quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Louriceira | Semana da Ciência & Tecnologia

Pipocas, morcegos, astronautas, robots e investigação cardiovascular: o que terão em comum? São os temas em foco na Semana da Ciência & Tecnologia do Centro Ciência Viva do Alviela.

A ciência é para todos e, como tal, o Centro Ciência Viva do Alviela tem no cardápio um conjunto de iniciativas dirigidas a vários públicos para as comemorações da Semana da Ciência & Tecnologia 2021. Dos mais jovens aos idosos, todos terão direito a experimentar ciência de forma gratuita.


Em anexo seguem mais informações sobre a iniciativa, que decorre de 22 a 28 de novembro


Aguardando a vossa melhor atenção, disponibilizamo-nos para qualquer esclarecimento adicional, bem como para o envio de fotografias de anos anteriores. 

Câmara Municipal de Águeda oferece Pinheiros de Natal

 As árvores podem ser solicitadas através dos serviços camarários e serão entregues nas três próximas sextas-feiras.

A Câmara Municipal de Águeda, consciente da importância da implementação de boas práticas ambientais e que promovam a reutilização dos resíduos, à imagem do que tem feito nos anos anteriores, disponibiliza gratuitamente pinheiros naturais para poderem ser usados pelos aguedenses como árvore de Natal ecológica.

Numa altura em que as preocupações ambientais estão na ordem do dia e são motivo nas preferências de consumo, esta é uma opção amiga do ambiente, uma “escolha ambiental acertada”, já que os pinheiros são naturais e, consequentemente, biodegradáveis e sem pegada ecológica, permitindo aliar a tradição da decoração da árvore e a sustentabilidade ambiental.

Isto porque os pinheiros oferecidos pela Câmara Municipal são naturais e resultam de operações controladas de desbaste, provenientes do ordenamento das zonas florestais do Concelho e/ou da limpeza de espaços públicos.

As árvores oferecidas pela Câmara de Águeda estarão disponíveis em três tamanhos: até 0,80m, até 1,50m e até 2,00m.

Os interessados num destes pinheiros naturais, poderão manifestar o seu interesse através do email dv-peh@cm-agueda.pt ou pelos telefones 234 610 070 ou 800 203 197. As entregas serão realizadas nas próximas três sextas-feiras, 19, 26 e 30 de novembro, junto à entrada da garagem da Autarquia.

Unidade Especial de Recolha de Resíduos Perigosos vai estar instalada em Reguengos de Monsaraz


A Unidade Especial de Recolha de Resíduos Perigosos da Gesamb – Gestão Ambiental e de Resíduos vai estar instalada de 22 a 27 de novembro e no dia 29 do mesmo mês no Campo 25 de Abril, nas traseiras do tribunal, em Reguengos de Monsaraz. Esta unidade serve para os munícipes colocarem resíduos perigosos e com risco de contaminação que tenham em casa e que não devem ser depositados no lixo comum.
A Unidade Especial de Recolha de Resíduos Perigosos é uma solução de deposição itinerante e em regime de proximidade que funciona durante os dias de semana das 11h às 14h30 e entre as 15h30 e as 18h30 e aos sábados das 10h às 13h e entre as 14h e as 18h, com um técnico a prestar apoio e a esclarecer as dúvidas dos utilizadores. Este serviço é gratuito e pode ser usado pelos munícipes para depositarem cosméticos, telemóveis, eletrodomésticos, lâmpadas, aerossóis, produtos de limpeza, pesticidas, tintas, vernizes, pilhas e baterias, que são objetos de uso quotidiano que possuem na sua composição materiais tóxicos, inflamáveis, corrosivos ou contaminantes.
Esta unidade pioneira no país vai estar instalada em regime de itinerância nos 12 concelhos do distrito de Évora da área de intervenção da Gesamb para recolher em segurança objetos que existem em quase todas as habitações e que são considerados perigosos quando descartados indevidamente, podendo mesmo poluir os recursos hídricos locais ou afetar a fauna e a flora. A Unidade Especial de Recolha de Resíduos Perigosos esteve instalada no início do mês em Évora, seguiu-se Mourão e a partir de 22 de novembro estará em Reguengos de Monsaraz.

Carlos Manuel Barão

Cantanhede | No próximo sábado, 20 de novembro Carlos de Oliveira será tema de um colóquio

 

Carlos de Oliveira, Uma Escrita Tatuada é o tema do colóquio que vai estar em debate no auditório da Biblioteca Municipal, em 20 de novembro. Organizado pelo Município de Cantanhede e integrada na vasta programação que a Câmara Municipal preparou para assinalar o Centenário do nascimento de Carlos de Oliveira, a sessão contará com a presença de académicos de reconhecido mérito na abordagem à vida e obra do escritor gandarês, designadamente Rosa Maria Martelo, Sérgio Dias Branco, Ida Alves, Rita Patrício, Osvaldo Manuel Silvestre e António Pedro Pita.

As inscrições encontram-se abertas e deverão ser formalizadas na antiga escola Conde Ferreira, através do telefone 231 429 813/962 048 217 ou do email dc@cm-cantanhede.pt.

Rosa Maria Martelo irá abrir a sessão com a abordagem ao tema “Visões do Crepúsculo”, enquanto tópico de grande relevância na escrita de Carlos de Oliveira, merecendo, por parte do escritor, desenvolvimentos temáticos surpreendentes e de grande criatividade. Tomando como ponto de partida as visões do crepúsculo presentes em Entre Duas Memórias (1971) e Pastoral (1976), a docente aposentada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto irá analisar alguns dos sentidos e amplitudes formais de que podem revestir-se as meditações crepusculares em Carlos de Oliveira.

