domingo, 14 de abril de 2024

JUNTOS PELA DÁDIVA DE SANGUE é o lema da ADASCA para 2024

 Deixe-se levar pelo coração

O Sangue é necessário todos os dias. O Sangue não se fabrica artificialmente.
O Sangue corre nas suas veias. É saudável? Dê Sangue! Ajude os outros… Poderá ser você mesmo a precisar de ajuda!
Dádiva a dádiva… E a vida recomeça num adulto ou numa criança! Saiba como, quando e onde pode dar Sangue.

Leiam o Boletim InfoADASCA, edição 44 de Abril através deste link

Marinha Grande | MOVIMENTO OPERÁRIO VIDREIRO RECRIADO NAS COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL

 A revolta operária do 18 de Janeiro de 1934 foi recriada na passada sexta-feira, 12 de abril, no Auditório da Resinagem, no âmbito das comemorações do 25 de Abril.
Os 90 anos de um momento que fez história na Marinha Grande, numa tentativa de derrube do regime do Estado Novo, foram explicados e descomplicados nas recriações apresentadas por alunos da  Escola Básica de Casal de Malta e da Escola Secundária Eng.º Acácio Calazans Duarte.
A iniciava contou com a presença do presidente da Câmara, Aurélio Ferreira, e da vereadora Ana Laura Baridó. Entre os jovens atores, destaque para alguns familiares descendentes dos revoltosos, que participaram no movimento de 1934.
A exibição das peças de teatro foi organizada pelo Município da Marinha Grande, com o apoio das duas escolas, do Grupo de História do Agrupamento de Escolas Marinha Grande Poente, do Clube de Teatro “CalaBoca” e do Clube de Música “Projeto Calazans Got Talent”.
*Gabinete de Comunicação e Imagem

Marinha Grande | OPERAÇÕES DE BUSCA NA PRAIA DA VIEIRA

 O Município da Marinha Grande está a colaborar nas operações de busca do homem de 22 anos, desaparecido ao final do dia de ontem, 13 de abril, na Praia da Vieira, quando foi arrastado pela corrente marítima.
O Presidente da Câmara, Aurélio Ferreira; o Coordenador do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC), Pedro Borges; e elementos do SMPC estão no local para trabalhar em parceria nas operações que estão a ser coordenadas pelo Capitão do Porto e Comandante local da Polícia Marítima da Nazaré. 
De acordo com a Autoridade Marítima Nacional, estão empenhados, por mar,  tripulantes da Estações Salva-vidas da Nazaré e uma mota de água dos Bombeiros Voluntários de Vieira de Leiria e, por terra, elementos do Comando-local da Polícia Marítima da Nazaré, bem como dos Bombeiros Voluntários de Vieira de Leiria, da GNR e ainda do Serviço Municipal de Proteção Civil da Marinha Grande apoiados por um drone. Para o local, deslocou-se também uma aeronave da Força Aérea Portuguesa. O Gabinete de Psicologia da Polícia Marítima foi ativado e encontra-se a prestar apoio à família da vítima.
Neste período fora da época balnear, apelamos a todos os banhistas que, na utilização das nossas praias, adotem comportamentos preventivos da sua própria segurança, no sentido de evitar a perda de vidas humanas, como aconteceu ontem, na Praia da Vieira, o que muito lamentamos.
*Gabinete de Comunicação e Imagem

Cantanhede | Empreitada ascende a 12,8 milhões de euros. ETAR das Cochadas a funcionar no final do primeiro semestre de 2023

