quarta-feira, 4 de maio de 2022

Santi Mina, do Celta de Vigo, condenado a quatro anos de prisão por abuso sexual

A advogada do jogador vai recorrer da sentença.

O futebolista espanhol Santi Mina, que representa o Celta de Vigo, foi hoje condenado a quatro anos de prisão por abuso sexual de uma mulher em 2017 em Mojacar, Almería, pelo tribunal local.
A instância judicial absolveu o avançado da acusação de agressão sexual, cuja pena prevista era de oito anos de prisão, abandonando ainda todas as acusações contra o seu amigo e também futebolista David Goldar, presente aquando do sucedido.
Santi Mina ficou também obrigado a manter uma distância mínima de 500 metros da vítima nos próximos 12 anos e terá de a indemnizar em 50 mil euros.
A advogada do jogador já anunciou que vai recorrer da sentença.
Considerando-a [sentença] desajustada em termos de direito e com erros graves na avaliação das provas e pelos factos apreciados, vai-se interpor o correspondente recurso nos próximos dias”, lê-se em comunicado da defesa de Mina.
Celta de Vigo, da Liga espanhola de futebol, decidiu, “de forma cautelar”, afastar Santi Mina “provisoriamente” dos treinos da equipa principal, declarando, em comunicado, que respeita “os direitos” do jogador, mas que se vê na obrigação de tomar medidas, em virtude dos factos conhecidos, que “prejudicam de forma notória a sua imagem e atentam contra os valores” do emblema galego.
O Celta instaurou ainda um procedimento disciplinar ao atleta para “esclarecer as suas responsabilidades laborais”, tendo em conta a decisão judicial.

SIC Notícias
Imagem: THEN24

Portugueses ouvem em média 3 horas e 10 minutos de rádio por dia

 Os portugueses estão a ouvir mais rádio e durante mais tempo, conclui o estudo Bareme Rádio da Marktest. O tempo médio dedicado à rádio em Portugal subiu para três horas e 10 minutos por dia, passando de uma audiência acumulada de véspera de 55,8% para 59,3%.
Os dados demonstram também que os indivíduos dos 35 aos 44 anos são os que têm uma maior afinidade com este meio e que o período entre as 6h e as 10h da manhã é aquele em que se verifica um maior consumo deste meio, com 30,7% de audiência acumulada de véspera.
Entre os grupos ocupacionais, os técnicos especializados e pequenos proprietários são quem regista maior audiência de rádio (32% acima da média), seguidos dos empregados dos serviços e comércio (com mais 26% de audiência do que a média). Os indivíduos pertencentes à classe alta têm também um consumo de rádio 24% acima do valor médio.

Marketeer

Ucrânia | Doentes oncológicos

Portugal acolhe seis crianças ucranianas com doença oncológica.

Chegaram a Portugal, durante a noite de 23 de abril, seis crianças ucranianas com doença oncológica e 10 adultos, acompanhados por uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), composta por um médico, um técnico assistente que fala ucraniano e um psicólogo.

As crianças estão estáveis (vários casos já estão em remissão) e serão acolhidas em quatro unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde – duas crianças vão ser seguidas pelo Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, uma criança vai para o Centro Hospitalar Universitário de São João, duas para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e o Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, receberá uma criança. A Administração Central do Sistema de Saúde proporcionou, juntamente com os Centros de Referência de Doença Oncológica Pediátrica, as vagas necessárias para tratamento.

A transferência destas crianças e respetivos acompanhantes foi feita ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, num processo conduzido pela Direção-Geral da Saúde e em articulação com o Alto Comissariado para as Migrações.

O Serviço Nacional de Saúde está, desde o primeiro momento, disponível para receber todos quantos precisem de cuidados médicos, tendo o Ministério da Saúde disponibilizado, para o efeito, 745 camas hospitalares para doentes emergentes, cujo tratamento não possa ser garantido na Ucrânia, incluindo 12 camas pediátricas de oncologia.

A vinda destes seis doentes oncológicos pediátricos é um excelente exemplo da forma como a sociedade civil se pode afirmar como verdadeiro parceiro do Estado nesta resposta humanitária à crise que se vive na Ucrânia. A Liga Portuguesa contra o Cancro, a Sociedade de Hematologia e Oncologia Pediátrica e a Associação Acreditar (que irá acolher estas 16 pessoas) estiveram desde o primeiro minuto a colaborar com o Ministério da Saúde.

Saúde em Segurança

 

Centro Hospitalar de Setúbal promove ações de formação.

O Centro Hospitalar de Setúbal, em parceria com a Polícia de Segurança Pública, promoveu ações de formação dedicadas ao tema «Saúde em Segurança», que decorreram no Hospital de São Bernardo.

Esta iniciativa surgiu na sequência do cumprimento da Diretiva Estratégica 14/2022, de 10 de março – «Saúde em Segurança», emanada pela Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública, que determina a necessidade de efetuar um conjunto de ações de sensibilização aos profissionais de saúde.

Esta formação pretende alertar para a necessidade de promoção de um ambiente seguro para os profissionais de saúde e toda a comunidade.

Para saber mais, consulte:

Facebook do CHS Vídeo da formação

Insuficiência Cardíaca

CHTS assinala Semana Europeia com diversas iniciativas.

O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), através do Serviço de Cardiologia, associa-se ao Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Portuguesa de Cardiologia para assinalar a Semana Europeia de Sensibilização para a Insuficiência Cardíaca, a decorrer entre os dias 2 e 8 de maio.

No Hospital Padre Américo, de 2 a 4 de maio, estará patente, no átrio do hospital, uma seleção de posters com informação dirigida ao público sobre a insuficiência cardíaca e, paralelamente, vão ser também apresentados vídeos informativos acerca desta problemática.

No dia 4 de maio, durante a manhã, está marcada a assinatura de protocolo entre o CHTS e a Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca que cederá tablets à Clínica de Insuficiência Cardíaca com o objetivo de os disponibilizar aos doentes com mais necessidade de contactos frequentes, de modo a poderem fazer consultas não presenciais com imagem.

No mesmo dia, pelas 14h30, no Largo da Misericórdia, em Penafiel, terá lugar um encontro, com o apoio da Câmara Municipal, com o objetivo de sensibilizar a população para o tema. Durante a próxima semana a fachada da Igreja da Misericórdia vai estar iluminada e haverá cartazes de sensibilização.

