quinta-feira, 13 de julho de 2023

Águeda galardoada com três eco-freguesias

 Bandeira verde reconhece as boas práticas implementadas pelas freguesias de Valongo do Vouga, Águeda e Borralha e Fermentelos

O concelho de Águeda tem, a partir de hoje, três eco-freguesias. A cerimónia de entrega do galardão bienal decorreu, esta tarde, em Miranda do Corvo, onde foram reconhecidas as boas práticas ambientais e de desenvolvimento sustentável implementadas pelas freguesias de Valongo do Vouga, Águeda e Borralha e Fermentelos.
Se Valongo do Vouga viu ser-lhe renovado o selo prata como freguesia que promove medidas ambientalmente sustentáveis, Águeda e Borralha e Fermentelos marcam estreia com a Bandeira Verde de Eco-Freguesia.
Este galardão visa divulgar e distinguir as freguesias com melhores práticas de sustentabilidade, não só ambiental, mas também socio-económico e cultural, implementadas nos últimos dois anos.
Nesta que é a quarta edição da Bandeira Verde Eco-Freguesias XXI, de um universo de 3019 freguesias, participaram 221, sendo que destas 178 formalizaram a candidatura e receberam bandeira verde 131 freguesias.
Baseado num conjunto de dez indicadores, este galardão pretende evidenciar e incentivar um conjunto de ações à escala local, de preferência de carácter participado e que contribuam para a construção de uma comunidade mais sustentável. Entre essas medidas estão ações de educação ambiental, participação pública e apoio social, promoção do território ou da mobilidade sustentável, informação, comunicação e descentralização dos serviços ou proteção e restauro da biodiversidade, gestão dos espaços públicos e verdes, resíduos, água ou energia. Valoriza ainda uma visão de futuro, que contemple o desenvolvimento de projetos no sentido da sustentabilidade.
O Eco-Freguesias XXI contribui para a implementação do nº 11 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2030 – comunidades inclusivas, resilientes, seguras e sustentáveis, alinhando-se diretamente com os três eixos da Estratégia Nacional de Educação Ambiental: economia circular, descarbonizar a sociedade, valorizar o território.
Refira-se que este programa é implementado por uma comissão nacional da qual fazem parte, para além da ABAE (Associação Bandeira Azul da Europa), elementos da Agência Portuguesa do Ambiente, Universidade de Coimbra, Instituto de Ciências Sociais, FCSH-Universidade Nova de Lisboa, Quercus, entre outros.

Ana Sofia Pinheiro

Região de Aveiro: Nova Operadora BUSWAY arranca a 1 de Agosto Caixa de entrada

 Serviço Público de Transporte de Passageiros da Região de Aveiro. Nova Operadora BUSWAY arranca a 1 de Agosto
Na apresentação ao público da operação BUSWAY - Região de Aveiro, no passado dia 11 de Julho, o Presidente do Conselho Intermunicipal, Ribau Esteves, deu nota positiva ao intenso trabalho conjunto entre a Comunidade Intermunicipal e as 11 Câmaras Municipais com o novo operador, a quem desejou as maiores felicidades em Aveiro e em Portugal, deixando notas de agradecimento aos atuais operadores, que nomeou.
O CEO do grupo empresarial, Afif Afifi, sublinhou a experiência de quatro gerações no setor. “É um modo de vida” referiu, assegurando empenho, qualidade, compromisso como bases de trabalho. “Estamos muito felizes e entusiasmados por estar aqui hoje e por fazer parte do transporte público em Portugal. Estamos ansiosos por esta jornada”, rematou dirigindo-se aos presentes em português.
A nova operação BUSWAY Região de Aveiro envolve uma frota de 120 autocarros (5 veículos elétricos e/ou híbridos) moderna, com serviços de entretenimento/informação e WiFi a bordo, com uma idade média de 5 anos, muito abaixo da média atual nacional, que ronda os 15 anos.
Um total de 111 linhas a percorrer 3200 quilómetros pelos 11 municípios da Região de Aveiro a partir de 1 de Agosto. Serão 74 linhas municipais, 17 intermunicipais e 20 inter-regionais.
Através do reforço da oferta na ordem de 423 000 quilómetros anuais face à base atual, que foi atualizada e complementada, teremos uma nova rede de carreiras de serviço público regular ajustada às necessidades de procura de transporte público da população.
A rede está equipada com sistemas tecnológicos que permitem informação em tempo real e fidedigno aos passageiros, bem como sistema de bilhética inovador.
Os postos de venda e carregamento de bilhetes/passes estão distribuídos pelos 11 municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, tendo a BUSWAY uma linha de apoio gratuita disponível para esclarecimento de dúvidas (800 10 10 12).
A Busway – Ciraveiro pertence à Nateev Express do Grupo Afifi, líder israelita no serviço de transporte de passageiros, com um currículo de quase cem anos de história (1927) no serviço de transportes.
Em Israel, o Grupo Afifi opera 766 autocarros, 233 linhas, 55 milhões de passageiros/ano. Porém o seu currículo é internacional engloba mais de 20 empresas envolvidas em transportes, turismo, hotelaria, tecnologia da informação, investimentos, imóveis e comércio internacional. É responsável por 1500 autocarros, 2800 funcionários e gere 2.5 biliões de euros do Noy Fund.

