segunda-feira, 12 de julho de 2021

Incêndios florestais nos Estados Unidos e Canadá

No sul do Oregon, EUA, um incêndio, agravado pelas altas temperaturas que se fazem sentir em toda a região, poderão mesmo bater-se recordes, não dá tréguas aos bombeiros.

Também o Canadá vive uma perigosa onda de calor e os incêndios florestais continuam a alastrar-se.

Uma situação que levou ao encerramento de estradas, condicionamento do tráfego ferroviário e evacuação de populações em ambos os países.

O governo canadiano já anunciou medidas de emergência para prevenir novos incêndios.

Euronews

Passe sanitário em França será obrigatório em bares, restaurantes e transportes

O passe sanitário vai passar a ser obrigatório para frequentar bares, restaurante e transportes já a partir do início de agosto, de forma a evitar a propagação da variante Delta em França, anunciou hoje o Presidente Emmanuel Macron.

"A vacinação não é obrigatória para toda a gente, mas vamos estender a obrigação do passe sanitário ao máximo, para vos levar a vacinar-se", disse hoje Emmanuel Macron numa comunicação ao país.

Até agora, o passe sanitário era apenas obrigatório em França para viagens de avião e eventos com mais de 1.000 pessoas. A partir de agora, vai alargar-se à maior parte das atividades fora de casa, incluindo grandes espaços comerciais como centros comerciais.

Para além deste alargamento da utilização do passe sanitário, os testes PCR feitos sem receita vão deixar de ser reembolsados a partir do outono, levando também mais pessoas a vacinarem-se contra a covid-19, especialmente numa altura em que as autoridades receiam a disseminação da variante Delta, detetada originalmente no Reino Unido.

"Todas as vacinas disponíveis em França protegem-nos de forma sólida contra a variante Delta", disse o Presidente.

Para travar esta variante do vírus, o Presidente anunciou o restabelecimento do estado de emergência nas regiões ultramarinas da Martinica e na ilha da Reunião, com a instauração de um novo recolher obrigatório.

O passe sanitário a apresentar em França será válido quando a vacinação com as duas doses estiver concluída ou com um teste PCR ou antigénico negativo com menos de 24 horas. Um teste positivo à covid-19 será também válido com mais de duas semanas e menos de seis meses.

Este passe pode ser apresentado em formato digital ou em papel.

Ao contrário do que era esperado, o Presidente francês não fez qualquer anúncio sobre restrições de viagem na União Europeia, nem especificamente para Portugal e Espanha, depois de na semana passada o secretário de Estado dos Assuntos Europeus francês, Clément Beaune, ter "desaconselhado" viagens para estes dois países.

Lusa

Alimentos crus para cães são “fonte de bactérias resistentes a antibióticos”

Um estudo desenvolvido por investigadores da Unidade de Ciências Biomoleculares Aplicadas (UCIBIO) revelou que os alimentos crus comercializados para cães são "uma importante fonte de bactérias resistentes a antibióticos com potencial risco para a saúde pública", foi hoje revelado.

Em comunicado, a UCIBIO revela hoje que o estudo visava compreender se os alimentos para os animais de estimação eram "uma potencial fonte de propagação de bactérias resistentes a antibióticos".

Nesse sentido, os investigadores analisaram a presença de 'Enterococcus' [bactérias que podem causar infeções humanas, muitas vezes difíceis de tratar] em amostras de alimentos para cães à venda em supermercados e lojas de animais.

Citada no comunicado, Ana Freitas, investigadora da UCIBIO e da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP), afirma que no estudo foram incluídas "55 amostras de rações para cães (22 húmidas, oito secas, quatro semi-húmidas, sete guloseimas e 14 cruas congeladas) de 25 marcas disponíveis nacional e internacionalmente".

O estudo concluiu que 54% das amostras em estudo continham 'Enterococcus' e destas 31% eram multirresistentes, ou seja, "resistentes a mais de três antibióticos de diferentes famílias, incluindo antibióticos considerados de último recurso no tratamento de infeções causadas por diferentes bactérias".

Paralelamente, todas as amostras de rações cruas congeladas continham Enterococcus multirresistentes, incluindo à linezolida, um antibiótico de "última linha" usado no tratamento de infeções severas e considerado como "criticamente importante" pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

"Apenas três das 41 amostras de rações não cruas continha 'Enterococcus' multirresistente", salienta o comunicado.

A sequenciação genómica de alguns 'Enterococcus' das amostras cruas para cães, publicada na revista Emerging Infectious Diseases, revelou que "estes eram semelhantes aos de pacientes hospitalizados no Reino Unido, Alemanha e Holanda".

"Algumas das bactérias multirresistentes encontradas mostraram ser idênticas às de pacientes hospitalizados em diferentes países europeus", conclui.

Já os resultados da análise da suscetibilidade bacteriana aos antibióticos foram publicados na revista Internacional Journal of Food Microbiology.

Os investigadores acreditam, com base nos resultados obtidos, que a tendência de alimentar cães com alimentos crus pode estar a contribuir para "a disseminação internacional de bactérias clinicamente relevantes".

Também citada no comunicado, Luísa Peixe, líder do laboratório da UCIBIO e professora da FFUP, afirma que as autoridades europeias "devem aumentar a consciencialização sobre os riscos de fornecer dietas cruas a animais de estimação", bem como "rever as práticas sobre a seleção de ingredientes e de higiene no fabrico destes produtos".

Os investigadores deixam por isso uma recomendação para que os donos de cães lavem "as mãos com água e sabão logo após contacto com rações ou dejetos dos animais".

