quarta-feira, 4 de maio de 2022
Santi Mina, do Celta de Vigo, condenado a quatro anos de prisão por abuso sexual
Portugueses ouvem em média 3 horas e 10 minutos de rádio por dia
Ucrânia | Doentes oncológicos
Portugal acolhe seis crianças ucranianas com doença oncológica.
Chegaram a Portugal, durante a noite de 23 de abril, seis crianças ucranianas com doença oncológica e 10 adultos, acompanhados por uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), composta por um médico, um técnico assistente que fala ucraniano e um psicólogo.
As crianças estão estáveis (vários casos já estão em remissão) e serão acolhidas em quatro unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde – duas crianças vão ser seguidas pelo Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, uma criança vai para o Centro Hospitalar Universitário de São João, duas para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e o Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, receberá uma criança. A Administração Central do Sistema de Saúde proporcionou, juntamente com os Centros de Referência de Doença Oncológica Pediátrica, as vagas necessárias para tratamento.
A transferência destas crianças e respetivos acompanhantes foi feita ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, num processo conduzido pela Direção-Geral da Saúde e em articulação com o Alto Comissariado para as Migrações.
O Serviço Nacional de Saúde está, desde o primeiro momento, disponível para receber todos quantos precisem de cuidados médicos, tendo o Ministério da Saúde disponibilizado, para o efeito, 745 camas hospitalares para doentes emergentes, cujo tratamento não possa ser garantido na Ucrânia, incluindo 12 camas pediátricas de oncologia.
A vinda destes seis doentes oncológicos pediátricos é um excelente exemplo da forma como a sociedade civil se pode afirmar como verdadeiro parceiro do Estado nesta resposta humanitária à crise que se vive na Ucrânia. A Liga Portuguesa contra o Cancro, a Sociedade de Hematologia e Oncologia Pediátrica e a Associação Acreditar (que irá acolher estas 16 pessoas) estiveram desde o primeiro minuto a colaborar com o Ministério da Saúde.
Saúde em Segurança
Centro Hospitalar de Setúbal promove ações de formação.
O Centro Hospitalar de Setúbal, em parceria com a Polícia de Segurança Pública, promoveu ações de formação dedicadas ao tema «Saúde em Segurança», que decorreram no Hospital de São Bernardo.
Esta iniciativa surgiu na sequência do cumprimento da Diretiva Estratégica 14/2022, de 10 de março – «Saúde em Segurança», emanada pela Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública, que determina a necessidade de efetuar um conjunto de ações de sensibilização aos profissionais de saúde.
Esta formação pretende alertar para a necessidade de promoção de um ambiente seguro para os profissionais de saúde e toda a comunidade.
Para saber mais, consulte:
Facebook do CHS > Vídeo da formação
Insuficiência Cardíaca
CHTS assinala Semana Europeia com diversas iniciativas.
O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), através do Serviço de Cardiologia, associa-se ao Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Portuguesa de Cardiologia para assinalar a Semana Europeia de Sensibilização para a Insuficiência Cardíaca, a decorrer entre os dias 2 e 8 de maio.
No Hospital Padre Américo, de 2 a 4 de maio, estará patente, no átrio do hospital, uma seleção de posters com informação dirigida ao público sobre a insuficiência cardíaca e, paralelamente, vão ser também apresentados vídeos informativos acerca desta problemática.
No dia 4 de maio, durante a manhã, está marcada a assinatura de protocolo entre o CHTS e a Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca que cederá tablets à Clínica de Insuficiência Cardíaca com o objetivo de os disponibilizar aos doentes com mais necessidade de contactos frequentes, de modo a poderem fazer consultas não presenciais com imagem.
No mesmo dia, pelas 14h30, no Largo da Misericórdia, em Penafiel, terá lugar um encontro, com o apoio da Câmara Municipal, com o objetivo de sensibilizar a população para o tema. Durante a próxima semana a fachada da Igreja da Misericórdia vai estar iluminada e haverá cartazes de sensibilização.
Entre os dias 2 e 8 de maio, à noite, o Hospital Padre Américo estará iluminado através da projeção de um coração gigante na fachada.
