O diagnóstico precoce pode salvar vidas, sempre que receber um convite ou telefonema para participar. Não falte!
No âmbito do Programa de Rastreio do Cancro da Mama da Região Alentejo durante o mês fevereiro e março, às utentes da USF Nisa, Portalegre - USF Portus Alacer e USF Plátano.
O exame é gratuito e é realizado a mulheres inscritas nos referidos centros de saúde, com idades compreendida entre 50 os 69 anos de idade, através de uma mamografia de dupla leitura numa unidade móvel da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
A retinopatia diabética é uma das complicações da diabetes e uma das principais causas de cegueira nos adultos, devida às alterações estruturais que ocorrem nos vasos sanguíneos da retina.
A realização de um exame simples como a retinografia pode ajudar da deteção precoce e acompanhamento da doença.
Se receber uma carta convite em casa ou telefonema do seu centro de saúde, tente comparecer.
Informa-se que no próximo dia 21 de fevereiro de 2022, segunda-feira, terão início as obras de remodelação do Serviço de Imunohemoterapia do Hospital Doutor José Maria Grande de Portalegre.
Para as referidas obras será necessária a instalação do Estaleiro que ocupará a via de acesso ao Serviço de Urgência, no seu atual trajeto.
O acesso ao Hospital continuará a fazer-se como atualmente.
O acesso ao Serviço de Urgência será corrigido em função da instalação do Estaleiro, passando a fazer-se pela via paralela à atual, com viragem à direita e entrada no SU no mesmo sentido que se usa atualmente.
A saída do Hospital continuará a fazer-se normalmente.
O Carnaval da Neve está de regresso, apesar das restrições o município decidiu instalar no centro da cidade uma estrutura artística que está a ser construída pela comunidade, com o apoio do Agrupamento Escolas da “a Lã e a Neve”, Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto, Agrupamento Escolas Pêro da Covilhã, Agrupamento Escolas do Teixoso, Escola Profissional, Agrícola Quinta da Lageosa, APPACDM, Escola Secundária Campos Melo EPABI, Escola Secundária Quinta das Palmeiras, Banda da Covilhã, Casa do Menino Jesus, Fundação Imaculada Conceição, Conservatório de Música da Covilhã, Associação Centro Social Sagrado Coração de Maria do Ferro, Santa Casa da Misericórdia da Covilhã, Estabelecimento Prisional da Covilhã e Vitória de Sto. António.
A instalação artística conta com a orientação técnica do artista plástico Luiz da Cruz, para a vereadora com o pelouro da Cultura, Regina Gouveia “Trata-se de uma teia de neve que está a ser construída em cada uma das instituições, escolas, associações. Uma teia de neve que será montada na próxima terça-feira para ser inaugurada na sexta-feira, dia 25 de fevereiro. Além desta teia de neve, estará também um photowalk que vai permitir lembrar o surgimento do Carnaval da Neve, há 70 anos.” A vereadora sublinha ainda que” este é um programa que não quer perder o espírito deste tempo que deve ser de folia, e a ligação da comunidade numa época tão turística, por isso, procuramos que existam conteúdos artísticos e culturais de animação e diversão, colocando em primeiro lugar aquilo que se prende com a saúde pública.” Os tradicionais desfiles foram adiados para o próximo ano.
A vereadora Regina Gouveia destaca ainda, dois espetáculos que vão acontecer na cidade, nos dias 26 e 27, “Um espetáculo pela Orquestra de Malabares em parceria com a Banda da Covilhã, que cruza a experiência artística de duas entidades artísticas, uma local e outro de nível nacional. Quer este espetáculo, quer o que vai acontecer no dia seguinte, na praça do município, de marionetas musicais, são gratuitos e direcionados para as famílias.”
Tal como em anteriores edições, o cartaz conta também com muita animação na Serra da Estrela, as Penhas da Saúde vão receber várias atividades, no Ice Bar Arena, na pista de gelo Ice Arena e na Pousada da Juventude.
PROGRAMA CARNAVAL DA NEVE 2022
Sexta-feira, 25 de fevereiro
Praça do Município
14h30 – Inauguração da Instalação «Teia de Neve», concebida pelo artista covilhanense Luís da Cruz (até 6 de março).
Animação Musical: APPACDM e EPABI
Ice Bar – Penhas da Saúde
21h30 – Karaoke Carnaval da Neve
23h00 - DJ Mr. Viziny
Sábado, dia 26 de fevereiro
Ruas das Penhas da Saúde e Parque da Pousada
15h00 – Animação de Rua e Parque de Diversões - Insufláveis
Pousada de Juventude Serra da Estrela - Penhas da Saúde
20h00 – Jantar Carnaval da Neve
22h00 – Baile de Mascarados Carnaval da Neve / DJ Mr. Viziny
Teatro Municipal da Covilhã
21h30 – Espetáculo Orquestra de Malabares + Banda da Covilhã.
Prosseguindo com o projeto de animação comunitária “Vem bater à minha porta,” o Município de Silves foi até Corte Mourão, bater à porta da D. Anabela Viegas, para uma tarde de partilha do seu quotidiano.
Nesta visita a D. Anabela descreveu como tem sido o seu dia-a-dia, após ter sofrido um acidente de viação, do qual ficou paraplégica, e dos problemas, com que se depara diariamente, resultantes dos seus condicionamentos atuais. Apesar das adversidades, a mesma tem o cuidado de se manter ativa, tendo dado ênfase à importância que os trabalhos manuais como o croché, o tricô ou a criação de bolsas e carteiras em tecido, têm vindo a ganhar na sua vida. Nesta conversa informal houve, ainda, tempo para mostrar orgulhosamente os seus trabalhos, os quais realiza com muito empenho e dedicação, e que se tornaram o melhor escape para a sua condição física.