 
A administração da Águas do Centro Litoral (AdCL) recebeu na última sexta-feira, 12 de abril, na obra da futura estação de tratamento de águas residuais (ETAR) de Cantanhede, situada em Cochadas, freguesia da Tocha, a presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, os vereadores Fernando Pais Alves e José Santos, responsáveis da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), os administradores da INOVA-EM, Pedro Cardoso e Pedo Castro, o presidente da Junta de Freguesia da Tocha, José Manuel Cruz, e ainda associações e moradores das Cochadas.
Esta obra surge da necessidade em solucionar o saneamento nos municípios de Cantanhede e Mira, onde o extenso emissário que recebe os efluentes dos dois municípios é encaminhado para a ETAR de Ílhavo, onde se registam excesso de caudais. A situação é especialmente crítica no Inverno em resultado do enorme volume de efluentes pluviais oriundos das redes municipais que, em conjunto com os efluentes industriais, excedem os volumes do dimensionamento do emissário, resultando em descargas.
A presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, agradeceu o convite para esta visita, principalmente porque os moradores da Tocha e das Cochadas tiveram a oportunidade de conhecer este investimento que a AdCL está a executar no concelho de Cantanhede. “É dos maiores investimentos que se tem feito em Cantanhede e julgo que a população ficou sensibilizada e esclarecida sobre esta obra que, no futuro, irá garantir benefícios do ponto de vista ambiental para o nosso concelho e Mira”, considerou.
Ainda de acordo com a autarca, esta nova infraestrutura “também permitirá o crescimento industrial nesta zona do nosso território”.
Já o presidente do Conselho de Administração da AdCL, Alexandre Oliveira Tavares, deu conta que “esta visita pretendeu fazer um acompanhamento desta empreitada crucial para os municípios de Cantanhede e Mira, que está em franco desenvolvimento”. “A AdCL, sempre no lado certo da História, está empenhada na boa execução da obra, prevendo-se o arranque da ETAR ainda neste primeiro semestre”, concluiu.
Também o presidente da Junta da Freguesia da Tocha, José Manuel Cruz, destacou a importância da população das Cochadas, local onde está a ser construída a ETAR, visitar e conhecer a obra que está em curso. “Saem daqui mais tranquilos e esclarecidos, com expetativa que, de facto, esta obra venha resolver alguns problemas de saneamento”, congratulou-se.
Já Nuno Bravo, administrador da APA, reiterou o facto de esta ETAR estar a ser construída com base em pressupostos do licenciamento de abordagem combinada, a forma mais moderna de licenciamento.
Um exemplo desta nova abordagem é a maior exigência no período de Verão. A ETAR de Cantanhede terá o processo de desinfeção final, tendo em conta que a jusante da descarga, há massas de água que podem ser utilizadas para uso balnear como a Lagoa e Barrinha de Mira. É, assim, fundamental que água descarregada chegue em condições para esse uso”, explicou.
A Empreitada de Conceção-Construção da ETAR de Cantanhede representa um investimento de mais de 9 milhões de euros, cofinanciada pelo POSEUR - Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, e foi consignada, em janeiro de 2023, ao consórcio “Espina & Delfin/ Factor Ambiente”, estando a fiscalização dos trabalhos a cargo da empresa RIOBOCO - Serviços Gerais, Engenharia e Manutenção, S.A.
Além da construção da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), a AdCL tem, também em fase conclusão a empreitada de aumento da capacidade das infraestruturas, num valor de 3,7 milhões de euros, igualmente cofinanciado pelo POSEUR, obras que visam reforçar o Sistema de Saneamento da Ria Sul-Aveiro e solucionar o saneamento nos municípios de Mira e Cantanhede.
As duas empreitadas, que representam um valor total de cerca de 12,8 milhões de euros, cofinanciado pelo POSEUR, incluem a construção da estação de tratamento de águas residuais (ETAR) de Cantanhede e de 1,2 km de emissários de saneamento e ainda o aumento de capacidade das cinco (5) estações elevatórias existentes (Pocariça (CT1); EE Pisão (CT2); EE Catarinões (CT3); EE Taboeira (CT5); EE Casal dos Netos (CT6)).

