem proceder à marcação prévia do pedido de apoio junto do Sector de Juventude da CMS, localizado na Rua Dr. João de Deus, nº 21 1º (ao lado da Junta de Freguesia de Silves) através do telefone 282 440 800 (ext.: 2650 ou 2651), ou através do email juventude@cm-silves.pt

 

No ato da candidatura os candidatos deverão fazer-se acompanhar dos seguintes documentos (imprescindíveis):

 

» Senha online das Finanças (uma por cada elemento candidato), solicitada previamente em www.e-financas.gov.pt;

 

» IRS do ano transato (2020);

» Contrato de arrendamento, onde deverá constar a fração e artigo da habitação (ou Contrato-Promessa de arrendamento);

 

» Último recibo de renda;

» Documentos de identificação de todos os elementos do agregado familiar (incluindo menores), nomeadamente Cartão de Cidadão ou Bilhete de Identidade, Número de Identificação Fiscal e Número de Segurança Social;

 

» *IRS dos ascendentes (opcional), caso os rendimentos auferidos pelos ascendentes não ultrapasse o valor de três ordenados mínimos nacionais os candidatos recebem maior pontuação na candidatura (20 pontos) e a possibilidade acrescida de receber o apoio supracitado;

 

» Caso o agregado familiar seja composto por família monoparental, é necessária a apresentação da prova da Regulação das Responsabilidades Parentais;

 

Os candidatos devem, ainda, disponibilizar conta de email e NIB de uma conta bancária, a utilizar para efeitos de pagamento. No ato de submissão da candidatura ao Programa, todos os elementos que compõem o agregado familiar devem possuir a morada fiscal da habitação arrendada.

 

* Caso se aplique

Local de apresentação de candidaturas (mediante marcação prévia)

» Sector de Juventude do Município de Silves

Rua Dr. João de Deus, n.º 21 - 1º | Silves

(ao lado da Junta de Freguesia de Silves)

Associações de médicos dentistas preparam queixa contra a IGAMAOT

O grupo de trabalho criado pela Associação Independente de Médicos Dentistas (AIMD) e pela Associação Nacional de Clínicas (ANC) tem recebido pedidos de auxílio e denúncias relativos às inspecções desenvolvidas pela IGAMAOT nas clínicas dentárias, no âmbito da radiologia oral.

 

Naturalmente, a radiologia oral deve ser regulada, mas não numa caça às bruxas com coimas na ordem das dezenas de milhares de euros, como se estivéssemos a tratar de desastres ambientais, por questões que ultrapassam os proprietários das clínicas. As multas são completamente desajustadas”.

 

Num período em que o DL 108/2018 se encontra em negociações com a APA e a OMD, a IGAMAOT ainda assim prossegue as inspecções às clínicas privadas. “Não é a conduta adequada”, afirma o grupo de trabalho, “chega a ser de má fé”.

 

As associações investigaram também o foco da actividade inspectiva da IGAMAOT no sector privado, tendo enviado um ofício à IGAMAOT, que respondeu que as inspecções que têm vindo a ser realizadas às clínicas são “independentes da sua natureza jurídica ou do sector de actividade em que se inserem”. No entanto, verificaram que “na base de dados da APA quase nenhuma das 156 unidades públicas com saúde oral possui registo de aparelhos de radiologia, que são obrigatórios por lei nas mesmas”. “Se se comprovar esta parcialidade, estamos perante crime de abuso de poder”, concluem.

 

“Com os dados da nossa investigação, verificámos que existem vários inspectores da IGAMAOT que até 2020 trabalhavam em empresas de protecção radiológica. Não concebemos que seja transparente este modus operandi”, afirmam, “até porque várias clínicas que se encontravam em processo de licenciamento dos aparelhos não o conseguiram concluir por falta de resposta dessas empresas”.

 

Acrescentam: “temos relatos de inspectores que faziam as verificações periódicas a determinada clínica, enquanto técnicos, e que foram inspeccionar essa mesma clínica. Não sentimos segurança em afirmar que não houve cruzamento de dados e informação privilegiada, sobretudo num período em que várias clínicas sentiram grandes dificuldades burocráticas e financeiras em licenciar os seus aparelhos”.

 

As associações lançam novamente o apelo à revogação do DL 108/2018, uma vez que “não foi assegurada a sua devida regulamentação na transposição da Directiva Europeia, garantindo a aplicabilidade das normas e um mercado que respondesse aos novos processos, e as clínicas foram severamente prejudicadas com isso.

Beneficiação da Paisagem das Aldeias do Xisto de Góis


A Câmara Municipal de Góis promoveu o projeto “Beneficiação da Paisagem nas áreas envolventes às Aldeias do Xisto”, financiado em 90% pelo Turismo de Portugal. O projeto integra-se na candidatura Aldeias.com, aprovada ao abrigo da linha de Valorização Turística do Interior, do Programa Valorizar.

O projeto contemplou a execução de trabalhos de gestão seletiva da vegetação espontânea nas zonas envolventes das quatro Aldeias do Xisto do concelho – Aigra Nova, Aigra Velha, Comareira e Pena – numa área total de intervenção de 31,83 hectares. Fomentou-se a presença e o desenvolvimento de espécies autóctones existentes, mais bem-adaptadas aos locais e em harmonia com a valorização cénica e paisagística, potenciando a biodiversidade, bem como o aumento da resiliência daqueles espaços aos incêndios rurais.