Relembramos que o projeto de animação comunitária “Vem bater à minha porta”, dinamizado através de visitas domiciliárias, tem como principal objetivo estimular a memória e dar resposta ao isolamento da população mais idosa no concelho; através da dinamização de jogos com imagens temáticas de tempos livres, animais de estimação, memórias e de curiosidades, exercitando assim, as suas capacidades intelectuais e de expressão.
Qual
a relação do jazz com as bandas filarmónicas portuguesas? De onde
vem a música jazz? Quem a criou? Quem foram os principais
intervenientes no seu aparecimento e no seu desenvolvimento? Que
fatores contribuíram para o seu nascimento e para a sua afirmação
mundial? Como se processou esta viagem do jazz pelo mundo? É a estas
e outras questões que procura responder o guião pedagógico do
maestro e etnomusicólogo Hélder
Bruno Martins, lançado no âmbito do “HAPPY JAZZ – A música que
nos une”, projeto multidisciplinar de carácter
artístico-pedagógico e cultural organizado pelos municípios de
Cantanhede, da Figueira da Foz e de Soure, ao
abrigo de um programa da Comunidade Intermunicipal Região de
Coimbra.
Trata-se
de uma espécie de sebenta teórica que introduz os leitores,
particularmente os músicos das 18 bandas filarmónicas daqueles três
concelhos, na história sumária do jazz e da sua estreita
articulação com este género de
instituições com grandes pergaminhos na consolidação da cultura
musical no país. “Este
é o ponto de partida para as muitas sessões que acontecem ao longo
deste período formativo e é, inquestionavelmente, uma excelente
referência na abordagem teórica de base que suporta a compreensão
introdutória desta matriz basilar como é o jazz”,
refere o autor do guião. Segundo Hélder Bruno Martins, “a
relação entre o jazz e as bandas filarmónicas é muito mais
próxima do que eventualmente se possa pensar”,
pois estas “estão ligadas,
também elas, à receção e à emergência do jazz em Portugal”,
processo sobre o qual “alguns
musicólogos têm vindo a dar luz algumas informações relevantes,
apesar de ser ainda relativamente escassa produção científica
sobre o tema”.
Para
o vice-presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Pedro Cardoso,
o documento elaborado por Hélder Bruno Martins centra
oHAPPY
JAZZ naquilo que é o essencial do projeto e permite trilhar outros
caminhos.
“Por outro lado, realça a dimensão histórica das bandas
filarmónicas e, por isso mesmo, é um grande projeto, mas também o
é pelo seu carácter intermunicipal, o que traduz uma visão
inovadora de quem consegue olhar para lá dos limites do seu concelho
e se aventura num projeto cultural em rede”,
referiu o autarca.
A
capacitação dos agentes culturais, a valorização turística dos
territórios e a criação de novos públicos foram outras virtudes
da iniciativa sublinhadas por Pedro Cardoso, para quem é prioritário
“apostar na valorização do
património cultural”.
Já
o maestro Rui Lúcio, diretor artístico do HAPPY JAZZ, explicou que
o projeto resulta da junção de pequenos projetos, capazes de
proporcionar aos elementos das bandas filarmónicas “motivos
para sonhar”, referindo que o
guião pedagógico “vai ser
essencial no trabalho a desenvolver, não apenas para os formandos,
mas também para as escolas de música”.
Na
sessão participaram também as vereadoras dos municípios da
Figueira da Foz e Soure, Olga Brás e Teresa Pedrosa, respetivamente.
Recorde-se que nesta altura está a decorrer a segunda fase do
projeto – O Jazz na Filarmónica –, cujas ações assumem duas
importantes vertentes, uma relacionada com a formação e outra com
as performances em público, designadas por PandeMúsica.
Numa cerimónia realizada no passado Sábado, nas instalações dos Paços do Concelho, a Câmara Municipal de Castelo de Paiva entregou as Bolsas de Estudo para alunos do concelho que frequentam o Ensino Superior, referente ao anterior ano lectivo, sendo que, uma das 16 bolsas financiadas, será atribuídas a bombeiros locais que frequentem este nível de ensino, ajudando a custear as despesas inerentes à formação académica.
Reportando ainda ao ano lectivo de 2020/2021, cada aluno foi contemplado com uma prestação mensal de 75 euros,( nove mensalidades ) representando um apoio financeiro anual de 675 euros, sendo que,as bolsas de estudo do ensino superior representam um encargo superior a 10,800 euros, e atenta às dificuldades económicas de algumas famílias do concelho, a Câmara Municipal de Castelo de Paiva atribui anualmente bolsas de estudo a jovens que frequentam o ensino superior e que sejam residentes em Castelo de Paiva.
Recorde-se que, tal como no passado ano lectivo, relativamente ao jovens Bombeiros Voluntários, e apesar de estarem definidas 3 bolsas de estudo para estudantes bombeiros, apenas uma candidatura foi considerada, porque reuniu todos os requisitos para a sua atribuição.Para o presente ano lectivo, os serviços municipais, ainda estão na fase de análise das candidaturas que foram admitidas, de acordo com o actual Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo.
Para o edil paivense José Rocha,que nesta cerimónia esteve acompanhado pelo presidente da Assembleia Municipal, Almiro Moreira,e outros membros do Executivo Municipal, pretende-se desta forma, continuar a apoiar economicamente o esforço dos que querem encetar um percurso académico regular integrado no seu projecto de vida e que de outra forma estariam impossibilitados ou com mais dificuldades na concretização desse objectivo, daí também a preocupação da autarquia, em apoiar os alunos com reconhecido mérito académico, nomeadamente, aproveitamento escolar nos dois últimos anos lectivos.
