Muito boa tarde a todos!
Permitam-me que fure o Protocolo inicial – e julgo que permitem! – pelo motivo de hoje ser Dia da Mãe e que por isso, faça um primeiro cumprimento especial duas pessoas: à Mãe da minha filha, a Rita - que também é minha mulher – e, naturalmente à minha própria Mãe e nelas cumprimentar todas Mães aqui hoje presentes e naturalmente todas as Mães do nosso Município de Aveiro e do nosso Portugal.
Voltando agora ao protocolo:
Caro Senhor Presidente da Câmara Municipal de Aveiro,
Ribau Esteves
Caros Senhores Vereadores da Câmara Municipal de Aveiro,
Aqui presentes
Caro Senhor Presidente da Assembleia Municipal de Aveiro,
Luís Souto
Caras e Caros Senhores Presidentes de Junta de Freguesia,
aqui presentes
Caras e Caros Dirigentes Nacionais, Distritais e Locais do PSD
Caras e Caros Militantes do PSD
Distintos representantes das mais diversas áreas da nossa Sociedade Civil,
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Gostaria mesmo de iniciar o meu discurso pela simbologia do dia de hoje e a trilogia de acontecimentos que hoje celebramos: a Tomada de Posse dos órgãos da Secção de Aveiro do PSD, o Dia da Mãe e os atos preparatórios de celebração do 50.º aniversário do Partido Social Democrata, mas que aqui gostaria de evocar.
A celebração do Dia da Mãe é uma data muito especial por tudo o que a sua simbologia encerra e pela importância dos tempos em que vivemos, principalmente em Portugal, onde geração após geração vamos perecendo na renovação social que tanto necessitamos para garantir o futuro do nosso País.
E a palavra “Mãe” significa tudo isso:
1. Significa “Vida”, significa uma “nova Vida” que nasce;
2.Significa renovação, novas ideias, novas formas de responder aos problemas e as desafios da humanidade e da sociedade
3.Mas também significa coragem, resiliência, capacidade de enfrentar as adversidades sem nunca desistir;
4.E mais que tudo, significa o melhor da Humanidade, a sensibilidade, a solidariedade, aquilo que chamamos de Humanismo, o Porto seguro que cada um de nós procura, quando a Vida não nos corre pelo melhor, ou quando precisamos daquele aconchego depois de um momento mais difícil ou num momento de celebração das vitórias da nossa Vida.
É isto que também significa o PSD... é que há exatamente 50 anos atrás, neste dia 05 de maio, do ano da graça de 1974, um grupo exíguo de jovens, mas já influentes cidadãos portugueses estava prestes a fundar o Partido que reconhecemos como “o mais Português de Portugal”, que isto dizer, o Partido do Povo, o Partido mais Popular.
Volvidos 50 anos, o contributo que o PPD/PSD deu ao País não pode ser comensurável na sua totalidade e é fácil entender porquê. Ora se todos nós conhecemos as lutas travadas a bem da Nação pelos nossos líderes, candidatos a Primeiro-Ministro, Deputados, em alguns casos Presidentes de Câmara, Eurodeputados ou Presidentes de Governos Regionais, o mesmo não é verdade quando olhamos para a base do PSD, quando procuramos na história registos sobre o trabalho feito pelos Militantes de Base, pelas Comissões Política de Secção, até mesmo pelas Distritais do PSD.
Mas é justamente aí – e não pensem que estou a dizer esta palavras de forma leve ou por se enquadrar bem no momento em que estamos aqui a viver – mas dizia eu, é justamente aí que está a razão do sucesso de um Partido que já leva 50 anos de existência.
Celebrar os 50 anos do PSD não pode corresponder a exercícios similares ao que fazemos com outras Associações, Clubes ou Agremiações Culturais, com todo o devido respeito que obviamente nos merecem. A este meio século de existência, corresponde a entrega de milhares de Cidadãos, que deixaram o conforto do seu lar, da sua atividade profissional ou mesmo de lazer, para entregar ao serviço público. Nestes 50 anos é bom lembrar o início da vida do PSD e as centenas ou milhares de portugueses que ajudaram a erguer o PPD, desde os momentos mais quentes entre 1974 e 1976 ou mesmo depois. Quantas sedes não ficaram vazias, quantas secções não tomaram as decisões mais difíceis em prol da democracia e do então Partido Popular Democrático, sem pedir nada em troca, ou por outra via, sem terem mais nada no seu horizonte que não sejam os valores pelos quais se rege o nosso Partido: o Estado Social, a Livre Iniciativa, o Desenvolvimento Nacional, a Europa, a NATO, o Crescimento Económico e as Pessoas.
Neste dia, em que também um conjunto de Cidadãos, na nossa Cidade e no nosso Município de Aveiro, decide continuar a escrever mais uma linha da história do nosso Partido, a minha homenagem vai para todos esses militantes, ilustres desconhecidos, que nos permitiram estar aqui hoje a celebrar a Democracia, a Celebrar a Social Democracia e a existência do Partido Social Democrata, que tem deixado uma marca positiva única na construção de um orgulhoso Portugal. Para todos eles, os que já nos deixaram, ou aqueles que ainda continuam por cá, a lutar e fazer mais a cada dia, a minha salva de palmas.
E como estamos aqui a celebrar o PSD, a minha última ideia vai para o exato momento que aqui hoje vivemos. O início de mais dois anos de trabalho à frente dos destinos da Secção de Aveiro do PSD.
Não vou perder muito tempo com o passado recente, até porque estamos aqui hoje para celebrar e perspetivar o futuro, mas deixem-me apenas dar duas notas sobre o trabalho que realizámos nos últimos dois anos.
Em primeiro lugar, a abertura do PSD à Sociedade Civil, com a realização de conferências sobre temas importantes para o presente e futuro do Município de Aveiro, onde podemos contar com a participação de figuras relevantes no quadro Nacional e Europeu, como foram os casos das presenças de Sofia Gaio (especialista internacional em Comunicação), António Martins da Cruz (Embaixador) e Cláudia Monteiro de Aguiar (Eurodeputada à data e atualmente a exercer funções de Secretária de Estado).
Em segundo lugar, o cumprimento do compromisso assumido de voltarmos a ter um PSD liderante a nível local e nacional: com a Eleição da companheira Ângela Almeida como Deputada à Assembleia da República, alcançando assim o grande objetivo de voltar a ter representação nacional, na luta pela resolução dos diversos pendentes no Município de Aveiro, sob a tutela do Estado e do Governo do País.
Mas se hoje estão aqui é porque também querem saber o que vamos fazer para futuro.
Desde logo dois pontos fundamentais: o importante contributo da secção de Aveiro do PSD para a boa Governação do Município de Aveiro, continuando o PSD Aveiro a assumir o seu papel liderante na defesa e cumprimento do Programa Eleitoral sufragado de forma inequívoca pelos Aveirenses em setembro de 2021.
Vamos Continuar a cumprir o nosso desígnio, com intervenção política e cooperação na defesa do Executivo Municipal e na importante tarefa de levar aos Militantes do Partido e aos Cidadãos, as principais decisões tomadas pelos órgãos autárquicos que lideramos.
Depois a gestão da Eleição Autárquica 2025, um dossier que assume total prioridade no trabalho que temos para fazer nos próximos dois anos, na Comissão Política do PSD Aveiro.
Apresentamo-nos aos militantes com ideias base claras sobre este assunto: sabemos de onde vimos, em que ponto estamos e para onde queremos ir. Ou seja, é dentro da Coligação Aliança com Aveiro que está a solução para a continuidade do trabalho e do projeto que se iniciou em 2013 e que defendemos e projetamos para futuro na Cidade e no Município de Aveiro.
É fundamental, para que Aveiro possa Continuar a Ganhar, que a coligação Aliança com Aveiro se mantenha, em primeiro lugar, como força partidária candidata às Eleições Autárquicas em 2025 e depois que vença essas mesmas Eleições, para que o Projeto que temos vindo a desenvolver com inúmeros sucessos, possa ter futuro e por essa via Continuarmos a dar Futuro a Aveiro.
Por fim, gostaria de sublinhar a importância de dar seguimento ao trabalho de abertura do PSD Aveiro à Sociedade Civil. Estou até em condições de anunciar publicamente, que vamos dar um passo ainda mais firme para esta conquista, depois de ter ouvido, em reunião de instalação a Comissão Política do PSD Aveiro.
Vamos aprovar e instalar na reunião do próximo dia 20 de maio, um novo órgão na Concelhia, de acordo com o que nos permitem os Estatutos. Esse órgão será o Conselho de Opinião. Trata-se de um órgão consultivo da Comissão Política, devidamente definido nos termos dos Estatutos do PSD e que terá como coordenador o nosso Presidente da Assembleia Municipal de Aveiro, Dr. Luís Souto, juntando-se também ele a esta grande Equipa de Trabalho.
O Conselho de Opinião, para quem não sabe, é, como disse um órgão consultivo da Comissão Política, mas que tem como desígnio principal chamar para a sua estrutura pessoas independentes, das mais diversas áreas, para que possam ajudar a Comissão Política no seu exercício de pensamento e de tomada de decisões. Os pareceres do Conselho de Opinião são apenas consultivos. Quer dizer, não têm, naturalmente carácter vinculativo, mas são muito importantes nestas duas dimensões: a primeira de continuar a abrir o PSD a elementos dos vários sectores da vida pública, económica, educativa, desportiva, cultural e social do nosso Município e ao mesmo tempo recolher perspetivas e opiniões sobre as mais diversas temáticas que possam enriquecer ou fazer-nos sentir de forma mais clara as necessidades e os desafios futuros próximos da Cidade e do Município.
É por aqui que queremos caminhar e é por aqui que vamos caminhar.
Em breve temos de saber que futuro vamos continuar a dar à Habitação em Aveiro: fazermos a pergunta: o que é que está em jogo?
Eu costumo sempre dizer que o verdadeiro problema da Habitação não é a Habitação, o verdadeiro problema da Habitação é a Economia! O que o Partido Socialista fez ao longo dos últimos 8 anos em Portugal foi não adaptar as suas políticas às alterações económicas e sociais do país. Por isso é que hoje quem ganha um salário médio compara-se a quem ganha um salário mínimo; quem trabalha não é recompensado devidamente pelo seu esforço e quem tem mais dinheiro tem mais capacidade de investimento. É por isso que é muito importante olhar para o horizonte 2030 e perceber que sistema económico e social queremos em Aveiro?
E com isto levantam-se outras questões, como é a questão do crescimento demográfico ou da fixação de população: o que vamos fazer para continuar a crescer? Como vamos fazer para reter mais talento, aumentar a atratividade das nossas Zonas Industriais ou por outra via, vamos preferir o caminho da Investigação e do Desenvolvimento, apostar mais ou continuar a apostar na Tecnologia como marca deste território, sabendo que para continuar a liderar este tema, somos obrigados a investir ainda mais, já que os grandes centros urbanos como são Lisboa e Porto têm a tal capacidade macrocéfala de absorver grande parte do investimento que desejamos realizar?
E com isto o desafio da mobilidade, porque se continuarmos a crescer, como queremos, é preciso também continuar a dar resposta a longo prazo, nesse horizonte que fixo aqui em 2030, a este tema. Como é que por exemplo o novo Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda vai influenciar no comportamento dos Cidadãos? Vamos ser ainda mais atrativos para viver ou vai permitir que uma boa franja da população se desloque para fora do centro de Aveiro, procurando também por essa via, responder ao custo da Habitação que pressiona o Município de Aveiro.
São estas algumas das perguntas que vamos ter de ser capazes de responder, pois se é certo que o trabalho que temos desenvolvido até agora merece um balanço muito positivo, o futuro pertence-nos, e é esse futuro que temos de saber agarrar e ganhar.
Os problemas, os desafios, o tal futuro que temos pela frente só é possível para quem está Vivo, portanto, com tantos desafios, com tantas respostas para dar, com tanto trabalho para fazer, só pode significar uma coisa: o PSD Aveiro está vivo e bem vivo e assim vai continuar por mais dois anos.
Como se recordam, no início da minha intervenção falei desta trilogia que hoje celebramos: A Tomada de Posse que estamos a realizar, o Dia da Mãe, e o aniversário do PSD.
E é como uma citação retirada do livro “A revolução e o nascimento do PPD”, da autoria do Professor Marcelo Rebelo de Sousa, que está escrita a propósito do próprio dia de fundação do PPD/PSD, que gostaria de terminar:
Passo a citar:
“O Partido Popular Democrático tornara-se irreversível. Sabia-se o que se queria. Não se sabia onde iria parar.
Mas esse é o signo de tudo o que acaba de nascer.
A alegria, a sensação de alívio, o entusiasmo... eram enormes.
E, no entanto, nessa noite, ninguém imaginava que estava a começar uma História de milhares de militantes, de dezenas ou centenas de milhar de simpatizantes, de milhões de votantes.
Como tudo o que é muito importante na vida, começa na maior das simplicidades: com 28 linhas de texto, sem sede aberta e tendo de valer de um nome de recurso”.
Tenho muito orgulho em pertencer a este Partido. Feito a pulso, mas de coração cheio.
É assim que vai continuar a ser, disso não tenho dúvidas, em Aveiro, em Portugal e na Europa.
Muito obrigado pela Vossa inestimável presença.
Viva o PSD!
Viva Aveiro!
E sempre e sempre Portugal.
Bem hajam!
Simão Santana
Presidente do PSD Aveiro