Lusa

Covid-19: Região Centro com 60 doentes internados em enfermaria e 12 em UCI

As unidades hospitalares da Região Centro tinham às 00:00 de hoje 60 doentes com covid-19 internados em enfermaria e 12 em UCI, revelou a Administração Regional de Saúde do Centro.

Segundo informação pedida pela agência Lusa, o número de doentes internados com o novo coronavírus é de 72, “com 60 doentes em enfermaria e 12 em UCI, dos quais sete ventilados”.

A taxa de ocupação é de cerca de 50% em enfermaria e 39% em UCI, adianta a ARS-Centro, explicando que “não houve alteração no número de camas ativas em enfermaria”, que é de 116, nem em UCI, que totalizam 31, para doentes com covid-19.

Fonte oficial da ARS-Centro esclareceu que “o número de camas ativas é alterado em função da evolução da pandemia e está, permanentemente, a ser monitorizado”.

Os dados reportam-se aos centros hospitalares de Leiria, Baixo Vouga e Tondela Viseu, e aos centros hospitalares e universitários de Coimbra e Cova da Beira, assim como ao Hospital Distrital da Figueira da Foz, e unidades de saúde locais de Castelo Branco e Guarda.

Lusa

Marcelo prevê deslocar-se ao Brasil para reabertura do Museu da Língua Portuguesa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prevê deslocar-se ao Brasil no final deste mês para a reabertura do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, reconstruído após o incêndio de 2015.

Em carta enviada à Assembleia da República na semana passada, o chefe de Estado pede o assentimento para esta deslocação, referindo que está prevista para entre os dias 29 de julho e 03 de agosto, para estar presente na cerimónia de reinauguração deste museu.

Esta será a quinta ida de Marcelo Rebelo de Sousa enquanto Presidente da República ao Brasil, onde esteve logo no seu primeiro ano de mandato, 2016, para a abertura dos Jogos Olímpicos, ocasião em que também foi a São Paulo e fez uma curta visita ao edifício do Museu da Língua Portuguesa, afirmando o empenho do Estado português na sua reconstrução.

Encerrado desde o incêndio de dezembro 2015, que destruiu dois terços da estrutura do edifício e provocou a morte de um bombeiro, o museu vai reabrir ao público em 31 de julho, anunciaram as autoridades do estado de São Paulo no início deste mês.

Instalado na centenária Estação da Luz, o Museu da Língua Portuguesa, inaugurado em 2006, foi um dos primeiros a homenagear a língua portuguesa no mundo, com experiências interativas, conteúdo audiovisual e ambientes imersivos.

Depois do incêndio de 2015, foi reconstruído com o patrocínio de instituições privadas como a EDP e a Fundação Roberto Marinho, com o apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e esforços combinados dos governos de Portugal e do estado de São Paulo.

Marcelo Rebelo de Sousa, que assumiu a chefia do Estado português em março de 2016, visitou o Brasil no início de agosto desse ano, para a abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, deslocando-se também a São Paulo e ao Recife.

Passados cerca de três meses, regressou ao Brasil, para a Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que se realizou em Brasília entre 31 de outubro e 01 de novembro.

Em 2017, o Presidente da República esteve novamente no Rio de Janeiro e em São Paulo, para as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, entre 10 e 12 de junho.

Nessa altura, esteve presente, juntamente com o primeiro-ministro, António Costa, na assinatura de um acordo entre o Governo de Portugal, a Fundação Roberto Marinho e o estado de São Paulo para a recuperação do Museu da Língua Portuguesa.

O acordo assinado no Consulado Geral de Portugal em 11 de junho de 2017 previa apoio técnico para a recuperação, divulgação, intercâmbio de informações e a possibilidade de agendas e exposições conjuntas para a promoção da língua portuguesa.

No dia 01 de janeiro de 2018, Marcelo Rebelo de Sousa representou Portugal na posse de Jair Bolsonaro como Presidente da República Federativa do Brasil, que o recebeu no dia seguinte no Palácio do Planalto, em Brasília.

O assentimento da Assembleia da República às deslocações do chefe de Estado é uma formalidade imposta pela Constituição, que estabelece que o Presidente da República não pode ausentar-se do território nacional sem autorização do parlamento.

Anadia | Projeto de mão em mão partilha e reutiliza manuais escolares

O projeto “De mão em mão” vai ter continuidade no ano letivo 2021/2022. Promovido pelo Município de Anadia, através da sua Biblioteca Municipal, o projeto consiste na partilha e na reutilização de manuais escolares, com vista à sua rentabilização.

Com esta iniciativa a autarquia pretende proporcionar às famílias do concelho um serviço de reutilização de manuais escolares. São aceites manuais de todos os níveis de ensino, em vigor entre 2017 e 2021, em bom estado de conservação.

Para usufruírem destes manuais, os candidatos têm de ser alunos do Agrupamento de Escolas de Anadia, da Escola Profissional de Anadia e dos Colégios Nossa Senhora da Assunção e Salesianos de Mogofores e, cumulativamente, utilizadores da Biblioteca Municipal de Anadia.

A cedência dos manuais vai ter em conta os escalões de Abono de Família de cada aluno e o facto de serem encaminhados pelos serviços de ação social que integram a Rede Social de Anadia. A satisfação dos pedidos será ainda condicionada ao número de exemplares disponíveis para empréstimo.

Os candidatos deverão dirigir-se, a partir do dia 19 de julho, à Biblioteca Municipal de Anadia para manifestar a sua intenção em beneficiar do projeto, através do preenchimento de formulário próprio. As solicitações serão respondidas de 18 a 25 de agosto.