O programa prossegue com Sérgio Dias Branco, Professor Auxiliar de Estudos Fílmicos na Universidade de Coimbra, com uma alusão à temática “Urdidura e lavores: refazer Uma Abelha na Chuva”, com particular incidência no projeto de adaptação cinematográfica do romance de Carlos de Oliveira, Uma Abelha na Chuva (1953), iniciado na década de 1960, mas o filme só estreou em 1972. As qualidades lacónicas do filme, feito de composições desabitadas, densas texturas visuais e sonoras, gestos que pesam, palavras que estremecem, contribuem para refazer a narrativa e o tom de Uma Abelha na Chuva noutra forma artística, já não como literatura mas como cinema.

A abordagem de Ida Alves, Professora Titular de Literatura Portuguesa do Instituto de Letras da Universidade Federal Fluminense-UFF, Niterói, no Brasil, irá incidir sobre “De tatuagens e texturas, modos de ler (em) Carlos de Oliveira”, em que a comunicação se foca na atenção que o escritor dá ao ato de ler e seus efeitos na escrita. Em diversos momentos de sua obra poética isso é fortemente encenado e muito já se falou sobre suas práticas intertextuais, tendo como ponto de partida a obra O Aprendiz de Feiticeiro.

Sob o tema “No centro do assombro: Dante em Carlos de Oliveira”, a docente Associada na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e membro do seu Centro de Estudos Comparatistas, Rita Patrício, irá apresentar um ensaio que privilegiará a leitura de Descida aos Infernos, procurando discutir os gestos que desenham uma poética própria a partir da convocação do texto dantesco e relacionar estes traços com a restante poesia de Carlos de Oliveira.

Por outro lado, Osvaldo Manuel Silvestre, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, apresentará uma preleção sob o tema “Tatuar, gravar, inscrever o mundo”. O mundo, o mesmo é dizer, a Gândara, ter-se-á inscrito em Carlos de Oliveira com o cunho indelével de uma tatuagem, nas suas próprias palavras. Nesta comunicação será indagado o sentido da metáfora da tatuagem em Oliveira e dos seus desdobramentos figurais: a gravação, a inscrição, assim como toda uma oscilação entre estruturas de superfície e estruturas de profundidade, bem como sobre a relação especular entre umas e outras. Um ponto central será a interrogação sobre o diferente regime de inscrição no corpo ou na memória.

A intervenção de António Pedro Pita, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX – CEIS20 incidirá sobre “O Aprendiz de Feiticeiro: ensaio de releitura”, relacionado com a obra que Carlos de Oliveira publicou em 1971, livro esse que retoma, profundamente reelaborados, artigos que publicara dispersamente ao longo de cerca de trinta anos. No entanto, a obra não tem a configuração de uma “recolha” de artigos, mesmo remodelados, como é prática frequente. É a apresentação de uma “poética”, tal como Carlos de Oliveira a concebia, no termo de um longo trabalho de incorporação, de sedimentação e de depuração do que foi pensado ao longo desse período. Incorporação de leituras, referências e ressonâncias, depuradas através da sua própria experiência e sedimentadas na complexidade de um “ponto de vista”, entre o “astrólogo” e o “inventor de jogos”. A comunicação ensaia uma releitura da obra nesta linha.

A sessão encerra com um recital intitulado “Canções de Fernando Lopes-Graça, sobre textos de Carlos de Oliveira, com a participação da soprano Carla Simões, da Mezzo-soprano Carolina Figueiredo e do pianista Ricardo Martins, num dia que será inteiramente dedicado a Carlos de Oliveira, revelando-se uma oportunidade única para conhecer e mergulhar no extraordinário contributo que nos legou, pela literatura e a participação pela música, relevando o nosso território, a sub-região da Gândara.

Programa:

10h00 – Abertura

10h15m – Rosa Maria Martelo: “Visões do Crepúsculo”

10h45m – Sérgio Dias Branco: “Urdidura e lavores: refazer Uma Abelha na Chuva

11h15m – Ida Alves: “De tatuagens e texturas, modos de ler (em) Carlos de Oliveira”

Pausa para almoço

15h00 – Rita Patrício: “No centro do assombro: Dante em Carlos de Oliveira”

15h30m – Osvaldo Manuel Silvestre: “Tatuar, gravar, inscrever o mundo”

16h00m – António Pedro Pita: “O Aprendiz de Feiticeiro: ensaio de releitura”

17h00m – Recital Canções de Fernando Lopes-Graça, sobre textos de Carlos de Oliveira

Carla Simões – Soprano

Carolina Figueiredo – Mezzo-soprano

Ricardo Martins – pianista

NOTAS BIOBIBLIOGRÁFICAS

Sobre Rosa Maria Martelo

Professora catedrática aposentada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Tem privilegiado o estudo da poesia e das poéticas modernas e contemporâneas. Enquanto investigadora do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa estuda as ideações da imagem na poesia e os diálogos intermediais da literatura com as artes visuais e audiovisuais. Entre os mais recentes livros de ensaio publicou O Cinema da Poesia (2.ª ed. 2017) e Os Nomes da Obra – Herberto Helder ou o Poema Contínuo (2016). Co-organizou a antologia Poemas com Cinema (Assírio & Alvim, 2010) e organizou a Antologia Dialogante de Poesia Portuguesa (2020). Co-dirige a revista Elyra (www.elyra.org).