Postos de venda:

Aveiro
•Terminal Rodoviário de Aveiro) –Bilheteira BUSWAY
• Loja das Revistas, Rua do Batalhão de Caçadores 10

Águeda
• Casa dos Jornais, Rua Vasco da Gama 12

Albergaria-a-Velha
• Terminal Rodoviário de Albergaria-a-Velha –Bilheteira BUSWAY

Estarreja
• Câmara Municipal de Estarreja

Ílhavo
• Papelaria Gonçalves, Avenida 25 de Abril 10

Murtosa
• Espaço Cidadão, Largo Dr. José Tavares 9

Oliveira do Bairro
• Câmara Municipal de Oliveira do Bairro

Ovar
• Câmara Municipal de Ovar

Sever do Vouga
• Loja Sorte e Saber, Avenida Comendador Augusto Martins Pereira

Vagos
• Câmara Municipal de Vagos

Anadia
• Papelaria Lita, Rua Dr. Alexandre Seabra - Turismo Centro de Portugal

Simão Santana
[Adjunto do Presidente | Deputy of the Mayor]

Sexta edição do evento “ Rios Ibéricos realiza-se em Castelo de Paiva e Penafiel. Duatlo e Triatlo vão cativar adeptos

 
A região do Tâmega e Sousa vai acolher, no penúltimo fim-de-semana de Julho, a 6ª edição do Rios Ibéricos, com provas de Triatlo e Duatlo no território de Penafiel e Castelo de Paiva, com o denominador comum a ser o palco mágico do Rio Douro, onde tem inicio as competições desportivas.
 No Sábado, dia 22, estão previstas as provas de Duatlo Jovem para as camadas jovens e adulto experiência que se disputam no território de Castelo de Paiva, com partida e chegada no Largo do Conde, podendo ainda ser feitas inscrições em https://docs.google.com/.../1FAIpQLSdvG.../viewform...
Nas camadas jovens, as provas são pontuáveis para o Campeonato Jovem Litoral e Interior Norte ) ao passo que, na competição destinada aos adultos-experiência, teremos uma prova aberta-promoção.
Já no Domingo, dia 23, o grande destaque será a prova de Triatlo da Taça de Portugal, para além das provas de Triatlo Prova Aberta (individual ou estafeta) e Duatlo Prova Aberta (individual ou Estafetas), sendo que estas competições do calendário nacional vão ter cobertura televisiva assegurada por vários canais nacionais.
Será no belo cenário da marinas de Entre-os-Rios, na zona de confluência dos Rios Douro e Tâmega, que tem inicio este evento desportivo ( natação, ciclismo e corrida ) que contará com a presença dos melhores triatletas nacionais e dos atletas amadores, que vão evidenciar a vontade de competir ao mais alto nível, terminando a prova de corrida no centro da urbe paivense.
Os amantes do Triatlo sabem da importância desta prova para a modalidade, pois esta jornada dos “ Rios Ibéricos “, será decisiva para a classificação da Taça de Portugal de Triatlo 2023, daí a organização prever uma boa adesão de atletas.
O evento desportivo Rios Ibéricos 2023 é uma organização do Centro Sol Nascente de Castelo de Paiva, em parceria com as Câmaras Municipais de Castelo de Paiva, Penafiel, Juntas de Freguesia envolventes, e o IPDJ - Instituto Português do Desporto e Juventude com o apoio técnico da Federação de Triatlo de Portugal.

Carlos Oliveira


Portalegre | UCC de Nisa realiza sessão de formação sobre Saúde dos Idosos

 A Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) de Nisa realizou, no dia 12 de julho, a primeira sessão de formação em “Cuidados de Higiene e Conforto à pessoa idosa” e “Saúde Oral no Idoso”, na Santa Casa da Misericórdia de Alpalhão.
A formação, dirigida aos colaboradores da Santa Casa da Misericórdia de Alpalhão, tem como objetivo sensibilizar para a importância dos cuidados de higiene individual dos utentes e promover o autocuidado de cada um deles.

A sessão foi dirigida pelas enfermeiras Lurdes Belona e Irene Bastos, e pela higienista oral Ana Calha.

ULSNA

Marinha Grande | EXPOSIÇÃO “PLESIOSSAURO DE SÃO PEDRO DE MOEL” PATENTE NOS COSMOS

 O Município da Marinha Grande, em parceria com o Parque dos Dinossauros da Lourinhã e com o Museu da Lourinhã, tem patente a “Exposição do Plesiossauro de São Pedro de Moel”, no Centro Cosmos Azul e Mar, localizado na Travessa Artur Vilela, em São Pedro de Moel, de 15 de julho a 3 de setembro de 2023, no âmbito do programa da Bandeira Azul.
A exposição exibe e documenta a descoberta do mais completo e antigo fóssil de plesiossauro da Península Ibérica, encontrado junto ao Farol de São Pedro de Moel, pertencendo ao início do Período Jurássico, com cerca de 195 milhões de anos, e que permitiu identificar uma nova espécie de réptil marinho contemporâneo do tempo dos dinossauros, batizada com o nome de Plesiopharos moelensis que significa “perto do farol de São Pedro de Moel”.
Os plesiossauros eram répteis marinhos, da Era dos dinossauros, que vinham à superfície para respirar. Os seus membros, braços e pernas, evoluíram para barbatanas e a sua morfologia assemelha-se ao mítico “monstro do Loch Ness”.

No âmbito desta descoberta, o Parque dos Dinossauros da Lourinhã juntamente com o Museu da Lourinhã, procedeu ao tratamento e conservação do achado fóssil e produziu a exposição temporária do Plesiopharos moelensis.

O território do concelho da Marinha Grande possui uma elevada geodiversidade (minerais, rochas, geoformas e grande potencial fossilífero), sendo a orla costeira rochosa, uma das regiões mais importantes do Jurássico Inferior de Portugal.

De acordo com diversas referências da comunidade científica das últimas duas décadas, nas arribas do concelho da Marinha Grande ocorrem registos fossilíferos de excecionalidade que são verdadeiros observatórios vivos, contemporâneos do período em que predominavam na Terra os dinossauros.

Considerando a necessidade de promover ações com vista à preservação deste património natural singular, de grande relevância para a ciência, a Câmara Municipal celebrou um Protocolo de Colaboração com a Parque dos Dinossauros da Lourinhã, cujo objetivo principal é a cooperação, entre as entidades, com vista à salvaguarda e divulgação do património paleontológico do concelho da Marinha Grande, sendo a realização da exposição temporária do plesiossauro de São Pedro de Moel, a primeira iniciativa no âmbito desta parceria.