Entre os dias 2 e 8 de maio, à noite, o Hospital Padre Américo estará iluminado através da projeção de um coração gigante na fachada.

A Semana Europeia de Sensibilização para a Insuficiência Cardíaca, promovida pela Heart Failure Association da Sociedade Europeia de Cardiologia, tem como objetivo juntar grupos de trabalho e associações europeias em atividades que alertem para a importância de reconhecer precocemente os sintomas da insuficiência cardíaca, obter um diagnóstico preciso e receber o tratamento adequado.

Para saber mais, consulte:

CHTS – https://www.chts.min-saude.pt/

IPO Lisboa | Novos equipamentos

Instituto vai receber doação de material no valor de 65 mil euros.

O Rotary Club de Lille e o Rotary Club de Lisboa Internacional vão doar ao Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa) material especializado de tecnologia avançada em laparoscopia, que vai permitir o reforço de meios e contribuir para a qualidade de vida e bem-estar das pessoas com doença oncológica.

O anúncio da doação deste material, num valor que ultrapassa os 65 mil euros, foi feito numa visita realizada ao IPO Lisboa, no dia 22 de abril, com representantes das duas instituições.

De acordo com o diretor do bloco operatório, Luís d’Orey Manoel, «o reforço do número de instrumentos para laparoscopia nas especialidades de Ginecologia e Urologia vai permitir uma maior facilidade na realização de intervenções, uma vez que a sua utilização não ficará tão dependente da capacidade de esterilização dos atualmente existentes». O especialista acrescentou que a existência de vários conjuntos de instrumentos «permite a realização de várias intervenções sequenciais».

Esta cooperação com os Rotary Club de Lille e de Lisboa Internacional compreende outras duas vertentes. Uma prevê a prossecução do intercâmbio com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, como Cabo Verde, Angola e São Tomé e Príncipe, com vista à formação de equipas médicas e de técnicos daqueles países, que o IPO Lisboa tem vindo a desenvolver ao longo dos anos.

A outra prende-se com a celebração de um protocolo de cooperação entre o IPO Lisboa e o Centre Oscar Lambret, de Lille, com o objetivo de partilha de informação e boas práticas na utilização de técnicas laparoscópicas, de forma a aumentar a eficiência das equipas cirúrgicas nesta área.

Para saber mais, consulte:

IPO Lisboa – https://www.ipolisboa.min-saude.pt/

Hospital de Ovar | Desmaterialização

 

Registo de cirurgias em ambulatório passa a estar em suporte digital.

O bloco operatório do Hospital Dr. Francisco Zagalo-Ovar (HFZ-Ovar) passou a introduzir os registos das cirurgias em ambulatório em suporte digital, no seguimento do seu processo de desmaterialização.

De acordo com o Presidente do HFZ-Ovar, Luís Miguel Ferreira, «a medida segue-se a outras já efetuadas, como é o caso da plataforma “Patient.Care (BSIMPLE)”, recentemente instalada e que consiste na adoção de uma solução informática, visando estender o nosso processo de desmaterialização ao ambiente do bloco operatório».

No âmbito desta melhoria, que se insere no projeto HOSP: Hospital de Ovar sem Papel, todas as prescrições realizadas, quer na cirurgia convencional quer na do ambulatório, passam a realizar-se em suporte digital.

«Este é mais um passo importante na desmaterialização dos processos clínicos e que veio agilizar a dispensa da medicação, até então realizada em suporte papel e que era entregue ao doente, mediante assinatura de receção do protocolo de medicação. Agora, todo o processo é mais ágil e seguro», refere a responsável médica do Bloco Operatório e Serviços Cirúrgicos, Eulália Sá.

Para saber mais, consulte:

HFZ-Ovar – https://www.hovar.min-saude.pt/

Acordo INSA-FioCruz

Secretário de Estado destaca importância da cooperação.

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) assinaram, esta segunda-feira, em Lisboa, um acordo que pretende desenvolver e estreitar a cooperação nos campos da Ciência, da Tecnologia e da Inovação, entre as duas organizações. A cerimónia foi presidida pelo Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, que destacou a importância da diplomacia e da colaboração internacional na saúde e na ciência.

“A transformação que está em curso na saúde, mas também na sociedade, impõe-nos uma nova abordagem ao nível das políticas públicas. Uma nova visão em matéria de planeamento e gestão dos serviços, uma nova visão ao nível dos recursos humanos, mas também, e sem dúvida, um reforço na colaboração entre diferentes países, regiões e organizações”, afirmou António Lacerda Sales, destacando a importância da colaboração internacional enquanto “fator de coesão e de competitividade”.

Este Acordo, vem reforçar a cooperação já existente entre o INSA e a FioCruz, na área do planeamento institucional, cooperação internacional e intercâmbios académicos e tem como principal inovação a vinculação a um Plano de Trabalho, que prevê ações concretas, como, por exemplo, oficinas e seminários científico-técnicos bianuais e cooperação e apoio técnico a pLacerda Sales defendeu a relevância deste tipo de parcerias naquela que deve ser a construção de respostas globais aos problemas que são, também, globais.

“A resposta a desafios globais, como tem sido este da pandemia da COVID-19, tem de ser global. Exige solidariedade e cooperação internacional”, afirmou o governante, reiterando que “a Saúde está no centro de todas as políticas”. “Precisamos da saúde em todas as áreas, incluindo na diplomacia. Essa será a única forma de sermos bem-sucedidos num projeto de futuro”, frisou.aíses da CPLP.

Lacerda Sales defendeu a relevância deste tipo de parcerias naquela que deve ser a construção de respostas globais aos problemas que são, também, globais.

“A resposta a desafios globais, como tem sido este da pandemia da COVID-19, tem de ser global. Exige solidariedade e cooperação internacional”, afirmou o governante, reiterando que “a Saúde está no centro de todas as políticas”. “Precisamos da saúde em todas as áreas, incluindo na diplomacia. Essa será a única forma de sermos bem-sucedidos num projeto de futuro”, frisou.

Remodelação da ala de cuidados intensivos CHUSJ

Marta Temido inaugura novas instalações no Hospital de S. João.

A unidade funcional do piso 6 do Serviço de Medicina Intensiva do CHUSJ (SMI CHUSJ) – uma das três unidades do Serviço – completou o processo de renovação estrutural, inaugurando, esta segunda-feira, dia 2 de maio, a totalidade das suas novas instalações com maior capacidade e melhores condições de internamento para os utentes.

