A proximidade com a guerra na Ucrânia, a apenas 400 quilómetros de Viena, leva a Áustria a investir mais na sua Defesa. O Governo austríaco está a alocar mais dinheiro para combater o cibercrime e na compra de armamento pesado, e a projetar novas infraestruturas, como este centro de alistamento.
"Estamos, atualmente, nos 2,71 mil milhões de euros por ano, É, historicamente, o mais elevado orçamento da Defesa, mas não nos enganemos: certamente, isso não é suficiente para compensar décadas de negligência", refere a ministra austríaca da Defesa, Klaudia Tanner.
Para a Áustria que não pertence à NATO, a adesão à Aliança Atlântica tem estado, até agora, fora de questão. De facto, a neutralidade eterna é celebrada como o feriado nacional da República Alpina, com desfiles militares que não conseguem disfarçar o baixo orçamento de defesa da Áustria.
Os países igualmente neutros como a Finlândia e a Suécia gastam cerca 1,5% do seu produto interno bruto na defesa nacional. A Áustria tem-se ficado pelos 0,6% do PIB. A Irlanda, em último lugar, investe 0,2%.
Equipamento obsoleto, poucas peças sobressalentes e efetivos insuficientes. O jornalista Martin Rosenkranz tem seguido, durante décadas, as medidas de austeridade que têm afetado o exército austríaco e defende que seria impossível combater Vladimir Putin.
"Nos últimos anos, quando a Áustria quis comprar sistemas bélicos, tentaram equipar essas armas com o menor poder de ataque militar possível", conta o jornalista.
Para assegurar uma melhor capacidade militar, pelo menos a médio prazo, o Governo está, atualmente, a ponderar em investir mais.
O jornalista da euronews Johannes Pleschberger relata: "A guerra na Ucrânia, a apenas 400 km de Viena, provocou uma mudança na posição da Áustria: em vez das suas relações tradicionalmente boas com a Rússia, a República Alpina está agora a unir esforços com o Ocidente, mas resta saber se e com que rapidez a Áustria estabelece uma defesa nacional adequada".
Fonte: euronews