Horário:
Segunda a domingo (Encerra à quinta-feira) 2.ª, 3.ª, 4.ª e 6.ª | 15h00 às 23h00
Sábado | 10h00 às 12h30 e das 16h00 às 23h00 Domingo | 10h00 às 12h30 e das 16h00 às 22h00
Entrada gratuita

Reguengos de Monsaraz | Exposição de pintura “Costa a Costa” de Fiona Power na vila medieval de Monsaraz


A irlandesa Fiona Power vai apresentar de 14 de julho a 19 de agosto a exposição “Costa a Costa” na vila medieval de Monsaraz. Esta mostra organizada pelo Município de Reguengos de Monsaraz pode ser apreciada diariamente entre as 9h30 e as 12h30 e das 14h às 17h30 na Igreja de Santiago.
Fiona Power vai expor 23 pinturas a óleo sobre tela, acrílico sobre tela, técnica mista sobre tela, acrílico sobre madeira e acrílico sobre papel retratando o sudoeste da Irlanda, a rota comercial ao longo do rio Shannon e as ilhas Skellig e Ballinskelligs na Península de Iveragh. A artista refere que escolheu o título da exposição “devido ao Lago Alqueva ter uma linha de margens maior que a linha de costa de Portugal continental”.
Para pintar as suas obras, Fiona Power diz que “utilizo uma variedade de técnicas e materiais, sou inspirada pela beleza das cores e pela emoção dos momentos etéreos de mudança na luz e na atmosfera de um determinado lugar e tempo. Pinto as paisagens terrestres e marítimas em constante mudança que estão perto da minha casa, como os portos e enseadas, sebes repletas de flores silvestres, céus dramáticos e piscinas de lírios selvagens”.
A pintora irlandesa mora perto da Baía de Dunmanus, no condado de Cork, e tem exposto os seus trabalhos em muitas galerias na Irlanda, mas também em Nova Iorque, Londres e Berlim. Fiona Power explica que “as ligações irlandesas com Portugal podem ser traçadas ao longo de vários séculos e há evidências arqueológicas dos períodos do Ferro e do Bronze que mostram os primeiros contatos entre a Península Ibérica e a Irlanda e que os povos ibéricos foram ancestrais dos irlandeses gaélicos. É devido a estas ligações que na segunda parte deste projeto pretendo fazer uma obra no Alentejo para expor em West Kerry após a exposição em Monsaraz”.


Carlos Manuel Barão 

Ovar | Espetáculo comunitário leva 85 vareiros a palco. Sabão Potassa estreia sábado e promete deixar toda a gente D’ Alma Lavada

Sabão Potassa estreia no próximo sábado, 22 de julho, no Centro de Arte de Ovar. O espetáculo, que integra a programação das comemorações do dia do município, está marcado para as 21h30 e tem entrada gratuita. Trata-se de uma coprodução da Câmara Municipal de Ovar e da Associação de Teatro Sol D’ Alma. Em palco serão contadas 11 Estórias D’ Alma Lavada que em comum têm a identidade vareira, num trabalho único que conta com 85 elementos da comunidade.

 


Afinal de contas, o que é ser vareiro? De onde vem a garra que os impele a chegar mais longe e mais além? Que almas são estas, que se lavam com o tempo? Este é o ponto de partida de Sabão Potassa que vai desafiar o público a regressar ao tempo em que os pisos de madeira eram lavados com sabão e a resgatar as estórias e os protagonistas icónicos do concelho de Ovar. Os ofícios, as tradições, os lugares especiais, o modo de vida, são, assim, o mote para esta criação artística sobre a memória coletiva do concelho.

Se as histórias que vão ganhar vida em palco têm ADN vareiro, o mesmo acontece com quem as encarna. O elenco do Sol D’Alma junta-se à comunidade ovarense. Dos avós aos netos, várias gerações vão estar em palco para celebrar a Terra que é de cada um e de todos.
A Câmara Municipal de Ovar continua, assim, a apostar nas associações culturais do concelho e no envolvimento direto do público em práticas artísticas, numa estratégia que procura esbater barreiras culturais e trabalhar o sentimento de pertença de participantes e espectadores pelo território.  Ao mesmo tempo, entende-se que este tipo de projetos é também uma forma de desenvolver competências diversas nos participantes, proporcionando-lhes momentos de aprendizagem, em contexto informal e de salutar convívio, e contribuindo para um verdadeiro sentido de comunidade.

Com a dramaturgia e encenação de Leandro Ribeiro, a peça de teatro Sabão Potassa - Estórias D’ Alma Lavada é o culminar de um trabalho de vários meses. Tudo começou com a recolha de testemunhos de individualidades do concelho que resultaram num conjunto de crónicas com o mesmo nome, transmitidas na Rádio Antena Vareira FM. Esse foi também o material criativo para a construção do espetáculo prestes a estrear. As histórias sobem, agora, ao palco já alteradas, adaptadas, deformadas, misturadas, minimizadas ou, pelo contrário, exageradas. Vozes individuais que agora ganham uma dimensão coletiva, transformando-se numa homenagem singular à gente vareira.

Integrado no projeto Tardes Comunitárias. Biblioteca Municipal acolheu sessão sobre o músico António Lima Fragoso

 

Mais de 30 pessoas assistiram esta quarta-feira, dia 12 de julho, a mais uma sessão das Tardes Comunitárias, dedicada ao músico e pianista António Lima Fragoso.
A iniciativa agradou aos participantes, que assistiram com enorme interesse à apresentação multimédia realizada por José Leandro Andrade Campos, um dos palestrantes. Na mesa esteve igualmente Eduardo Fragoso, presidente da Associação António Fragoso (AAF) e sobrinho do homenageado.

Natural da Pocariça, José Leandro Andrade Campos é professor jubilado da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Na sua apresentação, mostrou documentos fotográficos antigos relacionados com a vivência da família Lima Fragoso, na Pocariça, no início do século XX, e também fragmentos de peças musicais do jovem músico.
Já Eduardo Fragoso partilhou com a assistência alguns dos projetos desenvolvidos pela Associação a que preside e aspetos relacionados com a vida e obra de António Fragoso.
A AAF é uma instituição cultural sem fins lucrativos, fundada em janeiro de 2009, que tem como principais objetivos o estudo, a revisão, a edição e a ampla difusão das obras musicais e literárias (estas ainda inéditas e também de grande valia) deixadas por António Fragoso.