A Semana Europeia de Sensibilização para a Insuficiência Cardíaca, promovida pela Heart Failure Association da Sociedade Europeia de Cardiologia, tem como objetivo juntar grupos de trabalho e associações europeias em atividades que alertem para a importância de reconhecer precocemente os sintomas da insuficiência cardíaca, obter um diagnóstico preciso e receber o tratamento adequado.
Para saber mais, consulte:
IPO Lisboa | Novos equipamentos
Instituto vai receber doação de material no valor de 65 mil euros.
O Rotary Club de Lille e o Rotary Club de Lisboa Internacional vão doar ao Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa) material especializado de tecnologia avançada em laparoscopia, que vai permitir o reforço de meios e contribuir para a qualidade de vida e bem-estar das pessoas com doença oncológica.
O anúncio da doação deste material, num valor que ultrapassa os 65 mil euros, foi feito numa visita realizada ao IPO Lisboa, no dia 22 de abril, com representantes das duas instituições.
De acordo com o diretor do bloco operatório, Luís d’Orey Manoel, «o reforço do número de instrumentos para laparoscopia nas especialidades de Ginecologia e Urologia vai permitir uma maior facilidade na realização de intervenções, uma vez que a sua utilização não ficará tão dependente da capacidade de esterilização dos atualmente existentes». O especialista acrescentou que a existência de vários conjuntos de instrumentos «permite a realização de várias intervenções sequenciais».
Esta cooperação com os Rotary Club de Lille e de Lisboa Internacional compreende outras duas vertentes. Uma prevê a prossecução do intercâmbio com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, como Cabo Verde, Angola e São Tomé e Príncipe, com vista à formação de equipas médicas e de técnicos daqueles países, que o IPO Lisboa tem vindo a desenvolver ao longo dos anos.
A outra prende-se com a celebração de um protocolo de cooperação entre o IPO Lisboa e o Centre Oscar Lambret, de Lille, com o objetivo de partilha de informação e boas práticas na utilização de técnicas laparoscópicas, de forma a aumentar a eficiência das equipas cirúrgicas nesta área.
Para saber mais, consulte:
IPO Lisboa – https://www.ipolisboa.min-saude.pt/
Hospital de Ovar | Desmaterialização
Registo de cirurgias em ambulatório passa a estar em suporte digital.
O bloco operatório do Hospital Dr. Francisco Zagalo-Ovar (HFZ-Ovar) passou a introduzir os registos das cirurgias em ambulatório em suporte digital, no seguimento do seu processo de desmaterialização.
De acordo com o Presidente do HFZ-Ovar, Luís Miguel Ferreira, «a medida segue-se a outras já efetuadas, como é o caso da plataforma “Patient.Care (BSIMPLE)”, recentemente instalada e que consiste na adoção de uma solução informática, visando estender o nosso processo de desmaterialização ao ambiente do bloco operatório».
No âmbito desta melhoria, que se insere no projeto HOSP: Hospital de Ovar sem Papel, todas as prescrições realizadas, quer na cirurgia convencional quer na do ambulatório, passam a realizar-se em suporte digital.
«Este é mais um passo importante na desmaterialização dos processos clínicos e que veio agilizar a dispensa da medicação, até então realizada em suporte papel e que era entregue ao doente, mediante assinatura de receção do protocolo de medicação. Agora, todo o processo é mais ágil e seguro», refere a responsável médica do Bloco Operatório e Serviços Cirúrgicos, Eulália Sá.
Para saber mais, consulte:
HFZ-Ovar – https://www.hovar.min-saude.pt/
Acordo INSA-FioCruz
Secretário de Estado destaca importância da cooperação.
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) assinaram, esta segunda-feira, em Lisboa, um acordo que pretende desenvolver e estreitar a cooperação nos campos da Ciência, da Tecnologia e da Inovação, entre as duas organizações. A cerimónia foi presidida pelo Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, que destacou a importância da diplomacia e da colaboração internacional na saúde e na ciência.
“A transformação que está em curso na saúde, mas também na sociedade, impõe-nos uma nova abordagem ao nível das políticas públicas. Uma nova visão em matéria de planeamento e gestão dos serviços, uma nova visão ao nível dos recursos humanos, mas também, e sem dúvida, um reforço na colaboração entre diferentes países, regiões e organizações”, afirmou António Lacerda Sales, destacando a importância da colaboração internacional enquanto “fator de coesão e de competitividade”.
