27/01/23 às 21H02 atualizado em 27/01/23 às 21H09
Foto: Miva Filho / SES-PE
O Centro Ciência Viva da Floresta recebeu no dia 25 de janeiro a reunião entre o Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a Secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Brigadeiro-General Duarte da Costa, e os responsáveis pelas Associações Humanitárias de Bombeiros e respetivos comandantes dos concelhos que integram a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, incluindo Sertã e Vila de Rei, que irão juntar-se a Proença-a-Nova, Vila Velha de Ródão, Oleiros, Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Penamacor no processo de reorganização da NUTS III. O encontro, realizado no âmbito da iniciativa Governo Mais Próximo, enquadra-se igualmente num conjunto mais alargado de reuniões que o Ministério está a desenvolver não só com as diversas forças da proteção civil - para aperfeiçoar o modelo de trabalho e a estrutura de proteção civil -, mas também com os autarcas no âmbito das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional.
No caso dos Bombeiros, o objetivo é perceber quais as suas principais reivindicações e prioridades, de forma a estabelecer uma “hierarquia que seja mais em conformidade com as preocupações e a hierarquia das prioridades das próprias corporações”, referiu o ministro que adiantou que o Ministério da Coesão garante “122 milhões de euros para apoiar os esforços de capacitação e de resiliência dos territórios, quer para os riscos naturais, quer para os incêndios florestais e seu combate”. Ao nível do Plano de Recuperação e Resiliência estão disponíveis 20 milhões de euros, 12,6 dos quais para aquisição de veículos florestais. Para além do financiamento, José Luís Carneiro identificou outros possíveis temas de preocupação dos Bombeiros, como sejam os objetivos de profissionalização ou a valorização do voluntariado, que tem uma “força histórica”. Na sua perspetiva, as Equipas de Intervenção Permanente podem ser reenquadradas de forma a terem uma natureza equivalente aos sapadores florestais, podendo realizar limpezas preventivas como uma nova forma de financiamento das próprias associações humanitárias, até porque já prestam outros serviços às populações como a realização de queimas.
A reestruturação político-administrativa resultante da redefinição das NUTS II e III foi abordada pela Secretária de Estado da Proteção Civil: “Estamos efetivamente a viver um período de viragem importante naquele que é o nosso sistema de proteção civil, temos inúmeros desafios pela frente, quer do ponto de vista da conjetura mais global do sistema, associado às alterações climáticas e a todos os novos riscos que as nossas sociedades foram gerando, quer nos desafios que resultam das nossas próprias opções nacionais, como seja a implementação de um novo modelo territorial de proteção civil”. O presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova e da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, João Lobo, referiu que a alteração realizada ao nível da CIMBB irá tornar “mais forte” o território, até porque disporá de mais elementos de proteção civil para qualquer ocorrência.
O Ministro da Administração Interna referiu ainda que “de acordo com os dados da proteção civil, nós conseguimos garantir um combate que permite debelar os incêndios até aos 90 minutos em 92,3% das ocorrências, o que significa um nível de eficácia que compara, por aquilo que tenho visto, com os melhores níveis de combate que há em termos europeus”. Os incêndios que não foram debelados nesta fase acabaram por dar origem às grandes ocorrências de 2022: o seu estudo permitirá receber informação para aumentar a eficácia do sistema, trazendo importantes informações e conhecimento para o modelo que se pretende implementar.
A três semanas das festividades, ensaiam-se coreografias e finalizam-se os trajes e os carros alegóricos.
A três semanas do Carnaval, os preparativos estão na fase final, em Ovar. A cidade volta a viver a festa em pleno, depois de dois anos de interrupção.
Os mais de duzentos elementos da escola de samba Costa de Prata começam a viver o Carnaval de Ovar, que finalmente vai realizar-se em 2023.
Da azáfama dos pés, ao trabalho minucioso de muitas mãos, todos ajudam nos pormenores que ainda faltam.
O grupo de passerelle “Melindrosas”, composto apenas por 70 mulheres, ensaiam no alcatrão de uma rua sem saída, a sua prestação. No desfile serão agulhas, dedais, linhas e tesouras, numa homenagem às costureiras.
Catarina Lúcia Carvalho/Sérgio Campos e SIC Notícias
Está de regresso ao salão dos Bombeiros Voluntários, nos próximos dias 18 e 19 de fevereiro, a 4ª edição da Exposição de Orquídeas do concelho de Cantanhede. À semelhança das edições anteriores, a iniciativa é de participação livre e gratuita, e surge no âmbito de uma parceria entre o Município de Cantanhede, através do Gabinete Municipal de Apoio ao Agricultor e a Associação Portuguesa de Orquidofília (APO).
A 4ª Exposição de Orquídeas irá trazer a Cantanhede os melhores espécimes de orquídeas apresentados por expositores e por colecionadores privados que, ao longo dos anos, cultivam com todo o cuidado e afinco uma grande variedade de espécies e híbridos de orquídeas, possibilitando a que orquidófilos e público em geral possam usufruir de uma exposição requintada e diversificada.
