domingo, 10 de abril de 2022

Jerónimo de Sousa diz que escalada da guerra e sanções à Rússia “não servem” a paz

Líder do PCP diz que guerra e sanções contribuem para “os lucros da indústria militar”.

O líder do PCP afirmou, este domingo, que “a escalada” da guerra na Ucrânia e “a política de sanções” contra a Rússia “não servem” a paz e contribuem para “os lucros da indústria militar” e dos especuladores.

A escalada armamentista e a política de sanções económicas, comerciais, financeiras, culturais e desportivas não servem a causa da paz, nem os interesses dos povos”, defendeu o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa.

Num discurso em Montemor-o-Novo, no distrito de Évora, no final do almoço comemorativo do 101.º aniversário do partido, o líder do PCP considerou que a guerra e as sanções “servem os lucros da indústria militar e os especuladores”.

A política de sanções tem sido pretexto para os grupos económicos fomentarem a especulação”, que “fez aumentar preços de bens que já estavam produzidos ou cujas matérias-primas tinham sido negociadas e compradas há vários meses”, vincou.

Jerónimo sublinhou que deve ser dada “prioridade ao desenvolvimento de iniciativas e medidas que possibilitem um cessar-fogo e uma solução política do conflito”, pedindo que não se incentive a escalada “carregando mais armas para o conflito”.

Discursando para cerca de 600 pessoas, o secretário-geral comunista repetiu que “desde 2014 que o PCP alerta para a guerra na Ucrânia” e considerou que o partido esteve sozinho “na condenação da guerra e na exigência de soluções de paz”.

O líder do PCP responsabilizou a “ação do poder ucraniano”, que chamou de “xenófobo e belicista”, por ter causado, nos últimos oito anos, “mais de 14 mil mortos entre os seus próprios cidadãos”.

Aqueles que recusaram acompanhar-nos nessa condenação […] têm a consciência pesada pelo seu silêncio e conivência”, mas “escusam de tentar esconder a sua cumplicidade com a guerra fazendo falsas acusações ao PCP”, realçou.

 O dirigente comunista disse que “o percurso do PCP não admite quaisquer dúvidas quanto à sua posição, salientando que o partido condena “toda a guerra que leva já oito anos na Ucrânia” e o “caminho de ingerência, violência e confrontação”.

Continuaremos a ser em Portugal o partido mais firmemente decidido a intervir em defesa da paz, do cessar-fogo e de uma solução negociada para o conflito na Ucrânia, pela resposta aos problemas de segurança coletiva e do desarmamento na Europa e pelo cumprimento dos princípios da Carta da ONU e da Ata Final da Conferência de Helsínquia”, acrescentou.

SIC Notícias

Marcelo. “Uma quebra do exemplo” nos fuzileiros deve ser “exemplarmente punida”

Marcelo condecora Fuzileiros. “Nunca falharam na sua missão”. Chefe de Estado entregou “a raríssima Medalha de Valor Militar, grau ouro”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que “uma quebra do exemplo” nos fuzileiros deve ser “exemplarmente punida”, mas defende que é inaceitável julgar todo este corpo de forças especiais pelas ações de alguns.
“Fuzileiros de Portugal, como Presidente da República representando milhões de portugueses e como vosso comandante supremo, não tenho um segundo de dúvida de que uma quebra do exemplo deve ser exemplarmente evitada antes de ocorrer e exemplarmente punida se tiver ocorrido”, afirmou, numa referência implícita à morte do agente da PSP Fábio Guerra, na sequência da qual dois fuzileiros ficaram em prisão preventiva como suspeitos deste homicídio.

Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou os Fuzileiros com a Medalha de Valor Militar, grau ouro, considerando que este corpo de forças especiais merece esta "raríssima" distinção porque nunca falhou na sua missão.

O também Comandante Supremo das Forças Armadas presidiu este domingo à cerimónia militar do encerramento das comemorações do 400.º aniversário da criação do Terço da Armada da Coroa de Portugal, que decorreu em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e contou com a presença de ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, do Chefe do Estado-Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo.

Foi sempre assim. os Fuzileiros nunca hesitaram, nunca renunciaram, nunca fraquejaram, nunca falharam na sua missão por isso vão receber a raríssima Medalha de Valor Militar, grau ouro", anunciou no seu discurso.