Tardes Comunitárias
Todas as quartas-feiras, entre as 14h30 e as 17h30, decorrem ações deste projeto do Município de Cantanhede, que podem incidir em exercícios de ginástica e outros desportos ou em debates em torno de matérias tão diversificadas como a saúde e segurança, literatura, artes plásticas, turismo e a proteção civil, entre outras, nalguns casos a partir da análise de documentos ou da projeção de filmes.
Por outro lado, tem previstas atividades de acentuada componente lúdica, como visitas guiadas, debates literários, ou apenas convívio social ativo.
Na prática, o que se pretende é “Dar Mais Vida aos Anos” proporcionando oportunidades de valorização e realização pessoal para um público com mais de 55 anos e percursos de vida diversificados, através de encontros em que é dada também a possibilidade de partilharem a sua experiência e saber com outras pessoas.
Os interessados podem comparecer livremente, formalizando a sua inscrição no início de cada sessão ou na Casa Francisco Pinto, na Rua António José de Almeida nº 3, em Cantanhede, através do número 231 410 123 ou do e-mail tardescomunitarias@cm-cantanhede.pt .

COMPLEXO DAS PISCINAS MUNICIPAIS DE SILVES ENCERRADO ENTRE 12 DE AGOSTO E 03 DE SETEMBRO

A Câmara Municipal de Silves informa que o Complexo das Piscinas Municipais de Silves (CPMS) estará encerrado entre 12 de agosto e 03 de setembro, para a realização de trabalhos de manutenção dos equipamentos técnicos e limpeza/desinfeção de todo o recinto.
A atividade regressa à normalidade na segunda-feira, dia 04 de setembro.
A Autarquia pede desculpa pelo incómodo e agradece a compreensão dos munícipes.
 

RUA D. MARIA TERESA ROMA EM PÊRA COM CORTE DE TRÂNSITO NOS DIAS 28, 29 e 30 DE JULHO, 04, 05 e 06 DE AGOSTO e 19 e 20 DE AGOSTO

O Município de Silves informa que a Rua D. Maria Teresa Roma, em Pêra, sofrerá um corte de trânsito nos dias 28, 29 e 30 de julho; 04, 05 e 06 de agosto e 19 e 20 de agosto, entre as 19h00 e as 02h00, na sequência da realização do Arraial do Petisco e da Festa em Honra da Nossa Sra. das Dores.
A autarquia pede a atenção dos automobilistas e residentes para esta situação e agradece a compreensão e colaboração de todos.

 

Parceria entre a Câmara Municipal e o ACES Tâmega II. Parceria entre a Câmara Municipal e o ACES Tâmega II “Diabetes em movimento” arranca em Outubro e contempla Concelho de Castelo de Paiva

 O programa Diabetes em Movimento, coordenado pela Direcção-Geral da Saúde vai arrancar em Castelo de Paiva no mês de Outubro, através de uma parceria entre a Câmara Municipal de Castelo de Paiva e o ACES Tâmega II – Vale do Sousa Sul.

Este programa comunitário de exercício físico para pessoas com Diabetes tipo 2 está a ser implementado em Castelo de Paiva numa parceria entre a Câmara Municipal de Castelo de Paiva e o ACES Tâmega II – Vale do Sousa Sul.
A coordenação nacional é realizada pela Direcção-Geral da Saúde através do Programa Nacional para a Promoção da Actividade Física e do Programa Nacional para a Diabetes.
As sessões de exercício físico vão decorrer a partir do próximo mês de Outubro, às 2ªs, 4ªs e 6ªs, das 9h30 às 11h, no Pavilhão Municipal dos Desportos, e serão dinamizadas por profissionais do exercício físico e por enfermeiros.
A participação é possível, e gratuita, mediante referenciação pelos médicos e enfermeiros do Centro de Saúde de Castelo de Paiva (UCSP Oliveira do Arda e USF Paiva Douro).
Este programa de intervenção multi-institucional, multidisciplinar e multicomponente representa um esforço articulado da comunidade para proporcionar uma solução concreta e efectiva de actividade física para esta população.
A diabetes é um dos principais problemas de saúde pública do nosso país (existem mais de 1 milhão de pessoas com esta doença crónica em Portugal) e a actividade física é um dos pilares do tratamento - melhorando o controlo metabólico, reduzindo o risco cardiovascular, e aumentando a funcionalidade e a qualidade de vida.

Carlos Oliveira

Cantanhede | Pela adoção das melhores práticas e de medidas de apoio. Câmara recebe selo de mérito pelo apoio aos cuidadores informais

 
No âmbito da 2.ª edição da Rede de Autarquias que Cuidam dos Cuidadores Informais (RACCI), o Município de Cantanhede viu ser-lhe atribuído o selo de mérito do Movimento Cuidar dos Cuidadores informais. Para esta distinção, referente ao biénio 2022/2023, contribuiu a adoção das melhores práticas e de medidas de apoio em benefício dos cuidadores informais.
O Município de Cantanhede reconhece a importância de apoiar os cuidadores, pois desta forma estes também podem dar qualidade de vida às pessoas cuidadas”, entende a vereadora da Ação Social e Saúde da Câmara Municipal, Célia Simões, que destaca “o empenho e competência das equipas da autarquia e dos diversos parceiros”, que culminou com o reconhecimento das políticas municipais concretizadas neste domínio.
Recorde-se que Cantanhede tem no terreno desde julho de 2020, o projeto CuidIn, uma referência a nível nacional no âmbito dos cuidadores informais. Até ao momento, estão registados 727 cuidadores informais no concelho, cujos perfis foram identificados através dos dados recolhidos nas 453 entrevistas de diagnóstico aplicadas.
A partir do segundo semestre de 2022, o CuidIn desenvolveu ações de capacitação/formação gratuitas, dinamizadas por técnicos da Rede Local CuidIn, junto dos cuidadores informais distribuídos pelas 14 freguesias do concelho.
As sessões foram dinamizadas por uma equipa multidisciplinar composta por 122 monitores (assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, gerontólogos, animadores socioculturais, entre outros) tendo por base um programa psicoeducativo. Destas ações resultaram 194 cuidadores informais capacitados, dos quais 169 já foram alvo de uma entrevista de avaliação de impacto após a capacitação.

