A
Câmara Municipal de Cantanhede está a concluir a venda de vários
lotes nas zonas industriais que, juntamente com outros alienados
recentemente, se destinam à instalação de mais 19 empresas e à
ampliação de duas outras, na maioria dos casos de setores que fazem
parte das principais cadeias de valor do concelho.
No
total, a autarquia vendeu nos últimos dois anos o equivalente a 40
ha para projetos de investimento empresarial, oito dos quais em
Cantanhede, sete em Febres e sete na Tocha, o que, segundo as
estimativas dos próprios investidores, corresponde a quase 100
milhões de euros de investimento e à criação de cerca de 300
postos de trabalho.
A
poucos dias de cumprir metade do seu segundo mandato como presidente
da autarquia, Helena Teodósio não esconde a sua satisfação pelo
“assinalável
crescimento que os núcleos empresarias do concelho estão a
registar, em resultado do apreciável esforço financeiro realizado
pela Câmara Municipal na sua ampliação”
e adianta que “esta
é ainda apenas uma parte do que está previsto ao nível da
dinamização e expansão da base económica”.
Segundo
a líder do executivo camarário cantanhedense, “foram,
entretanto, introduzidas mudanças nos regulamentos e outros
mecanismos de planeamento territorial, de modo a poderem acomodar o
alargamento das zonas industriais”.
A
imensa procura que a zona industrial de Cantanhede tem suscitado
justificou a alteração do Plano de Urbanização da cidade, que
passou a contemplar mais 80 ha, a somar aos 200 ha existentes,
estando a autarquia agora a prosseguir com a compra de mais terrenos
no âmbito da nova delimitação.
Na
zona industrial de Febres foram vendidos todos os lotes recentemente
constituídos, pelo que, além de mais cinco que vão de imediato
estar disponíveis no âmbito de dois novos loteamentos, também já
foram desencadeadas negociações com os donos de propriedades
contíguas, tendo em vista a sua aquisição.
Quanto
à zona industrial da Tocha, ela está ocupada a 75% e oportunamente
será avaliada a possibilidade de aumentar a sua capacidade para lá
do perímetro definido, “até
porque é expectável também aí se venha a registar um aumento
significativo da procura de lotes quando for executado o último
troço da Via Regional Cantanhede/Tocha, entre a rotunda da EN 109, a
norte da vila, e as Berlengas, na entrada da zona industrial, que
assim ficará na prática com acesso imediato também à A17”,
afirma Helena Teodósio.
Processo
relativamente diferente é o da expansão da totalmente ocupada zona
industrial de Murtede, porquanto terá de decorrer no âmbito de uma
alteração ao Plano Diretor Municipal, tal como consta da proposta
já entregue na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional
do Centro.
O
PDM em vigor previa que o alargamento se fizesse em direção a
norte, mas a Câmara Municipal pretende agora alterar para sul a
localização de mais 15 ha a destinar à instalação de empresas, o
que pressupõe a sua desafetação da Reserva Agrícola Nacional.
Nesse
projeto de alteração há ainda referência à zona industrial de
Ançã a criar na proximidade do acesso à autoestrada, conforme o
previsto no atual PDM, insistindo na necessidade de serem criadas
condições para se avançar rapidamente com um loteamento ainda que
mais restrito que o inicialmente previsto.
“Estes
processos nem sempre são tão céleres quanto gostaríamos,
sobretudo devido a questões processuais relacionadas com a
titularidade das propriedades, o que, quando acontece, acaba por
atrasar as operações”,
refere Helena Teodósio, salientando que confia inteiramente no
profissionalismo, na capacidade técnica e no excelente trabalho dos
serviços camarários para ultrapassar as dificuldades e os
obstáculos que vão surgido neste domínio.
A
autarca considera que a dinamização da base económica é
fundamental para alargar o leque de oportunidades de trabalho em
todos os setores e é isso que se pretende com a ampliação das
zonas industriais. “A
par da elevação dos padrões de qualidade de vida, o fomento do
emprego é o indicador a que damos maior atenção, pois dele depende
a vida das pessoas e a sua perspetiva de realização profissional e
familiar”,
conclui.
*Paulo Cardantas
GABINETE DE COMUNICAÇÃO
Divisão de Comunicação, Imagem, Protocolo e Turismo