sexta-feira, 8 de abril de 2022
Silves | INTERRUPÇÃO DE FORNECIMENTO DE ÁGUA NO DIA 11 DE ABRIL NA URBANIZAÇÃO VALE DO OLIVAL, RUA DE VALE DE OLIVAL E RUA DO ALMANXAR NA FREGUESIA DE ARMAÇÃO DE PÊRA ENTRE AS 14H00 E AS 18H00
Centro Náutico de Monsaraz recebe a primeira prova do campeonato nacional de Formula Windsurf Series
Figueiró dos Vinhos integra “Projeto S@úde+Perto” promovido pela Fundação de Nossa Senhora da Guia IPSS e aprovado pelo PORTUGAL INOVAÇÃO SOCIAL
Cantanhede | “Tardes Comunitárias: Dar + Vida Aos Anos” regressam após interregno de dois anos. Projeto do Município tem já várias atividades agendadas
O projeto do Município de Cantanhede “Tardes Comunitárias: Dar + Vida Aos Anos” está de regresso após dois anos de interregno devido à pandemia de Covid-19. Apostado num conjunto de iniciativas que integram as componentes didática e formativa, o projeto destina-se a estimular o interesse de quem dispõe de tempo, possibilitando grandes oportunidades de ocupação de qualidade a esse nível.
Com o principal objetivo de promover a participação ativa e saudável da população com idade igual ou superior a 55 anos, e desta forma melhorar a qualidade de vida (bem-estar físico, social e mental) desta franja populacional, o Município de Cantanhede pretende também com estas iniciativas facultar o acesso a atividades dinamizadas pelos diferentes serviços, designadamente a ação social, cultura, desporto, proteção civil e turismo, fomentar a participação social e cívica e a troca de experiências, proporcionar atividades diversas, que permitam a partilha de ideias, conhecimentos e momentos de convívio e estimular o gosto por uma constante atualização de saberes.
Assim, às quartas-feiras, entre as 14h30 e as 17h30, vão decorrer ações diversas, desde exercícios de ginástica ou de outros desportos a debates em torno de matérias como a saúde e segurança, literatura, artes plásticas, turismo e proteção civil. O mote para estas ações pode ser feito a partir da análise de documentos ou da projeção de filmes. Estão ainda previstas atividades como visitas guiadas, debates literários ou convívio social ativo.
Os interessados podem comparecer livremente à primeira ação do projeto, na qual devem formalizar a sua inscrição, sendo ainda possível fazê-lo na Casa Francisco Pinto, na Rua António José de Almeida nº 3, em Cantanhede, ou através do número 231 410 123 ou do email tardescomunitarias@cm-cantanhede.pt.
Programa
20 de abril
Apresentação do programa + deslocação em viatura própria a Póvoa da Lomba para “Passeio pelas orquídeas silvestres das camadas calcárias”
Biblioteca Municipal
27 de abril
EUSOUDIGITAL - Sessões às 10h e às 14h30
Biblioteca Municipal
4 de maio
Doença do riso e outras histórias
11 de maio
Prevenção do Cancro do Cólon Retal
Liga Portuguesa contra o Cancro
Biblioteca Municipal
18 de maio
Visita ao Ecocentro municipal de Cantanhede
Inscrições de 2 de maio a 13 de maio
INOVA
25 de maio
Visita ao Museu Marítimo de Ílhavo
Ílhavo
Inscrições de 9 de maio a 20 de maio
Avós e Netos em Segurança
Vespa Velutina e Jogo da Segurança
Utilização de Extintores
Biblioteca Municipal
8 de junho
Visita ao Museu Etnográfico e Agrícola e caminhada pela rota da Vinha
Inscrições de 23 de maio a 3 de junho
Cordinhã *
15 de junho
Visita a um estaleiro de construção de barcos de Arte-Xávega
Seixo, Mira *
Inscrições de 30 de maio a 9 de junho
Mira *
22 de junho
Bailarico dos Santos Populares com sardinhada partilhada
Mercado Municipal de Cantanhede
29 de junho
Visita ao Núcleo Museológico do Hospital Colónia Rovisco Pais com piquenique partilhado
Inscrições de 13 de junho a 24 de junho
6 de julho
Cine-concertos das 4ª Clássicas
Centro Social e Paroquial S. Pedro
13 de julho
15h - Hidroginástica Colorida
Piscinas Municipais
20 de julho
Jogo das Marcas e piquenique partilhado
Nota: sempre que a atividade implicar a deslocação em autocarro, é necessária a inscrição individual na Biblioteca Municipal, presencialmente ou via telefone (231 410 870), no período indicado para cada atividade. O ponto de encontro é no parque de estacionamento da Biblioteca Municipal.