Este Acordo, vem reforçar a cooperação já existente entre o INSA e a FioCruz, na área do planeamento institucional, cooperação internacional e intercâmbios académicos e tem como principal inovação a vinculação a um Plano de Trabalho, que prevê ações concretas, como, por exemplo, oficinas e seminários científico-técnicos bianuais e cooperação e apoio técnico a pLacerda Sales defendeu a relevância deste tipo de parcerias naquela que deve ser a construção de respostas globais aos problemas que são, também, globais.
“A resposta a desafios globais, como tem sido este da pandemia da COVID-19, tem de ser global. Exige solidariedade e cooperação internacional”, afirmou o governante, reiterando que “a Saúde está no centro de todas as políticas”. “Precisamos da saúde em todas as áreas, incluindo na diplomacia. Essa será a única forma de sermos bem-sucedidos num projeto de futuro”, frisou.aíses da CPLP.
Lacerda Sales defendeu a relevância deste tipo de parcerias naquela que deve ser a construção de respostas globais aos problemas que são, também, globais.
“A resposta a desafios globais, como tem sido este da pandemia da COVID-19, tem de ser global. Exige solidariedade e cooperação internacional”, afirmou o governante, reiterando que “a Saúde está no centro de todas as políticas”. “Precisamos da saúde em todas as áreas, incluindo na diplomacia. Essa será a única forma de sermos bem-sucedidos num projeto de futuro”, frisou.
Remodelação da ala de cuidados intensivos CHUSJ
Marta Temido inaugura novas instalações no Hospital de S. João.
A unidade funcional do piso 6 do Serviço de Medicina Intensiva do CHUSJ (SMI CHUSJ) – uma das três unidades do Serviço – completou o processo de renovação estrutural, inaugurando, esta segunda-feira, dia 2 de maio, a totalidade das suas novas instalações com maior capacidade e melhores condições de internamento para os utentes.
A inauguração foi presidida pela Ministra da Saúde, Marta Temido, que afirmou que, já antes da pandemia da Covid-19, estava identificada a necessidade de intervenção em 25 serviços de Medicina Intensiva em todo o país, sendo que, desses, 17 foram intervencionados e “há outros serviços em processo de requalificação”. De acordo com a Ministra, as obras identificadas nesta área rondam os 35 e 40 milhões de euros.
Marta Temido acrescentou ainda, que, além de ventiladores ou de infraestruturas, “é necessário dotar os hospitais de capacidade de recursos humanos”, o que é, sublinhou, “sempre o mais difícil”. “Constatamos com angústia que a parte mais fácil, que é a infraestrutural, está quase feita. A mais difícil são as pessoas que precisam de uma formação muito rigorosa. Há um longo caminho a fazer”, concluiu.
Na ocasião, o Presidente do Conselho de Administração do CHUSJ, Fernando Araújo, destacou que esta obra também melhora as condições do centro de ECMO (Oxigenação por membrana extracorporal), “um centro de referência nacional”, aproveitando a ocasião para dirigir “uma palavra especial” aos profissionais do serviço lembrando que “a obra foi complexa, feita em duas fases e várias etapas de modo a nunca parar o serviço, até porque a empreitada decorreu em momentos de pico, nomeadamente devido à pandemia de Covid-19”.
O aumento do número de quartos de isolamento reverso dá resposta à carência nacional destas estruturas, essenciais para acolher doentes críticos com necessidades especiais, nomeadamente imunodeprimidos e doentes com infeções respiratórias (ex: Covid-19, tuberculose), reduzindo o risco de transmissão e de aquisição de infeções hospitalares e de microrganismos resistentes, emergentes ou difíceis de tratar, aumentando a segurança do doente e de profissionais.
A obra que agora se conclui esteve incluída no programa de capacitação nacional da Medicina Intensiva conforme previsto na lei. Este permitiu a realização de investimentos infraestruturais em serviços de medicina intensiva do SNS, com vista ao reforço da Rede Nacional de Especialidade Hospitalar e de Referenciação em Medicina Intensiva.
OMS avalia Portugal
Vacinação e alargamento da saúde digital são bons exemplos de Portugal.
O alargamento da saúde digital e a vacinação durante a pandemia são os principais exemplos de preparação para emergências sanitárias futuras que Portugal apresentará perante a Organização Mundial de Saúde (OMS), afirmaram os responsáveis nacionais e internacionais na visita a Portugal que teve início esta segunda-feira, dia 2 de maio.