Inscrições para Silves Paladares Medievais

Estão a decorrer as inscrições para todos os estabelecimentos de restauração e similares da cidade de Silves que desejem participar no SILVES PALADARES MEDIEVAIS. O evento, promovido pelo Município de Silves, decorre de 30 de Julho a 22 de Agosto. Os interessados deverão consultar o regulamento do evento e, estando de acordo, preencher a ficha de inscrição e submeter a mesma até ao dia 15 de julho.

+ info: cultura@cm-silves.pt | +351 282 440 800 | Ext: 2741

João Dias presente no UEFA EURO 2020 de Futebol

João Dias participou no UEFA EURO 2020 de Futebol, integrado numa equipa de quatro preparadores físicos europeus (um belga, um português, um inglês e um espanhol), cuja equipa foi liderada pelo Coordenador dos Preparadores Físicos da UEFA, Werner Helsen (Bélgica).

Num contexto difícil de pandemia, e pelo facto desta competição se ter realizado em onze países, com viagens sucessivas, o processo de preparação individualizada e o processo de recuperação foram os principais focos nas metodologias aplicadas durante o mês de competição.

Face ao histórico de participações em fases finais de competições europeias, aliadas às constantes chamadas para ministrar cursos/seminários da UEFA nos últimos anos, demonstra-se um envolvimento e confiança cada vez maior do organismo máximo do Futebol Europeu, pelo trabalho que é desenvolvido por João Dias.

Para João Dias, “esta longevidade e confiança dos responsáveis da UEFA é um enorme orgulho, mas em simultâneo, uma enorme responsabilidade. Chegar a este patamar é muito difícil, mas permanecer lá durante 17 anos, com um aumento progressivo de tarefas/responsabilidades, é ainda muito mais difícil. Para tal, é necessário um espírito de superação/ambição permanentes, e um foco sistemático no presente e no futuro, pois a alteração/atualização de metodologias de treino são uma constante dos nossos tempos. Não devemos viver em função do currículo acumulado, bem pelo contrário, as vivências anteriores deverão servir apenas como um importante potencial de aquisição de experiências e conhecimentos. Este já passou, e agora, é continuar a trabalhar para que novas oportunidades se concretizem”. O professor destaca ainda como “outro dos fatores primordiais no necessário equilíbrio emocional aquando da participação nos eventos internacionais, é o permanente apoio familiar. No plano desportivo, saliento ainda, o constante apoio dos diversos Conselhos de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), e de todos aqueles com quem tenho trabalhado nos Centros de Treino da FPF (Preparadores Físicos, Técnicos e Árbitros), onde sou Coordenador Nacional desde 2006. Perante tudo isto, encaro as minhas participações europeias, não só como orgulho pessoal, como também, uma enorme responsabilidade, por estar a representar Portugal e a Arbitragem Portuguesa, nas principais Competições Europeias de Seleções/Clubes”.

Com esta participação, João Dias, elevou para catorze, o número de participações em fases finais de competições europeias de clubes/seleções:

FUTEBOL

- UEFA EURO 2004 – Portugal

- UEFA Regions Cup 2011 – Portugal

- UEFA EURO U21 2015 – Czech Republic

- UEFA EURO 2016 – France

- UEFA EURO U19 2016 – Germany

- UEFA EURO U19 2018 – Finland

- UEFA EURO U21 2019 – Italy

- UEFA Champions League Finals 2020 – Portugal

- UEFA EURO 2020 (realizado em 2021) – Turkey

 

FUTSAL

- UEFA EURO Futsal 2007 – Portugal

- UEFA EURO Futsal 2014 – Belgium

- UEFA EURO Futsal 2016 – Serbia

- UEFA EURO Futsal 2018 – Slovenia

- UEFA EURO U19 Futsal 2019 – Latvia

Évora | Câmara Municipal procede à Limpeza e Tratamento das Muralhas da Cidade


Os Serviços Municipais estão a proceder a uma intervenção de limpeza para a conservação das muralhas da cidade. Com esta ação pretende-se remover a vegetação de maiores dimensões que tem proliferado no monumento e, ao mesmo tempo, proceder ao respetivo tratamento por aplicação de biocida através de injeção e nebulização. 
A iniciativa enquadra-se no âmbito do Programa de Conservação e Valorização das Muralhas e Sistema Defensivo de Évora, que prevê a instituição da prática destas ações de limpeza e tratamento sempre que necessário e possível, como forma de evitar problemas estruturais que se poderão tornar muito graves. 

A primeira fase, agora em curso, abrange o troço compreendido entre a Porta da Lagoa e a Porta de Alconchel. Os trabalhos são realizados diretamente pelos trabalhadores do Município, com supervisão de técnicos especializados em conservação e restauro, e mediante parecer favorável em relatório prévio pela Direção Regional de Cultura do Alentejo.

“Leiria Mágica - Rede Cultural” em Figueiró dos Vinhos - Magia de Rua na Praia Fluvial Ana de Aviz


Integrado no projeto “Leiria Mágica- Rede Cultural”, decorre, no próximo dia 15 de julho, a partir das 11 horas, na Praia Fluvial Ana de Aviz, em Figueiró dos Vinhos, um espetáculo de Magia.

Esta iniciativa integra a candidatura “Região de Leiria – Rede Cultural”, promovida pela CIMRL - Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, cofinanciado pela UE através do CENTRO 2020, no âmbito do Eixo 7 “Afirmar a Sustentabilidade dos Territórios” (CONSERVAR), e terá no mês de agosto um evento final.

CMVM levanta suspensão de ações da Benfica SAD

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) voltou hoje a permitir a negociação de ações da SAD do Benfica, duas horas depois de as ter suspendido, anunciou o regulador em comunicado.

"O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deliberou, nos termos do artigo 214.º e da alínea b) do n.º 2 do artigo 213.º do Código dos Valores Mobiliários o levantamento da suspensão da negociação das ações Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD, na sequência da informação incorporada no mercado", lê-se no comunicado da CMVM.