Academia de Música de Castelo de Paiva promove 12º Festival Ibero-Americana de Clarinete. Iniciativa arranca amanhã com concerto no Auditório Municipal
Comunicado | Por uma estratégia local de habitação que promova a coesão social e a qualidade de vida para toda a população
Por uma estratégia local de habitação que promova a coesão social e a qualidade de vida para toda a população
O Bloco de Esquerda de Coimbra reuniu com representantes das Associações de Moradores do Bairro António Sérgio, Bairro da Rosa, Rua Cidade S. Paulo e Bairro do Monte Formoso a fim de analisar as políticas de habitação social em Coimbra e, nesse contexto, o anteprojeto de construção de um novo edifício com 32 fogos para habitação social, na Rua Cidade Cambridge, no Planalto do Ingote, União de Freguesias de Eiras e S. Paulo de Frades, conforme decisão aprovada no passado dia 22 de fevereiro de 2022, em reunião da Câmara Municipal de Coimbra.
O Bloco de Esquerda regista uma inteira consonância com as posições assumidas pelas associações de moradores do Planalto do Ingote, no sentido da exigência de uma política de habitação social inclusiva, disseminada na malha urbana e periurbana, que promova uma verdadeira integração social, recusando a espacialização da pobreza e a guetização de quem se encontra já em situação de carência e maior fragilidade.
No Planalto do Ingote encontra-se a maior concentração de habitação social da cidade, atingindo no seu conjunto cerca de 600 fogos (60% de todo o parque de habitação social), o que convida a uma política de bom senso. Ao invés de mais construção de habitação social, nesta área, o que é preciso e é urgente, é a reabilitação do edificado que já aí se encontra, dotando os moradores de melhores condições de vida e, simultaneamente, promover políticas de integração, socialização e dinamização cultural, que passam, entre outras medidas, pela criação de espaços verdes e de lazer e de um Centro Cívico e Cultural neste planalto.
O projeto de construir mais 45 fogos no Ingote (32 na Rua Cidade de Cambridge, mais 13 na Estrada de Vale de Figueiras), previsto na Estratégia Local de Habitação, aprovada pelo executivo municipal de Manuel Machado, além de constituir um erro, não é um dado irreversível. A lei que estabeleceu o 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, prevê a possibilidade de, em qualquer momento se poder proceder à alteração da Estratégia Local de Habitação, e neste último documento é referida a possibilidade de atualização a fim de permitir “gerar um maior consenso em torno de uma estratégia habitacional para o município de Coimbra. Ora é justamente disto que se trata. Ouvir as populações e as suas associações de moradores; ponderar razões e argumentos; reavaliar impactos negativos dos projetos; corrigir decisões. É tudo uma questão de bom senso e de políticas esclarecidas e informadas, já para não invocar a incoerência de quem, enquanto vereador da oposição fez um discurso de demarcação crítica relativamente ao projeto e, agora na chefia do poder municipal, dê o dito pelo não dito.
Desta forma, o Bloco de Esquerda manifesta a sua solidariedade para com a luta das comissões de moradores do Planalto do Ingote, na defesa de políticas de promoção da habitação social que promovam a disseminação pelos vários bairros urbanos e por todas as freguesias do concelho de habitações destinadas a arrendamento social. Uma estratégia local de habitação que aposte na participação dos cidadãos e na auscultação das suas associações, nomeadamente, as de moradores. Uma política que coloque o centro na reabilitação urbana, privilegiando a requalificação e revitalização das áreas mais degradadas, dando condições de habitação condignas e densificando os centros da cidade e das freguesias.
O Bloco de Esquerda, defende, ainda, a aquisição municipal de terrenos para construção, combatendo a especulação, bem como a aquisição de habitações degradadas e devolutas, reabilitando-as e colocando-as no mercado de arrendamento a preços controlados, bem como a negociação, em novos loteamentos, da cedência de uma percentagem de fogos destinada à habitação social.