Com esta medida de apoio, o presidente José Rocha, destaca a aposta na educação e a vontade de continuar a estabelecer um compromisso com o desenvolvimento do concelho, potenciando a igualdade no acesso à educação e formação, para que, no futuro, possamos construir uma sociedade à medida dos mais responsáveis e capazes, ajudando a consolidar uma terra e um país onde haja oportunidades e se possa afirmar pela positiva, considerandoo autarca que, estas Bolsas de Estudo são um estímulo e um incentivo que pode potenciar a preparação e a entrada dos jovens no mercado do trabalho, destacando o apoio orientado para os jovens bombeiros que também frequentam o ensino superior.
Recorde-se que, para além da prestação pecuniária, a Câmara Municipal de Castelo de Paiva proporciona ainda um primeiro contacto com o mundo do trabalho (estágio de 20 dias) adequado ao complemento da formação de cada aluno, agora apoiado pela autarquia, sendo que, também se realça outras acções em matéria de apoio social nesta área da Educação, concretamente a oferta das Fichas Escolares aos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico, o serviço de refeições e fruta escolar, bem como o transporte escolar, entre outras propostas, traduzindo-se assim o apoio social num esforço financeiro superior a 1 milhão de euros, condições essenciais para que, o grande objectivo do sucesso educativo, seja alcançado, num tempo que se deseja de esperança e confiança, no regresso à normalidade.
Edição especial está agendada para os dias 26 e 27 de fevereiro e 1 de março
O Comboio Histórico do Vouga a vapor vai voltar a circular entre Aveiro e Macinhata do Vouga, numa edição especial de Carnaval que está agendada para os dias 26 e 27 de fevereiro e 1 de março. Os bilhetes estão à venda na bilheteira da CP e online.
Nesta autêntica e única viagem no tempo, além da icónica locomotiva a vapor CP E214, construída pela Henschel & Sohn, o comboio circulará com uma carruagem Napolitana da década de 30 do século passado, três carruagens históricas de madeira construídas na Bélgica (1908), Alemanha (1925) e em Portugal (1913), nas oficinas do Porto, pelos então Caminhos de Ferro do Estado e ainda uma carruagem construída no Barreiro, em 1908, e que circulou na Linha do Corgo.
Nestes três dias, para além de apreciarem a beleza da paisagem, os viajantes vão ter a oportunidade de viajar a bordo de um dos mais carismáticos comboios do mundo, referido como um “comboio de sonho” no livro “Dream Trains”, editado pela União Internacional de Caminhos de Ferro (UIC).
O programa previsto para cada um dos dias inicia com a partida da estação de Aveiro, às 9h00 e chegada a Macinhata do Vouga, às 10h43. Na estação de Macinhata do Vouga, está garantida animação com grupo de música e cantares tradicionais da região e mostra de produtos regionais e poderá ser feita uma visita guiada ao Museu Ferroviário. A viagem de regresso será feita às 12h15 e após uma paragem de 20 minutos em Águeda, a partida está marcada para as 13h05 e a previsão de chegada a Aveiro às 14h06.
As viagens respeitam todas as regras determinadas pela Direção-Geral de Saúde, nomeadamente a obrigatoriedade de uso de máscara. Caso se verifique a impossibilidade de utilização da locomotiva a vapor, recorrer-se-á à locomotiva diesel 9004, usada nas edições de verão.
A Câmara Municipal da Marinha Grande realizou uma sessão de informação e sensibilização sobre o programa Eco-Freguesias XXI para as freguesias do concelho, que decorreu no dia 18 de fevereiro, com o objetivo de as incentivar a apresentar uma candidatura a este programa.
A reunião contou com a presença do vereador do ambiente, João Brito; dos técnicos Sónia Guerra e João Carriço; e dos presidentes da Junta da Marinha Grande, Cristina Sousa, e de Vieira de Leiria, Álvaro Cardoso.
O vereador João Brito salienta “a importância de envolver as freguesias na dinamização de projetos que contribuam para a melhoria do ambiente e da sustentabilidade, daí que tenhamos desafiado as três freguesias do concelho a apresentarem a sua candidatura ao Eco-Freguesias. A Câmara Municipal promoverá um grupo de trabalho interno que, juntamente com as Juntas Freguesias, assegurará apoio à concretização das candidaturas e à criação de sinergias para a implementação de ações e projetos comuns”.
O Eco-Freguesias XXI é um projeto da Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE) iniciado em 2014, que visa trabalhar com as freguesias no sentido do desenvolvimento de comunidades sustentáveis. A implementação do programa baseia-se no desenvolvimento e motivação para a realização de diversas ações e projetos à escala local, com especial destaque para o carácter participado dos cidadãos.
Através de uma candidatura bienal (2021/2022), que incide sobre 10 indicadores, o Eco-Freguesias XXI procura reconhecer e valorizar o trabalho em diversas áreas dos domínios ambiental, social e económico e que vão desde a capacitação para a sustentabilidade, à gestão ambiental (da água, energia e resíduos), proteção dos recursos naturais, até à promoção do território e economia local.
A participação no Eco-Freguesias XXI decorre em várias fases, desde a fase de diagnóstico à concretização de ações até final do ano de 2022 e termina com o reconhecimento do trabalho, preconizado por cada Junta de Freguesia, através da atribuição do galardão Bandeira Verde – Eco-Freguesia XXI.
O campo de rugby, no Complexo Desportivo Municipal das Caldas da Rainha, vai receber o nome de José Luís de Melo Silveira Botelho.
A cerimónia oficial de descerramento da placa, que vai ficar à entrada do complexo desportivo, vai realizar-se no próximo sábado, 26 de fevereiro, pelas 14h30, antecedendo o jogo de Portugal contra os Países Baixos, marcado para as 15h00.
Esta é uma forma de prestar uma justa homenagem ao grande “obreiro” do projeto e desenvolvimento do rugby nas Caldas, por parte de um homem que – não sendo natural das Caldas - teve um papel preponderante na região e nas suas mais diversas causas públicas, da política à educação e da cultura ao desporto.