Os potenciais impactos de médio e curto prazo que se preconizam com a implementação do presente projeto são positivos, correspondendo a um anseio das Associações locais das aldeias, bem como da própria Câmara Municipal e da População de Góis.

Covid-19. Número de órgãos transplantados foi o mais baixo desde 2012


A doação de órgãos de dador falecido caiu 27% em 2020 face ao ano anterior. Número de transplantes registou queda de 21%.

Em 2020, foram transplantados 693 órgãos, o número mais baixo desde 2012, ano em que se verificaram 680 transplantes. Esta é uma das conclusões do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, IP (IPST), através da Coordenação Nacional da Transplantação, relativamente à colheita e transplantação de órgãos, tecidos e células do ano passado.

“No ano em que Portugal e o mundo enfrentaram a pandemia por COVID-19, que levou à reorganização da atividade hospitalar e à suspensão da atividade de doação e transplantação, assistimos a uma diminuição global da atividade mundial e europeia, verificada também em Portugal”, começa por elucidar o IPST, em comunicado. Ainda assim, “no nosso país os números foram melhores do que em muitos países da Europa, visto que esta diminuição foi inferior à esperada”.

Quem confirma este panorama é a nefrologista no Centro Hospitalar Universitário de São João e diretora da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT), Susana Sampaio. Ao i, a médica destaca que “a pandemia teve o seu impacto e os números comprovam-no”.

“Não fazíamos a mínima ideia daquilo que aconteceria. Numa primeira fase, tivemos a atividade suspensa e, ao longo do ano, tentámos minorar o impacto. Apesar de tudo, quando comparamos Portugal com outros países, não se deu uma redução tão acentuada”, declara a profissional de saúde, relatando que nos EUA e no Reino Unido ocorreu uma quebra na ordem dos 60%.

Cedo para avaliar uma eventual melhoria

“As unidades hospitalares retomaram a sua atividade face à evolução da situação epidémica local e os planos de contingência foram sucessivamente adaptados e atualizados à medida da informação sobre a situação e do conhecimento adquirido”, salienta o IPST, adiantando que “assistimos à constante dedicação dos profissionais de saúde na recuperação e sustentabilidade da atividade, o que contribuiu para que Portugal, apesar de todos os constrangimentos inerentes, chegasse ao final do ano de 2020 ocupando o 4.º lugar mundial na taxa de dadores falecidos por milhão de habitantes”.

Na ótica de Susana Sampaio, tal ocorreu porque “as várias vagas covid proporcionaram que nos períodos com menor número de infetados conseguíssemos recuperar a transplantação”, sendo que acredita que “está a ser possível fazer mais transplantes do que em 2020, nestes primeiros meses do ano, pois os hospitais criaram circuitos separados para esta atividade, mas é muito cedo para avaliar”.

Queda de 27% na doação de órgãos

O comunicado informa que “no que se refere à atividade de doação de órgãos de dador falecido, observou-se uma diminuição de 27%, face a 2019, com menos 94 dadores”.

Na atividade de transplantação, destaca-se o aumento da taxa de utilização de órgãos, de 84% para 87%, “a par de uma diminuição global da atividade, face ao ano anterior, em cerca de 21%”, com menos 185 órgãos transplantados do que em 2019.

“Tivemos o transplante cardiocirculatório parado por ser um tipo de dador que não pode esperar muito”, avança Susana Sampaio. Em 2019, 30% da atividade de transplantação “era muito baseada nos dadores que tinham paragens cardiorrespiratórias”. A título de exemplo, em 2018, de 417 dadores, 317 tiveram morte cerebral e 28 uma paragem cardiocirculatória.

Ora, os doentes que morrem com uma infeção do novo coronavírus não podem ser dadores e quem padece destas patologias é de risco.

“A atividade com tecidos e células reflete também o impacto da pandemia, com diminuição no número de transplantes de córneas, de tecido musculoesquelético e progenitores hematopoiéticos, na ordem dos 27%, 11% e 7% respetivamente”, informou o IPST. Nota, porém, que ”mesmo num ano de desafios, foi possível a realização do primeiro transplante renal cruzado internacional entre Portugal e Espanha”.

Fonte e imagem: Jornal I

Fake news: Como cada um de nós pode ajudar a parar as mentiras online?

Um Quizz Media Veritas vai testar o que sabemos sobre redes sociais e mentiras online. Além de prémios interessantes, este jogo atribui um certificado aos participantes. Quem passar neste desafio pode ajudar a parar as fake news!

Todos os dias fazemos estas coisas: pomos “gostos”, partilhamos fotografias, videos e links, comentamos o que vemos. Mas há uma pergunta que não fazemos tanto quanto devíamos: "devo, ou não, partilhar?"

O gesto é quase automático. Partilhamos nas redes sociais o que nos agrada, ou desagrada muito, o que nos emociona, o que nos revolta, o que nos comove ou indigna. Queremos que as outras pessoas saibam que não somos indiferentes.
Este nosso gesto, natural, justificável quase sempre, é a grande arma ao serviço daqueles que nos querem manipular. A partilha online é o objectivo final de cada campanha de fake news, ou de desinformação, que é criada para nos enganar.
Por isso, está nas nossas mãos, literalmente, ajudar a controlar a invasão de mentiras online. Nas nossas mãos, e na nossa cabeça… Daí a pergunta: "devo partilhar isto, ou não?"