A equipa da OMS e de observadores internacionais está no país para auditar o sistema de saúde e os mecanismos de resposta à Covid-19, no que será a primeira Revisão de Preparação Sanitária Universal de um país europeu.
De acordo com declarações da diretora-geral-assistente da OMS para o setor dos dados e análise, Samira Asma, «Portugal tem liderado mesmo desde antes da Covid-19», apontando que «a cobertura de vacinação (para a Covid-19) chegou quase aos 100 por cento e não aconteceu só por causa da pandemia, há um passado de compromisso político de alto nível».
Samira Asma afirmou que o objetivo desta revisão é «aproximar os países, partilhar experiências e arranjar soluções» para elevar ao máximo a preparação dos países para enfrentarem ameaças sanitárias futuras, o que poderá passar por «um fundo financeiro».
O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, que participou com outros responsáveis numa reunião no Infarmed, em Lisboa, referiu que Portugal partilhará «experiências a diferentes níveis e desafios que encarou e o que aprendeu, grandes evoluções como a transição digital, o sistema de vacinação e a saúde pública e como atuou a todos os níveis».
«Este exercício pondera sobre as grandes aprendizagens (da pandemia), sobre as carências, os desafios futuros, a partilha e o debate e reflexão de ideias, e acima de tudo preparar as nossas populações», salientou o governante.
Intervindo remotamente a partir da sede europeia da OMS, em Copenhaga, o diretor da região europeia, Hans Kluge, afirmou que a preparação dos países para o futuro requer «investimento sustentado nos serviços de saúde e na arquitetura de resposta e preparação para emergências».
De acordo com o subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal, nas conclusões da avaliação deverá estar «o reforço da saúde digital, uma rede estável de saúde pública, que é uma rede protetora, e garantia de recurso para essa rede poder funcionar».
Até ao fim da semana, os peritos da OMS vão recolher informação e um relatório final sobre a prontidão do sistema português será apresentado na próxima Assembleia Mundial da Saúde, que se realiza entre 22 e 28 de maio em Genebra, na Suíça.
Para saber mais, consulte:
Portal SNS > Visita da OMS a Portugal
Vacinação contra a Covid-19
Pessoas com mais de 80 anos recebem quarta dose a partir do final de agosto.
As pessoas com mais de 80 anos vão receber a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 a partir do final de agosto ou início de setembro, anunciou a Ministra da Saúde, Marta Temido, esta segunda-feira, dia 2 de maio.
De acordo com a ministra, «o que se coloca neste momento é saber qual o melhor momento para avançarmos com a quarta dose ou dose de reforço. Face às características deste vírus, e estando a situação epidemiológica relativamente controlada, o que parece fazer mais sentido é que esse momento aconteça apenas antes do início do outono/inverno. Portanto, em final de agosto/início de setembro».
A governante referiu que a administração da dose de reforço às pessoas com mais de 80 anos está «em linha com a posição da Agência Europeia do Medicamento».
Marta Temido lembrou que «para grupos em função da sua situação de imunocomprometimento ou fragilidade imunitária», a quarta dose «já está a ser passada com prescrição médica» e garantiu que Portugal está preparado para continuar o processo.
Orçamento do Estado para a Saúde
Ministra da Saúde destaca reforço de 700 milhões de euros.
A Ministra da Saúde destacou o reforço de 700 milhões de euros no Orçamento da Saúde e defendeu que os tempos recentes tornaram mais aguda a urgência de reforçar os serviços públicos.
Marta Temido, que falava no segundo dia do debate parlamentar sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), sublinhou que desde o início da guerra na Ucrânia já se inscreveram no Serviço Nacional de Saúde 33.000 refugiados ucranianos.
De igual modo, sublinhou a recuperação na atividade assistencial conseguida no ano passado “depois de um ano de 2020 marcado pela emergência sanitária”. Citando números provisórios de 2021, a Ministra da Saúde revelou que foram feitos mais três milhões de consultas nos cuidados de saúde primários face a 2020 e mais quatro milhões relativamente a 2019.
Os mesmos dados apontam para mais um milhão de consultas hospitalares realizadas no ano passado e mais 130 mil cirurgias.