De acordo com o Chefe de Estado, os Fuzileiros estiveram "sempre à altura das missões", com "unidade de corpo, com competência, com bravura, com dedicação, com coragem, com entrega plena" ao que lhes era exigido.

Esta condecoração surge poucas semanas depois de, pelo menos, dois fuzileiros terem estado envolvidos em agressões a polícias à saída de uma discoteca. Um desses agentes acabou por falecer.

Circulação interrompida na A8 na Nazaré após incêndio em autocarro

Interrupção da circulação ao quilómetro 105, próximo de Valado dos Frades.

A circulação rodoviária encontra-se interrompida na Autoestrada 8 (A8), no sentido norte-sul, na sequência de um incêndio num autocarro, que ocorreu no concelho da Nazaré, disse este domingo fonte do Comando Distrital da GNR de Leiria.

De acordo com a mesma fonte, a circulação foi interrompida pelas 15:00, ao quilómetro 105 da A8, próximo de Valado dos Frades, concelho da Nazaré, distrito de Leiria.

 O incêndio no autocarro foi extinto e está a ser feita a triagem do número de feridos, que ainda é desconhecido. Serão todos feridos leves”, referiu a mesma fonte à Lusa.

De acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria, o alerta para o incêndio num pesado de passageiros foi dado cerca das 14:30. “Cerca de dez pessoas encontram-se a ser assistidas”, acrescentou.

No terreno encontram-se 34 elementos dos bombeiros, apoiados por 13 viaturas.

SIC NotíciasLusa

Imagem: Recod

Papa Francisco pede trégua pascal para acabar com “loucura da guerra”

Neste Domingo de Ramos, Francisco pediu “uma trégua para alcançar a paz” e não para “recarregar armas e retomar os combates”. E questiona: “Que vitória será aquela que plantará uma bandeira sobre um amontoado de destroços?”

É um pedido de trégua. Durante a oração do Angelus deste domingo, na praça de São Pedro em Roma, o Papa Francisco apelou a “que se deponham as armas e se dê início a uma trégua pascal”.

Mas esta paragem na ofensiva sobre a Ucrânia não é “para recarregar as armas e retomar os combates” – é antes “uma trégua para alcançar a paz, através de uma verdadeira negociação”, sublinhou.

Segundo o Papa, nessas negociações, os envolvidos devem estar “dispostos a algum sacrifício para o bem da gente”. Francisco deixou uma questão para reflexão para os autores da ofensiva: “Que vitória será aquela que plantará uma bandeira sobre um amontoado de destroços?”

Francisco deixou um pedido de oração para o fim da guerra, começando por lembrar: “A Deus nada é impossível, nem sequer fazer cessar uma guerra de que não de vê o fim. Uma guerra que todos os dias nos põe diante dos olhos tragédias hediondas e crueldades atrozes, realizadas contra civis indefesos. Rezemos por isto”. Já antes na missa de Ramos, o Papa se tinha referido à guerra.

Jesus ensina-nos a romper o círculo vicioso do mal e dos queixumes, a reagir aos cravos da vida com o amor, aos golpes do ódio com a carícia do perdão"Papa refere-se à “loucura da guerra”

"Quando se usa violência, nada mais se sabe sobre Deus, que é Pai, nem sobre os outros, que são irmãos”. A frase foi escutada na Praça de São Pedro. Na homilia da missa deste Domingo de Ramos, o Papa Francisco falou do que diz ser “a loucura da guerra”.

Sem se referir diretamente à guerra na Ucrânia, Francisco afirmou que no cenário de violência “esquece-se a razão por que se está no mundo e chega-se a realizar absurdas crueldades”. Os fiéis que encheram a praça escutaram Francisco a considerar que essas “crueldades” estão presentes “na loucura da guerra, onde se torna a crucificar Cristo”.

“Sim, Cristo é pregado na cruz mais uma vez nas mães que choram a morte injusta de maridos e filhos. É crucificado nos refugiados que fogem das bombas com os meninos no braço. É crucificado nos idosos deixados sozinhos a morrer, nos jovens privados de futuro, nos soldados mandados a matar os seus irmãos", acrescentou Francisco.