AS FAKE NEWS SÃO UM PROBLEMA NOSSO
Saber o que é verdade ou mentira é um problema do nosso tempo. As mentiras online são um problema que afecta as nossa democracias, a qualidade da nossa vida quotidiana, a forma como pensamos. Mas o que gostava de vos sugerir é que este é um problema nosso, e que temos como o resolver. Não é, como chegámos a pensar, só um problema da geopolítica, inventado pela propaganda russa e copiado por outros serviços de inteligência para desencadear conflitos nos seus tabuleiros de xadrez diplomático. Não é, também, apenas um problema causado pela forma como as plataformas online criaram um segredo comercial que tem a chave em cada uma das nossas cabeças, nem sequer dos seus algoritmos que prevêem os nossos gostos e os nossos cliques, e são hoje o negócio mais incrível alguma vez criado. A desinformação também não é só o resultado de estados fracos, políticas erráticas e falta de regulação.
Todas essas explicações podem estar certas, e há provas da sua relevância.
Mas o que este quizz Media Veritas vos propõe é uma solução um pouco menos ambiciosa de lidarmos com a desinformação, e que não dependa de uma mudança profunda em Silicon Valley, nem nos governos.

SITES GANHAM DINHEIRO COM MENTIRAS
Em Portugal não faltam exemplos de sites que criam mentiras para as pôr a circular nas redes sociais. Por isso precisamos de testar o que sabemos sobre as redes sociais. Há negócios muito rentáveis, em páginas feitas no Canadá, que se dedicam a espalhar desinformação em português e, por isso, só em publicidade, facturam mais de 10 mil euros mensais. Há também redes europeias de discurso de ódio, criadas para influenciar resultados eleitorais, dar voz ao populismo racista e anti-refugiados, que se organizava em torno de canais videos da Holanda, políticos de extrema-
direita da Áustria, da França, da Itália e da Alemanha, e depois usava uma rede de contas falsas em todos os outros países para espalhar mentiras sobre ataques inventados a igrejas por refugiados, violações, assaltos. Quando se passa muito tempo a ler este tipo de mensagens nas redes sociais percebemos um pouco melhor o que se passa à nossa volta: as bolhas informativas em que vivemos, a polarização política, o sentimento de medo e incredulidade que ouvimos nos transportes públicos, os resultados surpreendentes de certas eleições, a corrida aos supermercados no início da pandemia.

Mas percebemos também que o êxito da desinformação depende sempre de nós, pessoas concretas, e da capacidade que temos de lhe resistir, desconfiando, sendo cépticos, sabendo informar-nos. Esta é a parte optimista: Se a desinformação é o nosso problema, somos nós que a temos de combater. Da forma como gerimos a nossa intimidade, e procuramos informação para formar convicções sem nos tornamos dependentes de uma comunidade a que chamamos, e bem, de “virtual”. Se estivéssemos a responder verdadeiro ou falso num quiz, muitos erraríamos as perguntas mais óbvias: o meu feed de notícias do Facebook é igual aos outros? Ou: os seis milhões de portugueses no Facebook existem mesmo?

Entre as nossas maiores qualidades estão a curiosidade e o cepticismo. Se formos cépticos e curiosos não vamos acreditar nas mensagens de voz no WhatsApp, que eu ouvi nos primeiros dias da pandemia de Covid 19, relatando que os supermercados iriam fechar todos dali a dois dias e que devíamos esvaziar as prateleiras todas enquanto é tempo. Da mesma forma, não devemos acreditar numa senhora que usa uma foto bonita no Facebook e se chama “Maria Silva”, só porque temos centenas de amigos em comum com ela, mas nunca a vimos mais gorda.

COMO EVITAR A MANIPULAÇÃO?

Há perguntas simples que nos ajudam a distinguir uma notícia de uma mentira: "Isto é verdadeiro ou é falso?"
Nunca ouvi falar deste site ou da pessoa que publica esta história… Devo acreditar mesmo assim?
Nenhum jornal deu esta notícia assim, porque será?
O endereço (URL) e o formato da notícia são estranhos, não são?
Há tantos erros na escrita, será que isto é uma tradução automática?
Não há citações de nenhuma pessoa, porquê?
Porque aparece esta mensagem: Clica aqui e vais ver uma coisa extraordinária
As imagens são estranhas e parecem fabricadas, não parecem?
Não clicar em links de sites de que nunca ouvimos falar, sobretudo quando a história que nos querem passar é também ela estranha, é a nossa primeira defesa.

Se clicarmos estamos a financiar esse site com dinheiro real, de publicidade. E estamos a dar-lhe pontos no algoritmo da rede, o que fará com que esse link seja mostrado a mais e mais pessoas. Pior, se clicamos nesse tipo de sites, o algoritmo da rede vai prever que clicaremos em todos os links do género que nos aparecem à frente. E isso é o ciclo vicioso que explica o problema. Ficamos, rapidamente presos numa bolha!

Façam uma experiência para testar se isto é verdadeiro: experimentem, durante umas semanas, apenas abrir links, no vosso feed, de um tema específico (pode ser futebol, por exemplo). Ao fim de poucos dias, o vosso feed vai apresentar-vos cada vez mais notícias dessa área. No fim, o vosso mundo informativo vai encolher. E isso tem um efeito: Em pouco tempo, a nossa cabeça depende daquelas mensagens. A informação que consumimos molda a forma como vemos o mundo. E nunca se esqueçam: nós somos consumidores e há quem defina estratégias para nos manter interessados em consumir...