A ETAR
A ETAR das Cochadas irá servir as áreas do município de Cantanhede, que atualmente são abrangidas pelo subsistema Ria Sul-Aveiro e a zona de ampliação da cobertura “em baixa” desse município, nomeadamente as localidades de Ourentã, Cantanhede, Pocariça, Febres, Cadima, Sanguinheira e São Caetano e Tocha.
A infraestrutura está dimensionada para tratar 14.688 m3/ dia de águas residuais provenientes de 21.900 habitantes - equivalentes de população doméstica, e de 15.100 habitantes -equivalentes de efluente industrial.
A nível de tratamento, o processo é baseado num sistema de lamas ativadas operando em regime de arejamento prolongado, em reatores de funcionamento contínuo, precedido de um poço de grossos, gradagem grossa, elevação inicial, tamisação, desarenamento/ desengorduramento e tanque de homogeneização/ equalização. O efluente tratado será clarificado numa etapa de decantação secundária, seguida de filtração em areia e desinfeção ultravioleta (tratamento terciário). Já o tratamento biológico contemplará, ainda, a remoção biológica de azoto e fósforo, sendo complementado por uma etapa de remoção química de fósforo.
O tratamento da fase sólida (lamas) será constituído por uma etapa de espessamento mecânico das lamas em excesso produzidas na instalação, precedido de tanque de lamas por espessar, seguido de um tanque tampão de lamas espessadas e de uma etapa de desidratação mecânica em centrífugas, com armazenamento das lamas desidratadas em silo.

Estudantes da ESSUA aderem à dádiva de sangue


No dia 10 de Abril, decorreu a primeira sessão do ano em curso para a dádiva de sangue na ESSUA/UA, tendo aderido um bom grupo de jovens. Com o decorrer dos exames, outros jovens ficaram impedidos de participar, esta não é apenas a nossa opinião, mas a resposta que era dada quando os abordávamos.
A ADASCA tem vindo a desenvolver acções públicas destinadas aos jovens, recorrendo a diversos meios de divulgação, e temos sido bem sucedidos. Sentimos que os jovens são solidários, disponíveis para nos ajudar nos eventos, convidando os colegas a fazê-lo também.
Existe um protocolo entre as duas instituições há já uns anos. Temos esperança que pode ser melhorado, logo que seja confirmado o estatuto de utilidade pública a esta associação.
Obrigado a todos e a todas pela vossa solidariedade, só assim conseguimos salvar mais vidas, ou proporcionar melhor qualidade de vida a quem depende de componentes sanguíneos.

- Mais informação no site www.adasca.pt




Informadores e Informados – Técnica e Características da Informação

 

Vamos dar início a esta sessão subordinada ao tema «Informadores e Informados – Técnica e Características da Informação.

Se a informação deve ou não adoptar técnicas de persuasão à maneira publicitária e de propaganda, como se de propaganda se tratasse, ou antes métodos pedagógicos e formativos, como processo esclarecedor e educacional.

Na realidade, para estabelecermos bem esta diferença e perdermos desde o início qualquer ideia mais ou menos confusa sobre este ponto, há que comparar o processo de propaganda com o processo de educação, a fim de se tirarem as primeiras ilações para discussão do nosso tema.

Se nos voltarmos para as opiniões dos modernos psicólogos sociais que têm realizado estudos e pesquisas cientificas neste campo, encontramos a propaganda definida como sendo «o uso mais ou menos planeado e sistematizado de símbolos, por meio principalmente de sugestão e de técnicas psicológicas afins, tendo por objectivo alterar e controlar opiniões, ideias e valores e, em última análise, provocar reacções segundo linhas predeterminadas» (como por e ex. Kimbal Young do Queen´s College de Nova Iorque).

Ora exactamente o que resulta logo numa primeira comparação entre a educação e propaganda é a diferença de objectivos: a primeira visa a opção por independência de julgamento, a segunda pretende adesão por julgamentos previamente criados. O educador procura um lento processo de desenvolvimento, o propagandista busca produzir resultados rápidos; um esforça-se por criar responsabilidade individual e espírito aberto para uma opção, o outro, utilizando efeitos de massa, procura um resultado imediato mas bloqueado.

Situando sempre a propaganda dentro dum quadro sócio-cultural determinado, o psicólogo social Leonard Boob afirma que a essência da educação é a sua subjectividade à luz das verdades científicas vigentes numa época, enquanto a propaganda é a tentativa de controlar as atitudes das pessoas, em direcções muitas vezes destituídas de toda a racionalidade. Como exemplo, diremos que não foi propaganda ensinar ou difundir a imagem precopérnica de sistema solar quando ela era uma teoria aceite na generalidade e vigente na época; essa era a ciência da época, a verdade vigente nessa altura. Mas foi certamente propaganda o esforço feito para censurar a nova teoria quando ela surgiu… ou até para ocultar o facto de haver uma alternativa.

