quarta-feira, 20 de setembro de 2023
Câmara de Águeda recebe alunos de Erasmus da Escola Secundária Adolfo Portela
MISSÃO CONTINENTE: ‘TOUR POR TODOS’ ANGARIA MAIS DE 6 MIL EUROS EM ÍLHAVO
Voluntários limparam Barragem da Várzea do Calde para alertar para problemas dos oceanos
Gabinete de Comunicação CIM Viseu Dão Lafões
Crónica Postal | A GERAÇÃO DOS (MENOS DE) MIL EUROS
“Estou a ficar sem amigos, estão todos a emigrar!”. A jovem desabafava, explicando os motivos destes seus amigos. O nosso país não oferece oportunidades para trabalhar com remuneração adequada. “E para a maioria nem sequer tem emprego!”. A jovem revelou que decidiu “abrir um negócio com uma amiga. Era muito interessante”. Mas, “eram tantas as exigências burocráticas que desisti”. Sobretudo as responsabilidades de caráter fiscal. O técnico de contas que consultaram forneceu uma “assustadora” lista de burocracias e os impostos que teriam de pagar. “E o contabilista explicou bem que a todo o momento o fisco pode decidir cobrar mais impostos, se achar que as despesas são elevadas, na opinião deles. Mesmo que sejam verdadeiras!”.
Emigrar? A jovem não quer, diz estar muito próxima dos pais, é filha única e não quer viver longe deles. “Se não fosse isso, já cá não estava!”, garante. É licenciada, já passou dos trinta, tem emprego, mas pertence à geração dos menos de mil euros, como máximo de ganho mensal. Viatura própria? Nem pensar. “O meu pai já me disse que oferecia uma, mas não quero sacrifica-los mais”. Para além de que não teria como pagar as despesas do mesmo, afirmou.
“Salário, estabilidade e reconhecimento são as razões que levam tantos jovens com formação superior a saírem do país. 70% ganhava menos de mil euros”, diz um estudo.
Enquanto país, temos de conseguir fazer algo que evite a saída do país dos nossos bem formados jovens para trabalhar.
EDUARDO COSTA, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional
destaque:
“Enquanto país, temos de conseguir fazer algo que evite a saída do país dos nossos bem formados jovens para trabalhar.”
SILVES COMEMORA DIA INTERNACIONAL DA LIMPEZA COSTEIRA
INÍCIO DOS TRABALHOS DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL DE SILVES (PMUS)
Com a presença do Director Regional da Segurança Social de Aveiro . lançamento da primeira pedra das obras do lar de Santa Bárbara em Pedorido
Ampliação vai custar mais de 1,5 milhões de euros
Realizou-se na passada Sexta feira, dia 15, em Germunde, Pedorido, a cerimónia de Lançamento da Primeira Pedra da obra de ampliação do Lar Santa Bárbara, da Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Pedorido ( ARPIP ), uma importante IPSS local, fundada em Abril de 1991.
Presentes na cerimónia estiveram, o director da Segurança Social de Aveiro, Fernando Mendonça, o presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, José Rocha, o vice-presidente José António Vilela, o Reverendo Padre Tiago Santos, directores da ARPIP, representantes das IPSS do concelho, dirigentes associativos, técnicos da empresa construtora OJP e outras entidades.
Esta obra de ampliação, que está a ser executada no âmbito da aprovação de uma candidatura ao Programa PARES 3.0 – Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais, tem um custo de execução de 1.596,518 euros, com financiamento público garantido na ordem dos 657,112 euros, devendo estar concluída em Junho de 2025.
Recorde-se que, a ARPIP tem neste momento 22 utentes em modo residencial, e com este aumento das instalações, passará a ERPI - Estrutura Residencial para Idosos, garantindo alojamento para mais 27 utentes, o que vai totalizar um acolhimento de 49 idosos, para além dos 20 utentes a quem presta serviço de apoio domiciliário e 15 utentes no Centro de Dia / Convívio.
