O Município da Marinha Grande está a desenvolver o projeto “MG BioUrbeACt”, para promover a biodiversidade urbana para a adaptação às alterações climáticas, através da plantação de meio milhar de exemplares de espécies arbóreas e arbustivas e de ações de gestão do arvoredo urbano.
A apresentação deste projeto ocorreu na tarde desta terça-feira, 4 de julho, no Parque Mártires do Colonialismo, tendo sido assegurada pelo presidente da Câmara, Aurélio Ferreira; pelo vereador do ambiente, João Brito; pelo técnico Jaime Riem; e tendo contado com a presença de elementos da Junta de Freguesia da Marinha Grande e de representantes da comunicação social.
Aurélio Ferreira esclareceu que “pretendemos promover a adaptação da cidade às alterações climáticas, através da gestão do património arbóreo, tornando-o mais resiliente e mais seguro para os cidadãos e, paralelamente, fomentar a arborização”. O presidente continuou referindo que “a plantação de árvores é uma preocupação ainda maior, sobretudo depois do incêndio de 2017 que causou grandes danos na principal mancha verde do concelho”.
Para além disso, “e na sequência de vários estudos que têm sido feitos a cerca de duas centenas de árvores, está prevista a realização de um conjunto de podas sanitárias e de alguns abates a árvores que, pelo seu estado biomecânico e fitossanitário, possam constituir perigo para pessoas e bens”, acrescentou.
O vereador, João Brito, salientou que “este é um trabalho necessário para a manutenção e gestão do nosso território, que se iniciou nos parques e jardins, na sequência da realização de análises biomecânicas efetuadas a cerca de duas centenas de árvores”.
No âmbito da apresentação do projeto, o técnico Jaime Riem, do Planeta das Árvores, explicou a metodologia de trabalho, demonstração de técnicas de análise, demonstração de escalada com arboricultor.
O projeto “MG BioUrbeACt” contempla ações para a gestão do arvoredo urbano, nomeadamente: estudos de avaliação biomecânica e fitossanitária; corte de ramos e aplicação de podas corretivas; e abates dirigidos por desmontagem. Neste contexto, o Município contratou técnicos de arboricultura, que procedem à avaliação do estado biomecânico das árvores de alguns parques, jardins e arruamentos da cidade.
Em maio, tiveram início as ações relativas à primeira fase dos trabalhos, nomeadamente os estudos de avaliação biomecânica e as primeiras podas fitossanitárias em diversas árvores dos parques da cidade. De acordo com os estudos biomecânicos já efetuados, estão previstas podas fitossanitárias em cerca de 150 árvores e abates de aproximadamente 25 exemplares.
Ainda este ano, na época de plantação (outono/inverno), está prevista a plantação de 220 árvores autóctones (como carvalho-cerquinho; carvalho-português; carvalho-alvarinho; bôrdo-negundo; bôrdo, plátano-bastardo; zêlha; lodão; sorveira/tramazeira; borrazeira-preta; freixo; amieiro; aveleira) e 290 arbustos (como medronheiro, folhado, murta, rosmaninho, junco, junco-solto, roselha), cujo objetivo é a reposição do arvoredo urbano e a promoção de ilhas sombra na cidade.
Está também contemplada a instalação de comedouros e caixas ninho para a avifauna e material de suporte para assegurar a plantação de árvores.
O projeto “MG BioUrbeACt” implica um investimento de 75 mil euros, decorrendo até dezembro de 2023, no âmbito da candidatura ao Programa de Apoio à Transição Climática “Intervenções de resiliência dos territórios face ao risco – (re)arborização de espaços verdes e criação de ilhas-sombra em meio urbano”, com financiamento a 100% pelo COMPETE 2020.