Em 2016, recebeu a Medalha Municipal de Mérito Educativo e Desportivo.
Apesar do surto que atingiu uma significativa parte da equipa da Secção de Natação e que provocou o isolamento de 10 atletas, 8 deles do escalão de infantis, a Associação de Solidariedade Social Sociedade Columbófila Cantanhedense, participou no Campeonato Regional de Clubes, promovido e organizado pela Associação de Natação de Coimbra, estendo representada com 15 atletas dos 25 previstos inicialmente no ato da inscrição.
A competição teve lugar nos dias 19 e 20 de fevereiro nas piscinas municipais Rui Abreu em Eiras/Pedrulha, na cidade de Coimbra e contou com a presença de cerca de 200 atletas em representação de 12 clubes.
Dado a ausência de quase metade da equipa de infantis as ambições da participação dos atletas da coletividade de Cantanhede recaíram não na classificação coletiva mas sim nos desempenhos individuais.
A esse nível a prova serviu de avaliação do momento de forma dos atletas já que daqui cerca de 5 semanas terá lugar os momentos mais importantes para o 2º macro, ou seja, o Torneio Zonal de Infantis e o Nacional de Juvenis, Juniores e Absoluto de piscina longa.
Valores
e tipologias das obras e contratos assinados hoje
A
Câmara Municipal de Aveiro divulga os valores e tipologias das obras
correspondentes aos Autos de Transferência de Recursos e aos
Contratos Interadministrativos de Delegação de Competências entre
a Câmara Municipal de Aveiro (CMA) e cada uma das nove Juntas de
Freguesia (com exceção feita para São Jacinto) para o ano de 2022.
Para
o exercício das competências previstas nestes Contratos, a CMA vai
transferir para nove das dez Juntas de Freguesia, uma verba total de
1.805.344€, reservando uma verba de cerca de 300.000€ para
afetação a objetivos a definir durante o ano de 2022, visando a
execução total da verba de 2.100.000€ inscrita no orçamento da
CMA.
A
avaliação da execução dos Contratos de Delegação de
Competências será feita mediante a apresentação pela Junta de
Freguesia de relatórios mensais de execução a entregar à Câmara
Municipal até ao dia oito de cada mês.
De
acordo com a nova ordem jurídica em vigor desde 2021, a gestão da
cooperação técnico-financeira entre a CMA e as Juntas de
Freguesia, nomeadamente com a Lei nº 50/2018 de 16 de agosto e com o
Decreto-Lei nº 57/2019 de 30 de abril, as competências que se
referem de seguida, são próprias das Juntas de Freguesia, acordando
com a Câmara Municipal as verbas e recursos a transferir para que as
Juntas de Freguesia as executem. Neste âmbito foram assinados hoje
nove Autos de
Transferência de Recursos,
com os seguintes montantes:
Freguesia
de Aradas
Limpeza
das vias, espaços públicos, sargetas e sumidouros – 71.566
€;
Jardins
e espaços verdes – 44.000€.
Freguesia
de Cacia
Limpeza
das vias, espaços públicos, sargetas e sumidouros – 91.597
€;
Jardins
e espaços verdes – 29.700€.
Freguesia
de Eixo e Eirol
Limpeza
das vias, espaços públicos, sargetas e sumidouros – 79.794
€;
Jardins
e espaços verdes – 16.500€
Freguesia
de Esgueira
Limpeza
das vias, espaços públicos, sargetas e sumidouros – 98.769
€;
Jardins
e espaços verdes – 55.000€.
União
de Freguesias da Glória e Vera Cruz
Limpeza
das vias, espaços públicos, sargetas e sumidouros – 40.744
€;
Jardins
e espaços verdes – 9.900€.
Freguesia
de Oliveirinha
Limpeza
das vias, espaços públicos, sargetas e sumidouros – 49.588
€;
Jardins
e espaços verdes – 12.000€.
Freguesia
de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz
Limpeza
das vias, espaços públicos, sargetas e sumidouros – 111.232
€;
Jardins
e espaços verdes – 19.250€.
Freguesia
de Santa Joana
Limpeza
das vias, espaços públicos, sargetas e sumidouros – 66.110
€;
Jardins
e espaços verdes – 49.500€.
Freguesia
de São Bernardo
Limpeza
das vias, espaços públicos, sargetas e sumidouros – 50.644
€;
Jardins
e espaços verdes – 41.800€.
No
que respeita às competências que a CMA delega nas Juntas de
Freguesia (e que não são competências próprias das Juntas)
respeitantes às áreas de atividades regulares e de investimentos
extraordinários, apresentamos de seguida e por Junta de Freguesia, a
distribuição das verbas e as tipologias de obras definidas nos nove
Contratos
Interadministrativos de Delegação de Competências
assinados hoje:
Freguesia
de Aradas
Pequenas
reparações/ construção de passeios – 14.500
€;
Qualificação
de caminhos rurais – 2.500
€;
Manutenção
dos Parques Infantis de Aradas e do Cardal – 1.200
€;
Manutenção
e colocação de placas toponímicas – 2.000€;
Manutenção
de fontes, fontanários e tanques – 1.000
€;
Manutenção
do Polidesportivo do Eucalipto – 1.000
€;
Parque
Intergeracional da Quinta do Canha – fase 2 – 20.000
€.
Freguesia
de Cacia
Pequenas
reparações/ construções de passeios – 18.000
€;
Qualificação
de caminhos rurais – 30.000
€;
Manutenção
de parques infantis – 1.200
€;
Manutenção
e colocação de placas toponímicas – 2.000€;
Manutenção
de fontes, fontanários e tanques – 2.000
€;
Manutenção
de polidesportivos – 1.000
€;
Requalificação
da Casa Conselheiro Nunes da Silva (em continuidade da cooperação
estabelecida nos anos de 2017 a 2021) – 25.000
€;
Construção
do Columbário – 10.000€;
Colocação
de equipamento de exercício geriátrico no centro de Cacia –
5.000€.