A inauguração foi presidida pela Ministra da Saúde, Marta Temido, que afirmou que, já antes da pandemia da Covid-19, estava identificada a necessidade de intervenção em 25 serviços de Medicina Intensiva em todo o país, sendo que, desses, 17 foram intervencionados e “há outros serviços em processo de requalificação”. De acordo com a Ministra, as obras identificadas nesta área rondam os 35 e 40 milhões de euros.

Marta Temido acrescentou ainda, que, além de ventiladores ou de infraestruturas, “é necessário dotar os hospitais de capacidade de recursos humanos”, o que é, sublinhou, “sempre o mais difícil”. “Constatamos com angústia que a parte mais fácil, que é a infraestrutural, está quase feita. A mais difícil são as pessoas que precisam de uma formação muito rigorosa. Há um longo caminho a fazer”, concluiu.

Na ocasião, o Presidente do Conselho de Administração do CHUSJ, Fernando Araújo, destacou que esta obra também melhora as condições do centro de ECMO (Oxigenação por membrana extracorporal), “um centro de referência nacional”, aproveitando a ocasião para dirigir “uma palavra especial” aos profissionais do serviço lembrando que “a obra foi complexa, feita em duas fases e várias etapas de modo a nunca parar o serviço, até porque a empreitada decorreu em momentos de pico, nomeadamente devido à pandemia de Covid-19”.

O aumento do número de quartos de isolamento reverso dá resposta à carência nacional destas estruturas, essenciais para acolher doentes críticos com necessidades especiais, nomeadamente imunodeprimidos e doentes com infeções respiratórias (ex: Covid-19, tuberculose), reduzindo o risco de transmissão e de aquisição de infeções hospitalares e de microrganismos resistentes, emergentes ou difíceis de tratar, aumentando a segurança do doente e de profissionais.

A obra que agora se conclui esteve incluída no programa de capacitação nacional da Medicina Intensiva conforme previsto na lei. Este permitiu a realização de investimentos infraestruturais em serviços de medicina intensiva do SNS, com vista ao reforço da Rede Nacional de Especialidade Hospitalar e de Referenciação em Medicina Intensiva.

OMS avalia Portugal

Vacinação e alargamento da saúde digital são bons exemplos de Portugal.

O alargamento da saúde digital e a vacinação durante a pandemia são os principais exemplos de preparação para emergências sanitárias futuras que Portugal apresentará perante a Organização Mundial de Saúde (OMS), afirmaram os responsáveis nacionais e internacionais na visita a Portugal que teve início esta segunda-feira, dia 2 de maio.

A equipa da OMS e de observadores internacionais está no país para auditar o sistema de saúde e os mecanismos de resposta à Covid-19, no que será a primeira Revisão de Preparação Sanitária Universal de um país europeu.

De acordo com declarações da diretora-geral-assistente da OMS para o setor dos dados e análise, Samira Asma, «Portugal tem liderado mesmo desde antes da Covid-19», apontando que «a cobertura de vacinação (para a Covid-19) chegou quase aos 100 por cento e não aconteceu só por causa da pandemia, há um passado de compromisso político de alto nível».

Samira Asma afirmou que o objetivo desta revisão é «aproximar os países, partilhar experiências e arranjar soluções» para elevar ao máximo a preparação dos países para enfrentarem ameaças sanitárias futuras, o que poderá passar por «um fundo financeiro».

O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, que participou com outros responsáveis numa reunião no Infarmed, em Lisboa, referiu que Portugal partilhará «experiências a diferentes níveis e desafios que encarou e o que aprendeu, grandes evoluções como a transição digital, o sistema de vacinação e a saúde pública e como atuou a todos os níveis».

«Este exercício pondera sobre as grandes aprendizagens (da pandemia), sobre as carências, os desafios futuros, a partilha e o debate e reflexão de ideias, e acima de tudo preparar as nossas populações», salientou o governante.

Intervindo remotamente a partir da sede europeia da OMS, em Copenhaga, o diretor da região europeia, Hans Kluge, afirmou que a preparação dos países para o futuro requer «investimento sustentado nos serviços de saúde e na arquitetura de resposta e preparação para emergências».

De acordo com o subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal, nas conclusões da avaliação deverá estar «o reforço da saúde digital, uma rede estável de saúde pública, que é uma rede protetora, e garantia de recurso para essa rede poder funcionar».

Até ao fim da semana, os peritos da OMS vão recolher informação e um relatório final sobre a prontidão do sistema português será apresentado na próxima Assembleia Mundial da Saúde, que se realiza entre 22 e 28 de maio em Genebra, na Suíça.

Para saber mais, consulte:

Portal SNS > Visita da OMS a Portugal

Vacinação contra a Covid-19

 

Pessoas com mais de 80 anos recebem quarta dose a partir do final de agosto.

As pessoas com mais de 80 anos vão receber a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 a partir do final de agosto ou início de setembro, anunciou a Ministra da Saúde, Marta Temido, esta segunda-feira, dia 2 de maio.

De acordo com a ministra, «o que se coloca neste momento é saber qual o melhor momento para avançarmos com a quarta dose ou dose de reforço. Face às características deste vírus, e estando a situação epidemiológica relativamente controlada, o que parece fazer mais sentido é que esse momento aconteça apenas antes do início do outono/inverno. Portanto, em final de agosto/início de setembro».

A governante referiu que a administração da dose de reforço às pessoas com mais de 80 anos está «em linha com a posição da Agência Europeia do Medicamento».

Marta Temido lembrou que «para grupos em função da sua situação de imunocomprometimento ou fragilidade imunitária», a quarta dose «já está a ser passada com prescrição médica» e garantiu que Portugal está preparado para continuar o processo.

Orçamento do Estado para a Saúde

 

Ministra da Saúde destaca reforço de 700 milhões de euros.

A Ministra da Saúde destacou o reforço de 700 milhões de euros no Orçamento da Saúde e defendeu que os tempos recentes tornaram mais aguda a urgência de reforçar os serviços públicos.

Marta Temido, que falava no segundo dia do debate parlamentar sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), sublinhou que desde o início da guerra na Ucrânia já se inscreveram no Serviço Nacional de Saúde 33.000 refugiados ucranianos.