Marta Temido informou ainda que os programas especiais de recuperação da atividade adiada pela pandemia permitiram realizar 65 mil primeiras consultas hospitalares e 43 mil cirurgias adicionais e destacou a área dos rastreios oncológicos, revelando que os números de mulheres rastreadas ao cancro da mama e de pessoas rastreadas ao cancro do colon e reto ultrapassaram os de 2019, considerando tratar-se de “um claro indicador de recuperação do acesso aos cuidados preventivos”.
Marta Temido informou que há mais de 439 mil inscritos no SNS e lembrou que há hoje mais 800 médicos família do que em 2015 e mais 1.200 enfermeiros.
A governante reconheceu que a escassez de recursos humanos é um problema complexo de resolver e sublinhou que, só em recursos humanos, foram gastos 338 milhões de euros para prestação de cuidados relativos à Covid-19.
Destacou, ainda, o caminho traçado para 2022 e o reforço que o Plano de Recuperação e Resiliência trará, com “reformas que ultrapassam 1.3 mil milhões de euros”.
Por fim, destacou ainda o novo estatuto do SNS (com regime de dedicação plena) e o novo plano nacional de saúde 20/30 (em discussão pública).
Prioridades do OE para a área da Saúde:
Bastonária adverte que enfermeiros vão continuar a emigrar se não tiverem incentivos
JAZZ NAS ADEGAS COM SWINGTÊTE & PAULA PADILHA: Sessões do Jazz nas Adegas com a atuação de Swingtête & Paula Padilha, agendadas para os próximos dias 13 e 14 de maio, estão esgotadas.
Cantanhede | Orquestra António Fragoso em concerto de apresentação. Público ficou rendido ao talento dos jovens músicos
A sede da Filarmónica de Covões foi palco do concerto de apresentação pública da Orquestra António Fragoso, constituída por jovens talentos e dirigida pelo maestro Eliseu Silva. Este projeto iniciado em 2018 – precisamente 100 anos depois do nascimento do patrono – pretende espelhar o génio que a vida ceifara ao jovem António Fragoso.
A recém-criada Orquestra resulta da comunhão e relação de grande cumplicidade entre a Associação António Fragoso e a Associação AMASING, do Porto, e tem a missão de divulgar a obra do compositor natural da Pocariça, Cantanhede, mas também obras de compositores portugueses, apresentando e gravando peças inéditas. O projeto assume, por outro lado, uma dimensão sociocultural, pois pretende dar oportunidades aos jovens artistas portugueses, muitos deles oriundos de contextos menos favorecidos.
“Há muito que o génio do compositor e músico António Fragoso reclamava uma orquestra com esta qualidade e nível musical, composta por jovens músicos tão talentosos. E poder contemplar estas peças impressionantes onde se encontram páginas surpreendentes num compositor tão jovem, só é possível graças ao trabalho notável e meritório da Associação António Fragoso que tem sido inexcedível na divulgação e promoção da obra e vida de António Fragoso” destacou Pedro Cardoso, vice-presidente da Câmara Municipal, responsável pelo pelouro da Cultura.
No concerto deste último fim de semana, a Orquestra lançou diversas obras de Fragoso, mas também assinalou outras efemérides – e fez-se acompanhar do conceituado pianista Manuel Araújo. A Orquestra de Cordas iniciou o concerto com a interpretação de Noturno em Si bemol menor, com um arranjo de Martim de Sousa Tavares; a entrada da Orquestra Sinfónica concretizou-se com a interpretação de Noturno em mi e, posteriormente, com a participação do pianista Manuel Araújo foi interpretada essa magistral composição Momentos 21 – Quadros Sinfónicos Fragosianos, temas de António Fragoso, num conceito e orquestração de Rui Paulo Tavares.
Apesar de estar a dar os primeiros passos, a Orquestra já cumpriu uma das suas grandes ambições: levar o nome de António Fragoso além-fronteiras, nomeadamente com a participação num concerto on-line do Festival Internacional de Música de Hong Kong, que contou com 80 mil participantes de todo o mundo.
O promotor do evento foi a Associação António Fragoso, em parceria com o Centre Européen de Musique, AMASING e Filarmónica dos Covões, e contou com o alto patrocínio do Município de Cantanhede.