Sobre Sérgio Dias Branco

Professor Auxiliar de Estudos Fílmicos na Universidade de Coimbra, onde dirige o Mestrado em Estudos Artísticos e coordena o LIPA - Laboratório de Investigação e Práticas Artísticas. É investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra e colabora com o Centro de Investigação em Teologia e Estudos de Religião da Universidade Católica Portuguesa e o Instituto de Filosofia da Nova. Lecionou na Universidade Nova de Lisboa e na Universidade de Kent, onde lhe foram atribuídos os graus de Mestre e Doutor em Estudos Fílmicos. Foi Presidente da Associação de Investigadores da Imagem em Movimento entre 2018 e 2020 e membro da sua Direção entre 2014 e 2020. Co-edita a revista Conversations: The Journal of Cavellian Studies. Um dos seus últimos livros é Escrita em Movimento: Apontamentos Críticos sobre Filmes (Documenta, 2020).

Sobre Ida Alves

Professora titular de literatura portuguesa do Instituto de Letras da Universidade Federal Fluminense-UFF, Niterói, Brasil. Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura - UFF.

Colidera os Grupos de Pesquisa Estudos de Paisagem nas Literaturas de Língua Portuguesa – UFF/CNPq - http://www.gtestudosdepaisagem.uff.br/ e Poesia e Contemporaneidade – UFF/CNPq. É Vice-coordenadora do Pólo de Pesquisas Luso-Brasileiras (PPLB), sediado no Real Gabinete Português de Leitura (www.realgabinete.com.br). É pesquisadora do CNPq e Cientista do Nosso Estado – FAPERJ. Organizou o site Escritor Carlos de Oliveira (https://escritorcarlosdeoliveira.com.br/). Organizou diversas coletâneas de estudos sobre poesia portuguesa moderna e contemporânea e representações da paisagem nas literaturas de língua portuguesa.

Sobre Rita Patrício

Professora Associada na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e membro do seu Centro de Estudos Comparatistas. Publicou Episódios. Da teorização estética em Fernando Pessoa (2012) e Apontamentos. Pessoa, Nemésio, Drummond (2016); e co-editou com Osvaldo M. Silvestre as Conferências do Cinquentenário da Teoria da Literatura de Vítor Aguiar e Silva (2020). É autora de vários ensaios, em volumes coletivos e em revistas especializadas, decorrentes dos seus estudos sobre literatura portuguesa moderna e contemporânea, nomeadamente sobre Fernando Pessoa e Vitorino Nemésio.

Sobre Osvaldo Manuel Silvestre

Professor Associado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde dirige o Instituto de Estudos Brasileiros e o Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas. Publicou ensaios e livros sobre Carlos de Oliveira e por decisão da família do escritor é o responsável científico pelo espólio do autor no Museu do Neorrealismo em Vila Franca de Xira, onde coordenou, em 2017, a sua primeira exposição, com o título “Carlos de Oliveira: a parte submersa do iceberg”.

Sobre António Pedro Pita

Professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX – CEIS20, da mesma Universidade. Sócio fundador da Associação da Casa da Achada-Centro Mário Dionísio e membro do respetivo Conselho Consultivo. Pertence ao Comité Científico ou Conselhos Editoriais de várias revistas. Professor visitante na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e na Universidade de Santiago de Compostela. Diretor Científico do Museu do Neo-Realismo (2014-2017). Delegado Regional da Cultura do Centro (2005-2007) e Diretor Regional de Cultura do Centro (2007-2011).

Recentemente, publicou: Aqui estamos lado a lado, como sempre. E assim continuaremos – Joaquim Namorado e Mário Dionísio: Correspondência. Leitura, apresentação e notas. Coimbra/Lisboa: Lápis de Memórias/Casa da Achada, 2020.


Estarreja | assinala a conclusão da obra de remediação ambiental da Vala de S. Filipe

 O ERASE – Agrupamento para a Regeneração Ambiental dos Solos de Estarreja, A.C.E. assinala a conclusão da empreitada de remediação ambiental de vala hidráulica de S. Filipe, Beduído. A sessão está agendada para amanhã, quinta-feira, dia 18, às 9h30, na Biblioteca Municipal de Estarreja, à qual se seguirá uma visita ao terreno.

Com um valor contratual de 5.675.604,88 euros, a empreitada terá um apoio financeiro integral do Fundo de Coesão da União Europeia, através do POSEUR. A obra teve um prazo de execução de cinco meses, de abril a setembro deste ano.

 

A operação implicou a remoção de solos contaminados numa grande extensão da vala de S. Filipe e o seu total empedramento, com barreiras de contenção em troncos de madeira e, ainda, a remoção e reposição de novas terras nas faixas laterais dos prédios rústicos que a marginam, desde a zona do Complexo Químico de Estarreja (CQE) até à zona da Póvoa.

 

O Projeto Erase, iniciado em 1998, com a constituição do A.C.E., teve por objetivo reduzir o passivo ambiental relacionado com os resíduos industriais depositados há décadas atrás no CQE, suspendendo a contaminação dos solos e águas subterrâneas (resultante do processo de lixiviação) e recuperando ambientalmente as zonas envolventes.

 

A remediação ambiental da vala de S. Filipe veio complementar a Fase I do Projeto Erase, de 2006, em que 300 mil toneladas de resíduos, antes depositadas a céu aberto no CQE, foram removidas e confinadas na Estrutura de Confinamento, numa estratégia de remediação ambiental que veio reduzir muito significativamente a contaminação dos solos proveniente de 50 anos de atividade da indústria química pesada.