Freguesia
de Eixo e Eirol
Pequenas
reparações/ construções de passeios – 18.500
€;
Qualificação
de caminhos rurais – 24.000
€;
Manutenção
dos Parques Infantis do Monte, de Azurva, de Eirol e do Foral de
Eixo
– 2.400
€;
Manutenção
/ colocação de placas toponímicas – 2.000
€;
Manutenção
de fontes, fontanários e tanques – 3.000
€;
Polidesportivo
do Parque Desportivo de Eirol e Polidesportivo do Parque da Balsa
– 2.000
€;
Requalificação
do edifício sede da Junta de Freguesia – fase 2 – 5.000
€;
Serviço
de videovigilância e autoproteção no Centro Social de Eirol –
5.000€;
Parque
Infantil de Azurva – 10.000€.
Freguesia
de Esgueira
Execução
e pequenas reparações/ construção de passeios – 22.000
€;
Qualificação
de caminhos rurais – 5.000
€;
Manutenção
de parques infantis – 4.200
€;
Manutenção
e colocação de placas toponímicas – 2.000
€;
Manutenção
de fontes, fontanários e tanques – 1.000
€;
Manutenção
do Polidesportivo da Quinta da Bela Vista e do Polidesportivo da
Quinta do Carramona – 2.000
€;
Construção
da Capela Mortuária de Esgueira (em continuidade da cooperação
estabelecida no ano de 2019 e 2021) – 20.000
€;
Minicampos
de basquetebol e espaço exterior CPE – fase 2 – 10.000
€;
Parque
Infantil de Taboeira – 30.000
€.
União
de Freguesias da Glória e Vera Cruz
Pequenas
reparações/ construção de passeios – 10.500
€;
Qualificação
e/ou gestão de Sanitários Públicos – 30.000
€;
Manutenção
de parques infantis – 4.800€;
Manutenção
e colocação de placas toponímicas – 3.000
€;
Manutenção
de fontes, fontanários e tanques – 500
€;
Manutenção
de polidesportivos – 4.000€;
Armazém
da Junta de Freguesia – 50.000
€;
Parque
Infantil das Barrocas – 20.000€;
Substituição
da rede de água no Cemitério Sul – 25.000€.
Freguesia
de Oliveirinha
Pequenas
reparações/ construção de passeios – 8.500
€;
Qualificação
de caminhos rurais – 18.750
€;
Manutenção
de parques infantis – 1.800
€;
Manutenção
e colocação de placas toponímicas – 2.000
€;
Manutenção
de fontes, fontanários e tanques – 3.000
€;
Manutenção
de equipamentos desportivos – 3.000
€;
Construção
do Armazém da Junta de Freguesia – 80.000
€;
Construção
do Parque Infantil e Intergeracional das Quintãs – 30.000
€.
Freguesia
de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz
Pequenas
reparações/ construção de passeios – 20.000
€;
Qualificação
de caminhos rurais – 35.000
€;
Manutenção
de parques infantis – 1.800
€;
Manutenção
e colocação de placas toponímicas – 2.000
€;
Manutenção
de fontes, fontanários e tanques – 7.000
€;
Manutenção
de polidesportivos – 3.000
€;
Requalificação
do espaço envolvente à Ponte da Vessada – 15.000
€;
Execução
de balneários no Polidesportivo do Carregal – 17.500
€.
Freguesia
de Santa Joana
Pequenas
reparações/ construções de passeios – 15.000
€;
Qualificação
de caminhos rurais – 2.500
€;
Manutenção
de parques infantis – 3.600
€;
Manutenção
e colocação de placas toponímicas – 2.000
€;
Manutenção
de fontes, fontanários e tanques – 1.000
€;
Manutenção
dos polidesportivos – 2.000
€;
Armazém
da Junta de Freguesia (em continuidade da cooperação estabelecida
no ano de 2019 e 2021) – 100.000
€.
Freguesia
de São Bernardo
Pequenas
reparações/ construção de passeios – 12.500
€;
Qualificação
de caminhos rurais – 2.500
€;
Manutenção
de parques infantis – 2.400
€;
Manutenção
e colocação de placas toponímicas – 2.000
€;
Manutenção
de fontes, fontanários e tanques – 500
€;
Manutenção
do Parque/ Polidesportivo de São Bernardo – 1.000
€;
Obras
de requalificação do Edifício Sede da Junta de Freguesia –
20.000€.
Nesta
fase a CMA não vai formalizar este tipo de contratos de Delegação
de competências com a Junta
de Freguesia de São Jacinto,
no âmbito de uma opção acordada entre ambas as entidades, dando
prioridade ao pagamento das suas dívidas e à colocação na devida
ordem, das suas contas de 2020 e de 2021, assumindo o compromisso de
avançar com esses contratos logo que seja possível.
A
cooperação entre a Câmara Municipal de Aveiro e as dez Juntas de
Freguesia do Município e o trabalho de equipa realizado, são um
caso de sucesso do presente mandato autárquico pelos seus bons
resultados a cada ano, e é com essa base de compromisso cumprido e
sólido que vamos concretizar os objetivos acordados e contratados
neste ano de 2021.
A escritora portuguesa Ana Filomena Amaral é a convidada do Município da Covilhã para o próximo Café Literário.
A tertúlia literária, que mantém o seu caracter mensal e presencial, terá lugar no dia 24 de fevereiro (quinta-feira), pelas 18h30, no café/bar do Hotel Covilhã Jardim (jardim público).