Durante a homilia, o Papa lembrou ainda que “no momento mais difícil, Jesus vive o seu mandamento mais difícil”, que é “o amor aos inimigos”. Francisco pediu a todos que reflitam sobre “quanto tempo nos demoramos a pensar em quem nos fez mal, a olhar para nós mesmos e a lamuriar-nos pelas feridas que nos infligiram os outros, a vida, a história”.

Para Francisco, “hoje Jesus ensina-nos a não nos perdermos nisso, mas a reagir, a romper o círculo vicioso do mal e dos queixumes, a reagir aos cravos da vida com o amor, aos golpes do ódio com a carícia do perdão”.

Francisco pediu para deixar de parte o “instinto rancoroso” e desafia todos a “responder, não como nos apetece a nós nem como fazem todos”, mas seguindo o exemplo de Deus.

“Pede-nos para quebrar a corrente do 'amo-te se me amares; sou teu amigo, se fores meu amigo; ajudo-te se me ajudares'. Assim não! Em vez disso, compaixão e misericórdia com todos, porque Deus vê um filho em cada um. Não nos divide em bons e maus, em amigos e inimigos. Somos nós que o fazemos, fazendo-O sofrer. Para Ele, todos somos filhos amados, que deseja abraçar e perdoar”, sublinhou o Papa Francisco.

Maria João Costa/Aura Miguel/RR

Imagem: Terra

Misericórdias ameaçam abandonar rede de cuidados continuados

Presidente da União das Misericórdias Portuguesas adiantou que já enviou uma carta dirigida às ministras da Saúde e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social "chamando a atenção para o problema".

As misericórdias de Portugal admitem abandonar a rede de cuidados continuados pública se o Governo não aumentar o valor pago por cada utente, disse este sábado à Lusa o presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel Lemos.

"As misericórdias que têm unidades de cuidados continuados, nomeadamente a tipologia de longa duração, vão levar às respetivas mesas uma decisão de denunciar os acordos. Queremos participar na rede, estar na rede de coração aberto, reconhecemos a importância para as pessoas e para o Estado, mas não podemos ser só nós a aguentar o prejuízo. É adiar a morte das misericórdias", adiantou Manuel Lemos, após uma reunião realizada este sábado em Fátima.

Manuel Lemos adiantou que já enviou uma carta dirigida às ministras da Saúde e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social "chamando a atenção para o problema".

"As misericórdias estão muito decididas a sair da rede no caso de não haver um aumento. O Governo tem dito que está à espera da constituição de um grupo de trabalho, mas já não há tempo. Tem primeiro de haver um aumento e depois sim, haver um grupo de trabalho, porque há coisas, mesmo no funcionamento da rede, que podemos contribuir", disse ainda.

O presidente da UMP garantiu que não estão "contra ninguém", mas que não podem continuar a "prestar um serviço se não pagarem o valor justo".

Há 15 dias, num conselho nacional, as misericórdias tinham alertado que não aguentavam se não houvesse aumentos do preço da rede nacional de cuidados continuados e que "se o Estado não fizesse negociações o caminho seria denunciar os acordos em vigor", revelou.

No dia 30, acrescentou Manuel Lemos, "saiu uma portaria do Ministério da Saúde que regulamenta os termos em que se pode concorrer ao PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] para novas unidades de cuidados continuados e essa portaria irritou sobremaneira as misericórdias".

Segundo o dirigente, os valores apresentados estão desfasados com o mercado da construção civil. ´

"Os valores do PRR (permitem) pagar 25% do valor de uma obra, o que é inaceitável até porque estamos perante uma rede pública. Quem coloca os doentes é o Estado, quem estabelece as condições de recurso é o Estado, quem dá as altas é o Estado", afirmou.

Sendo uma rede na qual "o setor social colabora bom grato", a responsabilidade é do Estado", sublinhou.

"Uma coisa é o Estado pagar 75% do valor da obra outra coisa é 25%. Por outro lado, há outra condição que é completamente inaceitável. Quem fosse buscar esses 25% comprometia-se a, durante 20 anos, ter aquele equipamento afeto à rede, mesmo que o Estado não mexesse nos valores. É uma condição absolutamente leonina", considerou Manuel Lemos, ao referir que os contratos são atualmente renováveis de três em três anos.

Segundo o presidente da UMP, "as misericórdias ficaram muito zangadas com isso", por ser "uma deslealdade muito grande".