De igual modo, sublinhou a recuperação na atividade assistencial conseguida no ano passado “depois de um ano de 2020 marcado pela emergência sanitária”. Citando números provisórios de 2021, a Ministra da Saúde revelou que foram feitos mais três milhões de consultas nos cuidados de saúde primários face a 2020 e mais quatro milhões relativamente a 2019. 

Os mesmos dados apontam para mais um milhão de consultas hospitalares realizadas no ano passado e mais 130 mil cirurgias.

Marta Temido informou ainda que os programas especiais de recuperação da atividade adiada pela pandemia permitiram realizar 65 mil primeiras consultas hospitalares e 43 mil cirurgias adicionais e destacou a área dos rastreios oncológicos, revelando que os números de mulheres rastreadas ao cancro da mama e de pessoas rastreadas ao cancro do colon e reto ultrapassaram os de 2019, considerando tratar-se de “um claro indicador de recuperação do acesso aos cuidados preventivos”.

Marta Temido informou que há mais de 439 mil inscritos no SNS e lembrou que há hoje mais 800 médicos família do que em 2015 e mais 1.200 enfermeiros.

A governante reconheceu que a escassez de recursos humanos é um problema complexo de resolver e sublinhou que, só em recursos humanos, foram gastos 338 milhões de euros para prestação de cuidados relativos à Covid-19.

Destacou, ainda, o caminho traçado para 2022 e o reforço que o Plano de Recuperação e Resiliência trará, com “reformas que ultrapassam 1.3 mil milhões de euros”.

Por fim, destacou ainda o novo estatuto do SNS (com regime de dedicação plena) e o novo plano nacional de saúde 20/30 (em discussão pública).

Prioridades do OE para a área da Saúde:

Dedicação plena no novo Estatuto do SNS
A nova Lei de Bases da Saúde previu o regime de trabalho em dedicação plena para os profissionais de saúde do SNS, que o Governo agora se compromete a enquadrar em 2022, definindo-a, no contexto da aprovação do novo Estatuto do SNS e criando, desde já e em termos orçamentais, as condições para a sua negociação e adoção gradual.
Esta medida visa reforçar o SNS, melhorando o acesso à prestação de cuidados.

Autonomia dos serviços de saúde para a contratação de profissionais
Reforçar a autonomia na gestão hospitalar, nomeadamente em matéria de contratação de profissionais de saúde, com maior responsabilização e avaliação da satisfação pelos utentes e profissionais

Regime excecional de trabalho suplementar em serviços de urgência
O Governo avança na criação das condições necessárias para substituir gradualmente o recurso a empresas de trabalho temporário e de subcontratação de profissionais de saúde pela contratação, em regime de trabalho subordinado, dos profissionais necessários ao funcionamento dos serviços de urgência, numa aposta na organização, responsabilidade e estabilidade das equipas próprias.
Para tal, é retomado o processo de reorganização dos serviços de urgência e, até à sua conclusão, é adotado um regime excecional de remuneração acrescida do trabalho suplementar.

Descentralização de competências na área da saúde
O Fundo de Financiamento da Descentralização é dotado de verbas para o financiamento das competências descentralizadas na área da saúde. 
Pretende-se acelerar as condições para o desenvolvimento da transferência, garantindo o reforço do papel das autarquias locais na prestação dos cuidados de saúde primários, nomeadamente, no planeamento, na gestão e na realização de investimentos associadosa novas unidades e nas parcerias estratégicas nos programas de prevenção da doença.

Continuação do reforço da sustentabilidade financeira do SNS
O Governo dá continuidade ao reforço da dotação orçamental do SNS, dotando-o com os recursos necessários para a melhoria da resposta assistencial e para a continuação da redução dos pagamentos em atraso.

Bastonária adverte que enfermeiros vão continuar a emigrar se não tiverem incentivos

A bastonária da Ordem dos Enfermeiros advertiu hoje que os enfermeiros vão continuar a emigrar se não tiverem incentivos, como a valorização da carreira, a redução da idade da reforma e a profissão ser considerada de desgaste rápido.
Em entrevista à agência Lusa na véspera do Congresso dos Enfermeiros, que decorre entre quinta-feira e sábado em Braga, sob o lema “Todos pela saúde”, Ana Rita Cavaco sublinhou que Portugal não tem um problema de formação, mas sim de contratação.
“Nós formamos aquilo que precisamos, mas depois não temos valorização suficiente e não estamos a falar só de dinheiro para os reter aqui em Portugal”, disse, apontando questões como o internato, a reposição dos pontos, a idade da reforma.
A bastonária observou que, na valorização formativa e profissional, Portugal não consegue concorrer com outros países, que estão a levar os enfermeiros portugueses.
“Os outros países pagam a especialidade aos enfermeiros e em Portugal ainda não conseguimos, apesar de insistirmos há quatro anos negociar o internato da especialidade, tal como têm os médicos e os farmacêuticos”, criticou.
Na sua ótica, esta situação “não faz sentido nenhum” numa profissão em que se sabe que os cuidados especializados reduzem a taxa de infeções, de reinternamentos, o número de dias de internamento, permitindo poupar cerca de 65 milhões por ano.
“Portanto, os enfermeiros não são nenhum custo, são o investimento”, vincou.
Por outro lado, disse, valorizar os enfermeiros é também valorizar os cuidados prestados às pessoas e organizá-los de forma diferente.
“Nós não temos uma grande aposta, e precisamos de ter, na promoção, na prevenção e até ao nível do tratamento [das doenças]”, disse, defendendo que, para isso, deve retirar-se “rapidamente o foco de tudo estar centrado nos hospitais” e passar a centrar-se nos cuidados de saúde primários.
Esta situação acaba por enviesar o próprio modelo de financiamento: “Quanto mais as pessoas recorrem ao hospital por não terem outro sítio onde recorrer, mais financiamento os hospitais absorvem”.
“Isto é uma bola de neve, uma pescadinha de rabo na boca e nós precisamos de centrar os cuidados na comunidade”, disse, lembrando, a propósito, que Portugal é um dos países do mundo com a população mais envelhecida.
Para a bastonária, é preciso que as pessoas mais vulneráveis e as que estão a caminhar para o envelhecimento possam ser cuidadas na comunidade e ter “um sem número de serviços que as apoiem em casa, antes de institucionalizá-las”.
“A Rede Nacional de Cuidados Continuados é muito fraca ainda e, portanto, precisamos mesmo ter um modelo de organização e financiamento diferente como já outros países europeus estão a caminhar para lá”, sustentou.
Referiu que há pessoas que não têm uma doença aguda para estarem internadas, mas podem precisar de cuidados de enfermagem 24 horas por dia e, sublinhou, “seguramente não são os lares, ou pelo menos os lares com a tipologia que conhecemos hoje, que vão dar resposta a estas pessoas, porque têm uma limitação do número de horas de enfermagem muito grande e um número de enfermeiros por residente que não serve as necessidades como, aliás, ficou agora à vista na pandemia”.
“Não é só dar de comer à pessoa, dar-lhe banho, vesti-la. As pessoas têm outros tipos de necessidades de saúde, consoante o envelhecimento e as suas doenças crónicas”, salientou.
Segundo Ana Rita Cavaco, a OE tem denunciado ao Ministério Público situações “muito graves” que tem detetado em lares.
“Temos um sem número de queixas que enviamos para lá e entendemos até que a forma como o Ministério Público olha para estas denúncias e esta situação tem que ser pensada. A própria Assembleia da República tem que pensar se poderá fazer alguma alteração à legislação existente por causa deste tipo de crimes, que nós consideramos que são crimes e que se calhar não estão enquadrados como crime”, advogou.