O levantamento da suspensão das ações da sociedade 'encarnada', com efeitos a partir das 08:45 de hoje, segue-se à anterior decisão de suspender a negociação, às 06:54.

A CMVM justificou a suspensão com o facto de terem sido tornados públicos "indícios de irregularidades diversas, suscetíveis de afetar a Sport Lisboa e Benfica -- Futebol SAD (Benfica SAD), de impactar o seu governo societário e de criar opacidade sobre a composição da sua estrutura acionista".

O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, suspendeu funções, tendo sido substituído pelo até então vice Rui Costa, e ficou em prisão domiciliária até ao pagamento de uma caução de três milhões de euros, por suspeita de vários crimes económico-financeiros.

Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos na quarta-feira numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado e algumas sociedades.

Segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), estão em causa factos suscetíveis de configurar "crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais".

No mesmo processo foram também detidos Tiago Vieira, filho do presidente do Benfica, o agente de futebol Bruno Macedo e o empresário José António dos Santos, proprietário da empresa Valouro e maior acionista individual da estrutura benfiquista.

Lusa

Anadia adquire mais uma bicicleta elétrica para reforçar limpeza urbana

 O Município de Anadia adquiriu mais uma bicicleta elétrica para reforçar a limpeza urbana da cidade e a sustentabilidade ambiental no concelho. Este novo equipamento encontra-se, nesta fase, afeto ao Parque Urbano, recentemente inaugurado, apoiando a recolha de lixo das papeleiras, ecopontos e limpeza de infestantes.

De referir que esta é a segunda bicicleta elétrica que a autarquia adquire. À semelhança da primeira, tem uma autonomia de 40 kms, tendo acoplado um contentor de 120 litros e ainda suportes para a colocação de vários utensílios, nomeadamente vassoura, pá, entre outros.

A bicicleta é um produto made in Anadia, tendo sido desenvolvida e fabricada pela empresa IBH (Inovação de Bicicletas e Handbikes), com sede em Sangalhos, para a Câmara Municipal de Anadia. É uma empresa que tem como principal objetivo o desenvolvimento de vários tipos de bicicletas, nomeadamente bicicletas adaptadas para diversos tipos de negócios e para quaisquer necessidades físicas.

Com a aquisição de mais uma bicicleta elétrica, e juntamente com outras medidas que têm vindo a ser implementadas para a sustentabilidade ambiental, o Município pretende contribuir para uma mobilidade mais saudável e limpa, e para a redução da pegada ecológica, por forma a tornar os serviços mais sustentáveis.

PJ deteve sete suspeitos de introduzirem “grandes quantidades de haxixe” na Europa

A PJ deteve sete pessoa suspeitos de integrarem uma organização criminosa dedicada à introdução "de grandes quantidades de haxixe" no continente europeu por via marítima, anunciou hoje aquela polícia.

Em comunicado, a Polícia Judiciária avança que durante esta "complexa operação policial", denominada "Arame" e desenvolvida nos últimos dias, foi apreendida mais de duas toneladas de haxixe que durante a noite de sábado para domingo haviam sido transportadas por via marítima até um porto de pesca do litoral alentejano.

Além da droga, a PJ sublinha que foram ainda apreendidos quatro automóveis e diversos outros objetos e documentos relacionados com as atividades ilícitas em investigação.

A investigação, titulada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), foi da responsabilidade da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ, que contou com o apoio da Unidade de Controlo Costeiro da Guarda Nacional Republicana.

A PJ refere ainda que os sete detidos, dois portugueses e cinco estrangeiros com idades entre os 24 e os 46 anos, vão ser presentes à autoridade judiciária competente para aplicação das medidas de coação.

Lusa

Imprensa italiana exulta com conquista e exclama “A Europa é nossa!”

A "squadra azzurra" sagrou-se campeã da Europa, depois de bater a Inglaterra no desempate por penáltis, em Wembley.

"A Europa é nossa", "Comovente", "Amamos-te loucamente" são algumas das 'manchetes' da imprensa digital italiana publicadas depois de a 'squadra azzurra' se ter sagrado campeã do Euro 2020, ao bater a anfitriã Inglaterra no desempate por penáltis, em Wembley.

"A Europa é nossa" é a manchete do jornal generalista italiano La Repubblica, que não poupa elogios à equipa de Roberto Mancini pela conquista do segundo Europeu da história do futebol italiano, enquanto o também generalista 'La Stampa' destaca o guarda-redes Gianluigi Donnarumma, eleito o melhor jogador do Europeu.

O jornal desportivo La Gazzetta dello Sport, que abre a sua capa digital com o título "Amamos-te loucamente, somos campeões europeus', ao mesmo tempo que realça as lágrimas do selecionador Mancini e as suas primeiras palavras após a conquista do título: "Estamos felizes, os jogadores foram maravilhosos. 'Tiffosi", festejai!"

"Itália, campeã da Europa", é a manchete do jornal desportivo Corriere dello Sport, com o subtítulo "Delírio 'azzurri' em Wembley, contra a Inglaterra", enquanto o Tuttosport destaca na sua capa o guarda-redes Donnarumma, considerado "decisivo nos penáltis".

"Eterna Itália", é o título do jornal desportivo espanhol Marca, que escolhe para subtítulo "Southgate mete  Rashford e Sancho aos 119 minutos para os penáltis e falharam os dois".

Os jornais ingleses também deram grande destaque à final, apesar da deceção com a derrota da Inglaterra, com o tabloide The Sun a titular: "Outra vez, não! Adeptos ingleses devastados pelo desfecho dos penáltis".