Na sua intervenção, Luís Costa, presidente da ARPIP, regozijou-se por este momento, de ver em execução a obra de ampliação do lar, um projecto importante que era um sonho antigo e que agora ganha dimensão e tem concretização anunciada, possibilitando uma estrutura residencial com mais funcionalidade e capacidade de acolhimento, com mais benefícios para a comunidade, ao mesmo tempo que, agradeceu todo o apoio disponibilizado pelo Estado através da Segurança Social de Aveiro, que tem sido um grande parceiro da instituição, ao longo de mais de três décadas de funcionamento.
Referindo a luta que tem sido travada com perseverança e tenacidade, o director sublinhou que, não tem sido fácil equilibrar o esforço económico com a felicidade, alegria e bem-estar dos utentes, mas acredita neste novo impulso, no alargar o sonho, pelo que, destacou que, esta cerimónia singela, simboliza o esforço, a paciência e a partilha, porque temos um grande encargo sobre os ombros e precisamos de todos, e sabemos que a solidariedade de tantos vai fazer a diferença e a obra será uma realidade, como desejamos.
O dirigente da ARPIP realçou também a colaboração da Câmara Municipal, nesta e noutras iniciativas desenvolvidas pela instituição, manifestando agradecimento pelo apoio sempre prestado, bem como agradeceu a todas as entidades que tem ajudado a instituição, enaltecendo também todos os dirigentes e funcionários da IPSS que dão o melhor de si pela pelo engrandecimento da instituição.
O director da Segurança Social de Aveiro recordou o esforço financeiro realizado no distrito, no âmbito do Programa Pares, na ordem dos 50 milhões de euros, com mais de 30 milhões de euros de investimento público, referindo que o distrito está na linha da frente no investimento neste tipo de equipamentos sociais, potenciando uma oferta mais qualitativa para as pessoas mais necessitadas, como a terceira idade, a infância e a população com deficiência.
Fernando Mendonça destacou que, este projecto da ARPIP é um bom exemplo de como se arrisca com empenhamento, e como se encara o futuro com esperança, deixando um agradecimento aos técnicos da SS que acompanham estes projectos e à Câmara Municipal de Castelo de Paiva por ser uma entidade parceira, sempre empenhada e disponível, sublinhando o apego e a sensibilidade do edil José Rocha a estas causas sociais, evidenciando sempre vontade em ajudar e colaborar.
O dirigente da Segurança Social agradeceu também ao presidente da ARPIP pela ousadia de realizar e avançar com este projecto de ampliação das instalações, numa cooperação que é de enaltecer, porque vem criar outras dinâmicas, potenciar outra dimensão e outro conforto para os utentes que procuram a instituição, que continua a ser gerida por gente empenhada e capaz, que continua a dar o melhor de si em prol dos outros, razão que motiva natural satisfação.
Já o presidente da CM de Castelo de Paiva agradeceu o trabalho que a Segurança Social de Aveiro vem realizando no concelho, o apoio constante que tem disponibilizado às IPSS localizadas no território e a parceria que tem mantido com a autarquia.
José Rocha deixou uma palavra de apreço para o trabalho notável e dedicado de todas as IPSS do concelho, referindo estar orgulhoso pelas respostas sociais que disponibilizam à população, ao mesmo tempo que destacou a satisfação de ver, no prazo de um mês, duas importantes obras sociais a ser iniciadas em Castelo de Paiva, projectos que vão permitir umas resposta mais alargada à população, já de si fustigada com o problema do envelhecimento.
O autarca paivense elogiou este projecto da ARPIP, como um anseio antigo que em breve será uma realidade, e que vai facilitar o trabalho da instituição nesta resposta social, promovendo mais capacidade de acolhimento, conforto e qualidade de vida aos utentes, daí destacar o trabalho abnegado que tem sido realizado por esta e todas as outras instituições sociais do concelho, evidenciando a competência, o compromisso e a dedicação destes dirigentes e funcionários, aplaudindo estas conquistas que têm sido conseguidas.