Liga MEO Surf: Waikiki Junior Award premeia nova geração do surf nacional


O Waikiki Junior Award é uma das novidades deste ano da Liga MEO Surf, um prémio dedicado à nova geração do surf nacional e que visa distinguir o melhor surfista júnior em competição. É também um regresso de um prémio que já vem de edições anteriores da principal competição do surf nacional e que, em 2023, a partir da etapa da Ericeira, foi assim retomado, com Francisco Ordonhas em especial plano, visto que venceu as duas edições já realizadas este ano (Ericeira e Ribeira Grande).
Francisco Ordonhas – Top 6 da Liga MEO Surf e vencedor do prémio Waikiki Junior Award
“Acho que é um prémio importante para os surfistas da nossa idade porque puxa pela motivação em darmos o nosso melhor. Fiquei contente em ter vencido duas vezes seguidas. Foi importante mentalmente e por ter ido o mais longe possível. O prémio deu-me confiança e mostrou-me que sou capaz de ser melhor. Não vou pensar muito se vou vencer o terceiro, mas o que sei é que vou dar o meu melhor.”

Para além de ter vencido este prémio paralelo da Liga MEO Surf, Francisco Ordonhas encontra-se em 6º lugar no ranking atual, contando com um 3º lugar na etapa do Porto e Matosinhos e um 5º lugar na etapa da Ribeira Grande, permanecendo como um dos surfistas matematicamente candidato ao título de campeão nacional de 2023.

O objetivo do Waikiki Junior Award é assim o de valorizar os resultados e a evolução dos surfistas mais novos que competem junto dos mais experientes na 1ª divisão do surf nacional, procurando distinguir aqueles que vão liderar o surf português no futuro.

Neus Fernando – Responsável de Comunicação Exotic Waikiki
“A entrada do patrocínio da Waikiki na Liga MEO Surf tem sido de grande importância. Waikiki, como fruta refrescante e nutritiva, encaixa perfeitamente com o estilo de vida saudável e alimentação que promove o desporto e o seu sabor doce e exótico liga perfeitamente com o espírito de Verão e do surf. Ao associar-se a uma competição de surf tão prestigiante como a Liga MEO Surf, a Waikiki demonstra o seu compromisso com o desporto e apoio aos atletas, reforçando assim o seu posicionamento de marca. A presença da Waikiki também promove hábitos de vida saudáveis entre os participantes e o público, brindando opções saborosas e divertidas. Além disso, o patrocínio gerou uma visibilidade notável e reconhecimento para a marca, estabelecendo uma conexão real com os consumidores portugueses e globais. A ativação de marca da Waikiki durante os dias de competição, com seu espírito jovial, tropical e exótico, evoca emoções positivas. Isso adiciona uma nova dimensão à competição, criando uma experiência atraente e muito divertida. Em resumo, o patrocínio da Waikiki na Liga MEO Surf 2023 tem sido uma oportunidade inestimável para promover a marca, encaixar perfeitamente no estilo de vida surfista e transmitir os valores de saúde, sabor e diversão que representa.”

No último fim-de-semana deste mês, vamos conhecer os campeões nacionais sub-20 com a realização da 3ª e última etapa do Junior Tour que se realiza em Santa Cruz nos dias 29 e 30 de Julho.

A Liga MEO Surf 2023 é uma organização da Associação Nacional de Surfistas e da Fire!, com o patrocínio do MEO, Allianz Seguros, Joaquim Chaves Saúde, Bom Petisco, Go Chill, Corona, Somersby, Waikiki, Rip Curl, o parceiro de sustentabilidade Jerónimo Martins, os apoios locais dos Municípios da Figueira da Foz, Porto, Matosinhos, Mafra, Ribeira Grande e Peniche, e o apoio técnico da Federação Portuguesa de Surf.
Mais informações em www.ansurfistas.com.

Fotos: Francisco Ordonhas, pódio e stand da Exotic Waikiki. (Crédito: Jorge Matreno/ANSurfistas)


Universidade de Coimbra promove XI Congresso Nacional de Geologia


O Departamento de Ciências da Terra (DCT) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em colaboração com a Sociedade Geológica de Portugal (SGP), vai dinamizar, de 16 a 20 de julho, o XI Congresso Nacional de Geologia (CNG).

O evento, que vai decorrer no DCT e já tem três centenas de inscritos, pretende reunir a comunidade geocientífica nacional, promovendo a apresentação de trabalhos nas mais diversas áreas das Geociências, mas também tem como objetivo ser ponto de criação de sinergias e reforço de colaborações entre os diferentes protagonistas e instituições nacionais que conduzem a produção, divulgação e aplicação de conhecimento nesta área do saber.

Esta XI edição procura ainda destacar o papel das Geociências na concretização dos objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), contribuindo assim para a resolução de oito Desafios Globais Minerais e inovação tecnológica, designadamente “materiais e economia circular”; “riscos naturais e alterações climáticas”; “acesso e qualidade da água”; “descarbonização e fontes de energia”; “saúde e qualificação ambiental; “segurança e sustentabilidade urbana; e “geodiversidade e geoconservação”.

Nos cinco dias de Congresso irão decorrer 20 sessões científicas sobre os mais variados temas relacionados com as Geociências, que contam com a participação de diversos especialistas da área, 200 apresentações orais e 150 posters, e ainda saídas de campo, cursos e workshops.

Para mais detalhes e informações sobre o XI CNG pode aceder à página do evento.