Sapo/Lusa

JAZZ NAS ADEGAS COM SWINGTÊTE & PAULA PADILHA: Sessões do Jazz nas Adegas com a atuação de Swingtête & Paula Padilha, agendadas para os próximos dias 13 e 14 de maio, estão esgotadas.

 
O Município de Silves leva as próximas sessões de Jazz nas Adegas, com a atuação de SWINGTÊTE & PAULA PADILHA , nos dias 13 e 14 de maio, pelas 21h00 e 17h00, respetivamente ao Páxa Wines, em Silves.
Os SWINGTÊTE & PAULA PADILHA surgiram com o objetivo de tocar, compartilhar, aprender e apreciar os grandes clássicos do jazz originário de Nova Orleans do início do século passado: o dixieland.
Interpretam um repertório com muita liberdade criativa para a improvisação, espontaneidade, emoção onde são criados momentos únicos  intimamente relacionado o swing e com a dança.
A banda é composta por músicos com muita experiência em projetos ligados ao swing e ao hot jazz dos anos 20 e 30, com Paula Padilla (voz, ukelele), Matías Comino (guitarra, banjo), Daniel Abad (contrabaixo) e Pablo Cabra (bateria).
Este consagrado evento organizado pelo Município de Silves, conta com a parceria dos Produtores de Vinhos de Silves aderentes, do Agrupamento de Escolas Silves Sul e da Associação Barmen do Algarve.
 
A última sessão do “Jazz nas Adegas” encontra-se programada, conforme se segue:
 
28.maio.17h00
“Miss Manouche”
Armação de Pêra
 
Os ingressos têm um custo associado de 15 euros, incluindo para além do concerto, prova de vinhos do produtor, degustação de tapas de produtos locais, voucher de visita ao Castelo e Museu Municipal de Arqueologia e a oferta de uma garrafa de vinho.
Os bilhetes encontram-se à venda na plataforma BOL em: https://cmsilves.bol.pt/ ou num dos seguintes locais: FNAC, Worten, El Corte Inglés, CTT Correios.
O evento destina-se a maiores de 18 anos.
+ Info: Sector de Turismo da CMS | tel.: 282 440 800 | email: turismo@cm-silves.pt
 

Cantanhede | Orquestra António Fragoso em concerto de apresentação. Público ficou rendido ao talento dos jovens músicos

A sede da Filarmónica de Covões foi palco do concerto de apresentação pública da Orquestra António Fragoso, constituída por jovens talentos e dirigida pelo maestro Eliseu Silva. Este projeto iniciado em 2018 – precisamente 100 anos depois do nascimento do patrono – pretende espelhar o génio que a vida ceifara ao jovem António Fragoso.

A recém-criada Orquestra resulta da comunhão e relação de grande cumplicidade entre a Associação António Fragoso e a Associação AMASING, do Porto, e tem a missão de divulgar a obra do compositor natural da Pocariça, Cantanhede, mas também obras de compositores portugueses, apresentando e gravando peças inéditas. O projeto assume, por outro lado, uma dimensão sociocultural, pois pretende dar oportunidades aos jovens artistas portugueses, muitos deles oriundos de contextos menos favorecidos.

Há muito que o génio do compositor e músico António Fragoso reclamava uma orquestra com esta qualidade e nível musical, composta por jovens músicos tão talentosos. E poder contemplar estas peças impressionantes onde se encontram páginas surpreendentes num compositor tão jovem, só é possível graças ao trabalho notável e meritório da Associação António Fragoso que tem sido inexcedível na divulgação e promoção da obra e vida de António Fragoso” destacou Pedro Cardoso, vice-presidente da Câmara Municipal, responsável pelo pelouro da Cultura.

No concerto deste último fim de semana, a Orquestra lançou diversas obras de Fragoso, mas também assinalou outras efemérides – e fez-se acompanhar do conceituado pianista Manuel Araújo. A Orquestra de Cordas iniciou o concerto com a interpretação de Noturno em Si bemol menor, com um arranjo de Martim de Sousa Tavares; a entrada da Orquestra Sinfónica concretizou-se com a interpretação de Noturno em mi e, posteriormente, com a participação do pianista Manuel Araújo foi interpretada essa magistral composição Momentos 21 – Quadros Sinfónicos Fragosianos, temas de António Fragoso, num conceito e orquestração de Rui Paulo Tavares.

Apesar de estar a dar os primeiros passos, a Orquestra já cumpriu uma das suas grandes ambições: levar o nome de António Fragoso além-fronteiras, nomeadamente com a participação num concerto on-line do Festival Internacional de Música de Hong Kong, que contou com 80 mil participantes de todo o mundo.

O promotor do evento foi a Associação António Fragoso, em parceria com o Centre Européen de Musique, AMASING e Filarmónica dos Covões, e contou com o alto patrocínio do Município de Cantanhede.

NRC assinala Dia Mundial do Cancro do Ovário com Sessão de Esclarecimento

 A prevenção e diagnóstico precoce do cancro do ovário dão o mote à iniciativa, organizada pelo NRC, em referência ao Dia Mundial do Cancro do Ovário. A sessão terá a participação da Dra. Elsa Abraúl, com início às 18h00 do dia 7 de abril, via Zoom.


A 8 de maio assinala-se o Dia Mundial do Cancro do Ovário, o cancro ginecológico mais letal na mulher na pós-menopausa. A doença cuja sintomatologia é inespecífica ou mesmo ausente nos estádios iniciais, apresenta taxas de incidência e mortalidade crescentes.

No âmbito da iniciativa de sensibilização para esta efeméride, o Núcleo Regional do Centro (NRC) da Liga Portuguesa Contra o Cancro organiza no próximo sábado, dia 7 de maio, a iniciativa “Sessão de Esclarecimento sobre Cancro do Ovário”. Esta ocorrerá através da plataforma zoom (disponível no seguinte link: https://us06web.zoom.us/j/81719159831), com início às 18h00.

A ação conta com a comunicação da Dra. Elsa Abraúl, médica ginecologista e Vogal da Direção do NRC. O Núcleo Regional do Centro da LPCC salienta, com esta iniciativa, a importância de diagnóstico precoce do cancro do ovário, para o qual não há rastreio.  Pretende também alertar para a importância de ir ao médico e de estar atenta aos sinais do seu corpo. Normalmente o diagnóstico do cancro do ovário é tardio porque este tumor evolui de uma maneira silenciosa, e só dá sintomas numa fase de doença avançada e que se confundem com problemas gastrointestinais, nomeadamente: perda de apetite, fadiga, dor abdominal, sensação de enfartamento e/ou abdómen inchado.

 


Doação e transplantação de órgãos aumentam após dois anos de pandemia - IPST


A doação e transplantação de órgãos, tecidos e células está a aumentar em Portugal, após a reorganização da atividade dos hospitais provocada pela pandemia, anunciou hoje o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST).
“Após dois anos de pandemia, que obrigaram a uma reorganização da atividade hospitalar, assistimos à retoma da atividade de doação e transplantação de órgãos, tecidos e células, com aumento de forma generalizada em todas as áreas”, adiantou o IPST em comunicado.
Segundo o instituto, em relação a 2020, a doação de órgãos de dador falecido aumentou cerca de 19%, com mais 49 dadores, verificando-se ainda um aumento de 12% na transplantação com mais 86 órgãos transplantados em 2021.
“O número de transplantes realizados a partir de dador vivo apresenta um ligeiro decréscimo, quando comparado com a atividade de 2020. Ainda assim, destaca-se realização de dois transplantes renais ao abrigo do protocolo internacional com Espanha e Itália”, salientou ainda o IPST.
De acordo com o instituto, a atividade com tecidos e células apresenta também tendência crescente, com aumento de cerca de 15% do número de tecidos colhidos.
“Relativamente à atividade com células, mantém-se estável o número de dadores tipados, mas verifica-se um aumento do número de transplantes de progenitores hematopoiéticos realizados em 2021 de cerca de 4%”, refere o comunicado.
A nível europeu, todos os anos, milhares de pessoas são colocadas em lista de espera ativa para transplantação e, em 2020, primeiro ano da pandemia, 43.183 novos doentes foram inscritos, dos quais 750 portugueses.
Na terça-feira, o IPST divulga os dados da atividade de colheita e transplantação de órgãos, tecidos e células em 2021, numa sessão que servirá para lançar o debate sobre a colheita de órgãos em dadores em paragem cardiocirculatória controlada, como forma de melhorar a resposta do Serviço Nacional de Saúde nesta área.
O IPST é a entidade que garante e regula a medicina transfusional e da transplantação e que é responsável pela colheita, análise, processamento, preservação, armazenamento e distribuição de sangue, de componentes sanguíneos, de órgãos, tecidos e células.

Fonte: Lusa

Todos os ciclistas da W52-FC Porto com testes antidoping negativos

FC Porto renova "confiança" nos atletas e abre "perpestiva de continuidade do sucesso alcançado nos últimos anos"
Todos os ciclistas da W52-FC Porto que foram sujeitos a controlo antidoping, depois de constituídos arguidos no âmbito do processo "Prova Limpa", testaram negativo. A informação, que foi avançada ao "Jornal de Notícias" pelo responsável da equipa, Adriano Quintanilha, é agora confirmada pelo FC Porto.
O clube comunica que "os resultados integralmente negativos dos testes antidoping realizados a todos os atletas da W52-FC Porto e a confirmação da completa regularidade dos respetivos passaportes biológicos são notícias positivas".
Os corredores fizeram exames ao sangue e à urina a 24 de abril, quando foram surpreendidos em Trancoso, onde a equipa estava a pernoitar, durante o Grande Prémio "O Jogo".
Perante estes resultados, o FC Porto renova a "confiança nos ciclistas" e aposta no projeto, com uma "perspetiva de continuidade do sucesso alcançado nos últimos anos".
O diretor da equipa, Nuno Ribeiro, e o seu adjunto, José Rodrigues, também foram constituídos arguidos no processo. Ambos foram detidos, interrogados e libertados, sob medidas de coação. ambos ficaram proibidos do exercício das funções que desempenhavam, sujeitos a apresentações semanais às autoridades policiais e impedidos de contactar outros arguidos no processo.
A W52-FC Porto anunciou, entretanto, a contratação de Jorge Henriques para o cargo de diretor desportivo.