A Coordenadora Concelhia de Coimbra
Von der Leyen e Borrell em Bucha: “Vimos a face cruel do exército de Putin”
Os líderes europeus visitaram uma vala comum nos arredores de Bucha.
A presidente da Comissão Europeia e o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, estiveram esta sexta-feira em Bucha. A cidade ucraniana tem levantado o “véu” dos crimes que estão a ser cometidos alegadamente pelos soldados inimigos em várias localidades. Os líderes europeus tiveram a oportunidade de visitar uma vala comum, nos arredores de Bucha e prestar homenagem aos que morreram de forma desumana.
Horrorizada, a presidente da Comissão Europeia afirma que se depararam com “a face cruel do exército de Putin”.
Aqui em Bucha, vimos a nossa humanidade ser devastada e o mundo inteiro chora com o povo de Bucha”.
Ainda esta sexta-feira, Von der Leyen e Borrell vão visitar Kiev e encontrar-se com o Presidente ucraniano Zelensky.
Fonte e Imagem: SIC Notícias
Polícia Judiciária investiga morte de estudante do Politécnico de Leiria
A Polícia Judiciária está a investigar a morte de um jovem de 18 anos, estudante no Politécnico de Leiria, que morreu na noite de quinta-feira no Hospital de Santo André, naquela cidade, disse à agência Lusa fonte daquele órgão criminal.
A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar a morte de um jovem de 18 anos, na noite de quinta-feira. Segundo fonte da PJ, “todos os cenários estão em aberto”.
“Estamos a investigar e não confirmo algumas informações que estão a circular”, adiantou à agência Lusa a mesma fonte. Essas informações referem-se a um cenário de praxe e foram avançadas por alguns meios de comunicação social.
Num comunicado, o Comando Distrital de Leiria da PSP informou que recebeu um telefonema, na quinta-feira, pelas 23:00, no Centro de Comando e Controlo Operacional de Leiria, a referir que tinha falecido um jovem no Hospital de Santo André, em Leiria.
"Os polícias de serviço deslocaram-se ao local e contactaram o pessoal médico que assistiu o jovem, infelizmente falecido, apurando que o mesmo tinha 18 anos, que deu entrada no Hospital de Santo André, pelas 19:30, em paragem cardiorrespiratória", adiantou a PSP, na nota de imprensa.
Segundo a PSP, a chamada para o 112 foi registada pelas 19:11, a comunicar a necessidade de assistência médica para um jovem, “que alegadamente tinha sofrido um acidente doméstico, tendo sido acionada uma ambulância para o local".
"Foi igualmente apurado que o jovem falecido apresentava lesões torácicas que poderiam estar relacionadas com a causa da morte".
A PSP informou que "desenvolveu as diligências urgentes destinadas a identificar outros cidadãos relacionados com a ocorrência e, por não estarem claras as causas da morte”, passou a investigação para a Polícia Judiciária, órgão de polícia criminal que detém a competência para investigar os factos em questão.
A vítima é estudante do 1.º ano de Solicitadoria da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Politécnico de Leiria.
Segundo disse à Lusa o 'Real D. Dinis' (órgão de praxe) e presidente da Associação de Estudantes da ESTG, Joel Rodrigues, o estudante não fazia parte da praxe.
Este responsável contrariava assim algumas notícias que relacionavam a morte do estudante com atividades de praxe.
Joel Rodrigues afirmou que o jovem “estava em casa” e que “terá sido um acidente”, desconhecendo como é que os factos terão acontecido.
O dirigente estudantil adiantou que, após conversa com a direção da ESTG, foi decidido ativar o Serviço de Apoio ao Estudante.
"O Politécnico de Leiria e toda a sua comunidade académica querem, em primeiro lugar, transmitir a toda a família e amigos o pesar pela morte do nosso estudante", adiantou aquela instituição de ensino superior.
Referindo que "tem ainda informação muito escassa e que se encontra a acompanhar de perto esta situação", o Politécnico de Leiria adiantou que o sucedido ocorreu "no apartamento particular onde o estudante residia" e "está a ser investigado pelas autoridades competentes, não existindo informação que aponte para uma relação com atividades de praxe académica".