Sara Machado
Assessora de Imprensa
Universidade de Coimbra• Faculdade de Ciências e Tecnologia

Atmosfera de Vénus a três dimensões prepara futuras observações de exoplanetas rochosos


Vénus e a Terra encontram-se quase na mesma região do Sistema Solar e têm tamanhos e densidades semelhantes, mas as suas atmosferas e condições à superfície são radicalmente diferentes. Se fossem observados à distância de 100 anos-luz, como os poderíamos distinguir?
Uma equipa de investigadores escolheu um planeta a 106 anos-luz, com 1,37 vezes o diâmetro da Terra, descoberto em 2022, para apresentar a primeira simulação a três dimensões do clima de um planeta de tipo rochoso com as características que atualmente conhecemos em Vénus. O planeta, de nome LP 890-9 c, orbita a sua estrela a uma distância que o coloca na zona de habitabilidade, mas muito próximo do limite de efeito de estufa descontrolado que presenciamos em Vénus. Os resultados da simulação deste hipotético exo-Vénus foram apresentados por uma equipa internacional liderada por Diogo Quirino, que desenvolveu este trabalho enquanto investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), e por Gabriella Gilli, colaboradora do IA e investigadora do Instituto de Astrofísica de Andaluzia (IAA–CSIC), num artigo da revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

O potencial deste planeta para ser semelhante a Vénus torna-o um alvo ideal para estudos que procuram compreender a evolução da atmosfera em planetas do tipo terrestre e explicar a divergência climática que hoje observamos entre a Terra e Vénus. Esta simulação, que utilizou um modelo físico-matemático da circulação global da atmosfera inicialmente desenvolvido pelo Laboratório de Meteorologia Dinâmica (Laboratoire de Météorologie Dynamique – LMD), em França, ajudará a preparar observações deste e de outros planetas rochosos com os instrumentos do atual Telescópio Espacial James Webb (JWST), ou do futuro Extremely Large Telescope (ELT), entre outros.

“Este modelo 3D pretende constituir-se como suporte para a interpretação de futuras observações por estes instrumentos, o que nos permitirá caracterizar melhor o que estamos a ver na atmosfera deste tipo de exoplanetas assim que as observações estejam disponíveis”, diz Diogo Quirino, que começou este trabalho ainda durante o mestrado em Ciências Geofísicas, com especialização em Meteorologia e Oceanografia, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa). “As simulações aqui apresentadas, aplicadas a este exoplaneta, constituem-se como o primeiro passo na direção dessa caracterização, a qual passa pela previsão da temperatura e da circulação atmosférica e o modo como estas influenciam as observações.”

LP 890-9 c orbita no limite interior da Zona Habitável de uma anã vermelha, uma estrela mais pequena e mais fria do que o Sol. No entanto, numa fase mais jovem da estrela, este planeta pode ter recebido um nível de radiação com implicações para a evolução de uma possível atmosfera. “Pensa-se que o limite interior da zona de habitabilidade seja difuso”, diz Diogo Quirino, “o que significa que uma atmosfera do tipo de Vénus é possível na zona de habitabilidade e que esta zona não é de todo uma garantia de haver oceanos e vida.” Gabriella Gilli acrescenta: “A ideia deste trabalho é estarmos preparados para quando detetarmos um planeta análogo a Vénus sermos capazes de o reconhecer como tal.”

Com base na hipótese de que o clima de LP 890-9 c evoluiu para uma atmosfera moderna do tipo de Vénus, os autores simularam-na com uma pressão à superfície 92 vezes superior à da Terra, composição química dominada em 96,5% por dióxido de carbono e um coberto global de nuvens de ácido sulfúrico. Estudos anteriores indicam que, de facto, a acumulação de dióxido de carbono na atmosfera é um dos cenários prováveis de evolução em planetas do tipo terrestre que orbitam estrelas anãs vermelhas. A equipa oferece assim previsões para a temperatura e a intensidade dos ventos no topo das nuvens, assim como o número de observações que serão necessárias para que se possa fazer a caracterização atmosférica deste planeta.

“Uma das potencialidades dos modelos 3D é a sua capacidade para calcular a radiação que é emitida pelo planeta em determinadas regiões do espectro eletromagnético”, diz Quirino. O investigador calculou como a radiação infravermelha emitida pelo planeta poderá variar ao longo da sua órbita, o que pode produzir padrões que estejam associados à presença de uma atmosfera. “Este observável permite-nos prever como a radiação proveniente do planeta varia no tempo para um observador terrestre, o que permite inferir como é feita a distribuição de energia na atmosfera do planeta”.

Não se sabe ainda se existem exo-Vénus, mas os modelos e as simulações tridimensionais, baseadas no conhecimento que temos sobre o Sistema Solar, são essenciais para que os cientistas possam ter ferramentas úteis e operacionais no momento da descoberta de planetas extra-solares. Diogo Quirino está já a analisar o exoplaneta TRAPPIST-1 c, a 39 anos-luz, um estudo de caso para um possível exo-Vénus, explica o investigador. “Vamos também criar uma matriz de exoplanetas do tipo de Vénus, em que variamos as suas características como o raio, a gravidade, a pressão atmosférica à superfície ou a inclinação do eixo de rotação, para estudar o impacto destas características na atmosfera e no clima.”

Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço
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As árvores e a água


As árvores são seres vivos vasculares, tal como nós. Simplesmente, aos nossos vasos chamamos veias e artérias, por onde circula uma solução aquosa (cerca 90% água) que é o sangue (arterial e o venoso) e aos vasos das árvores chamamos floema e xilema (termos de origem grega) ou líber e lenho (termos de origem latina), por onde circula, também, uma solução aquosa, a seiva (elaborada e a bruta). Há, pois, plena correspondência, apenas com nomes diferentes.


Para a água circular e irrigar todas as células do corpo, os seres vivos vasculares transpiram, constantemente, vapor de água. Por exemplo, quando há muita gente numa sala fechada, a evapotranspiração é tal, que o vapor de água chega a condensar-se nas paredes frias da sala onde se pode ver gotejar a água resultante da evapotranspiração de tanta gente junta.