TOMADA DE POSIÇÃO CORAJOSA

 

  • Péricles Capanema

Tomada de posição necessária. Em 1º de maio de 2021 foi fundada a COOPAIBRA – Cooperativa de Agricultores e Produtores Indígenas do Brasil. Seu presidente é Felisberto de Souza Cupudunepá Filho, engenheiro sanitarista, indígena da etnia Umutina. O vice-presidente é Edson de Oliveira, professor, indígena da etnia Bakairi. O secretário-geral é Ubiratan Maia, advogado, indígena da etnia Wapichana. A nova entidade em 1º de maio já representava 20 etnias que habitam Pernambuco, Paraíba, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pará e Amazonas. Ocupam legalmente 16 milhões de hectares de terras indígenas (160 mil km2, área maior que a de dez Estados brasileiros, a mais do Distrito Federal). Hoje, já representam mais de 30 etnias. Na carta que enviaram ao Presidente da República está o núcleo do que pretendem e há séculos se proíbe aos indígenas brasileiros: querem ser “senhores de nosso próprio destino”.

“Senhores de nosso próprio destino”. Simples assim. Rejeitam o cabresto, recusam o papel de porquinhos-da-índia, cobaias de organizações indígenas desnaturadas, ongs brasileiras e estrangeiras, CIMI, setores da grande imprensa envenenados por utopismos. Fora o resto. É claro, serão e já são objeto de campanhas de exclusão, de intolerância, sofrerão lacração e cancelamentos. Sabem e não a temem que sofrerão a saraivada intolerante das poderosas patrulhas ideológicas. Por isso foi decisão especialmente corajosa. Começa a agir a nova entidade na defesa dos autênticos interesses indígenas, até agora sufocados nas gargantas da imensa maioria das etnias, injustamente sem voz, mas que, afirma a COOPAIBRA, espera ela “ser voz e parte da nossa imensa e rica nação”. Foi tomada de posição necessária; a COOPAIBRA quer a regulamentação da mineração nas terras indígenas (com a aprovação do PL 191/2020), para que ali surjam “oportunidades de trabalho, renda e cidadania”. Elas têm “mosaico de necessidades” e estão desatendidas. E para tal precisam “empreender, produzir e comercializar bens e serviços da forma que bem desejarem”. A presente situação, lembra ainda a carta ao presidente da República, mantém “práticas irregulares, depredação do meio ambiente, confrontos armados, evasão de divisas” acarretando “empobrecimento cada vez mais profundo das comunidades indígenas”. De outro modo, hoje, é de conhecimento geral, na prática, nas reservas indígenas, campeiam o garimpo clandestino, os contratos irregulares, o contrabando, a prostituição; enfim, o crime. A vida como ela é.

Tomada de posição imprescindível. O vozerio de organizações esquerdistas e do ambientalismo extremado nega aos índios o que a maioria deles almeja: participação e inserção cada vez maiores na sociedade brasileira. Querem crescer, não desejam ser ilhas atrasadas de comunismo primitivo, que perenizam o retrocesso. A COOPAIBRA deixa evidente, a presente ditadura de organizações concertadas com vozerio orquestrado impede a maioria dos indígenas de se manifestar. Manifesta com clareza meridiana, a negação de uns faz com que todos sejam prejudicados: “Isto é arbitrário, discriminatório, contraproducente, ilegal, injusto e, pior que tudo, iguala a todos numa mesmice só vista em países que adotaram o comunismo”.

Tomada de posição alvissareira. A manifestação desperta a esperança de que terminará o sufoco das etnias indígenas. Será o fim da exclusão e da intolerância em relação aos caminhos da prosperidade. Poderão crescer, integrar-se ao Brasil, serem constituídas por cidadãos no gozo da cidadania plena. “A integração das etnias indígenas ao sistema econômico fortalecerá não apenas a identidade indígena como um todo, mas também possibilitará uma maior autoestima enquanto cidadãos brasileiros”.

Tomadas de posição em defesa das etnias e do povo brasileiro. A carta ao presidente da República, com trechos acima reproduzidos, foi seguida por ofício do presidente da COOPAIBRA ao presidente da Câmara de Deputados, deputado Arthur Lira, que exprimia a mesma reivindicação de participação crescente, inclusão, autonomia e protagonismo: “O senhor já sabe, mas não custa repetir, fomos a única instituição diretamente voltada à questão indígena que se manifestou expressamente favorável aos PLs 490 e 191 e isso representa a vontade de nossos 30 povos cooperados e, portanto, o objetivo deste documento é tão somente apelar para sua sensibilidade e inteligência e pedir, respeitosamente, que sejam dispendidos todos os esforços possíveis para colocar em pauta, ainda neste exercício, a votação dos PLs 490 e 191, pois a nós o mais importante hoje é a segurança jurídica entre indígenas e não indígenas, autonomia, protagonismo e empreendedorismo, e inclusão”. Que continuem nessa direção, são os votos do Brasil que presta.

Agenda indígena autêntica. Está posta a verdadeira e imediata agenda das etnias, porta para seu crescimento e inserção na sociedade brasileira, a aprovação já dos PLs 490 e 191/2020. É rumo de crescimento, restauração e regeneração.

ABIM

Uma glória da Igreja na História do Brasil – II

Com este artigo concluímos a série de publicações em homenagem à Princesa Imperial, no centenário de seu falecimento.

  • Plinio Corrêa de Oliveira

Legionário, 4 de agosto de 1946

Apopularidade da Princesa Isabel sofreu, entretanto, rudes entrechoques. A propaganda republicana jamais desarmou contra ela. E, ao mesmo tempo, Dona Isabel teve de enfrentar dois rudes adversários: o anticlericalismo e, o que é pior de tudo, o moderantismo “católico”.

O Brasil vivia, naquele tempo, em plena modorra religiosa. Poucos eram os anticatólicos declarados. Mas o anticlericalismo era aqui vivaz, agressivo, intolerante. Dos que se diziam católicos, muitos sustentavam em teologia, filosofia, direito, moral, as opiniões mais abstrusas, arrogando-se não raras vezes a liberdade de discutir as próprias orientações doutrinárias ou disciplinares da Igreja.

Em muitos lares onde se rezava em comum antes das refeições, o sacerdote era mal visto e mal recebido. Em algumas camadas sociais, ninguém frequentava os sacramentos. E todo o mundo se dizia católico. Até [anticatólicos] pertenciam às confrarias religiosas!

O ódio velado dos “católicos” moderados foi
a grande cruz de Dom Vital Maria Gonçalves de Oliveira. 

Diante de situação tão catastrófica, e aparentemente tão homogeneamente católica, havia duas tendências. Uns queriam contemporizar. Outros queriam lutar. Destes últimos foi Dom Vital. Contra ele se levantou a sanha do anticlericalismo em peso. Sabemos qual foi seu martírio. Sabemos, sobretudo, que em sua coroa nenhum espinho foi tão doloroso do que a hostilidade mais ou menos disfarçada, mas imensamente rancorosa e peçonhenta, do moderantismo “católico”. O ódio velado dos “católicos” moderados foi a grande cruz de Dom Vital.

A Princesa Imperial sempre alarmou o anticlericalismo indígena. Católica, não de fancaria ou de fachada, mas de um catolicismo férvido e autêntico, a Princesa prometia ser um obstáculo insuperável aos empreendimentos dos inimigos da Fé.

Já têm sido publicadas numerosas circulares [anticatólicas] recomendando propaganda contra ela, para evitar sua ascensão ao trono. O ponto capital deste rancor estava no procedimento da Princesa durante a chamada “questão religiosa”. Sem se afastar da linha de respeito e obediência que devia ao Imperador, Dona Isabel deixou transparecer claramente sua reprovação pela prisão dos Bispos.

Todo o mundo que se levantou naquela ocasião contra Dom Vital aproveitou a oportunidade para injuriar a Princesa. Dona Isabel não se abalou. Bebeu resolutamente o mesmo fel de amargura de que transbordava o cálice de Dom Vital. Dizem que a queda da Monarquia se deveu à libertação dos escravos.

O acontecimento teve ainda outras causas profundas. Mas a razão mais ativa foi, sem dúvida, o ódio [anticatólico] contra a Princesa. Se houvesse alguma esperança de que, sob seu reinado, a opressão da Igreja pelo Estado regalista continuasse, é bem possível que o trono não houvesse caído.

A Princesa Isabel, em Paris, na década de 1890

No que diz respeito à libertação, ninguém ignora que a ação da Princesa não foi apenas protocolar. Ela preparou com todas as suas forças o acontecimento, embora sua situação constitucional lhe permitisse uma liberdade de movimentos apenas relativa. Este ponto já está tão esclarecido, que não merece maior insistência.

É interessante notar, entretanto, os paradoxos de que está cheia a vida da Princesa. Aqui vem mais um. Seu trono foi derrubado não só por positivistas e

[anticatólicos]

, como também por grandes proprietários agrícolas, que são os sustentáculos naturais do trono em todas as monarquias.

No momento, Dona Isabel se beneficiou de um surto de popularidade formidável. Ela mesma, entretanto, não confiava nessas manifestações que tinham muito de sincero, mas algum tanto também de demagógico. Quando veio a República, ela não se surpreendeu. E caminhou para o exílio sem repudiar as duas grandes causas a que se sacrificara: a Igreja e a libertação [dos escravos].

No exílio, Dona Isabel formou uma estirpe de autênticos brasileiros. No castelo d’Eu, onde residia, os hóspedes brasileiros eram sempre os preferidos. As reminiscências do Brasil se encontravam a cada passo. Toda uma galeria do castelo está ocupada por um verdadeiro museu de raridades relacionadas com nossos índios. O arquivo da família imperial, ali instalado, é um dos mais ricos repositórios de documentos brasileiros, e está primorosamente organizado. Tudo ali fala de saudades, intensas saudades do Brasil.

Os visitantes que vão a Paray-le-Monial, Santuário mundial do Sagrado Coração de Jesus, se espantam em ver como, nos ex-votos de todos os países do mundo, sobressaem os do Brasil. Foi a Princesa Imperial que providenciou estas oferendas. Tolhida de bem fazer a sua Pátria, por outros modos seu delicado coração encontrou este meio de servir ainda o Brasil.

E os católicos de todos os credos políticos hão de reconhecer, comovidos, que as preces da grande e piedosa Princesa hão de ter sido bem recebidas pelo Sagrado Coração de Jesus, em favor da Terra de Santa Cruz.

ABIM

1 Rampa Monte de São Brás - BTTÁBUA


Teve lugar no passado domingo a 1ª Rampa do São Brás em BTT, prova organizada pela associação de desportos de natureza BTTABUA.

A prova consistiu na realização de um percurso, em terra batida, com cerca de 1 km de extensão, maioritariamente a subir, destacando-se a rampa final, com cerca de 200 metros com uma inclinação máxima de 27%.

O vencedor no sector masculino foi o atleta Miguel Ângelo Almeida Alves do BTT Serra do Açor e no sector feminino a atleta Elsa Maria Pinto Tavares Simões do BTTABUA.

De destacar a afluência do público ao evento, que durante a realização das duas mangas não deixou de apoiar efusivamente os atletas.


Aproveitamos para agradecer os apoios da Câmara Municipal de Tábua, Junta de Freguesia de
Tábua, Pizaria Forno de Ouro e AM Bikes, pois a sua ajuda foi fundamental para a
concretização desta prova.


Deixamos aqui uma palavra de reconhecimento a todos os sócios da associação que
participaram na organização deste evento.


A fotografias do evento estão em: Álbum de Fotografias 1ª Rampa Monte de São Brás

Coimbra | 23 de novembro | 14h00 às 15h30 | On-line, a partir da ESAC e presencialmente na sala H1.15

 ESAC comemora Dia da Floresta Autóctone

A Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC) comemora, por mais um ano consecutivo, o Dia da Floresta Autóctone. A efeméride é assinalada no dia 23 de novembro com um webinar, a iniciar-se pelas 14h00, a plantação de árvores autóctones na instituição e a oferta de plantas aos estabelecimentos de ensino secundário participantes na iniciativa.

O webinar, a ser transmitido no Facebook da ESAC, conta com palestras de Filomena Gomes, Hélia Marchante, David Rodrigues, Teresa Vasconcelos e José Gaspar, todos eles docentes desta instituição de ensino superior. “Dia da Floresta Autóctone”, “Ameaça das Invasoras para a Floresta Autóctone”, “As Aves da Floresta”, “Fogos Florestais e Biodiversidade. A Química da Atracão das Pragas Florestais” e “As Novas Tecnologias Aplicadas à Floresta” são os temas em abordagem. O link para o webinar será remetido após inscrição para o e-mail comunicacao@esac.pt, sendo que os interessados em assistir presencialmente às palestras poderão fazê-lo na Sala H1.15.

O evento culmina com a plantação de árvores autóctones na ESAC, pelos estudantes da Licenciatura em Ciências Florestais e Recursos Naturais e do Curso Técnico Superior Profissional em Defesa da Floresta, que pode também ser acompanhada, em direto, na página do Facebook da Escola.

 

Leiria | Depósito do Livro de Candidatura (Bid Book) e apresentação do Vídeo de Candidatura

 Quinta-feira, dia 18, às 12h15, no posto dos CTT do Leiria Plaza


É já esta quinta-feira, dia 18, que se concretiza um dos passos mais importantes do processo de candidatura do território da Rede Cultura, a Capital Europeia da Cultura 2027, com o depósito do Livro de Candidatura, nos CTT do Leiria Plaza. Às 12h27 - hora emblemática por representar 12 de 2012, a data da última Capital Europeia da Cultura portuguesa (Guimarães) e 27 de 2027, próxima Capital Europeia da Cultura a caber a Portugal e, queremos e cremos, a Leiria - o Bid Book será remetido para o júri europeu, assinalando o cumprimento da primeira etapa oficial na corrida a Capital Europeia da Cultura. Após este momento simbólico, vai levantar-se a ponta do véu … “Que candidatura é esta?” junta Gonçalo Lopes, presidente do Conselho Geral da Rede Cultura 2027, Ana Bonifácio e Lígia Afonso, redatoras do Bid Book, às 12h40, na sede da Rede Cultura 2027. No final da sessão, será apresentado o vídeo da candidatura, que será divulgado ao público no final deste dia, logo após o fim da reunião do Conselho Geral, onde será oficialmente apresentado.

PROGRAMA

12h15 - Encontro nos CTT do Leiria Plaza

12h27: Depósito do Livro

12h30 - Deslocação até Sede da Rede Cultura 2027 (Mercado de Santana)

12h40 - Conversa de Gonçalo Lopes com Ana Bonifácio e Lígia Afonso sobre “Que Candidatura é esta? Moderação de Paulo Lameiro.

Local - Sede da Rede Cultura 2027 (Mercado de Santana)

13h00 - Apresentação do Vídeo da Candidatura (embargo fotográfico)*

13h05 - Q&A

13h15 – FIM

*Às 19h30, no final do Conselho Geral que se realiza neste dia, será feita a publicação do Vídeo da Candidatura nas redes sociais da Rede Cultura 2027 daí o embargo. Será feito o envio do comunicado com as informações que saírem do CG.

 

A Rede Cultura 2027 tem Leiria como ponto de partida, mas agrega 25 outros concelhos que tecem uma malha diversificada e que totaliza quase 6.000 km2 de extensão e distância superior a 170 km entre os seus extremos. 

Badajoz: Português suspeito de “homicídio por imprudência grave” em acidente rodoviário com dois mortos

O condutor do automóvel que se despistou na A5, na zona de Badajoz (Espanha), a 24 de outubro, provocando a morte de dois portugueses, é suspeito de dois crimes de “homicídio por imprudência grave”, foi hoje revelado.

Em comunicado enviado à agencia Lusa, o comando de Badajoz da Guardia Civil revelou que o homem, de 28 anos, português, foi detido na altura do acidente, submetido a testes que revelaram “resultado positivo” para “três substâncias estupefacientes” e, depois, libertado, a aguardar o desenrolar do processo.

O homem foi detido “por dois supostos crimes de homicídio por imprudência grave” e “as provas incriminatórias” foram remetidas ao julgado de instrução criminal de Don Benito, na província de Badajoz, na Estremadura espanhola.

O acidente do veículo, no qual seguiam quatro portugueses, aconteceu na Autoestrada 5 (A5), junto a Terrefresneda, no município espanhol de Guareña (Badajoz), e provocou ferimentos no condutor e num passageiro, de 29 anos, e a morte dos outros dois ocupantes, um homem de 22 e uma mulher de 23 anos.

Madremedia

Câmara Municipal de Lamego apoia Comércio Tradicional em época natalícia: “Mercado de Natal” decorre de 27 de novembro a 9 de janeiro

 Através da iniciativa "Natal, Comércio Tradicional", a Câmara Municipal de Lamego está a desenvolver uma série de ações de promoção e divulgação do comércio local.

O objectivo é incentivar a população a efetuar as compras natalícias no concelho e apoiar os comerciantes locais.

O Natal está a chegar a Lamego! 

A Câmara Municipal de Lamego vai implementar várias acções alusivas à época para que o espírito festivo ajude no apoio ao comércio local. Assim, e para além da iluminação e das decorações natalícias, a iniciativa ”Natal, Comércio Tradicional” vai abranger três eventos de estímulo ao comércio do concelho:


·"Mercado de Natal": vai reunir na cidade uma ampla variedade de produtos artesanais e regionais que tem como intuito ajudar os artesãos e produtores locais, dando a conhecer o que de melhor Lamego tem para oferecer. Realizado no âmbito do projeto "Valorização dos Produtos Endógenos do Concelho de Lamego", aprovado no programa Norte2020, esta iniciativa é co-financiada pelo FEDER em 85%.  O “Mercado de Natal” decorre entre 27 de novembro de 9 de janeiro na Avª Dr. Alfredo de Sousa.

·Vouchers de Natal: atribuição de vouchers de consumo no valor de 10€ por cada 50€ de compras realizadas, entre 1 de dezembro e 9 de janeiro de 2022, em todas as lojas aderentes. Os vouchers podem ser levantados na Loja Interativa de Turismo (LIT), mediante a apresentação das faturas. Os vouchers devem ser posteriormente trocados entre os dias 9 de dezembro e 31 de março de 2022, nos estabelecimentos comerciais e de restauração inseridos nesta campanha.

 

·Concurso "Montras de Natal": estão a decorrer as candidaturas para participação no comércio de rua que irá escolher as montras dos estabelecimentos comerciais mais criativos de Lamego. Os cinco primeiros classificados serão distinguidos com um prémio pecuniário, sendo que todos os participantes receberão um prémio de participação no valor de 50€. Os formulários de candidatura encontram-se já disponíveis em www.cm-lamego.pt e no Balcão de Atendimento do Município de Lamego.

 

Francisco Lopes, presidente da Câmara Municipal de Lamego, sublinha que «partindo da ideia de que fazer compras em Lamego é ainda mais especial na época natalícia, criámos a iniciativa “Natal, Comércio Tradicional” com um objetivo primordial: incentivar e dinamizar o comércio tradicional e a restauração local. O propósito do município é, sobretudo, apoiar e contribuir para a revitalização do nosso comércio, nomeadamente através de iniciativas que contribuam para a mobilização dos comerciantes, mas também que promovam e sensibilizem a população para o consumo local e tradicional, especialmente nesta altura do ano.»


Estudo revela que fármaco usado no tratamento da epilepsia pode ser terapia promissora para a Doença de Machado-Joseph

Um estudo desenvolvido no Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) revela que a carbamazepina, um fármaco usado no tratamento da epilepsia, pode ser uma terapia promissora para a doença de Machado-Joseph.

Coordenado por Luís Pereira de Almeida, docente da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC) e investigador principal do CNC-UC, e por Ana Ferreira, do CNC-UC, este trabalho já se encontra publicado na revista científica Neuropathology and Applied Neurobiology.

A doença de Machado-Joseph, também conhecida como ataxia espinocerebelosa do tipo 3, é uma doença neurodegenerativa hereditária sem cura, causada por uma alteração num gene. Essa alteração origina uma forma mutada da proteína ataxina-3 que tende a acumular em forma de agregados no cérebro, conduzindo também a disfunção e morte neuronal. A doença provoca problemas na marcha, no equilíbrio, na fala, na deglutição, nos movimentos oculares e ainda no sono.

A carbamazepina é um fármaco aprovado para outras indicações patológicas, incluindo a epilepsia, e, por isso, pode ser rapidamente reutilizado para tratar outras doenças, o que acaba por ser vantajoso. Com o objetivo de encontrar novas terapias farmacológicas para tratar a doença de Machado-Joseph, os investigadores testaram o potencial deste medicamento como promotor da autofagia (mecanismo de eliminação de proteínas anormais), através de modelos in vitro e in vivo da doença.

A equipa decidiu testar este fármaco depois de ter percebido, «numa investigação anterior, que a via da autofagia está desregulada na doença de Machado-Joseph, o que significa que a proteína mutante não é eliminada eficazmente. Por outro lado, observámos que a estimulação da autofagia, por uma estratégia de terapia génica, promoveu neuroproteção em modelos da doença», explica Ana Ferreira, a primeira autora do artigo científico.

Nas experiências realizadas com ratinhos, «após a administração da carbamazepina, num regime de tratamento específico, percebemos que o fármaco foi capaz de aumentar a autofagia e promover a degradação da proteína mutante. Além disso, o tratamento reduziu os défices motores e a neuropatologia nos modelos animais de doença», destaca a investigadora do CNC.

Além de Luís Pereira de Almeida e Ana Ferreira, participaram no estudo Sara Carmo-Silva, José Miguel Codêsso, Patrick Silva e Clévio Nóbrega, também investigadores do CNC, e Alberto Martinez e Marcondes França Jr., do Departamento de Neurologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Brasil).

Ao demonstrar que o fármaco carbamazepina pode ser útil para tratar a doença de Machado-Joseph, e possivelmente outras doenças semelhantes, este estudo representa «um passo em frente na procura por um tratamento eficaz para esta doença neurodegenerativa, apesar de estar longe de ser uma cura», concluem os autores do estudo.

O artigo científico está disponível em: aqui.

Cristina Pinto

Viseu | 259 buscas para desmantelamento de rede de furto de veículos

O Comando Territorial de Viseu, através do Núcleo de Investigação Criminal daquele Distrito, ontem, dia 16 de novembro, deteve um homem de 69 anos e identificou cinco, com idades compreendidas entre os 35 e os 56 anos, no âmbito de um processo de furto de veículos de matrícula estrangeira, na zona centro e norte do país.