Divulgação de Mostra Associativa 2022 - 1 a 5 de junho, Parque de Merendas de Nossa Sra. de Fátima
Autovoucher: Anúncio de extensão do apoio leva a centenas de milhares de adesões
O programa Autovoucher teve 336 mil novas adesões desde que no final de março foi anunciado o prolongamento do apoio para abril, segundo dados do Ministério das Finanças.
“Desde o seu prolongamento para abril, o que ocorreu em 25 de março, aderiram ao Programa Autovoucher 336 mil contribuintes”, referiu fonte oficial do Ministério das Finanças em resposta à Lusa.
Depois de em março ter decidido aumentar de 10 para 40 cêntimos por litro, até ao limite mensal de 50 litros, o reembolso pago aos contribuintes registados no IVAucher, o Governo anunciou que a medida seria mantida em abril, continuando no patamar dos 40 cêntimos por litro.
O prolongamento deste apoio durante este mês foi justificado pelo facto de se manterem “atuais os pressupostos que determinaram a criação do benefício” Autovoucher.
Lançado no início de novembro, o Autovoucher foi desenhado para durar por cinco meses, até março, prevendo a atribuição de um reembolso de 10 cêntimos por litro até ao limite de 50 litros mensais de combustível, sendo o valor (equivalente a cinco euros) pago com o primeiro abastecimento do mês.
A subida do preço dos combustíveis, levou o Governo a reforçar o apoio para os 40 cêntimos por litro em março, medida que foi acompanhada por um aumento do número de adesões ao programa.
De acordo com as regras da medida, uma pessoa que tenha aderido em março, mas apenas utilize o benefício em abril receberá este mês, um total de 40 euros de reembolso com o primeiro abastecimento.
Já para os aderentes no decorrer do mês de abril, o benefício total é de 20 euros.
No final de março os reembolsos efetuados através do Autovoucher tinham já atingido os 66,89 milhões de euros.
Madremedia/Lusa
Primeiros reembolsos do IRS chegam esta sexta-feira à conta dos contribuintes
O Ministério das Finanças refere que, a partir de agora, o tempo entre a entrega da declaração e o pagamento do reembolso vai ser de três dias úteis.
A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) já processou os primeiros reembolsos do IRS, que chegam esta sexta-feira à conta dos contribuintes, cinco dias úteis depois da entrega das primeiras declarações referentes aos rendimentos de 2021.
"A partir de hoje, o processamento de reembolsos entra também em velocidade de cruzeiro, demorando cerca de 3 dias úteis entre o processamento da ordem de reembolso (após liquidação da declaração) e a entrada na conta bancária do contribuinte", refere o Ministério das Finanças em comunicado.
A campanha começou a 1 de abril e "está a decorrer com normalidade e sem constrangimentos".
Até às 18h00 do dia 7 de abril já tinham sido entregues 1,3 milhões de declarações de IRS, das quais 48% foram submetidas através do IRS automático.
"Os contribuintes que pretendam podem recorrer ao atendimento presencial nos Serviços de Finanças, devendo o agendamento ser feito através do Portal das Finanças ou do Centro de Atendimento Telefónico da AT (217 206 707)", acrescenta ainda o Ministério.
A entrega das declarações de IRS referentes a 2021 pode ser feita até 30 de junho.
Carolina Quaresma / TSF
Barcelos | Semana Académica do IPCA decorre de 10 a 23 de abril
BÉLGICA | Ucrânia pede "armas, armas e armas" à NATO
A NATO deve pôr de lado hesitações e fornecer todas as armas e apoio necessário para que a Ucrânia possa responder à invasão russa. Esta foi a mensagem que trouve de Kiev o chefe da diplomacia ucraniana, recebido esta quinta-feira em Bruxelas pelos homólogos da Aliança Atlântica.
Dmytro Kuleba, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia:"A minha agenda é muito simples. Só tem três pontos: armas, armas e armas. Acreditamos que a melhor forma de ajudar atualmente a Ucrânia é fornecer tudo o necessário para conter Putin e derrotar o Exército russo no território ucraniano."
O secretário-geral da NATO precisou que os Estados-membros não devem mostrar relutância em enviar armas para a Ucrânia, mas que uma intervenção militar da Aliança está fora de questão.
Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO:"A Ucrânia está a combater numa guerra defensiva, por isso a distinção entre armas ofensivas e defensivas não faz sentido. A NATO ofereceu apoio à Ucrânia, mas não vai enviar tropas para o terreno. E também temos a responsabilidade de evitar que este conflito se alastre para além da Ucrânia, tornando-se ainda mais mortífero, perigoso e destrutivo."
Entre as posições de Dmytro Kuleba e Jens Stoltenberg, os países da Aliança Atlântica precisam agora de decidir até onde estão disposto a ir, de forma unida, no apoio a Kiev.
Fonte: euronews
UCRÂNIA | Alegações de crimes de guerra na Ucrânia
A União Europeia, os Estados Unidos da América e os aliados vão endurecer as sanções contra o Kremlin. Bruxelas propôs que os 27 deixem de comprar carvão russo e fechem os portos aos navios operados pela Rússia. A Casa Branca vai proibir qualquer novo investimento na Rússia, após alegações de crimes de guerra na Ucrânia.
As novas penalizações vão ao encontro do pedido que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, fez esta terça-feira perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"Dirijo-me a vós em nome das pessoas que honram a memória dos que morrem todos os dias, em memória dos civis que morreram, que foram baleados e mortos na nuca depois de terem sido torturados. Alguns deles foram baleados nas ruas, outros foram atirados para os poços, por isso morreram ali em sofrimento. Foram assassinados nos seus apartamentos, casas, destruídos por granadas. Os civis foram esmagados por tanques enquanto estavam dentro dos seus carros, na estrada", afirmou o chefe de Estado ucraniano.
Nos últimos dias, imagens provenientes da cidade ucraniana de Bucha chocaram o mundo. Centenas de cadáveres espalhados pelas ruas. Civis que alegadamente foram assassinados pelos soldados russos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia continua a negar o massacre e acusa Kiev e o Ocidente de alimentarem a histeria, colocando em risco as conversações de paz.
Segundo Sergey Lavrov, "nos últimos dias, a máquina de propaganda do Ocidente e da Ucrânia tem trabalhado, exclusivamente, para alimentar a histeria em torno do vídeo, que foi filmado, segundo sabemos, pelos militares ucranianos, o serviço de segurança ucraniano na cidade de Bucha, região de Kiev. A questão é: qual é o motivo por detrás desta provocação abertamente falsa, que não pode ser justificada? Estamos inclinados a pensar que a razão é encontrar um pretexto para quebrar as conversações em curso no preciso momento em que vemos luz, embora fraca".
As autoridades ucranianas temem que as forças invasoras russas estejam a cometer mais crimes de guerra em outras partes do território.
Fonte: euronews
MUNDO | Massacre de Bucha é "apenas a ponta do iceberg"
A comunidade internacional está chocada com as imagens de Bucha, na Ucrânia. Ruas cheias de cadáveres de civis, alegadamente assassinados pelos soldados russos durante a invasão...
São centenas...
Os apelos para a adoção de sanções mais duras contra a Rússia são cada vez mais audíveis. A Comissão Europeia anunciou a abertura de uma investigação e o presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, deve ser julgado por crimes de guerra.
O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, afirma que o massacre de Bucha é apenas a ponta do iceberg.
"Os horrores que vimos em Bucha são apenas a ponta do iceberg de todos os crimes que foram cometidos pelo exército russo no território da Ucrânia, até agora. Posso dizer-vos, sem exagero, mas com grande tristeza: a situação em Mariupol é muito pior", afiança.
O Kremlin mantém a mesma posição, continuando a negar quaisquer responsabilidades. Nas Nações Unidas, o embaixador russo afirmou que esta é mais uma campanha para desacreditar a Rússia e apontou o dedo às autoridades de Kiev e ao Ocidente.
"Desde o início, ficou claro que isto não tem sido senão mais uma provocação encenada com o objetivo de desacreditar e desumanizar os militares russos e nivelar a pressão política sobre a Rússia. Temos evidências factuais que provam este ponto. Tencionamos apresentá-las no Conselho de Segurança, o mais rapidamente possível, para que a comunidade internacional não seja enganada pela falsa narrativa promovida por Kiev e pelos seus patrocinadores ocidentais", assegura Vassily Nebenzia.
O exército russo tem recuado, nos últimos dias de várias áreas da Ucrânia, estando a concentrar esforços na região oriental do Donbass.