As orquídeas que estarão no evento serão facultados por expositores, associados e orquidófilos em geral, e poderão ser comercializadas, estimulando assim a venda de orquídeas por parte dos floricultores do concelho, este ano com a particularidade de proporcionar aos visitantes uma mostra nacional de orquídeas em flor.
A grande novidade desta edição será a apresentação de Bromélias, plantas epífitas que na natureza vivem em simbiose com as orquídeas, numa mostra em que os visitantes terão, uma vez mais, a oportunidade de contatar com um variado leque de orquídeas, tillandsias e suculentas.
Os visitantes poderão também aprender mais sobre orquídeas assistindo à palestra “Cultivo do género Paphiopedilum”, por José Costa da APO, que se realiza no dia 18 de fevereiro, sábado, às 15h30. À mesma hora, mas no dia seguinte, domingo, 19 de fevereiro, será a vez de Nuno Raposo, da Tillanvis, apresentar o colóquio “Tillandsia, a evolução de uma Bromélia”. Ambas as apresentações têm por objetivo apresentar várias temáticas, com destaque para demonstrações práticas de cultivo de orquídeas, temperatura ideal para o seu plantio, humidade desejada por este tipo de plantas, substrato adequado, ou mesmo doença e praga que efetuam o seu desenvolvimento.
Recorde-se que na mostra estará uma expositora local que se dedica ao cultivo de suculentas juntando às suas plantas vasos resultantes de técnicas de artesanato bem como arranjos feitos com as mesmas.
A iniciativa contará também com a participação de dois espaços dedicados à venda de produtos regionais, designadamente A Lojinha da Quinta d' Igreja, com vinhos, produtos alimentares, entre eles frutas e legumes da época, biscoitos, queijos, compotas, azeite, café e o famoso pão de trigo, folar da Póvoa da Lomba, e os Sabores Perfeitos, com a apresentação de frutos secos, biscoitos, compotas, mel e azeite.
A 4.ª Exposição de Orquídeas do Concelho de Cantanhede pode ser visitada das 11h00 às 19h00 de sábado (dia 18) e das 10h00 às 18h00 de domingo (dia 15).
Sobre as orquídeas
Estão identificadas no mundo mais de 50 mil espécies de orquídeas, um número que tem forte tendência em aumentar cada vez mais, pois muitos espécimes selvagens existentes nas florestas, nomeadamente tropicais que ainda esperam ser descobertos. As suas formas raras e exóticas, marcadas pela excelência, delicadeza e requinte, tornam as orquídeas uma flor rara e majestosa, capaz de encantar e apaixonar qualquer pessoa.
Existem relatos históricos sobre as propriedades medicinais e místicas dessas flores, com destaque para a civilização astecas, por exemplo, ingeriam misturas de orquídeas e chocolate em busca de vigor e poder. Já na China, elas eram consumidas como se fossem um remédio para combater doenças respiratórias. Em Inglaterra do inicio do séc. XIX, durante o reinado da rainha Vitória, a orquídea é um símbolo de elegância, graciosidade e luxo.
As orquídeas em Portugal
Em Portugal estão identificados mais de cinco dezenas de espécies de orquídeas, espalhadas pelos mais variados locais do país, e embora não seja uma planta indígena do continente, nas ilhas, essencialmente na Madeira, existem três espécies nativas, com o destaque a ir para a godiera-da-madeira (Goodyera macrophylla), uma flor muito rara, que existe num local específico na ilha, e que, caso tenha alterações ao seu habitat se pode extinguir rapidamente.
Não é um palco. É um altar onde o Papa vai celebrar, que tem que abrigar milhares de pessoas. Mas a polémica instalada a ponto de ser notícia principal nos meios de comunicação social, não será propriamente o custo do altar. Transborda o cheiro a politiquice, a partidarite. Ora para atacar o presidente da câmara de Lisboa, ora o Presidente da República, ora o governo. Este evento vai trazer a Lisboa um milhão e meio de jovens de todo o mundo! Coisa inédita e nunca acontecida em Portugal.
Mas para os políticos pouco interessa a dimensão do evento. O que mais lhes interessa é a oportunidade para atacar outros políticos.
Desprezam a grandiosidade do evento religioso, a sua dimensão humana. Independentemente de ser um ato religioso, de uma religião, e por sinal a da grosso maioria dos portugueses, será sempre um evento a orgulhar Portugal e que não devia ser caso para alarido injustificado.
Na sua luta partidária, os políticos constroem uma ideia dúbia sobre as exigências necessárias para que a realização deste mega evento corresponda às expectativas e responda às necessidades.
Não ponho em causa o debate democrático sobre custos de eventos. Mas, a dimensão que estão a dar equivale a um escândalo de grandes proporções! Não me parece correto. E prejudica-nos enquanto país com uma democracia que deve ser tratada com mais maturidade por todos os partidos. Não vale tudo.
EDUARDO COSTA, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional