Vários vídeos partilhados nas redes sociais mostram momentos chocantes em que alguns russos decidem partir os próprios membros.
Vídeos partilhados nas redes sociais mostram cidadãos russos a partir propositadamente os braços e as pernas, de modo a evitarem a mobilização para a guerra na Ucrânia. Num dos vídeos, um homem aparece a atingir outro com uma marreta, diretamente no braço.
A mobilização parcial decretada por Vladimir Putin tem levado ao êxodo de milhares de russos, que tentam fugir à guerra na Ucrânia. As fronteiras russas têm estado repletas de cidadãos que tentam, o quanto antes, fugir do país.
Outros, que se encontram em idade de ser chamados para o conflito, preferem outras estratégias. Nos últimos dias foram partilhadas nas redes sociais alguns vídeos, onde é possível visualizar vários jovens a autoinfligir golpes nos membros superiores e inferiores, com o intuito de escaparem à chamada militar.
Num dos vídeos, um jovem aparece a segurar uma marreta, enquanto outro se encontra sentado, com um dos braços esticado em cima de um banco. No seguimento da gravação é possível assistir ao momento em que o jovem que segura a marreta desfere um golpe em cheio no braço do segundo sujeito.
Outro vídeo chocante que anda a correr a internet mostra o momento em um jovem russo salta de umas escadas e cai, de forma intencional, em cima da perna do amigo, partindo-a. O rapaz que sofreu a pancada fica visivelmente magoado e num sofrimento agonizante.
Um homem já se tinha imolado e outro iniciado um tiroteio
Momentos como estes têm vindo a tornar-se populares no país e demonstram o desespero dos homens mais jovens em evitar serem chamados para combater na Ucrânia. Na semana passada, um homem levou a cabo vários disparos num centro de recrutamento, na Rússia, em protesto contra a guerra.
Noutra situação, que motivou bastantes reações um pouco por todo o mundo, um homem pegou fogo a si próprio, com o intuito de não ser chamado para o conflito.
Russos têm-se manifestado nas ruas
Protestos populares têm sido constantes nas ruas da Rússia, os cidadãos têm-se manifestado mais ferozmente após a decisão de Putin em mobilizar 300 mil reservistas, tendo em vista o reforço das operações na Ucrânia.
Vários manifestantes foram presos e o Kremlin já anunciou, inclusive, algumas medidas restritivas que visam impedir a saída do país de homens em idade de combate.
A reação por parte da Ucrânia
Andriy Yermak, chefe do gabinete da Presidência da Ucrânia, já se pronunciou acerca dos comportamentos extremos de alguns jovens russos, que tentam a todo o custo evitar a mobilização, dizendo que “os protestos são mais eficientes”, desaconselhando assim as autoagressões que se têm tornado públicas nos últimos dias.
SIC Notícias