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O Torneio Município Ansião Futebol 11 decorreu na tarde de ontem no Campo de Jogos Dr. Alberto Rego, em Chão de Couce.
Na 22.ª edição desta iniciativa municipal, com o apoio da Associação de Futebol de Leiria, que colocou frente a frente as equipas de futebol sénior federado do concelho de Ansião, sagrou-se campeão, pelo segundo ano consecutivo, o Atlético Clube Avelarense.
O triangular entre esta equipa, o Clube de Caçadores de Ansião e o Lusitano Ginásio de Chão de Couce visava sobretudo atestar o nível de preparação das equipas para a próxima época desportiva e fomentar o são convívio de todos os intervenientes.
No primeiro encontro do torneio, o anfitrião, o Lusitano Ginásio Chão de Couce, empatou a zero com o Atlético Clube Avelarense. No segundo, este clube venceu, pela margem mínima, o Clube de Caçadores de Ansião. No derradeiro jogo verificou-se um empate a uma bola entre o Lusitano Ginásio de Chão de Couce e o Clube de Caçadores de Ansião.
Ficou, desta forma, registada uma agradável tarde desportiva e o prognóstico de uma época que se pretende de sucesso para os clubes do concelho.
É já no próximo dia 25 de setembro que se realiza em Cantanhede a “Rota do Coração”, evento que irá decorrer no Parque de S. Mateus, entre as 10h00 e as 17h00, em simultâneo com a ação idêntica que vai acontecer em Coimbra, no âmbito do projeto de sensibilização para as doenças cardiovasculares, o "Coimbra Unida pelo Coração", que a Delegação Centro da Fundação Portuguesa de Cardiologia tem vindo a dinamizar desde 2016.
A “Rota do Coração” de Cantanhede conta com o apoio da Câmara Municipal e a participação é livre e gratuita. Para isso, basta aparecer no Parque Verde de S. Mateus, onde terá oportunidade de beneficiar uma avaliação cardiovascular e realizar várias atividades promotoras de um estilo de vida saudável, nas quais estarão envolvidas instituições, unidades de saúde, bem como de empresas da região.
Trata-se da primeira iniciativa do “CANTANHEDE UNIDA PELO CORAÇÃO”, projeto que está a ser desenvolvido como extensão do de Coimbra e que tem como parceiros a UCC de Cantanhede/ACeS Baixo Mondego, o Núcleo de Cantanhede da Fundação Portuguesa de Cardiologia, a Câmara Municipal de Cantanhede, a União de Freguesias Cantanhede e Pocariça, o Hospital Arcebispo João Crisóstomo, o Centro de Medicina Reabilitação Região Centro - Rovisco Pais e o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
O objetivo é desenvolver intervenções comunitárias de sensibilização da população em geral para a prevenção e tratamento das Doenças Cardiovasculares, pretende-se uma rede de parcerias comunitárias (instituições e empresas) em prol do bem-estar do cidadão.
As ações previstas contemplam aspetos como alimentação saudável (com possibilidade de degustação), riscos do consumo de álcool, atividade física (zumba, aeróbica, ginástica localizada, body&soul dance, hip hop, cross training, treino funcional, ténis, tai chi, armas de corte, pilates, yoga, …), fisioterapia cardiorespiratória, educação postural, gestão do stress (autocontrolo da ansiedade, técnicas de relaxamento, massagem de som Peter Hess) e cessação tabágica. O programa inclui também a sensibilização da população sobre emergência cardiovascular, reconhecimento de sinais de alerta e Suporte Básico de Vida.
Além de poderem usufruir das diferentes atividades dedicadas à saúde física e mental, os participantes terão ainda a possibilidade de ganhar brindes para cuidar do coração.