NRC assinala Dia Mundial do Cancro do Ovário com Sessão de Esclarecimento
A prevenção e diagnóstico precoce do cancro do ovário dão o mote à iniciativa, organizada pelo NRC, em referência ao Dia Mundial do Cancro do Ovário. A sessão terá a participação da Dra. Elsa Abraúl, com início às 18h00 do dia 7 de abril, via Zoom.
A 8 de maio assinala-se o Dia Mundial do Cancro do Ovário, o cancro ginecológico mais letal na mulher na pós-menopausa. A doença cuja sintomatologia é inespecífica ou mesmo ausente nos estádios iniciais, apresenta taxas de incidência e mortalidade crescentes.
No âmbito da iniciativa de sensibilização para esta efeméride, o Núcleo Regional do Centro (NRC) da Liga Portuguesa Contra o Cancro organiza no próximo sábado, dia 7 de maio, a iniciativa “Sessão de Esclarecimento sobre Cancro do Ovário”. Esta ocorrerá através da plataforma zoom (disponível no seguinte link: https://us06web.zoom.us/j/
A ação conta com a comunicação da Dra. Elsa Abraúl, médica ginecologista e Vogal da Direção do NRC. O Núcleo Regional do Centro da LPCC salienta, com esta iniciativa, a importância de diagnóstico precoce do cancro do ovário, para o qual não há rastreio. Pretende também alertar para a importância de ir ao médico e de estar atenta aos sinais do seu corpo. Normalmente o diagnóstico do cancro do ovário é tardio porque este tumor evolui de uma maneira silenciosa, e só dá sintomas numa fase de doença avançada e que se confundem com problemas gastrointestinais, nomeadamente: perda de apetite, fadiga, dor abdominal, sensação de enfartamento e/ou abdómen inchado.
Doação e transplantação de órgãos aumentam após dois anos de pandemia - IPST
Todos os ciclistas da W52-FC Porto com testes antidoping negativos
Guerra na Ucrânia: primeiro-ministro António Costa anuncia visita a Kiev
Alemanha propõe aliança para apoiar países afetados por escassez de alimentos
XII Congresso Nacional da Associação Portuguesa de Imuno-Hemoterapia
Sinfonia de cores em exposição na Biblioteca Municipal de Cantanhede. Trabalhos em acrílico fluído, de Manoela Porto
Está patente ao público até dia 31 de maio na Biblioteca Municipal de Cantanhede, a exposição de pintura Sinfonia de cores. Composta por trabalhos em acrílico fluído, a mostra é constituída por vinte e oito trabalhos da artista plástica Manoela Porto, que expõe pela primeira vez em Cantanhede.
Natural do concelho de Mortágua, Maria Manoela Porto nasceu em 1951, mas viveu em Moçambique até 1975, regressando nesse ano a Portugal, tornando-se profissional no setor bancário.
Fascinada desde jovem pelas artes, foi após a reforma que Manoela Porto começou a interessar-se pela pintura, iniciando-se na técnica de pintar em tecido, modalidade que desenvolveu com mestria. A curiosidade artística motivou-a a experimentar novas técnicas de pintura, despertando-lhe o gosto para a do óleo sobre tela, com representação de motivos figurativos.
Há cerca de três anos, Manoela Porto sentiu necessidade de experimentar métodos novos na sua técnica de pintura, ampliando as temáticas dos seus trabalhos e a forma de os produzir, experimentando assim a pintura com acrílico fluído sobre tela. Esta técnica utiliza as tintas acrílicas particularmente líquidas, que são derramadas sobre tela ou outro suporte, permitindo a concretização de trabalhos artísticos com padrões abstratos, de grande efeito visual.
Na pintura com acrílico fluído sobre tela não se utilizam pincéis ou espátulas na criação das composições, exige-se, apenas, a utilização das tintas numa consistência determinada, mais fluída, de forma que as tinturas escorram facilmente e se misturem harmoniosamente umas com as outras, sobre a tela, fazendo surgir trabalhos artísticos únicos, irrepetíveis e de grande impacto visual. Esta técnica de pintura torna cada tela uma peça única e ímpar, em cada derrame há uma expectativa singular.
Os trabalhos de Manoela Porto já estiveram em exposição no Mercado Velho, em Tondela, no Museu Municipal Manuel Soares de Albergaria, em Carregal do Sal e na Câmara Municipal de Mortágua.
