domingo, 21 de julho de 2024

Marinha Grande | SÃO PEDRO DE MOEL TEM ROCHAS COM 200 MILHÕES DE ANOS E É UM PARAÍSO PARA OS AMANTES DE PALEONTOLOGIA

As sucessões calcárias do Jurássico Inferior de maior referência à escala nacional e a sua beleza geomorfológica e paisagística fazem de São Pedro de Moel, no concelho da Marinha Grande, um verdadeiro paraíso para os amantes e estudiosos da paleontologia. Alguns dos exemplos dessas relíquias naturais, cuja formação remonta a aproximadamente 200 milhões de anos, foram dadas a conhecer durante o passeio na natureza, realizado na manhã deste sábado, 20 de julho, organizado pelo Município da Marinha Grande, em parceria com a Universidade de Coimbra (UC).

O passeio "A Geologia de São Pedro de Moel, Um Mergulho em Mares Jurássicos” fez parte do programa de sensibilização ambiental da Bandeira Azul e contou com a presença do presidente da Câmara, Aurélio Ferreira, e do vereador do ambiente, João Brito, que reforçaram o compromisso do Município da Marinha Grande em promover a educação ambiental e a conscientização sobre a importância da geologia, incentivando a preservação e valorização deste património natural único a nível nacional.
Através das explicações do professor Luís Vítor Duarte, consagrado investigador do Departamento de Ciências da Terra da UC, e da observação de alguns locais deste setor único da orla costeira portuguesa, os participantes “mergulharam” nos mares jurássicos e discutiram a origem e a evolução geológica. São Pedro de Moel representa um paraíso para todos os amantes da paleontologia, dada a abundância e diversidade de fósseis, desde invertebrados marinhos, a peixes e construções de natureza microbiana.
Luís Vítor Duarte, que tem dedicado a sua carreira ao estudo e publicação de artigos científicos sobre a paleontologia da Marinha Grande, lembrou que “São Pedro de Moel, conhecida como o “ex-libris" da região, apresenta uma geologia de excelência devido aos seus afloramentos de rochas do período Sinemuriano (com cerca de 200 milhões de anos). Estas rochas proporcionam uma rica diversidade geológica para estudo e apreciação”.
*Gabinete de Comunicação e Imagem