No âmbito de uma investigação por furto de veículos de matrícula estrangeira, que se iniciou no mês de março, foi possível apurar a existência de um esquema com origem em França e na Suíça, onde são furtados ou dados como furtados veículos de alta cilindrada, sendo esses veículos transportados para Portugal, onde são rececionados e desmantelados para depois serem vendidos em peças, ou vendidos com outras matrículas, que configuram os crimes de furto qualificado, burla a seguros, recetação, falsificação e fraude fiscal.

No decorrer das diligências de investigação, foi dado cumprimento a sete mandados de busca domiciliária e a 252 buscas não domiciliárias, nomeadamente em oficinas e em locais onde os visados possuíam os veículos parqueados. As buscas decorreram nos concelhos de São Pedro do Sul, Viseu, Mangualde, Sernancelhe, Vagos, Vila Nova de Famalicão, Celorico de Basto e Seia.

Da ação culminou a detenção de um homem de 69 anos por posse de armas proibidas, e foram constituídos arguidos cinco homens, com idades compreendidas entre os 35 e os 56 anos, tendo sido apreendido o seguinte material:

  • 14 veículos de alta cilindrada;
  • Duas caçadeiras;
  • 47 cartuchos;
  • Uma pistola de alarme;
  • Uma pressão de ar;
  • Dois bastões extensíveis;
  • Um gás-pimenta;
  • Várias matrículas associadas a veículos furtados;
  • Documentos de identificação de veículos furtados;
  • Conjuntos de punção para viciação dos números de chassis;
  • Três máquinas de diagnóstico de veículos;
  • Três telemóveis;
  • Diverso material informático;
  • Oito catalisadores.

Os factos foram remetidos para o Tribunal Judicial de Viseu.

Esta ação contou com o reforço de outras valências do Comando Territorial de Viseu, de Aveiro, de Braga e da Guarda.

Identificado novo surto de Covid-19 no IPO de Lisboa

Há 12 doentes e nove profissionais de saúde infetados.

Após dez meses sem identificar qualquer caso, há um novo surto de Covid-19 no IPO de Lisboaavança o Observador e confirmou a TSF.

No final da última semana, um dos doentes internados no instituto testou positivo e, no processo que se seguiu, de testagem a todos os doentes e funcionários do serviço em causa, foram identificadas as infeções de 12 doentes e nove profissionais de saúde.

O instituto diz estar a funcionar normalmente e apela a todos os doentes para que não interrompam os tratamentos a que estão sujeitos.

Em comunicado, o IPO acrescenta que os doentes infetados "foram transferidos para outros hospitais do Serviço Nacional de Saúde".

Já os doentes com teste negativo permanecem internados no serviço em causa, que se ajustou de forma a "manter a atividade cirúrgica".

Margarida Serra / TSF

Saramago condecorado postumamente com Grande Colar da Ordem de Camões

Viúva do escritor, Pilar del Río, recebeu a distinção.

Presidente da República entregou naa terça-feira, a título póstumo, o Grande Colar da Ordem de Camões ao escritor José Saramago. O galardão foi entregue a Pilar del Río, viúva do prémio Nobel da literatura em 1998.

O centenário do nascimento do escritor português só acontecerá em 2022, mas as celebrações começam ontem, terça-feira, um ano antes, com um programa cultural internacional em torno do Nobel da Literatura.

Raquel de Melo / TSF

Reunião pública da Câmara Municipal de Vagos

A próxima reunião ordinária pública da Câmara Municipal de Vagos realiza-se, presencialmente, esta quinta-feira, dia 18 de novembro de 2021, pelas 09h30, na Sala de Reuniões da Câmara Municipal de Vagos.

No âmbito das medidas de contenção ao surto de COVID-19, os lugares disponíveis para o público são limitados.

Destacam-se os seguintes pontos da ordem do dia da reunião:

  • Acordo de cooperação – 3x3 BASKETART – Município de Vagos – Federação Portuguesa de Basquetebol – Associação de Basquetebol de Aveiro – Associação Cidade Social;
  • Acordos de Cooperação – Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) - Implementação das Atividades de Animação e Apoio à Família (AAAF) – Apoio Extraordinário – COVID-19;
  • Resumo diário da tesouraria;
  • Subsídios – Associações Desportivas – Subprograma 1 do PMAAD 2021 – Atribuição de Subsídios;
  • Isenção e Redução de Taxas – Comissão de Festas de São Martinho de Ouca 2021 – Festas de Ouca 2021/2022 – Ratificação;
  • Alargamento de Horário – «Café Fonseca» – Fonte de Angeão – Fonte de Angeão e Covão do Lobo;
  • Agrupamento de Escolas de Vagos – Ação Social Escolar - Suplemento Alimentar – 7.º Ano – Ratificação;
  • Ação Social Escolar – Auxílios Económicos – Pré-Escolar 1.º, 2.º E 3.º Ciclo e Ensino Secundário – Ano Letivo 2021/2022 – Novas Candidaturas – Ratificação;
  • Contratos Emprego Inserção (CEI) – Submissão de Candidatura para 10 Elementos, para a área da Educação – Proposta de compromisso financeiro para as despesas com os 10 contratos (CEI) – Ratificação;
  • Beneficiação da Estrada de ligação de Santa Catarina/Covão do Lobo – Proc.º E08/2021 – Adjudicação;
  • Gestão urbanística:  Processo OEC 176/20, OEC 76/19, OEC 44/20;
  • Intervenção do público.