O Daily Mail escreve "Itália prolonga os 55 anos de sofrimento dos 'três leões', com Rashford, Sancho e Saka a falharem os penáltis, como Southgate [selecionador] falhou em 1996 [como jogador]", enquanto o The Guardian titula "Itália desfaz o sonho inglês, após vencer nos penáltis".

O jornal desportivo francês L'Equipe, faz manchete com a palavra italiana "Felicità" (Felicidade) e dá ênfase ao "intransponível Donnarumma" e ao facto de a Itália conquistar o Euro2020 depois de ter falhado o apuramento para o Mundial2018, na Rússia.

O jornal português A Bola escreve no topo da sua página sobre a final "Ainda não é desta, Inglaterra, it´s coming Rome", numa alusão à expressão adotada pelos ingleses 'It´s coming home', para transmitir a confiança de que o troféu iria para casa.

Lusa

Imagem: Sapo Desporto

CMVM suspende negociação das ações da Benfica SAD

A CMVM recorda que "nos últimos dias tornaram-se do conhecimento público indícios de irregularidades diversas, suscetíveis de afetar a Sport Lisboa e Benfica -- Futebol SAD (Benfica SAD)".

Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) suspendeu a negociação das ações Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD, foi esta segunda-feira anunciado, em comunicado.

"O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deliberou, nos termos do artigo 214.º e da alínea b) do n.º 2 do artigo 213º do Código dos Valores Mobiliários a suspensão da negociação das ações Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD, para a incorporação de informação", refere um comunicado da Comissão, disponível no seu 'site'.

Noutro comunicado, para informar o mercado, a CMVM recorda que "nos últimos dias tornaram-se do conhecimento público indícios de irregularidades diversas, suscetíveis de afetar a Sport Lisboa e Benfica -- Futebol SAD (Benfica SAD), de impactar o seu governo societário e de criar opacidade sobre a composição da sua estrutura acionista".

Lusa

Incêndios: Trinta e seis concelhos de seis distritos em risco máximo

Trinta e seis concelhos dos distritos de Faro, Santarém, Portalegre, Castelo Branco, Guarda e Bragança apresentam hoje um risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera 

Em risco máximo de incêndio estão os concelhos de Aljezur, Lagos, Portimão, Monchique, Silves, Loulé, São Brás de Alportel e Tavira (Faro), Chamusca, Constança, Vila Nova da Barquinha, Abrantes, Sardoal, Tomar, Ferreira do Zêzere, Mação (Santarém), Proença-a-Nova, Vila de Rei, Vila Velha de Ródão, Castelo Branco e Fundão (Castelo Branco).

Também os concelhos de Gavião, Nisa, Castelo de Vide, Portalegre e Marvão (Portalegre), Figueira de Castelo Rodrigo (Guarda), Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Mogadouro, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Miranda do Corvo, Bragança e Vimioso (Bragança) estão hoje em risco máximo de incêndio.

O IPMA colocou também vários concelhos de todos os distritos, exceto Viana do Castelo, em risco muito elevado e elevado de incêndio.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo.

Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

O risco de incêndio vai manter-se elevado em algumas regiões do continente pelo menos até sexta-feira.

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo e aguaceiros fracos no litoral a norte do Cabo Carvoeiro até meio da manhã, sendo mais prováveis no Minho onde poderá persistir até final da tarde.

A previsão aponta também para vento fraco a moderado do norte/noroeste, por vezes forte na faixa costeira ocidental a sul do Cabo Carvoeiro em especial durante a tarde com rajadas até 65 quilómetros por hora, e nas terras altas com rajadas até 75 quilómetros por hora no Centro e Sul.

Está ainda prevista uma descida de temperatura, sendo acentuada no interior.

As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 10 graus Celsius (na Guarda) e os 20 (em Faro) e as máximas entre os 19 (na Guarda, Viseu, Porto e Viana do Castelo) e os 32 (em Faro).

Lusa

Imagem: Sapo24

Morreu Constança Braddell, jovem que sofria de fibrose quística

A jovem estava internada com prognóstico muito reservado desde o início do mês. Constança Braddell sofria de fibrose quística. Tinha 24 anos.


A notícia foi confirmada este domingo à noite numa mensagem assinalada nas suas redes sociais.

"É com grande tristeza que hoje, dia 11 de julho pouco depois das 14h, a nossa querida Constança nos deixou", pode ler-se.

Há sensivelmente uma semana, também nas redes sociais, foi publicada uma nota em que se assinalava que Constança tinha dado entrada no hospital depois de ter sofrido uma sucessão "de complicações do ponto de vista clínico" e que o seu prognóstico era "incerto" e "extremamente reservado".

Na mensagem hoje divulgada, é assinalado que Constança "viveu constantemente a sua vida com um admirável positivismo e entrega" e que "nunca tomou nada por garantido, apreciando cada momento da sua vida como se fosse o seu último".

"A Constança mostrou ao mundo o significado de Acreditar e tornou-se numa inspiração para todos nós. Ela será e permanecerá sempre uma fonte de inspiração. Aquela com o sorriso mais contagioso, que radiava energia e uma força de espírito inigualável", dita ainda a publicação.

A história de Constança ficou conhecida quando a jovem lançou um apelo emocionado no seu Instagram, intitulado “não quero morrer", onde pedia o acesso ao medicamento inovador Kaftrio para tratamento da fibrose quística.

O caso de Constança teve ‘eco’ em vários partidos com assento parlamentar, que pediram ou exigiram esclarecimentos ao Governo e que este acelerasse o processo de aprovação do medicamento, nomeadamente o PS, o PSD, o PAN e o CDS-PP.