O QUE PODEMOS FAZER?
Somos nós que alimentamos a rede da desinformação. Assim, despreocupadamente, quase sempre com boas intenções. As fake news têm um objectivo final, depois de serem inventadas por obscuros interesses políticos e económicos, e de serem postas no nosso feed por bots, skinheads ou agências de propaganda. O objectivo final de toda essa rede é que nós as partilhemos, emprestando a nossa credibilidade de amigos, filhos, pais, tios, irmãos, a toda a gente que as vê quando partilhamos mentiras. Com isso estamos, inconscientemente, a criar uma distopia. Uma comunidade em que não partilhamos o básico: penses o que pensares sobre um assunto qualquer (Covid, educação, saúde, personalidades, a guerra na Síria), há uma condição para discutirmos uns com os outros, falarmos, discordarmos ou concordarmos. Todos temos de estar informados.
Mas todos sabemos que a boa informação é cara, escassa, e os jornais e as televisões também podem errar. É verdade. O jornalismo vive hoje uma crise. É um paradoxo. Nunca tivemos tanta informação disponível e nunca foi tão fácil encontrar documentos, explicações e factos. Mas estaremos mais informados? Os estudos demonstram que não. É que a informação é apenas mais um bem que temos ao nosso dispor, para consumir online, em competição com todos os outros que o nosso tempo limitado nos obriga a escolher (música, filmes, séries, jogos, chats, fotos).

A informação não pode competir pelo nosso tempo com as mesmas armas que o divertimento e o entretenimento usam para nos convencer. Porém, as redes sociais, que são um negócio publicitário, não hierarquizam a importância social das coisas. Dão-nos aquilo que sabem que nos vai interessar. É por isso que o jornalismo só pode perder a guerra se pensar que vai oferecer notícias bombásticas que nos vão seduzir, como as receitas de um chef, ou a nova temporada da Guerra dos Tronos. O jornalismo de que precisamos é muitas vezes chato, explicativo, longo demais para lermos num telemóvel enquanto o semáforo está vermelho. E esse jornalismo demora tempo, tem regras e nem sempre se torna “viral” na voragem das tabelas que medem o alcance online. Por isso, hoje, infelizmente, muitas redacções preferem apostar no que dá cliques, para tentar com isso competir pela nossa atenção limitada.

Mas pensem assim: isto só pode piorar se dermos aos algoritmos das plataformas a tarefa de nos informar com critérios que não conhecemos e objectivos pouco altruístas (os algoritmos querem ter-nos sempre ligados, não querem que ganhemos o Prémio Nobel da Sabedoria). Por isso, desistir do jornalismo não pode ser uma opção se queremos estar informados. Pelo contrário. Temos de saber exigir dos jornais, revistas, rádios e TVs que temos um regresso ao lema velho: tornem interessante aquilo que é relevante.

Para sermos livres, dentro e fora das redes (que vieram para ficar, estas e as outras que ainda não foram inventadas) temos de perceber que o problema é nosso. Sendo cépticos e não partilhando fake news, claro. Mas também exigindo um jornalismo mais sério e profundo, com mais trabalho e menos clickbait, com factos verificados e relevância. Esse jornalismo só pode existir se muitos quiserem pagar, seja assinando publicações, comprando nos quiosques, doando em campanhas de crowdfunding.

Os riscos que corremos se tudo ficar como está são evidentes. A cada dia que passa mais gente acredita que a Terra é plana, mais políticos que garantem que o Covid se cura com injecções de lixívia são eleitos, mais massacres acontecem a povos como os Rohingya, mais racismo e desigualdades teremos nas nossas vidas. A dopamina que nos satisfaz com os likes nas nossas fotos, ou os elogios que nos fazem nas redes, não é nada comparada com a gratificação que devemos a nós próprios de não sermos cúmplices ou indiferentes perante a destruição do nosso bem comum mais importante: sermos livres, numa comunidade melhor. O quizz Media Veritas quer ajudar-nos a perceber se somos fortes ou fracos neste jogo da verdade e da mentira. E quer ajudar-nos a parar as fake news

Certificado aos participantes
Quem sabe o que é um bot? Quem sabe identificar uma mentira famosa? Para os melhores resultados há prémios interessantes . Há também um certificado atribuído aos participantes. Mas o que este jogo Media Veritas promete é ainda mais importante. Passar neste desafio ajuda-nos a perceber se estamos, ou não, preparados para sermos livres e responsáveis num mundo cada vez mais dominado pela
inteligência artificial. E para começarmos o desafio do quizz: há uma pergunta simples que devemos fazer de cada vez que navegamos em redes sociais ou encontramos um link qualquer que nos interpela numa pesquisa do Google.
Essa pergunta é o mais importante travão que podemos, agora, usar para parar a desinformação. "Devo ou não partilhar esta história?"

Portugal com três mortes e 663 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas. Rt situa-se em 1,01


Nas últimas 24 horas registaram-se 757 casos de recuperação.
Portugal regista esta quarta-feira mais três mortes e 663 novos casos de infeção por Covid-19 do que os registados no boletim epidemiológico de terça-feira.

De acordo com os dados mais recentes da DGS, a incidência da Covid-19 em Portugal continental e ilhas é agora de 64,3 casos por 100 000 habitantes. Se olharmos apenas para o continente, o valor é menor: 62,5 casos de infeção por por 100 000 habitantes.

Nesta altura, o valor do Rt é de 1,01, na totalidade do território português, mas ligeiramente mais alto se tivermos apenas em conta Portugal continental, onde é de 1,02.