RR

Guerra na Ucrânia: primeiro-ministro António Costa anuncia visita a Kiev

O convite foi feito pelo homólogo ucraniano e aceite por António Costa.
No final do encontro, por videoconferência, com o homólogo ucraniano, Denys Shmygal, o primeiro-ministro António Costa anunciou que aceitou o convite para visitar Kiev, em data que anunciará em breve. Em cima da mesa esteve discutido o reforço dos apoios de Portugal à Ucrânia, quer ao nível militar, quer financeiro.
Portugal tem sido sempre um país que tem apoiado a aplicação das sanções, temos felizmente uma situação energética que nos deixa particularmente à vontade na aplicação de sanções à Rússia, quer quanto à importação de petróleo, quer de gás. O primeiro-ministro convidou-me a visitar a Ucrânia em data a acertar, convite que obviamente aceitei“, declarou o líder do Executivo português.
“A data [da visita] será divulgada num momento oportuno“, indicou António Costa, revelando aos jornalistas que essa deslocação incluirá reuniões com o homólogo ucraniano mas também com o Presidente Volodymyr Zelensky. Será também assinado de um acordo “para um apoio financeiro significativo” através do Fundo Monetário Internacional, acrescentou o primeiro-ministro português.
De acordo com António Costa, na reunião, o primeiro-ministro ucraniano agradeceu a Portugal o apoio que tem dado ao nível do acolhimento de refugiados, nos planos económico e militar.
“Tivermos a oportunidade de discutir e trabalhar o reforço desses apoios nas próximas semanas para corresponder às necessidades imediatas da Ucrânia, quer em matéria militar, quer em matéria financeira“, especificou.
Na reunião, que ocorreu duas semanas depois de o Presidente da Ucrânia ter discursado no Parlamento português, foi também analisado “o esforço” que União Europeia (UE) e Estados Unidos podem fazer para que “a Ucrânia possa exportar bens de que é grande produtor e que a generalidade do mundo, desde fertilizantes a cereais”.
É necessária uma operação logística que permita romper o bloqueio que resulta da ocupação e dos ataques da Rússia aos portos da Ucrânia“, acrescentou.

“EMBAIXADA PORTUGUESA EM KIEV NUNCA ENCERROU”
Interrogado sobre o processo de reabertura da embaixada de Portugal na Ucrânia, António Costa disse que já há uma data acertada, mas que não a divulga publicamente “porque só deve ser comunicada no momento próprio”. Ainda assim, o primeiro-ministro fez questão de “frisar que a embaixada portuguesa em Kiev nunca encerrou. O embaixador português recuou para a Polónia e regressará a Kiev”.
Dirigindo-se aos funcionários ucranianos da embaixada portuguesa, Costa deixou rasgados elogios porque, disse, “mantiveram-se em funções a assegurar o funcionamento da embaixada nas condições possíveis”.
Nesse sentido, anunciou, o Governo vai propor ao Presidente da República a condecoração por atuação de excecional bravura e coragem de um dos funcionários que se destacou muito especialmente no apoio ao resgate de cidadãos portugueses ou ucranianos com relações com Portugal”.
A POSIÇÃO DE PORTUGAL SOBRE A ENTRADA DA UCRÂNIA NA UE
 
Em relação ao processo de adesão da Ucrânia à União Europeia, o primeiro-ministro reiterou a sua posição de que estes processos “têm um procedimento próprio e são extremamente morosos e incertos”.
Portugal regozija-se com a opção europeia da Ucrânia, aguardamos com expectativa que a Comissão Europeia venha a apresentar e, em função disso, nos pronunciaremos. Mas voltei a transmitir ao primeiro-ministro ucraniano que, independentemente desse processo, que é sempre longo, a União Europeia não pode perder tempo relativamente àquilo que é urgente, ou seja, responder à situação de emergência que se está a viver“, defendeu.
Neste ponto, António Costa acentuou a sua perspetiva de que não se deve andar distraído com objetivos de médio prazo, “quando há respostas urgentes e que têm de ser dadas já”.
Para o chefe do Executivo, “é urgente reforçar as condições de apoio imediato à Ucrânia para este país satisfazer as suas necessidades militares, financeiras e de equipamentos humanitários”.
Tive a oportunidade de informar a resposta que Portugal dará já esta quinta-feira na conferência de doadores. Sinalizei aquela que será a nossa contribuição no âmbito do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o apoio à Ucrânia”, acrescentou.

COM LUSA

Alemanha propõe aliança para apoiar países afetados por escassez de alimentos

O executivo alemão acordou criar uma aliança para apoiar os países particularmente afetados pelo aumento dos preços dos alimentos, na sequência da guerra na Ucrânia.
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha alertou esta quarta-feira que a invasão russa da Ucrânia terá sérias consequências no fornecimento de cereais e anunciou uma aliança para apoiar os países mais afetados pela escalada dos preços dos alimentos.
Falando à chegada ao Conselho de Ministros extraordinário de dois dias que decorre em Meseberg, perto de Berlim, e focado na crise na Ucrânia, Annalena Baerbock afirmou que o fornecimento de leguminosas e de alimentos já não pode ser garantido a nível global.
A ministra recordou que grande parte da oferta de leguminosas vem, precisamente, da Ucrânia e da Rússia e que, neste momento, as consequências só podem ser estimadas, mas serão sentidas “brutalmente em todo o mundo nos próximos meses”.
Baerbock sublinhou que há regiões no mundo onde esta “crise alimentar emergente” acresce a outras “crises fatais”, como a climática e em matéria de segurança, salientando que este é especialmente o caso do Sahel, onde se está a formar uma “tempestade de crises”.
Para amortecer estas consequências, a governante anunciou que o executivo alemão acordou criar uma aliança para apoiar os países particularmente afetados pelo aumento dos preços dos alimentos na sequência da guerra na Ucrânia.
Acrescentou que a ideia é ampliar essa aliança no âmbito da presidência alemã do G7, assim como a outros parceiros e as Nações Unidas.
Annalena Baerbock responsabilizou o líder russo, Vladimir Putin, pela agressão à Ucrânia e acrescentou: "Com o seu brutal incumprimento de todas as normas internacionais, está a causar um sofrimento maciço não apenas na Ucrânia, mas em todo o mundo”.

XII Congresso Nacional da Associação Portuguesa de Imuno-Hemoterapia


O XII Congresso Nacional da APIH, decorrerá de 14 a 15 de outubro de 2022, no Hotel Eurostars Oásis Plaza, na Figueira da Foz.

Como refere a presidente da direção da APIH, Dra Maria Helena Gonçalves, «o principal objetivo deste evento é reunir especialistas de Imuno-hemoterapia e outros profissionais da área transfusional para analisar de forma dinâmica e discutir sob perspetivas atuais e futuras temas como: imuno-hematologia, doenças transmissíveis, dadores, ameaças de infeção em Portugal, doenças congénitas que necessitam da intervenção do imuno-hemoterapeuta, realidade do fracionamento do plasma português, terapia celular/transplantação, produção de componentes sanguíneos, prática transfusional, técnicas de aférese e, ainda, os desafios da especialidade neste contexto pandémico.»