A liberdade de escolha pressupõe plena apreciação de todas as alternativas em jogo e um aspecto comum a toda a propaganda, seja ela publicitária ou política, é tentar limitar propositadamente a nossa escolha, quer evitando discussão, quer afirmando perentoriamente um ponto de vista com exclusão dos demais, quer ainda pela censura e crítica emocional e não objectiva do lado oposto da questão. Ora, a sensação de constrangimento de muitas pessoas em face da propaganda é absolutamente justificada, porque elas dão conta de que está a ser feita uma tentativa para manipulá-las por métodos quiçá obscuros: quase sempre há algo de oculto na propaganda; aliás é-lhes inteiramente indiferente se a matéria apresentada é verdadeira ou falsa; o que caracteriza, é a maneira como a matéria é apresentada.

Daqui se infere que, para o caso de que nos ocupamos, a Informação visando pôr no seu devido lugar todos os parâmetros do problema à luz das verdades cientificas vigentes, é pelo conteúdo um processo esclarecedor só admitido por isso mesmo a verdade… ou melhor, as verdades científicas vigentes, a primeira das quais é esta: a necessidade permanente e cada vez maior de sangue; a segunda: que só há uma única fonte de proveniência – as veias do Homem; a terceira – tal e tal… e assim por diante. Não vou preocupar-me mais com o conteúdo da Informação; outras pessoas estão ainda para o fazer.

O estabelecimento desta diferença entre educação, e propaganda, e o explanar ainda que duma forma telegráfica um assunto que é já hoje motivo de muito estudo e pesquisas, serve apenas para nos situar nas coordenadas do problema e fornecer-nos uma óptica para escolhermos esclarecidamente as técnicas a adoptar: técnica de persuasão ou métodos esclarecedores?

No primeiro caso, já o dissemos, atingir-se-á talvez um efeito rápido, porém efémero, já que por natureza é bloqueado. No segundo caso, havendo um processo instrutivo, o efeito será certamente lento como em todo o processo educacional, mas persistente porque essencialmente formativo e seguro porque fundamentalmente estruturante.

Sem querer fazer aqui qualquer apreciação ao que tem sido a Informação, - nem isso nos pode interessar, já que é para o futuro que estamos voltados, - direi apenas que o seu insucesso se deve encontrar não só no conteúdo mas principalmente no tipo da técnica adoptada: - muito mais de campanha do que de permanência, muito mais de propaganda do que de educação.

Parece-nos pois, salvo melhor opinião (e a melhor será certamente a resultante da discussão que se vai seguir), que a técnica de Informação, respeitando a deontologia que a deve orientar sempre, decorrerá dos seus próprios objectivos: educar, com vista à dádiva regular e difundir a transmissão da Informação aos outros.

Consequentemente, como processo educativo, deve ser instruída por especialistas e transmitida conscientemente por todos aqueles que dela tomem conhecimento.

A sua acção tem de ser programada e coordenada, como todo o processo educativo e isto obriga a que sejam programados e coordenados também os processos, métodos e técnicas que deve adoptar. Tudo isto quer dizer em suma que a Informação terá de ser tecnicamente estudada. Este estudo, encarado no triplo aspecto programação-coordenação-difusão, só deve poder conseguir-se por uma orgânica própria que compreenda um Centro elaborador de Informação e uma Rede de Difusão.

Rede de difusão – Já se concluiu que se nem todos podem dar sangue, todos podem ser receptivos à Informação; por isso nenhum sector da população, nem nenhum indivíduo deve deixar de ser atingido pela Informação. Quer dizer que há que atingir todos em geral e a rede informativa poderá vir a atingir o mesmo indivíduo por via diferentes, mas o que importa é que não deverá deixar nenhum indivíduo sem ser informado. Aqui, vale mais pecar por excesso do que por defeito. Isto poderá realizar-se por uma uma difusão estruturada através dos organismos existentes e aos quais está sempre ligado qualquer indivíduo seja por que tipo de ligação for.