Na terça-feira, o atraso de integração de 599 notificações laboratoriais positivas que reportam ao fim de semana número causou a elevação de novos casos para 874. Não fosse a situação anómala, este seria o número mais alto desde 6 de março.

Já morreram 16.890 pessoas devido à Covid-19 desde que a pandemia foi detetada em Portugal, em março de 2020. O total de contágios já é de 825.031. Há, neste momento, 25.847 casos ativos, menos 97 nas últimas 24 horas.

Até ao momento, 782.294 pessoas conseguiram recuperar, das quais 757 nas últimas 24 horas.

Há ainda 15.787 pessoas em vigilância pelas autoridades de saúde.

Há agora 488 pessoas internadas (menos 16 do que nas últimas 24 horas), 116 das quais em cuidados intensivos (mais três do que no último registo).

TSF

GNR resgata tartaruga leopardo africana que estava “a vaguear na via pública” em Vila Facaia


O Comando Territorial de Leiria, através do Núcleo de Proteção do Ambiente (NPA) de Pombal, resgatou ontem uma tartaruga leopardo africana "que se encontrava a vaguear na via pública na localidade de Vila Facaia", no concelho de Pedrogão Grande.

De acordo com comunicado enviado às redações, a GNR chegou ao animal "através do alerta de um popular".
Os elementos da força policial "deslocaram-se ao local e recolheram uma tartaruga leopardo africana, Stigmochelys pardalis, com 40 centímetros de comprimento e dez quilos de peso, sendo esta uma espécie protegida ao abrigo da Convenção do Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES)", pode ler-se.

Posteriormente, a tartaruga foi entregue no Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) do Centro, na Mata do Choupal, em Coimbra.

A GNR recorda que, tratando-se de uma espécie invasora com poucos predadores naturais em Portugal, a tartaruga leopardo africana reproduz-se muito facilmente em estado selvagem, podendo tornar-se um fator de ameaça para a sobrevivência das tartarugas autóctones, uma vez que estão a competir pelo mesmo alimento, e porque podem alterar a genética das restantes espécies", foi referido.

Para casos semelhantes e tendo em vista a proteção dos animais, a GNR apela "à denúncia de situações de âmbito ambiental" através da Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520), que funciona "em permanência para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas".

Candidaturas aos programas de apoio à reabilitação urbana de Alcantarilha e de sb Messines decorrem até ao final de junho


As candidaturas ao Programa de Apoio às Dinâmicas Sociais e Económicas (PADSE) e ao Programa de Apoio à Melhoria das Condições de Habitabilidade (PAHAB) do edificado localizado nas Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) de Alcantarilha e de São Bartolomeu de Messines encontram-se abertas até ao dia 30 de junho.

Todos os documentos inerentes ao processo de candidatura, assim como os respetivos regulamentos, estão disponíveis para consulta e download no portal do Município de Silves (em https://www.cm-silves.pt/pt/menu/1429/operacao-de-reabilitacao-urbana-de-alcantarilha.aspx e em https://www.cm-silves.pt/pt/menu/1430/operacao-de-reabilitacao-urbana-de-sao-bartolomeu-de-messines.aspx), devendo as candidaturas ser formalizadas através do endereço de correio eletrónico reabilitacao.urbana@cm-silves.pt.

Contribuir para a melhoria das condições de habitabilidade do edificado localizado nas referidas ARU e, assim, reforçar a atratividade destas áreas de reabilitação, designadamente para fins habitacionais, é o principal objetivo do PAHAB. A comparticipação do Município de Silves fixa-se em 20 % do valor máximo de despesa elegível.

O PADSE visa contribuir para a melhoria das condições de funcionalidade do edificado localizado nas ARU em apreço e, assim, revitalizar social e economicamente estas áreas de reabilitação, designadamente incutindo novas dinâmicas no aglomerado em atividades de comércio, serviços, artesanato ou manufaturação, e incentivando a ação das associações, coletividades e sociedades sem fins lucrativos. Neste programa a comparticipação do Município de Silves fixa-se em 20 % do valor das obras realizadas.

Em ambos os programas, o máximo da despesa elegível varia de acordo com a tipologia dos trabalhos comparticipáveis definidos em regulamento.

Acresce referir que, para além do mencionado, as operações urbanísticas de reabilitação urbana localizadas em ARU podem beneficiar dos seguintes benefícios fiscais: dedução à coleta em sede de IRS, tributação das mais-valias à taxa de 5%, tributação dos rendimentos das rendas à taxa de 5%, IVA a 6% na aquisição de material de mão-de-obra para as empreitadas de reabilitação, isenção da taxa municipal de urbanização, isenção de IMI, isenção do IMT na aquisição de imóveis destinados a intervenções de reabilitação urbana, isenção do IMT na primeira transmissão onerosa subsequente à intervenção de reabilitação urbana e isenção da taxa de ocupação do espaço público por motivo da execução da operação de reabilitação urbana.

Câmara Municipal renova parceria com Associação Cultural dos Surdos de Águeda

 Protocolo prevê a disponibilização do serviço de interpretação de língua gestual para acompanhamento e atendimento de munícipes portadores de deficiência auditiva.

A Câmara Municipal de Águeda renovou a parceria com a Associação Cultural dos Surdos de Águeda (ACSA), que permite proporcionar o apoio na tradução em língua gestual a pessoas com deficiência auditiva sempre que necessitem de acompanhamento nas suas deslocações aos diversos serviços.