Por isso, "decidiram que ninguém concorre ao PRR nessas condições". Na reunião deste sábado, foi também aprovada uma moção de apoio ao povo ucraniano. "A União criou uma plataforma e as misericórdias inscrevem o número de pessoas que podem acolher", explicou.

Lusa

Polícia britânica abre investigação após Ronaldo destruir telemóvel de adepto

A polícia britânica abriu uma investigação ao incidente de sábado no jogo entre o Everton e o Manchester United, no qual Cristiano Ronaldo destruiu o telemóvel de um adepto que o filmava.

De acordo com o comunicado a polícia de Merseyside, citado pela imprensa britânica, as autoridades estão a investigar e ouvir testemunhas para apurar “se ocorreu alguma ofensa”.

Podemos confirmar que estamos em contacto com o Manchester United e o Everton após relatos de uma alegada agressão no jogo Everton-Manchester United, em Godison. Foi relato que um menino foi agredido por um dos jogadores da equipa visitante quando [os jogadores] estavam a sair do campo”, diz o comunicado

As autoridades adiantam que estão a analisar as imagens de videovigilância disponibilizadas pelo Everton e a ouvir testemunhas, de modo a apurar se “se ocorreu alguma ofensa”.

RONALDO PEDE DESCULPA A ADEPTO A QUEM DESTRUIU TELEMÓVEL E FAZ-LHE UM CONVITE 

Cristiano Ronaldo escreveu este sábado um pedido de desculpas no Instagram para o adepto a quem destruiu o telemóvel, depois o atirar ao chão no fim da partida do Manchester United frente ao Everton.

Nas redes sociais, o futebolista português revelou que “nem sempre é fácil lidar com as emoções em momentos difíceis como o que estamos a viver”. No entanto, reconheceu que é preciso “manter o respeito, ser paciente e dar o exemplo aos mais novos”.

No pedido de desculpas, Ronaldo deixou ainda um convite ao adepto em questão para que este vá assistir a um jogo em casa do Manchester United como “sinal de fair-play e desportivismo”.

Quero pedir desculpas pela minha explosão e, se possível, convidar este adepto para um jogo no Old Trafford”. 

No fim do jogo frente ao Everton, em que o Manchester United saiu derrotado por 1-0, Ronaldo atirou ao chão o telemóvel de um adepto que o filmava. O momento foi filmado e tornou-se viral.

Cristiano Ronaldo smashed someone's phone after losing to Everton, according to fans at the ground 😳

Cristiano Ronaldo smashed someone's phone after losing to Everton, according to fans at the ground 😳 (via @evertonhub)
0:05 / 0:05

(via @evertonhubpic.twitter.com/a20z4Sg20F

— ESPN FC (@ESPNFC) April 9, 2022

Vereadora Célia Simões falou de igualdade do género na EB 2,3 Marquês de Marialva. Projeto Erasmus+ traz a Cantanhede alunos espanhóis e italianos

Não é o género que nos distingue enquanto pessoas, mas não é menos verdade que a balança da igualdade do género ainda está desequilibrada. Foi esta, em síntese, a mensagem que a vereadora Célia Simões deixou na Assembleia de Alunos da Escola Básica 2,3 Marquês de Marialva. A sessão, enquadrada no projeto Erasmus+ intitulado “Europe R Us, Everybody in!”, que dá particular ênfase à temática da igualdade do género, teve na plateia alunos da escola de Cantanhede e de estabelecimentos de ensino de Espanha e Itália.

Ao intervir na sessão presidida pela diretora do Agrupamento de Escolas Marquês de Marialva, Fátima Gomes, a autarca deixou o testemunho da sua própria carreira profissional, assente em cargos de liderança, mas durante a qual nunca se sentiu descriminada pelo facto de ser mulher. “Enquanto enfermeira gestora tive hipótese de liderar equipas, mas também o faço agora enquanto vereadora do Município de Cantanhede. No meu caso, sempre me senti integrada e tratada com equidade, mas quando olho em redor vejo que a balança da igualdade de género está um pouco desequilibrada”, constatou.

Embora entenda que “não é o género que nos distingue enquanto pessoas”, Célia Simões diz que vê nas mulheres “mais características de liderança”, uma vez que estão habituadas a conjugar a gestão familiar com a profissional. A par disso, as mulheres orientam a sua liderança “numa visão mais inclusiva e racional”.