Em menos de 48 horas, Constança Braddell conseguiu angariar mais de 190 mil euros através da plataforma GoFundMe. O caso tornar-se-ia conhecido em todo o país.

Lusa

Fotos: DR / Twitter

“Estamos cansados”. Imigrantes dizem que são “tratados como lixo” e denunciam injustiças no SEF

Cerca de cem imigrantes juntaram-se hoje em Lisboa para denunciar que estão a ser "tratados como lixo" e alertar para a injustiça da atribuição de autorizações de residência no sistema de senhas online.

"Estamos cansados desta situação, o maior motivo da manifestação é o desespero, obrigam-nos a estar 24 horas no sistema à procura de uma vaga, e nós somos trabalhadores, não somos bandidos, pagamos impostos, e o Governo tem de ver isso", disse à Lusa a organizadora da manifestação, Juliete Cristina.

Para esta brasileira que está em Portugal desde 2019 sem conseguir uma autorização de residência, o sistema de atribuição de senhas através de uma plataforma informática do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) fomenta as ilegalidades e a extorsão.

"Há pessoas que conseguem por sorte, outras é pagando, uma advogada tentou cobrar-me 300 euros [por uma vaga para atendimento pelo SEF], e uma pessoa num momento de desespero, depois de estar cá três ou quatro anos, acaba por pagar, mas eu não pago, porque isso é injusto", disse a imigrante em declarações à Lusa no Terreiro do Paço, em Lisboa.

Os imigrantes hoje concentrados em Lisboa defendem que a atribuição de autorização de residência seja feita por ordem cronológica e que o processo seja automatizado a partir do momento em que o SEF dá 'luz verde' à receção dos documentos, que são entregues de forma digital, defendendo que "não há razão para ficar nesta agonia" depois da aprovação dos documentos.

Colocamos o documento no portal online, esperamos até 90 dias para o SEF aprovar o documento, que é o prazo legal, mas demora oito meses a um ano para aprovação, e depois ainda há outra plataforma para agendar, e o que pedimos é que seja por ordem cronológica", explicou Juliete Cristina.

"Quem chega agora não tem emprego, tem tempo para estar sempre a ver o telemóvel, e consegue uma vaga, e eu que estou cá há dois anos a pagar impostos e a contribuir para a Segurança Social, não consigo, isto é injusto", apontou.

Para a organizadora da manifestação, esta situação equivale a uma prisão e a uma retirada de direitos como viajar, comprar um carro ou até encontrar um emprego.

"Não temos o direito de ir para outro país, nem viver, estamos presos neste país. Eu não posso viajar pela União Europeia porque não tenho residência, estamos amarrados, não é só os brasileiros ou os africanos, é toda a gente, isto está a acontecer a todos os imigrantes, somos tratados como lixo", lamentou.

A Associação Solidariedade Imigrante denunciou recentemente à Lusa que há “autênticas máfias” a vender aos imigrantes agendamentos no SEF por centenas de euros.

“As máfias organizadas e escritórios de advogados levam os agendamentos todos. Quando abrem agendamentos duram 15 minutos na plataforma do SEF”, sustentou o presidente da associação, dando conta que os imigrantes estão “a ser explorados” ao ser-lhes cobradas “centenas de euros por um agendamento”.

O ministro da Administração Interna reconheceu, no início de junho no parlamento, que há uma “apropriação ilegitima” dos agendamentos digitais no SEF destinados aos imigrantes, avançando que este sistema está neste momento em revisão.

Eduardo Cabrita sublinhou que investigações internas e do Ministério Público não apuraram responsabilidade criminal, mas identificaram “praticas erróneas sobretudo de alguns escritórios de advogado que no fundo monopolizavam as aberturas de agendamento digital”, tendo sido “estabelecidos limites para o número de agendamentos feitos”.

O Bloco de Esquerda tem denunciado que há imigrantes que demoram mais de dois anos para conseguir um agendamento no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, bem como as dificuldades em aceder à plataforma SAPA.

Em junho, o SEF avançou à Lusa que as vagas para atendimento aos imigrantes que têm processos pendentes naquele serviço estão “totalmente preenchidas até 30 de outubro” e não existe previsão de abertura de novas vagas.

Dados divulgados nessa altura indicavam também que 223.000 estrangeiros com processos pendentes no SEF têm temporariamente a situação regularizada em Portugal devido à pandemia de covid-19, abrangidos por um despacho de 30 de abril que permite que possam obter o número de utente, acesso ao Serviço Nacional de Saúde, a prestações sociais de apoio e celebração de contratos de arrendamento e de trabalho, bem como abertura de contas bancárias e contratação de serviços públicos essenciais.

Lusa

Maioria de inquiridos em estudo satisfeita com gestão da pandemia

A maioria dos inquiridos num estudo hoje divulgado manifestou-se satisfeita com as medidas adotadas pelo Governo no último ano para combater a pandemia de covid-19, apesar das consequências económicas e ao nível da saúde mental.

As conclusões são inferidas dos resultados preliminares de um estudo promovido pela Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), com o objetivo de medir os principais impactos da pandemia de covid-19 na economia, na sociedade, nas instituições democráticas e política internacional.

De acordo com os resultados da primeira roda de inquéritos, realizada entre 16 de março e 20 de maio, três quartos dos inquiridos consideram-se, pelo menos, razoavelmente satisfeitos com as medidas tomadas pelo Governo no âmbito do combate à pandemia.

Entre as medidas que merecem melhor avaliação, os inquiridos apontam as restrições à circulação e à atividade no segundo confinamento, o recurso ao ensino a distância novamente em fevereiro, o pedido de ajuda médica a outros países, a política de aconselhamento científico e o plano de vacinação contra a covid-19, ao contrário das medidas implementadas no período do Natal e Ano Novo, consideradas positivas por apenas 25% dos inquiridos.