MORfood, o projeto que quer ajudar a combater a má nutrição no mundo
Combater a desnutrição infantil em países em vias de desenvolvimento é o grande objetivo do projeto “MORfood - Microencapsulação de extratos de Moringa oleifera e sua aplicação em alimentos funcionais”, liderado pelo investigador Licínio Ferreira, da Universidade de Coimbra (UC).
O projeto, com a duração de três anos, tem um financiamento de cerca de 230 mil euros, atribuído pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e pela Aga Khan, uma fundação que apoia projetos nos domínios da saúde e educação, nomeadamente o desenvolvimento científico e tecnológico dirigido ao progresso da qualidade de vida no continente africano.
Além da equipa da Universidade de Coimbra, através da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCTUC), da Faculdade de Farmácia (FFUC) e da PRODEQ - Associação sem fins lucrativos do Departamento de Engenharia Química (DEQ) da FCTUC, também participam no projeto investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e da Universidade Agostinho Neto (UAN), em Angola.
O MORfood foca-se em produzir microcápsulas ricas em compostos bioativos extraídos de Moringa oleifera, conhecida como a planta da vida, que serão incorporadas em determinados alimentos (pão, iogurtes e sumos) para crianças em idade escolar, entre os 4 e 10 anos.
A Moringa oleifera, uma espécie nativa do norte da Índia, Paquistão e Afeganistão, e muito cultivada em países tropicais e subtropicais de África, Ásia e América Latina, é uma das plantas «mais nutritivas do mundo, muito rica, por exemplo, em proteínas, vitaminas e minerais, como cálcio e potássio. É uma planta que já é utilizada pelas populações africanas para combater um conjunto alargado de patologias, tais como asma, bronquite, hipertensão, diabetes, entre muitas outras. O nosso estudo centra-se nos extratos das folhas, a parte da planta mais rica em nutrientes», explica Licínio Ferreira, docente da FCTUC e investigador do Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF).
A equipa apostou na microencapsulação para enriquecer os alimentos, porque, segundo o coordenador do estudo, é uma tecnologia que apresenta muitas vantagens, neste caso «protege a atividade biológica de alguns compostos que são extraídos da planta e que de outra forma se degradariam. Por exemplo, no caso do pão, um dos alimentos que selecionámos, as microcápsulas podem ser introduzidas na própria farinha, e se os compostos não estiverem incorporados dentro destas microcápsulas, as suas propriedades iriam degradar-se e desaparecer durante o fabrico do pão, daí a importância das microcápsulas».
Nesta primeira etapa do projeto, os investigadores estão a caracterizar as amostras de folhas de moringa provenientes de Angola, de modo a obter a composição fitoquímica e nutricional das folhas. Após essa caracterização, que é fundamental, seguem-se os estudos de extração de compostos e seleção dos mais adequados ao objetivo do projeto, ou seja, compostos importantes para combater a desnutrição infantil.
Antes da fase da microencapsulação, os extratos serão selecionados, «porque eventualmente haverá compostos indesejáveis que têm de ser removidos. Desta seleção, obteremos frações enriquecidas de macronutrientes e micronutrientes que são benéficos para combater a desnutrição infantil, nomeadamente hidratos de carbono, vitaminas, sais minerais, entre outros», esclarece Lícino Ferreira.
No final do projeto, os alimentos funcionais (enriquecidos) com microcápsulas carregadas de nutrientes extraídos de moringa vão ser testados junto de crianças angolanas. São os chamados testes de aceitabilidade sensorial, para aferir a reação da população infantil a este tipo de alimentos.
Natural de Angola e conhecedor da realidade da desnutrição infantil naquele país, Licínio Ferreira nota que a desnutrição infantil é um grande flagelo mundial. «Segundo o relatório de 2020 da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), cerca de 8,9% da população mundial estava desnutrida em 2019, o que representa 690 milhões de pessoas. Ainda segundo esse relatório, este número corresponde a um aumento de 60 milhões de pessoas em comparação a 2014. É um flagelo que tende a agravar-se ao longo dos anos».
Se o projeto alcançar os resultados esperados, a equipa tentará depois estabelecer uma parceria com a UNICEF, de modo a que os alimentos enriquecidos com extratos de moringa possam chegar a um maior número de países em vias de desenvolvimento.
Cristina Pinto