Assim, a associação aguedense, com base no acordo firmado, cede um intérprete de língua gestual para, sempre que necessário, acompanhar os cidadãos surdos aos vários serviços de que precisem, nomeadamente e entre outros o Centro de Saúde, a Segurança Social, as Finanças ou outra repartição pública.

Divulgar a Língua Gestual Portuguesa e promover a sua aprendizagem são outros dos pressupostos do protocolo estabelecido entre a Câmara de Águeda e a referida associação.

A parceria pressupõe ainda que a ACSA disponibilize um intérprete para apoio/acesso ao atendimento prestado no Gabinete de Apoio à Deficiência, que a Câmara de Águeda tem a funcionar nas suas instalações e que tem por objetivo melhorar a qualidade de vida e de oportunidades, promovendo uma maior inclusão dos cidadãos portadores de deficiência auditiva.

“Esta é uma das respostas sociais que a Câmara de Águeda proporciona, promovendo a igualdade de oportunidades e a disponibilização de recursos para os cidadãos, independente da sua condição e vulnerabilidade”, sublinha Elsa Corga, Vereadora da Ação Social da Câmara Municipal de Águeda, salientando que estas medidas são o reflexo de uma aposta estratégica da Autarquia na dinamização de projetos e parcerias com vista à promoção do bem-estar comum e defesa dos direitos dos cidadãos.

 

Equipa da Universidade de Coimbra procura novas terapêuticas para os tumores da hipófise

Uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) está a desenvolver um estudo que pretende permitir encontrar novas abordagens terapêuticas para os tumores da hipófise (glândula situada na base do cérebro).

Os tumores da hipófise, também chamados adenomas hipofisários, porque na sua maioria são benignos, afetam 15% da população e são dos tumores primários cerebrais mais frequentes.

O estudo, realizado em colaboração com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) e Oxford Centre for Diabetes, Endocrinology and Metabolism (OCDEM), do Reino Unido, centra-se nos pequenos adenomas hipofisários denominados corticotrofos.

«Estes tumores, apesar de, na larga maioria dos casos, serem benignos, associam-se a elevada morbilidade e, se não forem tratados apropriadamente, apresentam mortalidade acrescida», explica Luís Cardoso, investigador principal do estudo designado “Molecular Characterisation of Corticotroph Adenomas in a Portuguese Cohort”.

Atualmente, além da cirurgia, não existem terapêuticas com eficácia curativa. Assim, esclarece o investigador da FMUC, «é fundamental estudar os mecanismos moleculares subjacentes à origem e desenvolvimento desta doença, que permitam, por um lado, identificar fatores prognósticos, que otimizem as terapêuticas existentes e, por outro lado, permitam identificar novas alternativas terapêuticas. Para tal, iremos estudar o perfil mutacional (por exemplo, genes USP8, USP48) de uma coorte portuguesa de adenomas corticotrofos, os fatores moleculares que permitam individualizar a abordagem ao doente, bem como o efeito da modulação epigenética em linhas celulares destes tumores».

Ao estudar a patogénese dos adenomas corticotrofos e suas implicações clínicas e terapêuticas, a equipa pretende essencialmente contribuir para «melhorar o conhecimento global da sua patogénese, nomeadamente o papel das mutações recorrentes no gene USP8 e da modulação epigenética, bem como identificar fatores que permitam prever o comportamento biológico do tumor e de resposta terapêutica», afirma Luís Cardoso, acentuando que a informação obtida no âmbito da investigação poderá permitir «melhorar a abordagem clínica dos doentes com adenomas corticotrofos. Além disso, a informação molecular poderá ter utilidade no prognóstico, terapêutica e seguimento».

Este estudo foi recentemente distinguido com uma bolsa da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo e HRA Pharma Iberia, no valor de 10 mil euros.

Cristina Pinto

Sem emprego desde julho casal sobrevive no Porto da solidariedade

Vítor e Filipa Lages têm desde julho de 2020 a vida em suspenso devido à covid-19, tendo-se mudado de Viana do Castelo para o Porto, após perderem os empregos, à procura de respostas que estão a chegar a conta-gotas.

"Eu trabalhava na área da restauração e fiquei sem trabalho e o meu marido, que estava na área da segurança na zona de Viana [do Castelo], também teve de interromper o trabalho: Sofreu abusos patronais por ter optado por continuar uma formação" que estava a tirar quando tudo aconteceu, resumiu à Lusa Filipa Lages sobre a situação com que se confrontaram.

Confrontados com a falta de dinheiro e as consequentes "dificuldades ao nível da renda da casa, alimentação, vestuário e medicamentos", a família decidiu mudar-se em 2021 para o Porto, cidade de onde é natural Vítor, mas também à procura de mais respostas sociais.

Antes disso, relatou Filipa, recorreram "ao apoio da linha 144 [Linha Nacional de Emergência Social] de Viana do Castelo" - porque havia sido cortada a bolsa [de estudo] ao marido -- e foi-lhes "atribuído o apoio alimentar".

Já no Porto e a viver num alojamento local pago com o dinheiro do subsídio de desemprego, a família soube através das redes sociais da existência da Porta Solidária e desde 03 de março que recebe esse apoio alimentar.

"Pedimos apoio em março à Santa Casa da Misericórdia [do Porto] e vamos ver se vamos ter apoio a nível económico", contou Filipa sobre mais uma tentativa de encontrar apoio para pagar a habitação.