Uma árvore transpira muito mais vapor de água do que um ser humano, pois são seres de maior volume. Há árvores até cerca de 100 m de altura e árvores com cerca de 1500 m3 de volume.

Numa floresta há, pois, enorme evapotranspiração. Por exemplo, a floresta amazónica é uma floresta trópico-equatorial, sob intensa incidência de radiação solar e, por isso, com árvores altíssimas e de enorme volume. Assim é uma floresta extremamente húmida, uma pluvisilva (do latim pluvia = chuva e silva = floresta), onde chove praticamente todo o ano pois as correntes de ar (ventos) vindas do Oceano Atlântico carregadas de vapor de água (as nuvens são autênticos rios aéreos) ao elevarem-se sobre as altas árvores, precipitam chuva intensa. Essa água encharca o solo e as árvores aproveitam-na. Como essas árvores são enormes, evaporam grande volume de vapor de água. São autênticas bombas bióticas de evapotranspiração. Como são imensas e enormes árvores a evapotranspirar, formam-se autênticos rios aéreos que transportam vapor de água para o interior do continente e na parede montanhosa dos Andes, são desviados para o Sul, precipitando chuva na América do Sul. O desenfreado derrube que esta floresta tem sofrido, diminuindo drasticamente estas enormes bombas bióticas de evapotranspiração, tem provocado secas nalgumas regiões da América do Sul, onde já secaram lagos de grande dimensão, como, por exemplo, o lago Poopó da Bolívia, seco desde 2016.

Em Portugal Continental, com os derrubes florestais, particularmente desde os Descobrimentos e com os devastadores incêndios das últimas décadas, a maioria das nossas montanhas está não só desarborizada, como, também, sem solo para reter as águas das chuvas resultantes das nuvens carregadas de vapor de água do Oceano Atlântico.

Assim, como não há solo nas montanhas, a água das chuvas escorre em catadupa pelas encostas rochosas, sem solo, provocando drásticas inundações nas planícies e vales.

Por outro lado, como as montanhas do Norte e Centro não têm florestas, não há bombas bióticas de evapotranspiração que formavam rios aéreos que, transportados pelos ventos predominantes de Norte, precipitavam chuva no Alentejo e Algarve. Por isso essa região Sul de Portugal se encontra já em seca extrema.

Quando, a partir da segunda metade do século XIX, ainda na monarquia, se criaram os Serviços Florestais, para arborizar as nossas montanhas, cuja floresta natural tinha desaparecido, deu-se início a uma floresta de produção mono-específica com o pinheiro-bravo (Pinus pinaster). Criou-se assim a maior área de pinhal contínuo da Europa. Hoje sabemos que não devíamos ter pinheirado desta maneira monótona e continua as nossas montanhas. Mas, em pleno século XX, continuamos com florestas de produção mono-espeíficas e contínuas, particularmente de eucaliptos, com a consequente desumanização do nosso meio rural, o que facilita a propagação rápida dos incêndios.

Além disso, os governantes resolveram acabar com os Serviços Florestais. Assim, o país não tem pessoal suficiente para rearborizar as áreas ardidas, tendo vindo a aumentar drasticamente a desarborização e perda de solo das montanhas, transformando-as em autênticos desertos rochosos sem água, nem biodiversidade, com a consequente diminuição de pluviosidade no Alentejo e Algarve.
Jorge Paiva (Biólogo)
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Cientistas desenvolvem sistema que remove contaminantes de preocupação emergente das águas residuais


Uma equipa de cientistas do Departamento de Engenharia Química (DEQ) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) desenvolveu um sistema reacional de fotocatálise solar, utilizando catalisadores suportados, capaz de remover contaminantes químicos e biológicos das águas residuais domésticas.
O projeto PhotoSupCatal, que termina ainda este mês, tem como principal objetivo encontrar um tratamento terciário que consiga eliminar contaminantes de preocupação emergentes de maneira a proteger os ecossistemas e tentar obter uma água que possa ser reutilizável, por exemplo para irrigação. Para além dos compostos químicos, os investigadores avaliaram também a possibilidade de desinfeção, mais concretamente, verificaram qual o impacto que este processo tem na bactéria Escherichia coli e os resultados são promissores.

«Apesar das águas residuais domésticas passarem pelos tratamentos biológicos habituais, ainda não são tidos em conta alguns compostos químicos poluentes que estão a surgir nas águas e que advêm do consumo humano, nomeadamente de produtos de cosmética e farmacêuticos. Estes produtos libertam para as águas residuais moléculas que aparecem em concentrações muito pequenas, mas que devido à sua complexidade não conseguem ser tratadas por via biológica, que é o processo mais comum nas estações de tratamento de águas residuais municipais», começa por explicar Rui Martins, docente do DEQ e investigador do Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF).

Assim, prossegue Rui Martins, «o processo de tratamento que estamos a analisar é de fotocatálise, ou seja, temos um catalisador que é ativado pela luz e com essa ativação há produção de radicais, que são compostos muito instáveis e reativos, que vão degradar os compostos orgânicos. Como os radicais são pouco específicos conseguem atacar, teoricamente, toda a matéria orgânica existente», fundamenta o docente, acrescentando que neste processo será utilizada a energia solar como fonte de radiação, uma vez que tem um baixo custo.

Para produzir este novo sistema, a equipa da FCTUC desenvolveu um sistema catalítico sustentado com suportes à base de polímeros, nomeadamente PDMS e polianilina. «Os resultados mostram-nos que estes catalisadores conseguem degradar eficientemente os contaminantes orgânicos que estamos a testar e que são estáveis para vários testes de reutilização. Nesta fase, estamos a testar o reator em contínuo, a uma escala mais próxima do piloto», revela, esclarecendo que já foram realizados teste à escala laboratorial com resultados promissores.