Ana Filomena Amaral
Romancista, historiadora e tradutora, Ana Filomena Amaral natural de Avintes, Vila Nova de Gaia, é mestre em História Económica e Social Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, possui o curso de pós-graduação em Ciências Documentais /Biblioteconomia, e uma larga experiência como intérprete e tradutora de várias línguas europeias, mantendo particular contacto com a língua alemã. Ana Filomena Amaral é autora de 14 obras, entre ficção e investigação histórica. Desertos encerra a trilogia Mãe Nossa, dedicada à emergência ambiental, antecedido por O Diretor e Gelos.
No âmbito da iniciativa municipal para a promoção da literatura na comunidade escolar denominada “Trocado para Miúdos”, a escritora estará ainda presente em várias escolas do concelho, para contar muitas histórias e apresentar os seus últimos livros aos mais novos.
A vida e obra da escritora será apresentada por Rosa Simões.
A regionalização e o papel das autarquias foram alguns dos temas que dominaram o debate do 3ºcongresso da Associação Nacional das Assembleias Municipais- ANAM-que decorreu no passado sábado, na Covilhã.
O Presidente da Câmara da Covilhã, aproveitou a tribuna para lançar vários desafios ao futuro governo. Vítor Pereira reivindicou a instalação no interior de novos serviços públicos que ajudem a fixar as populações “o Governo deve criar políticas de deslocalização dos serviços já existentes e deve localizar novos serviços nestas regiões”. O autarca da Covilhã deu mesmo um exemplo:” não há razão para que no concurso de contratação de recursos humanos para análise de candidaturas do Plano de Recuperação e Resiliência seja concebido para localizar apenas em Lisboa e se desperdice a oportunidade para os instalar no território nacional”. Vítor Pereira desafiou diretamente o governo para que se crie” um estatuto especial para os territórios do interior que permita melhorar as condições de fiscalidade e reduzir os custos de contexto, como é o caso das antigas Scuts”.
A regionalização e o papel das autarquias estiveram no centro da maioria das intervenções, para o Secretário de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel “se não conseguirmos fazer uma descentralização como deve ser, dificilmente conseguiremos fazer uma regionalização”. O governante entende que” é fundamental que os autarcas consigam assumir o processo de descentralização com todo o vigor”.
Declarações do Secretario de Estado do Desenvolvimento Regional durante o 3º congresso da Associação das Assembleias Municipais (ANAM), que decorreu no passado sábado na Covilhã.
A ANAM foi constituída em maio de 2016 e tem como objetivo “valorizar o papel das assembleias municipais na organização democrática dos municípios, apoiando e promovendo estudos, seminários, congressos e publicações, melhorando desta forma a democracia no poder local.”
A Câmara Municipal de Silves informa que, devido à necessidade de execução de trabalhos na rede de abastecimento de água no âmbito da empreitada de “Dispositivos de Controlo e Redução de Perdas no Sistema de Abastecimento de Água”, o fornecimento de água será interrompido nas localidades de Gregórios e Canhestros, nas Freguesias de Silves e de SB Messines, no dia 22 de fevereiro, entre as 13h00 e as 18h00.
Serão tomadas todas as diligências para que os trabalhos decorram de forma célere e eficiente, pelo que a autarquia agradece a melhor compreensão dos munícipes e utentes do sistema pelos transtornos causados.
Para esclarecimento de qualquer dúvida ou obtenção de informações adicionais a Câmara Municipal disponibiliza o seguinte contacto telefónico do Piquete de Águas: 282 440 860.
A Covilhã vai ser a primeira cidade do distrito a abrir um “Centro Eu Sou Digital”. Trata-se de um centro de inclusão de adultos na literacia digital, que irá permitir a participação ativa e a capacitação do utilizador para o domínio das novas tecnologias da informação e comunicação (TIC´s) e integração nas novas exigências do mercado de trabalho.
O Centro ESD ficará instalado na Biblioteca Municipal e irá funcionar, numa primeira fase, em parceria com o Conselho Municipal da Juventude; Associação “O Mundo da Carolina”; Universidade da Beira Interior e Centros Qualifica da Covilhã, sendo posteriormente alargado a outras instituições do concelho.
Esta nova valência integra a política social, cultural e educativa que o Município tem vindo a desenvolver nos últimos anos, e irá funcionar em articulação e complemento com os outros serviços de proximidade já existentes na Biblioteca Municipal, como o espaço dos sentidos, espaço internet e loja Ponto Já.
O Papa João XXIII celebra Missa Solene na Basílica de São Pedro, no início dos anos 60
Luiz Sérgio Solimeo
No voo de volta a Roma após sua viagem ao Chipre e à Grécia, em 6 de dezembro passado, respondendo a uma pergunta de jornalistas sobre a renúncia do arcebispo de Paris, Dom Michel Aupetit, o Papa Francisco explicou:
“Eu aceitei a renúncia de Aupetit, não sobre o altar da verdade, mas sobre o altar da hipocrisia. Era isto que eu queria dizer.”1
O Papa parece ter tomado a mesma atitude em relação à liturgia tradicional da Igreja. De fato, apesar dos flagrantes absurdos litúrgicos vistos nas celebrações do novo rito imposto à Igreja em 1969, tanto ele quanto o Arcebispo Arthur Roche — o primeiro com o ‘Motu Proprio’ Traditiones Custodes e o segundo com a Responsa ad dubia — restringiram drasticamente a celebração da Missa tradicional.2
As razões dadas para tais medidas se resumem em “restaurar a unidade litúrgica” e impor a aceitação das doutrinas do Concílio Vaticano II.
Abandono do “Altar da Verdade”
Ao deixar de reconhecer que a divisão entre os fiéis em relação à liturgia se deu precisamente por causa da renúncia ao rito de tradição apostólica e da imposição de um novo rito romano da Missa, sob a égide do Concílio, abandonou-se “o altar da verdade”.