Certamente que pelo volume de indivíduos que alguns organismos agrupam, haverá um interesse especial em ser difundida neles a informação até duma forma prioritária; é o caso, por exemplo da Universidade de Aveiro, o maior estabelecimento de ensino de Aveiro. Mas não é apenas pelo volume de informandos que nos interessa em especial uma prioridade, é talvez e muito mais pela características específicas dos indivíduos como, por exemplo, os jovens em idade escolar, ou melhor ainda, em todas as idades. Se a informação é processo educativo e formativo, há que prioritariamente começar a difusão nos estabelecimentos de ensino, com uma total informação dos professores.

Todas as vias, em suma, se devem empregar para difundir a Informação previamente elaborada, quer dizer estudada e coordenada.

O público em geral será atingido pelos grandes meios de penetração: Imprensa diária ou também chamada a grande imprensa e pela imprensa regional (esta, quanto a nós, muito importante), a Rádio e redes sociais.

Colectivamente, serão atingidos os organismos que agrupam os indivíduos e aqui temos de considerar a Informação ao próprio organismo como entidade impessoal e a Informação que esse organismo vai permitir fornecer aos indivíduos pessoalmente.

Decorre de tudo isto que a técnica de Informação terá de ser diversificada, quer dizer adaptada aos informandos, sem todavia lançar mão de alguns dos recursos da publicidade comercial, o que atingiria a sua peculiar dignidade. Não devemos distrair-nos de que efectivamente estamos em presença de factos científicos, de cunho marcadamente humanitário, é certo, mas científicos, e imperativos como dever cívico, se não quisermos evocar aqui o tão discutido dever moral.

Assim não nos parece haver lugar para exploração emocional em dominância mas apenas a necessária para interessar alguns indivíduos mais avessos à racionalidade científica, pelo menos no arranque do problema. Não nos parece dever também apelar para métodos de persuasão. Há apenas que esclarecer. Por isso, para além de todos os meios de penetração habitualmente utilizados, julgamos que a educação directa, em contacto pessoal, pessoa a pessoa a pequeno grupo, será a forma eficiente para difundir a informação.

Mas em última instância sois todos vós aqui a apontar o melhor caminho. Para isso aqui estamos com todo o nosso espírito aberto às soluções construtivas.

A informação aos Jovens

Sobre a Informação aos jovens, apresentarei a alguns pontos para sobre eles poder incidir o diálogo que nos possa conduzir, mesmo assim, a algumas conclusões.

Este assunto da participação dos jovens na dádiva de sangue tem ultimamente chamado as atenções e tem sido versado em imensas reuniões e congressos a nível nacional E internacional.

Em diversos países tem havido acções positivas neste sentido, principalmente pela redacção de artigos e estudos, e algumas organizações internacionais, têm feito inquéritos visando, além de outros, determinar quais serão os meios educativos que se mostram mais eficazes para fazer compreender aos jovens o valor da dádiva de sangue e, dessa compreensão, fazer nascer a decisão de virem a ser dadores e de transmitirem a informação. Esta será até a forma de os jovens participarem activamente na comunidade e realizarem assim o ideal de maior idade.

O ensino tem, com estes meios educativos, um papel primordial na informação dos jovens. Por todas as formas pedagógicas e utilizando todos os meios adaptados às variantes etárias, (livros escolares, programas, actividades extra-escolares, etc.) se atingirá a consciencialização do jovem face à dádiva. Pode haver mesmo, a exemplo de alguns países, como a Bélgica, um certo material didáctico específico, simples, de fácil realização e pouco oneroso: uma brochura de informação tratando da transfusão sanguínea, material iconográfico ilustrando as diferentes etapas da colheita de sangue, um texto de leitura silenciosa tratando da transfusão, seguido de um questionário referente a ela que é entregue a cada aluno, etc.

Entre nós também já nos foi dado observar algumas redacções escolares baseadas no texto de um livro distribuído pelo então I.N.S. para uma iniciação muito primária. É contudo uma louvável iniciativa que terá de ser multiplicada e desenvolvida e, principalmente, permanente e inserida num estudo coordenado e estruturado da Informação.

Em todos os países são introduzidos nos programas de ensino noções, a propósito da circulação do sangue, de que este problema da dádiva é um prolongamento lógico: mostrar a importância da inocuidade da dádiva do sangue, mostrar o aspecto científico da questão e indirectamente os aspectos moral e cívico.