A vereadora da Ação Social e Saúde da Câmara Municipal de Cantanhede deixou como exemplos de afirmação pela competência e não pelo género de duas personalidades centrais no mapa político europeu, Ursula Von Der Leyen e Roberta Metsola, presidentes da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu, respetivamente.


Challenger Series: Portugal conquista três das sete vagas femininas da Europa

Caparica (09/04/2022) – O surf feminino nacional confirmou, este sábado, o excelente momento que atravessa, ao conseguir carimbar três das sete vagas disponíveis pela Europa para o Challenger Series Tour de 2022, divisão que dá acesso ao Championship Tour da World Surf League. A Teresa Bonvalot, que já tinha conquistado o título europeu e a vaga de forma antecipada, juntam-se ainda Mafalda Lopes e a campeã nacional Kika Veselko.  

Um feito notável e que tem ainda mais significado tendo em conta que as surfistas portuguesas terminaram a temporada de 2021/22 do QS regional europeu nos três primeiros postos do ranking. Teresa Bonvalot, que na Caparica venceu a terceira etapa consecutiva na temporada internacional, conseguiu a máxima pontuação possível no ranking, com 7 mil pontos. Já Mafalda e Kika terminaram ambas empatadas na vice-liderança, com 3950 pontos.

Portugal até poderia ter conseguido apurar uma quarta surfista, com Yolanda Hopkins a terminar no oitavo posto do ranking, a ficar a apenas 95 pontos da alemã Rachel Presti e de entrar dentro do cut de qualificação. Yolanda tinha como requisito para a qualificação chegar à final do Caparica Surf Fest, mas acabou por ser derrotada nas meias-finais por Teresa Bonvalot, falhando o objetivo por muito pouco.

No entanto, Yolanda, que conta no currículo com a presença olímpica em Tóquio’2020, onde alcançou o 5.º posto, e foi a terceira melhor surfista europeia na edição inaugural do Challenger Series Tour, ao terminar no 19.º posto do ranking no ano passado, ainda poderá aspirar a ficar com eventuais vagas de suplentes que surjam em virtude da ausência de surfistas da elite mundial nas etapas do Challenger Series Tour.

Lista de surfistas europeias qualificadas
Teresa Bonvalot (PRT)
Mafalda Lopes (PRT) 
Francisca Veselko (PRT) 
Nadia Erostarbe (ESP) 
Pauline Ado (FRA)
Garazi Sanchez Ortun (ESP)
Rachel Presti (ALE)
*Vahine Fierro (FRA)

* wildcard 

No circuito masculino, onde o francês Maxime Huscenot já garantiu o título europeu por antecipação, sucedendo a Vasco Ribeiro, as contas apenas vão ficar fechadas na próxima semana, em Santa Cruz. Portugal não tem qualquer surfista perto sequer do cut de qualificação, mas com 3000 pontos ainda em jovem há ainda vários surfistas com possibilidades matemáticas de figurarem dentro do top 9 que dá acesso ao Challenger Series Tour. Um deles é Vasco Ribeiro que mesmo que falha a entrada direta, deverá ser um dos principais candidatos a ficar com o wildcard disponível pela WSL Europa.

O Challenger Series Tour é a segunda divisão do surf mundial e o circuito que define 12 vagas masculinas e 6 femininas para a elite mundial de 2023. Aos melhores surfistas de cada região juntam-se ainda os surfistas do circuito mundial que fiquem fora do cut de meio da temporada. O circuito é composto por oito etapas e inicia-se já a 7 de Maio na Gold Coast, Austrália. Sydney (Austrália), Ballito (África do Sul), Huntington Beach (Estados Unidos), Ericeira (Portugal), Hossegor (França), Saquarema (Brasil) e Haleiwa (Havai) são as outras paragens do calendário, tanto no caso masculino como no feminino.

Com três surfistas portuguesas já confirmadas entre as 64 que vão a jogo, podendo ainda ter mais representantes devido a essas eventuais vagas de suplentes, a armada lusa feminina vai tentar fazer história, qualificando a primeira representante portuguesa da história para a elite mundial feminina. Do lado masculino Portugal é atualmente representado por Frederico Morais na elite mundial.





Foto: Teresa Bonvalot, Mafalda Lopes e Kika Veselko (WSL/Pedro Mestre)

Mais informações em www.ansurfistas.com e www.worldsurfleague.com.