segunda-feira, 8 de novembro de 2021
Silves | RUA FRANCISCO PABLOS SOFRE CONDIONAMENTO DE TRÂNSITO NO DIA 09 DE NOVEMBRO
Castelo de Paiva | Com palestra de António Lima alusiva à efeméride
CÂMARA MUNICIPAL PROMOVEU CELEBRAÇÃO EVOCATIVA DOS 185 ANOS DA DENOMINAÇÃO DO CONCELHO
José Rocha sublinhou data marcante para o município
A Câmara Municipal de Castelo de Paiva promoveu, na manhã de Sábado, a celebração evocativa da celebração dos 185 anos da atribuição do nome “ Castello de Paiva “ ao concelho, contando o programa com uma palestra informativa sobre o acto histórico, proferida pelo Prof. António Lima, intitulada Paiva: do rio à terra, e da terra ao concelho.
A iniciativa municipal, que teve o apoio da Academia de Musica de Castelo de Paiva, ADEP, Movimento Cidadãos do Mundo e de José Adelino Nunes, começou com o hastear da bandeira municipal no edifício dos Paços do Concelho, seguindo-se várias intervenções alusivas à efeméride e uma palestra no espaço do Centro de Interpretação da Cultura Local.
O presidente da Câmara Municipal, José Rocha, mostrou-se honrado por estar a presidir a esta cerimónia e agradeceu o envolvimento da Vereadora da Cultura, Liliana Vieira, bem como das entidades parceiras neste acto, destacando este dia, “ como data marcante da nossa historia e da nossa identidade enquanto território, efeméride que deve ser lembrada e celebrada, porque importa sentir a nossa terra e o orgulho que temos em ser paivenses “.
O edil paivense enalteceu a colaboração do Prof. António Lima, por ter vindo a Castelo de Paiva partilhar um pouco da sua vasta experiência nesta abordagem histórica sobre o concelho e as suas raízes, referindo que, “ esta terra tem imensas potencialidades e condições únicas para evidenciar atractividade, para se tornar um marco na região, e nós estamos empenhados em dar maior visibilidade ao nosso território, e fazer com que, tenhamos orgulho deste concelho que, antes de 6 de Novembro de 1836, se chamava Paiva, passando a partir dessa data a denominar-se concelho de Castello de Paiva “.
José Adelino Nunes falou na importância da data em causa, e pediu um minuto de silêncio por duas figuras incontornáveis da historia de Castelo de Paiva, Jean Tyssen e Afonso da Gráfica, que não sendo originários do concelho, foram grandes paivenses que se notabilizaram pelas causas que lutaram em prol desta terra, referindo-se depois, à documentação histórica da Casa da Boavista e ao testamento deixado pelo Conde de Castelo de Paiva e do interesse público em se concretizar a Casa Museu, conforme vontade expressa do testador.
Olinda Noronha, que estudou História e Património, abordou esta temática no contexto da sua teses de mestrado, referindo-se a documentação existente na Câmara Municipal, não sem antes deixar a sua opinião relativamente à necessidade de se dar uma nova vida à Casa da Boavista e ao legado deixado pelo 3º Conde de Castelo de Paiva, José Martinho de Arrochela Pinto de Lancastre Ferrão.
Na sua dissertação, António Lima sublinhou que a mudança do nome da denominação do concelho resultou de uma criação do liberalismo, mas lembrou outra data importante para a terra de Paiva, registada a 4 de Abril de 1421, um período de grande transformação na região, ao tempo do domínio de Leão e Castela referindo-se à influência islâmica e ao tempo da reconquista, com as decisões assumidas pelo Rei Fernando I, o Magno, criador da terra de Paiva, e da divisão das Terras e criação de Julgados, lembrando depois que as “ Villas “ eram unidades de exploração agrícola do tamanho de freguesias, que pertenciam às famílias nobres, como era o caso da Villa de Sobrado.
Recordando que, muitos castelos não sobreviveram em Portugal porque deixaram de ser úteis, o historiador e arqueólogo faz questão de sublinhar que foi isso mesmo que aconteceu à estrutura defensiva que existiu em Castelo de Paiva, também porque as cheias fortíssimas que foram ocorrendo no Rio Douro destruíram o que restava dele, daí confirmar que não há edifício desde 1180 mas o castelo existiu mesmo naquele território que é hoje a Ilha dos Amores, ou Outeiro do Castelo como era denominado á época, e conforme consta da escritura de compra e venda de Agosto de 1991, quando a edilidade paivense a adquiriu à família Souza Lobo, da Casa da Cardia, de Fornos.