Mas há ainda, para além propriamente do ensino, algumas formas de informação aos jovens em idade escolar que se revestem de muito interesse, como por exemplo concursos de desenho sobre o tema nas escolas primárias, as visitas a centros de transfusão, palestras, filmes e debates nos cursos secundários; no ensino superior e técnico os aspectos mais aprofundados do assunto podem ser apresentados de uma forma mais cativante, explorando-se a iniciativa e a participação activa já que, neste escalão, o jovem está na idade de poder ser dador de sangue.

De qualquer maneira e em última análise, o que é preciso é esclarecer o jovem dos problemas da dádiva regular do sangue e isto em todas as idades, para que ele, quando chegar à idade de poder candidatar-se a dador, o faça por opção consciente ou melhor por formação cívica esclarecida e não emocional; na realidade o jovem é principalmente motivado pela «solidariedade»… mas é indispensável a informação para que ela possa desabrochar em plenitude.

A vida carece de organização, todos nós vivemos inseridos em várias Organizações e sujeitos à acção de outras em que não estamos inseridos. Às Organizações, porém, artificiais e complexas como são, é preciso estar sempre a insuflar-lhes vida. Essa tarefa de insuflar vida é vital, difícil e permanente: por isso, é ou tem de ser preocupação premente e prioritária dos dirigentes.

De entre tais ensinamentos justifica-se referir aqui alguns que se referem à motivação, à participação e à comunicação, deixando apenas os tópicos:

- A motivação (motivo + acção)

- A motivação pode ser contagiosa

- A participação (tomar parte)

- A comunicação, finalmente é a transmissão (ou troca) de mensagens, sinais, informação, entre uma origem ou emissor e um destinatário ou receptor.

É importante ter familiares ou amigos que apoiem a dádiva de sangue ou que sejam dadores. O contacto interpessoal com amigos, parentes ou colegas serve como uma ferramenta motivacional forte e é normalmente a principal (ou das principais) razão para dar sangue pela primeira vez. Mais ainda, os dadores estão muitas vezes disponíveis para ajudar e tentar recrutar amigos ou familiares.

Os métodos dador-angaria-dador ou traga um amigo implicam novas maneiras de recrutar novos dadores a força centra-se na influência directa do dador sobre o potencial dador.

Obrigado pela preciosa atenção, na certeza que todos acolheram de bom agrado esta exposição e o seu alcance.


*Joaquim Carlos
Presidente da Direcção da ADASCA
Aveiro, 13 de Abril de 2024

NB: Comunicação apresentada na Acção de Formação promovida pela ADASCA no dia 13 de abril na Sala Diatosta no Centro Hospitalar do Baixo Vouga, cujas oradoras foram Dra. Lúcia Borges, Directora do Serviço de Imunohemoterapia. e Dra. Catarina Almeida, médica da mesma área. 
A participação não atingiu quantidade esperada. O desinteresse, a indiferença, o comodismo têm vindo a conquistar espaço na nossa sociedade assustadoramente. Quiçá, se um dia necessitarem mudem de comportamento.

Os feriados de 25 abril e 1 maio estão a chegar (algumas ideias!)

 Olá Litoral,

É muito raro escrever duas mensagens tão próximas mas, depois das recentes viagens a São Tomé e Príncipe (sozinho) e à cidade de Milão (em família), estou a pensar aproveitar os feriados do 25 de abril (em Portugal) e 1 de maio para uma escapadinha fora de Portugal.

Pensei por isso aproveitar para partilhar algumas ideias de destinos para uma viagem de última hora nesta época de feriados. Até porque, com esses dois feriados, é possível viajar durante 11 dias usando apenas cinco dias úteis de férias. Vamos a isso.


Se puder ser útil em alguma coisa, estou ao dispor.

A terminar, renovo o pedido para que utilize estes links no planeamento das suas viagens. Para si é igual, mas para mim é uma grande ajuda (permite manter o blogue livre de publicidade). Muito obrigado.

Grande abraço e boas viagens!

*Filipe Morato Gomes