De acordo com o docente do DEQ, este projeto terá impacto na indústria, porque vai oferecer uma tecnologia de baixo custo para refinar a qualidade da água tratada, permitindo a sua reutilização, e no ambiente, pois é seguida a premissa da poluição zero, uma vez que são removidos estes compostos de preocupação emergente.

«Estes compostos são persistentes no meio ambiente, o que significa que, apesar de serem descarregados em quantidades muito pequenas, se vão acumulando, podendo ter impacto nos ecossistemas e na saúde. Este tipo de tecnologia permite-nos removê-los antes dos efluentes serem lançados para os cursos hídricos, protegendo-os e, noutro sentido, permitir-nos-á chegar a uma água que seja adequada para reutilização, por exemplo, na agricultura, que é altamente consumidora de água», conclui.

O projeto, co-financiado pela União Europeia, através do FEDER, conta com a participação de nove investigadores do CIEPQPF e é coordenado pela Adventech – Advanced Environmental Technologies, Lda, empresa especializada no desenvolvimento e construção de ETARs e Sistemas de Tratamento de Emissões Gasosas.

Universidade de Coimbra
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Águeda | Novo concessionário de transportes começa a funcionar a 1 de agosto

 Serviço disponibiliza, nesta fase inicial, oito carreiras municipais e nove inter-regionais/intermunicipais, podendo ser ajustada em função das necessidades apresentadas
 
Foi apresentado, ontem, no Largo 1.º de Maio, em Águeda, o novo concessionário de transportes públicos municipais e intermunicipais – BUSWAY Região de Aveiro, que vai começar a servir os 11 concelhos da CIRA a partir de dia 1 de agosto.
Em Águeda, vai disponibilizar um total de oito circuitos municipais e nove de cariz inter-regional/intermunicial, um número, zonas e horários que poderão sofrer alterações, tendo em conta as necessidades que forem sendo apresentadas.
Isso mesmo salientou Jorge Almeida, Presidente da Câmara de Águeda, avançando que o novo operador – que vai substituir a Transdev – do grupo Afifi (líder do setor de transportes israelita) e constituída propositadamente para a Região de Aveiro, “vem apostado a adaptar-se às necessidades das populações e a criar novas carreiras e respostas de transportes”.
Entre as soluções de mobilidade está a que resulta de um diálogo entre o Município, a CIRA e a empresa com a CP – Comboios de Portugal, com quem Águeda tem um trabalho de parceria “notável”, para a interligação com a rede ferroviária. Neste momento, são disponibilizadas 22 ligações diárias, na Linha do Vouga, entre Águeda e Aveiro, um serviço que será mantido.
A intermodalidade e a implementação de soluções de mobilidade suave é uma das preocupações estratégicas do Município de Águeda, que destaca este novo serviço que “cria condições para usarmos mais os transportes públicos, algo absolutamente essencial num mundo que se quer moderno”.
De referir ainda que, no âmbito das obras de requalificação do Largo da Estação da CP, em Águeda, este espaço será transformado numa gare rodo-ferroviária, “um desígnio há muito ansiado e que vamos concretizar”, disse Jorge Almeida, sublinhando que “vai dispor das condições para podermos prestar este serviço às nossas populações e a quem nos visita”.
Numa nota sobre o sistema de incentivos ao setor dos transportes, o PART, que permite, por exemplo, a disponibilização gratuita de serviços de transporte, Jorge Almeida aponta falhas na distribuição dos meios financeiros. “É preciso lembrar que 85% do valor fica retido na Região de Lisboa, 10% vão para o Porto e os outros 5% vão para o resto do país. É demasiado pouco”, disse, criticando a atuação governamental nesta matéria. “A coesão do território não se faz assim”, avaliou.
Os bilhetes pré-comprados e passes podem ser adquiridos, em Águeda, na Casa dos Jornais e em pontos de venda em todas as freguesias do concelho.
No total, nos 11 municípios da CIRA, estão previstas 111 carreiras, mais de 400 rotas opcionais e uma frota de 120 autocarros. Mais informações, horários e rotas, podem ser consultadas em www.busway-cira.pt.

Ana Sofia Pinheiro

Bandeiras atribuídas pela Quercus foram içadas esta quarta-feira. Praias fluviais e piscina natural de Ançã viram “Qualidade de Ouro” renovada

 
A presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, içou esta quarta-feira, 12 de julho, as bandeiras de “Qualidade de Ouro 2023” nas praias fluviais dos Olhos da Fervença, na freguesia de Cadima, e das Sete Fontes, na freguesia de Ourentã, e ainda na piscina natural de Ançã, pela observância dos mais elevados padrões exigidos na avaliação das zonas balneares.
Acompanhada dos presidentes de Junta nas praias das respetivas freguesias, Helena Teodósio congratulou-se com o facto destes locais apresentarem água excelente nas cinco últimas épocas balneares (2017 a 2021).
Este não é um título meramente simbólico atribuído pela Quercus, constitui um selo de garantia para os frequentadores das nossas praias, permanentemente monitorizadas pelo Município”, referiu a autarca, que enaltece a “frutuosa parceria” com as freguesias, que “do ponto de vista turístico também beneficiam desta distinção”.
Helena Teodósio recordou, a propósito, que além destes locais, também as praias marítimas da Tocha e Palheirão voltaram a ser distinguidas este ano pela Quercus, sinal da qualidade ambiental, segurança e bem-estar que apresentam.
A praia dos Olhos da Fervença atrai nesta época do ano uma significativa afluência de visitantes, pela singularidade que lhe é conferida pelas nascentes, os famosos “olhos de água”, com particularidades invulgares e únicas.
Já a praia fluvial das Sete Fontes, integrada num parque com várias estruturas de apoio, designadamente um parque infantil, um pequeno circuito de manutenção, uma zona de merendas e casas de banho públicas, é alimentada pelos caudais das nascentes que lhe dão o nome.
Já bem no centro da vila histórica está a piscina natural de Ançã, recentemente intervencionada e que é alimentada pelo fresco caudal da Fonte de Ançã.