O palestrante detalhou que a Ilha dos Amores / Castelo era propriedade régia, tendo ali sido construída há 600 anos uma ermida dedicada a S. Pedro, referindo-se ainda á dinâmica económica que esta zona ribeirinha teve, e à importância das três campanhas de escavações arqueológicas que decorreram na ilha entre 1997 e 1999, que permitiram que a história retomasse o seu merecido lugar, desejando que novas campanhas pudessem ser retomadas num futuro próximo.
Carlos Oliveira
PRESIDENTE DA CÂMARA DAS CALDAS PEDE AUDIÊNCIA URGENTE À MINISTRA DA SAÚDE
Águeda é Natal inicia a 13 de novembro e prolonga-se até 9 de janeiro: Inauguração das iluminações de Natal está marcada para as 18 horas do próximo dia 13 de novembro, no Largo 1.º de Maio
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Covilhã | CANDIDATURAS DE APOIO AO ASSOCIATIVISMO/2022 ARRANCARAM NO DIA 1 DE NOVEMBRO
Marinha Grande | PLANTAÇÃO DE 500 PINHEIROS ASSINALAM 5º CENTENÁRIO DA CIRCUM-NAVEGAÇÃO POR FERNÃO DE MAGALHÃES
Teve início esta segunda-feira, 8 de novembro, a ação de plantação de cinco centenas de pinheiros-bravos no Pinhal do Rei, na Marinha Grande, por jovens de todo o País, no âmbito das comemorações do V Centenário da primeira viagem de Circum-Navegação liderada pelo navegador português Fernão de Magalhães.
Prisão preventiva para suspeito de pornografia de menores detido em Faro
O Tribunal de Faro ordenou a prisão preventiva de um homem suspeito do crime de pornografia de menores, detido na quinta-feira no âmbito de uma investigação iniciada após um alerta internacional, foi hoje divulgado.
Na altura da detenção, o homem, de 36 anos, “possuía no seu telemóvel cerca de 2.000 ficheiros informáticos de fotografias e vídeos de pornografia de menores”, lê-se num comunicado publicado no ‘site’ do Ministério Público (MP) de Faro.
Segundo o MP, desde julho de 2019 que o homem “utilizava o computador do emprego e o particular para fazer ‘download’ e partilhar fotografias de crianças de ambos os sexos, exibindo os órgãos genitais e em situações de coito vaginal e anal com outros menores”.
Depois de ter sido detido com base em mandados de detenção, o arguido foi presente a tribunal, que ordenou a sua prisão preventiva, a medida de coação mais grave.
O homem foi detido pela Diretoria do Sul da Polícia Judiciária (PJ) ao abrigo de uma investigação iniciada após um alerta internacional recebido em 2019.
O suspeito foi “detido em flagrante delito” na sequência de “várias” buscas realizadas no concelho de Faro, na zona de Estoi, precisou à Lusa fonte da PJ.
Nas buscas realizadas foram encontradas “na posse do arguido múltiplas imagens de pornografia envolvendo menores”, crimes pelo qual o detido fora “já condenado anteriormente”.
Madremedia
Estudante português na República Checa está desaparecido. MNE acompanha situação
Um jovem português está desaparecido desde sábado em Pilsen, na República Checa, onde frequenta o curso de Medicina. O Ministério dos Negócios Estrangeiros português está a acompanhar a situação, mantendo contactos com a família do jovem, segundo fonte oficial.
Os amigos contactaram as autoridades locais no domingo a dar conta deste desaparecimento, após se aperceberem que este não era visto desde que entrara no apartamento, na madrugada de sábado.
Além da polícia e das associações de estudantes, os amigos comunicaram este desaparecimento à Embaixada de Portugal em Praga.
Fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros português afirmou à Lusa que “tem conhecimento dos factos relacionados com o desaparecimento de um cidadão português estudante na República Checa”.
“Através da Embaixada em Praga e do Gabinete de Emergência Consular, estamos em contacto com a respetiva família”, prosseguiu a fonte do MNE português.
E acrescentou: “Acompanhamos também todas as diligências que as autoridades policiais checas estão a realizar para identificar o paradeiro desse cidadão”.
Madremedia/Lusa
Câmara de Cantanhede mantém reduções no IMI e na Derrama
A Câmara Municipal de Cantanhede propõe-se adotar em 2022 a mesma taxa de IMI do presente ano, ou seja 0,38%, mantendo assim o desconto de 15,6% em relação à taxa máxima de 0,45% que poderia ser cobrada aos proprietários de prédios urbanos do concelho. Já aprovada pelo executivo camarário, a proposta nesse sentido vai agora ser submetida à votação da Assembleia Municipal num enunciado que prevê a aplicação do designado IMI Familiar, traduzido numa ainda maior redução do imposto para agregados familiares com dependentes a cargo. Ao contemplar um desconto de 20 euros para as famílias com um dependente à sua responsabilidade, 40 euros para as que têm dois dependentes e 70 euros para as que têm três ou mais dependentes, a autarquia cantanhedense prescinde de cobrar no próximo ano um valor próximo dos 80 mil euros, em benefício dos maiores agregados familiares.
Para a líder do executivo camarário, “a taxa de IMI é ajustada à realidade socioeconómica do concelho e traduz um esforço no sentido de não sobrecarregar as famílias e os agentes económicos nesta fase em que tem sido por demais evidente a necessidade de aumentar a receita para fazer face ao apreciável crescimento da despesa no combate à pandemia de Covid-19. Claro que gostaríamos de ir ainda mais longe na redução do IMI relativamente àquilo que a lei permite cobrar, mas na verdade o que se perspetiva para o próximo ano não dá qualquer margem para baixar ainda mais esta receita”, afirma a Helena Teodósio, lembrando que “a autarquia vai ter de assumir mais competências transferidas da Administração Central sem que esta tenha demonstrado ainda disponibilidade para fazer acompanhar essas competências dos recursos financeiros indispensáveis à sua execução”.
A autarca considera que “o Município de Cantanhede tem de estar financeiramente apto a realizar os investimentos programados e a garantir a comparticipação nacional dos projetos em que se propõe obter financiamento dos fundos comunitários previstos no Programa de Recuperação e Resiliência”. E sublinha: “Vamos ter de dar resposta a desafios especialmente exigentes para avançarmos mais uns passos na consolidação do desenvolvimento económico e social do concelho, pelo que a manutenção da taxa de IMI em 0,38% teve em conta os objetivos orçamentais para o próximo ano, obviamente, mas procura atender à situação das famílias nesta conjuntura em que têm sido bastante sobrecarregadas com aumentos de impostos de toda a ordem”.
Isenção de Derrama para pequenas empresas é para manter em 2022
Também aprovada pela Câmara Municipal de Cantanhede foi a isenção da Derrama para as empresas com um volume de negócios que, no ano anterior, não ultrapasse 150.000 euros. Ficam assim isentos desta taxa sobre o lucro tributável sujeito e não isento do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), os agentes económicos que não superem o referido valor de faturação, mantendo-se a taxa de 1,5% para as restantes.
Trata-se de um benefício bastante apreciável e que pode ser interpretado como um incentivo para as empresas beneficiárias superarem as dificuldades resultantes da difícil conjuntura que o país atravessa.
Recorde-se que, em 2020, o Município de Cantanhede avançou com a criação do Fundo Municipal de Emergência de Apoio Empresarial, criado para mitigar o impacto económico da pandemia de Covid-19 na atividade económica. Já reforçado este ano, este fundo atingiu a dotação de 160 mil euros, parte da qual já atribuída.
Por outro lado, a autarquia tem intenção de manter em 2022 o Incentivo à Empregabilidade, programa destinado a dinamizar a base económica, estimular o mercado de trabalho e promover o alargamento da oferta de oportunidades de emprego. Este apoio materializa-se na atribuição de uma verba pecuniária por cada posto de trabalho criado por empresas do concelho que procedam à criação líquida de emprego.
Para a presidente da Câmara Municipal, estas medidas inserem-se “na política de fomento económico que a autarquia tem vindo a promover de forma integrada em várias frentes e que tem revertido no incremento da atividade económica. Para tal muito tem contribuído a ampliação e valorização das zonas industriais, que também por isso continuam a registar uma procura assinalável”, refere Helena Teodósio, adiantando que “esta é uma área em que a autarquia continuará a investir significativamente, na perspetiva de alargar ainda mais o leque de oportunidades de emprego e reforçar a coesão social do concelho”.
Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior preside ao 2º Encontro Anual de Laboratórios Colaborativos
Biblioteca Municipal de Reguengos de Monsaraz recebe concertos para pais e filhos até aos 5 anos de idade
Pombal junta empresários para debater o crescimento e sustentabilidade
Os desafios do desenvolvimento de Pombal vão estar em debate na conferência que decorre na próxima quarta-feira, 10 de novembro, a partir das 15 horas, no mini-auditório do Teatro-Cine de Pombal, numa parceria entre a Câmara Municipal e o jornal Vida Económica.
A conferência terá início com o presidente da Câmara Municipal, Pedro Pimpão, que abordará “Os desafios de desenvolvimento de Pombal”, seguindo-se a intervenção do jornalista (ex-diretor-geral da SIC), Luís Marques, sobre “As oportunidades de re-industrialização”.
“O potencial do turismo de Pombal” é o tema que estará a cargo de Pedro Machado, presidente da Entidade Regional Turismo Centro de Portugal, enquanto Paula Vaz, diretora do Centro de Emprego e Formação de Leiria, e Jorge Vieira Silva, diretor-geral da Escola Tecnológica Artística Profissional de Pombal, debruçar-se-ão sobre “O emprego qualificado e formação profissional”.
Por sua vez, Isabel Damasceno, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), abordará o tema “O financiamento da economia local e regional”.
A iniciativa encerrará com uma mesa-redonda debate sobre “O crescimento sustentável em Pombal”, com as participações de empresários instalados no concelho de Pombal: Carla Freitas (Controlpom), Matilde Marques (DMDI Eyewear Solutions), José Valente (Iber-Oleff), Ricardo Vieira (Reynaers Aluminium), Guilherme Mello Portugal (Finerge) e Horário Mota (presidente da Associação Comercial e de Serviços de Pombal). O debate será moderado por João Luís de Sousa, diretor do jornal Vida Económica.
A conferência “Crescimento e Sustentabilidade na Região de Pombal” surge num momento em que o Executivo Municipal está focado no desenvolvimento económico do Concelho, com a preocupação em fixar pessoas no território.
“Nós assumimos esta componente do desenvolvimento económico como fundamental na nossa estratégia para fixar pessoas e criar valor”, refere o presidente da Câmara Municipal, frisando que só desta forma “podemos ter mais empresas, mais indústrias, mais emprego qualificado, que consigam depois ser foco de atração de talento para o nosso território”.
Mais de cinco toneladas de biqueirão apreendidas em Aveiro
O Subdestacamento de Controlo Costeiro de Aveiro, no dia 5 de novembro, apreendeu 5 400 quilos de biqueirão, por falta de rastreabilidade, no Porto de Pesca Costeira de Aveiro.
Numa ação de fiscalização com o objetivo de controlar o cumprimento das regras de captura e descarga de pescado fresco, os militares da Guarda fiscalizaram uma viatura que efetuava a descarga do pescado para um armazém no porto de pesca de Aveiro, verificando que não cumpria com as obrigações respeitantes à documentação comprovativa da sua rastreabilidade.
No decorrer desta ação, foi identificado o condutor da viatura, um homem de 82 anos de idade, bem como a empresa expedidora/proprietária do pescado, tendo sido elaborado o respetivo auto de contraordenação, cuja coima pode atingir os 75 000 euros.
O pescado fresco, após verificação higiossanitária, foi considerado próprio para consumo e entregue a diversas instituições de solidariedade social.
A GNR salienta que a prática de uma pesca sustentável, que respeite a natureza e a integridade dos ecossistemas, contribui para a conservação das unidades populacionais de peixes e, ao mesmo tempo, para a criação de condições de prosperidade e emprego no setor das pescas.
Cientistas da Universidade de Coimbra usam bactérias como fábricas de matéria-prima para impressão 4D
Uma equipa multidisciplinar de cientistas da Universidade de Coimbra (UC) desenvolveu materiais para tornar a impressão 4D (quatro dimensões) sustentável e ecológica, baseada em celulose produzida por bactérias. O projeto abre portas a um sem número de aplicações, desde a medicina até aos transportes e setor têxtil.
A impressão 4D surge a partir da impressão 3D, acrescentando a dimensão tempo, permitindo imprimir objetos tridimensionais inteligentes, ou seja, objetos que, com o tempo e mediante estímulos externos, como a temperatura, luz ou pH, entre outros, mudam de forma.