"Tenho enviado candidaturas [para emprego] praticamente todos os dias. Mas não é por receber um não que vou desistir. Todos os dias são dias de luta. Com covid ou sem covid, temos de ir à batalha", assegurou.

Vítor Lages assume que vive revoltado, que escrever o tem ajudado a gerir essa frustração ao mesmo tempo que caminha para o final da formação em técnico auxiliar de saúde, um meio para atingir um fim ligado ao setor da segurança.

"O que eu mais gostava era de ser polícia, mas já não tenho idade e nem consegui entrar lá", contou à Lusa, sem perder a esperança de concretizar outra aposta pessoal: trabalhar no setor do acompanhamento e proteção pessoal de pessoas ou em investigação criminal.

Enquanto no horizonte esse perfil não surge, Vítor assume as mais-valias adquiridas e que o ajudaram a identificar mais "um dos muitos problemas na sociedade portuguesa".

"Esta formação tem-me ajudado na forma como me devo proteger da covid-19, mas também se trata da saúde mental, que está muito condicionada pelas condições salariais e pelos abusos dos patrões, embora eu entenda a parte deles, porque também são abusados pelo Estado português", acusou.

E enquanto Filipa frisa que a pandemia deixou a nu "muita coisa que andava encoberta há muitos anos" em Portugal, "mesmo a nível de trabalho". Vítor assegura que quanto mais tempo passar no contexto covid mais forte ficará e menos medos terá.

A coordenadora de voluntariado da Porta Solidária, Anabela Soares, relatou à Lusa que atualmente preparam "entre 500 e 600 'kits de alimentação' de dois tipos, "um só com sandes e a fruta e o outro, que é uma refeição quente, que é entregue de domingo a sexta-feira".

A pandemia fez aparecer caras novas no serviço de voluntariado que decorre no centro social da Igreja do Marquês, no Porto, e Filipa e Vítor, contou a responsável, "são duas das muitas caras de jovens casais" que a perda de rendimentos encaminhou para aquele apoio social.

"Sim, há muita gente jovem a pedir ajuda. Especialmente casais com crianças. Desde sempre houve, mas atualmente aumentou", relatou Anabela Soares.

Também eles vivendo da solidariedade daqueles que querem manter o serviço ativo, a Porta Solidária, assumiu a coordenadora, tem resistido a tudo graças à boa vontade de anónimos.

"Por vezes o apoio diminuiu, mas com boa vontade temos conseguido continuar a apoiar", disse.

Fonte:Lusa

Imagem: CM

As “religiões abraâmicas” do Papa Francisco

 

Papa Francisco com o grã-aiatolá maometano Ali Sistani no Iraque em 6-3-21
  • Luiz Sérgio Solimeo

Durante sua viagem ao Iraque (5 a 8 de março/21), o Papa Francisco disse mais de uma vez que Abraão se encontra na raiz do Judaísmo, do Cristianismo e do Islã. Ao chegar a Bagdá, ele manifestou às autoridades civis sua gratidão pela oportunidade da visita àquela terra, “berço de uma civilização estreitamente ligada, pelo Patriarca Abraão e por numerosos profetas, […] às grandes tradições religiosas do Judaísmo, Cristianismo e Islã”.

O Sumo Pontífice repetiu a ideia no dia seguinte, em um encontro inter-religioso junto às ruínas de Ur, dizendo que tinha “a impressão de regressar a casa”, ao chegar àquele “lugar abençoado” onde ocorreu o “nascimento das nossas religiões. Aqui, onde vivia Abraão, nosso pai”.

Na oração dos filhos de Abraão com a qual encerrou o seu discurso, ele rezou: “Nós, filhos e filhas de Abraão pertencentes ao Judaísmo, ao Cristianismo e ao Islã […] vos agradecemos por nos terdes dado como pai comum na fé Abraão”.

Tal concepção origina-se de passagens confusas nos documentos do Vaticano II Lumen Gentium (no. 16) e Nostra Aetate (no. 3). Está implícito neles que o Judaísmo atual e o Islã se originaram com o Patriarca Abraão. Esses textos mostram a influência do orientalista francês Pe. Louis Massignon (1883–1962), e sua teoria sobre as “religiões abraâmicas”, que supostamente incluem Judaísmo, Islamismo e Cristianismo.

Abraão e Islã

Abraão e Isaac. Obra de Jan Victors (1619-1679)

Os defensores da teoria não comprovada de que os muçulmanos descendem de Abraão afirmam que tal se deu por meio de Ismael. Não obstante, é preciso lembrar que a bênção do patriarca foi passada a seus descendentes por meio de Isaac e Jacó, não por meio de Ismael, seu filho com Agar. Consequentemente, mesmo que os muçulmanos fossem descendentes de Ismael, o Islã não poderia ser chamado de “religião abraâmica” no sentido espiritual.

Na verdade, o livro de Gênesis diz:

“E [Abraão] disse a Deus: ‘Oxalá que Ismael viva diante de vossa face!’ Mas Deus respondeu-lhe: ‘Não, é Sara, tua mulher que dará à luz um filho, ao qual chamarás Isaac. Farei aliança com ele, uma aliança que será perpétua para sua posteridade depois dele. Eu te ouvirei também acerca de Ismael. Eu o abençoarei, torná-lo-ei fecundo e multiplicarei extraordinariamente sua descendência: ele será o pai de doze príncipes, e farei sair dele uma grande nação. Mas minha aliança eu a farei com Isaac, que Sara te dará à luz dentro de um ano, nesta mesma época’” (Gen 17,18-21).