Em linha com esta relativa satisfação, a maioria dos inquiridos (60%) afirmou confiar no executivo, um número que aumenta para 81% quando se fala do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e para 85% a respeito do Presidente da República.

Já o Ministério da Saúde foi considerado o organismo estatal que mais se evidenciou pela positiva, mas a maioria (72%) concorda que deveriam ser os especialistas a tomar as decisões sobre combater o SARS-CoV-2.

Por outro lado, os resultados revelam também os efeitos negativos de mais de um ano com medidas restritivas, em termos económicos, sociais e de saúde mental.

"Ao nível da saúde mental, e apesar de não ser ainda possível com os presentes dados estimar um padrão de alteração específico, podemos concluir que houve um impacto negativo", lê-se no relatório.

Por exemplo, seis em cada 20 inquiridos sentiram-se sozinhos durante o ano passado e, em comparação com o período pré-pandemia, a percentagem de pessoas que considerava que a sua vida se aproximava daquilo que idealizava passou de 71% para 22% no primeiro confinamento, subindo ligeiramente para 30% no segundo.

"Os dados permitem verificar que o isolamento social prediz de forma significativa as quebras reportadas neste bem-estar subjetivo, sendo particularmente penalizadores os sentimentos de solidão", acrescenta o documento.

Ao nível do trabalho, 38% dos entrevistados acusam uma situação de insegurança, reportando ter gastos equivalentes aos ganhos, e quase 20% assumem que tem sido necessário recorrer a poupanças ou contrair dívidas para fazer face aos gastos correntes.

Dois em cada dez inquiridos reportaram que eles próprios, ou algum membro do seu agregado familiar, ficaram desempregados durante a pandemia e 34% afirmaram que o rendimento do seu agregado familiar diminuiu no último ano e meio.

Estas conclusões parecem fazer sentido, quando comparadas com um outro dado, segundo o qual pouco mais de metade dos inquiridos concordam que no combate a uma pandemia é mais importante dar prioridade à saúde pública, em detrimento da atividade económica e do emprego, enquanto 23% defendem o oposto.

Por outro lado, a grande maioria (86%) admite que as limitações às liberdades públicas foram completamente justificadas ou, pelo menos, justificadas em certa medida, mas 43% dos inquiridos consideram que a democracia foi enfraquecida durante o período de pandemia.

O estudo olha também para a perceção dos portugueses relativamente à política internacional e, segundo os resultados, os inquiridos parecem responsabilizar, pela negativa em termos da origem ou gestão da pandemia, a China (53%) que é também destacada, pela positiva, em 20% das respostas, como um dos países que contribuíram para uma maior coordenação coletiva de esforços.

Relativamente às instituições supranacionais, a maioria (63%) aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS) como a principal organização a desempenhar um papel positivo, mas apenas 15% valorizaram o papel da União Europeia (UE).

"Uma das possíveis razões para essa avaliação pode ser encontrada na dificuldade em coordenar as respostas nacionais", aponta o relatório, que refere que pouco mais de metade dos inquiridos (57%) consideraram positiva a opção de encarregar a Comissão Europeia (CE) do processo de compra de vacinas.

Ainda relativamente ao impacto da pandemia de covid-19 na economia, os setores do comércio, indústria e transportes foram os mais afetados no segundo trimestre de 2020, a que se junta a agricultura no trimestre seguinte.

Do lado das famílias, em termos de consumo, foi na restauração, beleza e bem-estar, viagens, cultura, vestuário e alojamento temporário que a maioria reduziu despesas, que aumentaram, por outro lado, nos setores da eletricidade, gás e água, no comércio 'online' e retalho.

A segunda vaga do estudo da FFMS decorreu em setembro e os resultados finais deverão ser publicados na primavera de 2022.

Foram recolhidas três amostras de aproximadamente 1.150 participantes cada e o projeto, que conta com a colaboração de investigadores de diferentes universidades, é coordenado por Carlos Jalali, da Universidade de Aveiro, que assumiu a coordenação depois da morte de Nuno Monteiro, da Universidade de Yale, em maio.

Lusa

Despedimento foi principal causa para deixar de trabalhar no confinamento

O despedimento foi a principal causa para deixar de trabalhar, tanto no segundo trimestre de 2020, como no primeiro trimestre de 2021, altura em que foram decretados os dois confinamentos gerais devido à pandemia, indica um relatório divulgado hoje.

Segundo o relatório "A pandemia e o mercado de trabalho: O que sabemos um ano depois", elaborado por Susana Peralta, Bruno P. Carvalho e Mariana Esteves, do Nova SBE Economics for Policy Knowledge Centre, "o despedimento foi a razão mais comum para deixar de trabalhar" naqueles dois trimestres.

"De cerca de 20% no período pré-pandemia, esta percentagem subiu para 25% no segundo trimestre de 2020 e no primeiro trimestre de 2021", pode ler-se no documento elaborado no âmbito da Iniciativa para a Equidade Social, da Nova SBE, Fundação la Caixa e BPI.

Os autores destacam que, ao contrário do que aconteceu no primeiro trimestre de 2020, em que "a causa mais popular para deixar de trabalhar foi a reforma por velhice (20,4%), no início de 2021, a maioria saiu porque foi despedida (25%)".

Após junho de 2020, houve uma diminuição desta percentagem, que acompanhou o desconfinamento, nos terceiro e quarto trimestres de 2020, "mas os despedimentos voltaram a aumentar em janeiro de 2021, atingindo novamente cerca de 25%, o que coincide com o regresso das medidas mais severas de confinamento".