Pode ver o programa do congresso aqui.
Para uma informação completa sobre o congresso clique em XII Congresso Nacional da APIH

Sinfonia de cores em exposição na Biblioteca Municipal de Cantanhede. Trabalhos em acrílico fluído, de Manoela Porto

Está patente ao público até dia 31 de maio na Biblioteca Municipal de Cantanhede, a exposição de pintura Sinfonia de cores. Composta por trabalhos em acrílico fluído, a mostra é constituída por vinte e oito trabalhos da artista plástica Manoela Porto, que expõe pela primeira vez em Cantanhede.

Natural do concelho de Mortágua, Maria Manoela Porto nasceu em 1951, mas viveu em Moçambique até 1975, regressando nesse ano a Portugal, tornando-se profissional no setor bancário.

Fascinada desde jovem pelas artes, foi após a reforma que Manoela Porto começou a interessar-se pela pintura, iniciando-se na técnica de pintar em tecido, modalidade que desenvolveu com mestria. A curiosidade artística motivou-a a experimentar novas técnicas de pintura, despertando-lhe o gosto para a do óleo sobre tela, com representação de motivos figurativos.

Há cerca de três anos, Manoela Porto sentiu necessidade de experimentar métodos novos na sua técnica de pintura, ampliando as temáticas dos seus trabalhos e a forma de os produzir, experimentando assim a pintura com acrílico fluído sobre tela. Esta técnica utiliza as tintas acrílicas particularmente líquidas, que são derramadas sobre tela ou outro suporte, permitindo a concretização de trabalhos artísticos com padrões abstratos, de grande efeito visual.

Na pintura com acrílico fluído sobre tela não se utilizam pincéis ou espátulas na criação das composições, exige-se, apenas, a utilização das tintas numa consistência determinada, mais fluída, de forma que as tinturas escorram facilmente e se misturem harmoniosamente umas com as outras, sobre a tela, fazendo surgir trabalhos artísticos únicos, irrepetíveis e de grande impacto visual. Esta técnica de pintura torna cada tela uma peça única e ímpar, em cada derrame há uma expectativa singular.

Os trabalhos de Manoela Porto já estiveram em exposição no Mercado Velho, em Tondela, no Museu Municipal Manuel Soares de Albergaria, em Carregal do Sal e na Câmara Municipal de Mortágua.



MORfood, o projeto que quer ajudar a combater a má nutrição no mundo

Combater a desnutrição infantil em países em vias de desenvolvimento é o grande objetivo do projeto “MORfood - Microencapsulação de extratos de Moringa oleifera e sua aplicação em alimentos funcionais”, liderado pelo investigador Licínio Ferreira, da Universidade de Coimbra (UC).

O projeto, com a duração de três anos, tem um financiamento de cerca de 230 mil euros, atribuído pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e pela Aga Khan, uma fundação que apoia projetos nos domínios da saúde e educação, nomeadamente o desenvolvimento científico e tecnológico dirigido ao progresso da qualidade de vida no continente africano.

Além da equipa da Universidade de Coimbra, através da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCTUC), da Faculdade de Farmácia (FFUC) e da PRODEQ - Associação sem fins lucrativos do Departamento de Engenharia Química (DEQ) da FCTUC, também participam no projeto investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e da Universidade Agostinho Neto (UAN), em Angola.

O MORfood foca-se em produzir microcápsulas ricas em compostos bioativos extraídos de Moringa oleifera, conhecida como a planta da vida, que serão incorporadas em determinados alimentos (pão, iogurtes e sumos) para crianças em idade escolar, entre os 4 e 10 anos.

A Moringa oleifera, uma espécie nativa do norte da Índia, Paquistão e Afeganistão, e muito cultivada em países tropicais e subtropicais de África, Ásia e América Latina, é uma das plantas «mais nutritivas do mundo, muito rica, por exemplo, em proteínas, vitaminas e minerais, como cálcio e potássio. É uma planta que já é utilizada pelas populações africanas para combater um conjunto alargado de patologias, tais como asma, bronquite, hipertensão, diabetes, entre muitas outras. O nosso estudo centra-se nos extratos das folhas, a parte da planta mais rica em nutrientes», explica Licínio Ferreira, docente da FCTUC e investigador do Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF).

A equipa apostou na microencapsulação para enriquecer os alimentos, porque, segundo o coordenador do estudo, é uma tecnologia que apresenta muitas vantagens, neste caso «protege a atividade biológica de alguns compostos que são extraídos da planta e que de outra forma se degradariam. Por exemplo, no caso do pão, um dos alimentos que selecionámos, as microcápsulas podem ser introduzidas na própria farinha, e se os compostos não estiverem incorporados dentro destas microcápsulas, as suas propriedades iriam degradar-se e desaparecer durante o fabrico do pão, daí a importância das microcápsulas».

Nesta primeira etapa do projeto, os investigadores estão a caracterizar as amostras de folhas de moringa provenientes de Angola, de modo a obter a composição fitoquímica e nutricional das folhas. Após essa caracterização, que é fundamental, seguem-se os estudos de extração de compostos e seleção dos mais adequados ao objetivo do projeto, ou seja, compostos importantes para combater a desnutrição infantil.

Antes da fase da microencapsulação, os extratos serão selecionados, «porque eventualmente haverá compostos indesejáveis que têm de ser removidos. Desta seleção, obteremos frações enriquecidas de macronutrientes e micronutrientes que são benéficos para combater a desnutrição infantil, nomeadamente hidratos de carbono, vitaminas, sais minerais, entre outros», esclarece Lícino Ferreira.

No final do projeto, os alimentos funcionais (enriquecidos) com microcápsulas carregadas de nutrientes extraídos de moringa vão ser testados junto de crianças angolanas. São os chamados testes de aceitabilidade sensorial, para aferir a reação da população infantil a este tipo de alimentos.

Natural de Angola e conhecedor da realidade da desnutrição infantil naquele país, Licínio Ferreira nota que a desnutrição infantil é um grande flagelo mundial. «Segundo o relatório de 2020 da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), cerca de 8,9% da população mundial estava desnutrida em 2019, o que representa 690 milhões de pessoas. Ainda segundo esse relatório, este número corresponde a um aumento de 60 milhões de pessoas em comparação a 2014. É um flagelo que tende a agravar-se ao longo dos anos».

Se o projeto alcançar os resultados esperados, a equipa tentará depois estabelecer uma parceria com a UNICEF, de modo a que os alimentos enriquecidos com extratos de moringa possam chegar a um maior número de países em vias de desenvolvimento.

Cristina Pinto