A colaborar com a organização nas diferentes atividades estão as unidades de saúde USF Marquês de Marialva, USF Progresso e Saúde, USF As Gandras, UCSP Cantanhede, ECSCP Baixo Mondego, os Bombeiros Voluntários de Cantanhede, o INEM, a Escola Técnico Profissional de Cantanhede, a Inova, o Grupo Desporto CMC, os Ginásios 2you (Covões), LFitness Health Club Cantanhede, WingSStudio, a escola PA-KUA (Os Marialvas) , a Rosário Oliveira (Pocariça), Yogaqui yigacola (Cadima), Jacqyoga (Portunhos), o Clube Escola Ténis de Cantanhede, a Sociedade Columbófila de Cantanhede, a Clinica Fisioandréviegas (Cantanhede) e a Clinica Espaço a passo (Ançã).
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Um estudo publicado na revista “Marine Pollution Bulletin” aponta a necessidade da criação de uma metodologia universal para estimar a bioacessibilidade do mercúrio (Hg), um metal pesado tóxico, em alimentos presentes na dieta mediterrânica, mais especificamente em espécies de peixe e marisco, e destaca a importância da integração de medidas de bioacessibilidade nas normas de segurança alimentar.
A bioacessibilidade traduz-se no que o organismo humano pode absorver a partir dos alimentos que ingerimos e é um instrumento particularmente relevante para determinar quais os valores máximos de contaminantes que podem ser consumidos ao longo da vida sem risco para a saúde. Em concentrações muito baixas, o mercúrio não representa perigo para a saúde humana, mas a sua acumulação a longo prazo pode ter efeitos prejudiciais.
Este estudo, liderado por Filipe Costa, do Centro de Ecologia Funcional da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), avaliou a fração de mercúrio bioacessível em peixes e mariscos presentes na dieta mediterrânica, designadamente peixe-espada-preto, atum, espadarte, tubarão azul, salmão e tainha; mexilhão e amêijoa.
A escolha das espécies foi baseada nos principais peixes e mariscos consumidos no sul da Europa e incluiu espécies capturadas no oceano (peixe-espada-preto, atum, espadarte e tubarão azul), espécies de aquacultura (salmão e mexilhões) e espécies estuarinas (tainha e amêijoas). Para avaliar o nível de bioacessibilidade das espécies em estudo, a equipa, que integra também Pedro Coelho e Cláudia Mieiro, da Universidade de Aveiro (UA), recorreu a três formas distintas de extração in vitro, que «simulam em laboratório o efeito da saliva, suco gástrico e da bílis durante o processo de digestão», explica Filipe Costa, referindo que, no caso do peixe-espada-preto, foram ainda utilizados três diferentes métodos de confeção: cozer, fritar e grelhar, para avaliar o impacto dos processos culinários na bioacessibilidade do mercúrio.
O estudo conclui que a estimativa da bioacessibilidade do mercúrio no peixe e marisco depende do método aplicado, já que cada método de extração apresentou resultados diferentes, o que, para o investigador da FCTUC, «salienta a falta de uma metodologia universal para estimar a bioacessibilidade do mercúrio (Hg) nessas matrizes. As frações de Hg bioacessíveis variavam entre 10% e quase 90% do mercúrio total (T-Hg) e aumentaram nas espécies consideradas predadoras (espadarte, tubarão azul e atum). Entre os três métodos de extração testados, o Método Unificado de Bioacessibilidade (UBM) forneceu a estimativa mais elevada de bioacessibilidade de Hg para os consumidores».
No que respeita aos métodos de confeção utilizados, «todos eles reduziram consideravelmente a fração de Hg bioacessível», ou seja, observou-se uma «diminuição no teor deste contaminante», avança Filipe Costa, esclarecendo que, de uma forma geral, os resultados do estudo indicam que o «Hg bioacessível encontrado nestas espécies de peixe e marisco, especialmente após a confeção, está muito abaixo dos níveis estabelecidos pela legislação atual de avaliação de risco de segurança. Estes resultados destacam a importância da integração de medidas de bioacessibilidade na legislação de segurança alimentar».
A legislação de segurança alimentar atual apenas considera a concentração total de contaminantes em peixes e mariscos, não tendo em conta a bioacessibilidade contaminante durante o processo de digestão nem o efeito dos modos de confeção na solubilização digestiva do contaminante. O artigo científico pode ser consultado em: https://doi.org/10.1016/j.marpolbul.2022.113736.