Da impressão 3D à 4D: poderá a celulose bacteriana fazer a ponte? Esta foi a questão de partida para o desenvolvimento do projeto, liderado por Ana Paula Piedade, investigadora e docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC). Financiado, no valor de 250 mil euros, pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e por fundos europeus (COMPETE 2020), o projeto conta com a colaboração do Instituto Politécnico da Leiria (IPL).
Para poder responder à questão, a equipa decidiu utilizar as bactérias como “ferramentas vivas” na produção de celulose, um polímero natural altamente versátil. À semelhança do que acontece em qualquer empresa, o processo de recrutamento e seleção é uma etapa fundamental. Assim, a equipa de Microbiologia Ambiental da UC que integra o projeto começou por identificar um conjunto de bactérias e selecionar as que demonstraram ter mais capacidade para a função. Para tal, recorreu à Coleção de Culturas de Bactérias da Universidade de Coimbra (UCCCB).
«Através da análise genómica, o grupo de microbiologia identificou as bactérias que possuem genes para a produção de celulose. Foi então escolhido um conjunto de bactérias, que foram posteriormente caracterizadas e testadas, tendo sido selecionadas duas estirpes», explica Ana Paula Piedade.
Concluído este processo, a “fábrica” de bactérias iniciou a laboração até se obter a celulose necessária para produzir um material que possibilitasse a impressão 4D. «As celuloses obtidas foram misturadas com polímeros dissimilares (com propriedades diferentes de cada uma das celuloses) e, a partir daí, produzimos os biocompósitos e desenvolvemos os filamentos adequados à impressão 4D», descreve a investigadora do CEMMPRE – Centre for Mechanical Engineering, Materials and Processes – da FCTUC.
Contado assim, parece que foi um processo simples, mas não. A equipa teve de efetuar diversos estudos e enfrentar muitos desafios complexos. O maior deles, relata Ana Paula Piedade, foi, e continua a ser, conseguir a «reversibilidade do material, ou seja, garantir que o mesmo material que assume diferentes formas mediante os estímulos externos é capaz de, por si mesmo, voltar ao formato original. A tecnologia 4D permite que o material se transforme e regresse depois à forma inicial».
Superados os vários obstáculos e desafios, foram impressos com sucesso diferentes tipos de objetos, abrindo portas a uma vasta gama de aplicações. Por exemplo, produzir «dispositivos que possam atuar em locais onde não há eletricidade, dispositivos capazes de mudar de forma consoante a solicitação mecânica que têm, roupas inteligentes para atletas de alta competição, que regulam a transpiração em função da temperatura ambiente, dispositivos biomédicos, enfim, há um “mundo de possibilidades”», aponta a líder do projeto.
A tecnologia agora desenvolvida é sustentável e de baixo custo, porque as bactérias apenas necessitam de “comida” (que pode ser, por exemplo, resíduos alimentares) para produzirem celulose, e amiga do ambiente: «97% do material usado fica na própria peça que é impressa, ou seja, o resíduo produzido é mínimo e, mesmo assim, esse resíduo pode ser usado para a produção de mais filamentos», sublinha ainda Ana Paula Piedade.
Além disso, quer o material compósito quer a celulose são completamente biodegradáveis e biocompostáveis. Outra grande vantagem de usar as bactérias é o facto de elas produzirem celulose pura, ao contrário, por exemplo, da celulose obtida das árvores, que exige vários tratamentos de purificação.
A cientista da FCTUC esclarece ainda que estas bactérias usadas para o fabrico de celulose não são patogénicas. «Pelo contrário, são fortes aliadas para tornar possível a impressão 4D. Não podemos esquecer que as bactérias resultam de milhões de anos de evolução, elas aprendem e adaptam-se».
A fase seguinte da investigação vai centrar-se no desenho de estruturas para aplicações específicas, designadamente na conceção de dispositivos que possam tirar vantagem deste efeito 4D. «Vamos explorar diferentes abordagens para a fabricação de dispositivos 4D, pois é necessário pensar muito bem como é que vamos imprimir, definir a geometria do que se vai imprimir e otimizar processos que garantam o efeito de 4D», conclui.
1.ª Edição de Mindfulness para Pais/Cuidadores de Alpiarça
Começou o novo LIFE Águeda – Programa “Rio de todos”
Começou no dia 4 de novembro uma nova edição do programa “Rio de Todos” desenvolvido pelo município de Águeda no âmbito do projeto LIFE Águeda.