Embora a Revelação Divina exclua um vínculo espiritual entre Abraão e os muçulmanos, isso exclui os laços biológicos? Não há provas de tais vínculos ancestrais. O Pe. René Dagorn fez um estudo meticuloso das genealogias árabes antes do aparecimento do Islã (em 622 d.C.) e descobriu que os nomes Abraão (Ibrahim), Ismael e Agar não eram usados. No entanto, se os árabes descendem de Ismael, o Pe. Dagorn conclui, que eles teriam mantido a memória desses nomes, usando-os para seus filhos.

O Pe. Antoine Moussali, especialista no Islã, mostra ainda que o Abraão bíblico e o corânico nada têm em comum. A promessa de Deus ao Abraão das Escrituras foi cumprida em Jesus Cristo. O Alcorão apresenta Abraão como o defensor da unidade de Deus (em oposição à Trindade).

Outro islamólogo, Pe. François Jourdan, pergunta: “Como pode Abraão ser o pai de diferentes religiões? […] A que título Abraão é um pai na fé? Como ele é o pai em nossas respectivas fés, dado que são diferentes?” Ele explica que o Islã, mais apropriadamente, deve ser denominado uma “religião adâmica”, uma vez que considera que Adão foi o primeiro profeta monoteísta.

Abraão e os judeus

Abraão não foi o fundador de uma religião. Deus o escolheu como o patriarca do que viria a ser o Povo Eleito, do qual o Filho de Deus nasceria segundo a carne. A aliança de Deus com Abraão foi devida à sua fé, fidelidade e confiança. Depois da prova de sacrificar seu filho Isaac, Deus o abençoou, prometendo-lhe enorme posteridade e grande poder. Seus descendentes seriam abençoados por causa dele (ver Gênesis 18).

No entanto, a hereditariedade biológica por si só não seria suficiente para fazer “filhos de Abraão”. Seus descendentes precisariam participar do espírito de Abraão e de sua fidelidade à promessa de Deus. São João Batista repreendeu os fariseus e saduceus, que se acreditavam salvos por serem descendentes de Abraão, dizendo: “Dai, pois, frutos de verdadeira penitência. Não digais dentro de vós: Nós temos a Abraão por pai! Pois eu vos digo: Deus é poderoso para suscitar destas pedras filhos a Abraão” (Mt 3, 8-9).

O próprio Jesus advertiu os fariseus de que não bastava ser descendente de Abraão na carne. Eles disseram: “Abraão é nosso pai. Jesus lhes disse: Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão” (Jo 8,39).

Espiritualmente, o pai dos fariseus era o diabo, não Abraão, pois o Salvador continuou, dizendo: “Vós tendes como pai o demônio e quereis fazer os desejos de vosso pai”. (Jo 8,44). Tendo abandonado o Redentor prometido, os judeus deixaram de ser “filhos de Abraão” no sentido espiritual, pois negaram o próprio propósito da promessa feita por Deus ao patriarca, a saber, a vinda do Messias, Nosso Senhor Jesus Cristo.

Cristãos, os verdadeiros filhos de Abraão

São Paulo ensina que aqueles que acreditam em Cristo são os verdadeiros filhos de Abraão. Escreve ele aos Gálatas:

Assim a bênção de Abraão se estende aos gentios, em Cristo Jesus […]. Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: aos seus descendentes, como se fossem muitos, mas fala de um só: e a tua descendência, isto é, a Cristo” (Gl 3, 14-16).

O grande exegeta Cornélio a Lapide comenta essa passagem:

“A promessa do Espírito. Para os filhos de Abraão, ou seja, para aqueles que acreditam em Cristo, os descendentes de Abraão receberam a promessa do Espírito Santo para nos justificar e santificar. Pois quando Deus disse a Abraão, ‘a ti’, foi à sua semente, que é Cristo, que a bênção foi outorgada.”

Diálogo inter-religioso e confusão

Em vez de defender a ortodoxia da fé, fortalecer a fidelidade dos católicos e, assim, obter a conversão dos infiéis, o Papa Francisco se preocupa apenas em “dialogar” com estes. O resultado é que nem os infiéis se convertem nem os católicos são confirmados na Fé.

A confusão está aumentando constantemente, e com ela a apostasia, por causa das omissões do Supremo Pastor da Igreja em confirmar na Fé os já batizados (ver Lucas 22,32). Como Abraão, devemos ter confiança absoluta em Deus e esperar Sua intervenção hoje, como o anjo que Ele enviou no Antigo Testamento para evitar a imolação de Isaac.

Rezemos a Nossa Senhora da Confiança, “Mater mea, fiducia mea”, para que nos ajude nestes tempos terríveis.


ABIM

Cantanhede | Hospital Arcebispo João Crisóstomo vai comemorar o Dia Mundial da Saúde neste 7 abril


2021 foi declarado pela OMS "Ano internacional dos profissionais de saúde e dos cuidadores" O Dia Mundial da Saúde, em particular, gira à volta do tema "Construir um mundo mais justo e saudável"

O Hospital de Cantanhede abraçou esta ideia e irá desenvolver um dia inteiro dedicado aos seus profissionais e aos seus utentes. Para o efeito, por forma garantir a segurança, respeitando as normas da DGS, será montada uma tenda gigante no exterior do Hospital onde decorrerão várias atividades.

O evento será limitado aos profissionais e utentes do HAJC de forma a garantir que todas as normas de segurança sejam escrupulosamente respeitadas.