O Kremlin fez um ultimato às forças ucranianas para que saiam de imediato da cidade portuária de Mariupol.
Fonte: euronews
Equipa internacional liderada pela Universidade de Coimbra faz importantes descobertas no Curdistão iraquiano
Uma nova campanha arqueológica realizada em Kani Shaie, no Curdistão iraquiano, por uma equipa internacional liderada por investigadores da Universidade de Coimbra (UC), resultou em várias descobertas.
Esta campanha, efetuada no âmbito do projeto de investigação “KSAP – Projeto Arqueológico de Kani Shaie”, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), foi coordenada por André Tomé, Maria da Conceição Lopes e Steve Renette, do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património (CEAACP) da UC, e contou com a participação de investigadores de oito nacionalidades e de várias universidades como Cambridge, Toronto e Carolina do Norte.
Kani Shaie, às portas das montanhas, entre a planície e as altas montanhas conhecidas como Zagros, é um pequeno sítio que se encontra longe do coração da Mesopotâmia, mas plenamente integrado no contexto regional dos grandes desenvolvimentos tecnológicos e transformações societais que, num período entre o VI milénio a.C. e o final da primeira metade do III, desenham o futuro da humanidade.
Nesta campanha de escavações, os objetivos centraram-se nos contextos do início do terceiro milénio, tendo a equipa de arqueólogos descoberto «parte de uma ocupação com arquiteturas unicelulares com acesso para espaços de trabalho exteriores equipados com pequenos fornos e outras estruturas de processamento de alimentos, bem como materiais pouco comuns para a época, tais como metal», revelam André Tomé e Maria da Conceição Lopes.
«De uma fase ligeiramente mais antiga, ainda mais do início desse milénio em que a escrita e outros instrumentos burocráticos se generalizam, foi descoberta uma grande estrutura de armazenamento de cereais que terá sido destruída por um incêndio, cujas causas são, por ora, difíceis de aferir, e que pôs fim a esta ocupação», relatam.
No interior, prosseguem os cientistas da UC/CEAACP, foram encontradas «várias impressões de selos cilíndricos, testemunhando práticas de selagem, de controlo de mercadorias e propriedade. Essas impressões, por norma associadas a contextos urbanos, das quais recolheram-se várias dezenas em Kani Shaie, e os motivos revelados demonstram que, afinal, um pequeno sítio como este, de simples arquiteturas, encontrava-se no centro do mundo, com ligações às grandes cidades do Sul Mesopotâmico, incluindo a região de Susa no atual Irão, a vales longínquos nas regiões montanhosas dos Zagros, à Síria e à Anatólia».
Esta centralidade foi também demonstrada em outros achados desta campanha, como objetos em obsidiana ou pedra-pomes, «que só se podem encontrar em regiões a milhares de quilómetros de distância». Esta riqueza de materiais, indicam André Tomé e Maria da Conceição Lopes, desencadeia um conjunto de questões: «Seria Kani Shaie um importante entreposto comercial, estação de muda entre várias regiões, uma espécie de caravanserai neste terceiro milénio, colocado já sobre os caminhos das várias rotas que um dia serão aglutinadas como “Rota da Seda”? E seria essa função já desempenhada ao longo do quarto milénio, do qual os achados de campanhas anteriores parecem representar um ponto de confluência de várias esferas culturais num momento tão importante para a história da humanidade?».
Segundo a equipa, a «escrita começa a surgir no Sul da Mesopotâmia no último quartel desse quarto milénio, e em Kani Shaie, o processo de desenvolvimento dessa tecnologia, é documentada coetaneamente por uma tabuinha de argila com uma marca numérica. A próxima campanha contará, certamente, mais desta história pouco conhecida».
Em simultâneo com as escavações, a equipa da UC/CEAACP desenvolveu uma investigação complementar assente no trabalho de campo sobre as arquiteturas tradicionais, registo das técnicas construtivas e das morfologias arquitetónicas, em várias subunidades de paisagem das áreas de montanha de Sulaimania.
A equipa do KSAP formalizou um novo contrato de parceria com as autoridades curdas com vista ao prolongamento dos trabalhos por mais cinco anos. Durante as escavações arqueológicas foram ainda ministrados cursos de formação técnica a estudantes e arqueólogos locais.
Cristina Pinto