Antes dessa mudança, um católico podia viajar para quase qualquer lugar do mundo e assistir à mesma Missa, na mesma língua universal da Igreja, com as mesmas orações, paramentos e, sobretudo, com recolhimento.
‘Ritus Modernus’ substitui ‘Ritus Romanus’
O liturgista alemão Monsenhor Klaus Gamber prefere referir-se ao rito tradicional da Missa como Ritus Romanus, e chama o novo rito do Papa Paulo VI de Ritus Modernus. Ele explica que é impreciso e até incorreto chamar o rito romano tradicional de “Missa de São Pio V” ou “Missa tridentina”. Escreve ele: “No sentido estrito, não há ‘Missa Tridentina’, pois, pelo menos na conclusão do Concílio de Trento, não houve criação de um novo ordinário da Missa; e o ‘Missal de São Pio V’ nada mais é do que o Missal da Cúria Romana, que havia visto a luz em Roma séculos antes.”3
Paulo VI anuncia um “novo rito” da Missa
Em seu discurso de 26 de novembro de 1969, anunciando a entrada em vigor na Itália (e, mais tarde, no mundo inteiro) da “Nova Missa”, o Papa Paulo VI deixou claro que essa “novidade litúrgica” não consistia em modificações litúrgicas superficiais, mas em uma mudança completa no rito da Missa, à qual ele se referiu repetidamente com expressões como o “novo rito da Missa,” ou simplesmente o “novo rito”:
“Mais uma vez queremos convidar suas almas a se voltarem para a novidade litúrgica do novo rito da Missa, que será estabelecido em nossas celebrações do Santo Sacrifício, a partir do próximo domingo, primeiro domingo do Advento, 30 de novembro.”4
Rompendo com a tradição da Igreja
Paulo VI reconhecia que, ao impor o seu “novo rito”, estava rompendo com a tradição litúrgica da Igreja:
“Novo rito da Missa: é uma mudança em uma venerável tradição secular e por isso toca no nosso patrimônio religioso hereditário, que parecia ter de gozar de uma fixidez intangível e dever trazer aos nossos lábios a oração de nossos antepassados e nossos santos e nos dar o conforto de uma fidelidade ao nosso passado espiritual, que tornamos atual para transmiti-lo às gerações futuras. Compreendemos melhor nesta contingência o valor da tradição histórica e da comunhão dos santos.”
Gravidade da ruptura
Essas afirmações de Paulo VI são tanto mais graves quanto o Rito Romano (a “Missa Tridentina”) é de tradição apostólica. Agora, romper com a tradição apostólica acarreta problemas teológicos extremamente graves.
Mons. Klaus Gamber escreve: “Os papas observaram repetidamente que o rito [da Missa] é fundado na tradição apostólica”. Em nota, ele cita cartas dos papas Santo Inocêncio I (402-417) e Vigílio (538-555), que fazem essa afirmação. E continua comentando as opiniões de grandes teólogos do passado, como o Cardeal Caetano (+1534) e Suárez (+1617), de que “um papa seria cismático ‘[…] se ele mudasse todos os ritos litúrgicos da da Igreja que foram confirmados pela tradição apostólica’.” 5
Sacrificando o latim, o canto gregoriano e outros tesouros
Tudo na Missa agora será diferente, acrescenta Paulo VI:
“Esta mudança toca na conduta cerimonial da missa; e notaremos, talvez com algum desconforto, que as coisas no altar não acontecem mais com aquela identidade de palavras e gestos a que estávamos tão acostumados, que quase não prestávamos mais atenção neles.”
Paulo VI tinha bem ciência de que estava sacrificando o latim, essa insubstituível “língua angélica” e outros preciosos valores espirituais da Igreja:
“Aqui, é claro, será sentida a maior novidade: a da língua. O latim não será mais a língua principal da missa, mas a língua falada. Para quem conhece a beleza, o poder, a expressiva sacralidade do latim, certamente a substituição pela língua vulgar é um grande sacrifício: perdemos a linguagem dos séculos cristãos, nos tornamos quase intrusos e profanos no recinto literário da expressão sagrada, e assim perderemos grande parte desse maravilhoso e incomparável fato artístico e espiritual, que é o canto gregoriano.” E prossegue:
“Temos, de fato, motivos para lamentar, quase nos sentirmos perdidos. O que podemos colocar no lugar dessa língua angélica? Estamos abrindo mão de algo de valor inestimável.”
Resposta humana banal e prosaica
O Pontífice faz esta pergunta óbvia:
“E por que razão? Que coisa vale mais do que esses altíssimos valores da nossa Igreja?”
E responde:
“A resposta parece banal e prosaica, mas é válida, porque é humana, porque é apostólica. O entendimento da oração vale mais do que as roupas sedosas e vetustas com as quais ela foi regiamente vestida; a participação do povo vale mais, deste povo moderno saturado de palavras claras e inteligíveis, traduzíveis em sua conversa profana. Se a divina língua latina mantivesse a infância, a juventude, o mundo do trabalho e dos negócios segregados de nós, se ela fosse um diafragma opaco em vez de um cristal transparente, nós, os pescadores de almas, faríamos bem em preservar para ela o domínio exclusivo da oração e da conversação religiosa?”
Valeu a pena?
Passado meio século, cabe perguntar: valeu a pena?
O “grande sacrifício” de abandonar “a divina língua latina” e substituí-la pela “língua usada na conversa profana” aproximou da Igreja as crianças, os jovens, “o mundo do trabalho e dos negócios”?
Não. Aconteceu o contrário: as igrejas esvaziaram-se e poucos católicos agora vão à missa.
As igrejas que se enchem aos domingos e dias santos de guarda são precisamente aquelas onde se celebra a Missa segundo o Vetus Ordo, em latim, e ressoa o canto gregoriano.