O relatório combina dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), do Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério do Trabalho e Segurança Social, do Instituto para o Emprego e Formação Profissional (IEFP) e da Google.

Durante a pandemia, indica o documento, as taxas de desemprego e de subutilização de trabalho aumentaram, sobretudo a partir de junho de 2020 e, em abril de 2021, estavam já próximas de valores pré-pandemia, sendo de 7% e 13%, respetivamente.

Já entre as pessoas que mantiveram o emprego, o número médio de horas trabalhadas diminuiu no caso dos agregados com salários mais baixos e aumentou nos salários mais elevados.

"A redução ou falta de trabalho por motivos técnicos ou económicos da empresa foi 16 vezes superior no segundo trimestre de 2020 à do mesmo trimestre de 2019", lê-se no relatório.

As famílias com crianças, especialmente as monoparentais, e os jovens foram os mais afetadas pela redução no número médio de horas trabalhadas.

Os autores indicam ainda que o número de inscritos nos centros de emprego aumentou em 28% para 375 mil, entre fevereiro e dezembro de 2020, sobretudo devido ao aumento de 30% nos inscritos com educação secundária.

"Em 2021, os inscritos continuaram a aumentar até abril e só em maio regressaram aos valores registados no final de 2020, ainda muito longe dos de 2019", sublinham os autores.

Embora o número de inscritos com ensino superior também tenha aumentado, "a recuperação foi mais expressiva para este grupo (redução de 12% entre janeiro e maio de 2021) do que para aqueles que têm no máximo o ensino secundário (6%) ou o básico completo (0,4%)".

O número de inscritos face a 2019 é especialmente significativo na região do Algarve.

Quanto às remunerações, entre o primeiro trimestre de 2020 e de 2021, o salário médio aumentou de 929 para 982 euros, sugerindo que a maior parte dos postos de trabalho destruídos são os de pessoas com salários mais baixos, concluem.

O relatório analisa ainda dados sobre o teletrabalho, indicando que a percentagem de pessoas em teletrabalho no segundo trimestre de 2020 era de 22,6%, tendo diminuído progressivamente nos trimestres seguintes e voltando a aumentar no primeiro trimestre de 2021, para 20,7%.

"São os indivíduos com ensino superior aqueles que mais frequentemente estão em teletrabalho, com uma prevalência, no primeiro trimestre de 2021, três a 21 vezes maior do que nos que têm ensino secundário e até ao básico, respetivamente", pode ler-se no documento.

Já o número de contratos temporários (a termo e com recibos verdes) esteve desde o segundo trimestre de 2020 abaixo dos valores de 2019, sendo esta quebra "mais concentrada nos mais jovens e nos indivíduos com ensino secundário ou menos", tendo sido "parcialmente compensada com um aumento dos contratos sem termo, especialmente nos indivíduos com ensino superior".

Lusa

Federação e primeiro-ministro britânico condenam insultos racistas contra jogadores

A Associação Inglesa de Futebol mostrou-se "chocada" e "enojada" pelos comentários racistas nas redes sociais que visaram três jogadores da seleção, uma condenação seguida já hoje pelo primeiro-ministro britânico.

"Os jogadores da equipa inglesa merecem serem tratados como heróis, não [vítimas de] insultos racistas nas redes sociais", escreveu Boris Johnson no Twitter, referindo-se aos comentários racistas dirigidos a Marcus Rashford, Jadon Sancho e Bukayo Saka, os três jogadores que falharam grandes penalidades na derrota de domingo com a Itália na final do Euro, em Wembley.

"Os responsáveis por este terrível abuso deveriam envergonhar-se", acrescentou o primeiro-ministro.

A Federação Inglesa de Futebol já afirmara estar "chocada" e "repugnada" pelos comentários racistas.

"Estamos enojados pelo facto de membros da nossa equipa, que deram tudo de si este verão, terem sido sujeitos a ataques discriminatórios 'online' depois do jogo desta noite", publicou a federação também no Twitter.

"Nós apoiamos os nossos jogadores", insistiu.

Os três jogadores falharam a cobrança das grandes penalidades, selando a derrota da Inglaterra com a Itália, acabando com o sonho de um país inteiro que esperava ganhar um segundo grande título, 55 anos após a sua vitória em casa no Campeonato do Mundo de 1966.

A federação afirmou ainda que "condena todas as formas de discriminação e está chocada com a propagação do racismo nas redes sociais contra alguns jogadores de Inglaterra".

Dizemos, nos termos mais claros possíveis, que qualquer pessoa por detrás de um comportamento tão repugnante não é bem-vinda entre os apoiantes desta equipa", concluiu.

A polícia de Londres disse estar "a investigar" as publicações "insultuosas e racistas".

O futebol inglês tem sido flagelado há vários meses pelo racismo 'online' que visa os jogadores após a derrota ou desempenhos dececionantes nos respetivos clubes.

Em maio, a federação apelou ao Governo britânico para que legislasse imediatamente para forçar as redes sociais a tomarem medidas contra insultos 'online', que no passado visaram Marcus Rashford.

Para chamar a atenção para este racismo 'online', a federação, os clubes da Premier League, da Segunda Divisão e da Superliga Feminina, bem como as organizações representativas de jogadores, árbitros e treinadores, a que mais tarde se juntaram outros desportos como o 'rugby' e o críquete, tinham decidido não alimentar as suas contas nas redes sociais de 30 de abril até 03 de Maio.

A final da Euro também foi marcada por incidentes com adeptos sem bilhetes que conseguiram entrar no estádio, quebrando barreiras de segurança e sobrecarregando o pessoal do estádio.

Uma cena de violência com adeptos a desferirem murros e pontapés a um homem asiático nos corredores do estádio foi filmada e afixada nas redes sociais.

Lusa