O Presidente da República considera que, embora haja "uma multiplicação de contágios", o panorama atual "é diferente de uma situação de confinamento".
O Presidente da República reforçou esta sexta-feira que a situação pandémica em Portugal é muito diferente do cenário de há um ano, apesar de o país estar há quatro dias a ultrapassar os números máximos anteriores de contágios.
"Há uma diferença importante entre este ano e o ano anterior, que as pessoas já perceberam. Há uma multiplicação de contágios, a variante [Ómicron] contagia muito, há uma multiplicação porque há um grau de abertura [da sociedade], com o futebol, com os espetáculos, as pessoas trabalham e circulam, e isso naturalmente é diferente de uma situação de confinamento", disse Marcelo Rebelo de Sousa, à margem de uma visita ao Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Conceição da Costa de Caparica, no concelho de Almada, distrito de Setúbal.
Munido de um papel com o número de contágios, internamentos, hospitalizações em cuidados intensivos e mortes do último dia de 2020 e dos primeiros dias de 2021, o chefe de Estado explicou as diferenças entre a situação que o país viveu e aquela em que se encontra.
O aumento de infeções pelo SARS-CoV-2 agora, disse, "não é acompanhado pelo número de internados, que é um terço de há um ano, e o de cuidados intensivos é um quarto", assim como o número de mortes, que no início de 2021 "foi galopando".
"Quer isto dizer o quê? Que a situação é diferente, que devemos ter, naturalmente, as precauções e o bom senso impostos pelas circunstâncias, mas que nos habituámos aos poucos a viver com este fenómeno", sustentou.
Por isso, Marcelo Rebelo de Sousa fez uma avaliação do momento que o país vive: ""A pandemia está aí ainda, mas já passámos à endemia".
Dia 31 de Marcelo foi para os imigrantes
Marcelo Rebelo de Sousa dedicou o último dia do ano a quem não nasceu português, mas faz de Portugal a primeira casa. O presidente da República visitou o Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Conceição, na Costa da Caparica, que acolhe e dá apoio a refugiados e imigrantes.
Na visita, o chefe de Estado ouviu histórias e deixou duas promessas.
No último dia do ano, o Presidente da República fez um balanço de mais um ano que em Portugal e em todo o mundo foi maioritariamente dominado pela pandemia, com avanços e recuos.
Já sobre desejos para o futuro e para o ano que começa no sábado, o chefe de Estado preferiu deixá-los para a habitual mensagem de Ano Novo.
TSF com Lusa