Na realidade, foram a banalidade e o prosaismo introduzidos por Paulo VI na celebração da Missa que, em grande parte, afastaram os fiéis.
Conclui-se a obra demolidora iniciada por Paulo VI?
Em seu motu proprio Traditionis Custodes, de 16 de julho de 2021, e sua carta explicativa aos bispos, o Papa Francisco restringiu brutalmente e o máximo possível (com vistas a extinguir) a celebração da Santa Missa no rito tradicional, embora este seja de origem apostólica, como vimos.
A Responsa ad dubia da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, assinada pelo Arcebispo Arthur Roche em 4 de dezembro de 2021, endureceu ainda mais as disposições já draconianas do Motu Proprio Traditionis Custodes.
Ao travar sua guerra total contra a liturgia tradicional da Missa, para destruir este monumento da piedade cristã, o Papa Francisco está completando o trabalho de autodemolição da “venerável tradição secular” do rito litúrgico da tradição apostólica.
Apelos foram inúteis
Na época, a notícia do abandono da liturgia tradicional latina teve um impacto profundo não apenas nos católicos praticantes, mas também nos não-católicos.
Em 1971, cinquenta intelectuais e artistas, entre católicos, não-católicos e até judeus, enviaram ao Papa Paulo VI e tornaram público um apelo implorando a manutenção da liturgia tradicional, como patrimônio da humanidade.
Entre outras coisas, a Declaração de Acadêmicos, Intelectuais e Artistas Vivendo na Inglaterra dizia:
“Se algum decreto sem sentido ordenasse a destruição total ou parcial de basílicas ou catedrais, então obviamente seriam as pessoas cultas — quaisquer que fossem suas crenças pessoais — que se levantariam horrorizadas para se opor a tal possibilidade.
“Ora, o fato é que as basílicas e as catedrais foram construídas para celebrar um rito que, até poucos meses atrás, constituía uma tradição viva. Estamos nos referindo à Missa Católica Romana. No entanto, de acordo com as últimas informações em Roma, há um plano para fazer desaparecer essa Missa até o final do ano em curso…
“Não estamos neste momento considerando a experiência religiosa ou espiritual de milhões de indivíduos. O rito em questão, em seu magnífico texto latino, também inspirou uma série de realizações inestimáveis nas artes — não apenas obras místicas, mas obras de poetas, filósofos, músicos, arquitetos, pintores e escultores em todos os países e épocas. Assim, pertence à cultura universal, bem como aos clérigos e cristãos formais.”6
Apelo dos cardeais
Ainda mais críticos do que esse apelo de intelectuais e artistas, que entenderam bem o vínculo entre beleza e verdade, são os trabalhos de teólogos, padres e leigos que mostram como a nova Missa se afastou do Concílio de Trento e se aproximou do protestantismo.
Em junho de 1969, os cardeais Alfredo Ottaviani e Antonio Bacci enviaram ao Papa Paulo VI uma carta de apresentação de um estudo intitulado Breve exame crítico do Novus Ordo Missae. Sua carta contém esta afirmação muito séria:
“O Novo Ordinário representa, tanto em seu todo como nos detalhes, uma nova orientação teológica da Missa, diferente daquela que foi formulada na Sessão XXII do Concílio de Trento. Os ‘Canons’ do rito, definitivamente fixados naquele tempo, proporcionavam uma intransponível barreira contra qualquer heresia dirigida contra a integridade do Mistério”.7
Missa sem sacralidade
O novo rito perdeu aquela sacralidade e mistério que o latim lhe dava, a reverência do sacerdote diante de Deus no altar, rezando em voz baixa, como se aniquilado diante da grandeza de servir como instrumento de Nosso Senhor Jesus Cristo para consagrar e imolar a Vítima divina em forma sacramental, renovando assim o Sacrifício do Calvário.
No “novo rito” de Paulo VI, a Missa tornou-se uma tagarelice contínua, um diálogo constante e banal entre o celebrante e a assembleia, sugerindo que os fiéis concelebram com o sacerdote. Ele põe tanta ênfase na assembleia, que o Pe. Joseph de Sainte-Marie, O.C.D., observou que “ao absolutizar esse aspecto comunitário”, a nova Missa “levou ao antropocentrismo, [com] a assembleia celebrando-se a si mesma”.8
Não é de admirar, então, que tenha havido tantas aberrações e absurdos na celebração da Missa de acordo com o Novus Ordo Missae ao longo desses cinquenta anos.
Monsenhor Klaus Gamber, The Reform of the Roman Liturgy: Its problems and Background, (San Juan Capistrano, Califórnia: Una Voce Press; Harrison, N.Y.: The Foundation for Catholic Reform, 1993), p. 23.
Monsenhor Klaus Gamber, op. cit., pp. 34-36 (grifo nosso), e nota 26. Ver também Arnaldo Xavier da Silveira, Theological and Moral Implication of the “Novus Ordo Missae”, (Cleveland, Ohio: Lumem Mariae Publications), p. 258ss.
Carta dos Cardeais Ottaviani e Bacci à Sua Santidade Papa Paulo VI. Roma, 25 de setembro, 1969. https://pelafecatolica.com/2016/05/25/breve-exame-carta-cardeais-ottaviani-bacci/ (grifo nosso), acessado em 12-01-22. O fato, sobre o qual há muita confusão, de que o Cardeal Ottaviani tenha retirado seu nome dessa iniciativa não altera a veracidade da afirmação. A crítica é comprovada pelo estudo que os Cardeais encaminharam, e também por publicações de inúmeros autores como, por exemplo, a de Arnaldo Xavier da Silveira, citada acima.
P. Joseph de Sainte-Marie, O.C.D., L’Eucharistie Salut du Monde, Ed. Dominique Martin Morin (Paris: Les Éditions du Cèdre, 1982), p. 134. (Tradução nossa).