![Foto de Emildo Sambo](http://www.verdade.co.mz/images/stories/02018/educacao/livro%20ensino%20distancia.jpg)
Centenas de estudantes poderão não frequentar e escola, este ano, por causa da crónica escassez de vagas, o que tem sido comum anualmente.
Armando João Muthemba, director-adjunto na Direcção da Educação e Desenvolvimento Humano da Cidade de Maputo, disse que os alunos e os pais e encarregados de educação não devem apenas olhar para o ensino presencial como único que pode dar o saber. Pode-se optar pelo ensino à distância, outra modalidade de instrução que, pese embora a sua funcionalidade seja alvo de algumas críticas, “é de confiança”.
“Nós já realizámos ou estamos a realizar as matrículas”, começou por explicar a fonte, ajuntando que todas as crianças da 8a classe, com 15 anos de idade, frequentarão o curso diurno, enquanto as da 11a classe, até 17 anos, também deverão estudar de dia.
De 18 anos em diante, vão para o curso nocturno, enquanto os que não forem abrangidos pelo ensino presencial, podem frequentar o programa do ensino secundário à distância.
Esta modalidade de instrução está dividida em dois níveis, sendo um do primeiro ciclo (8a a 10a classes) e outro do segundo ciclo. Aquele, denominado Programa do Ensino Secundário à Distância 1 (PESD 1), foi introduzido há pelo menos cinco anos e funciona em todos os distritos municipais da cidade de Maputo, excepto no KaNhaca.
O Programa do Ensino Secundário à Distância 2 (PESD 2) diz respeito ao segundo ciclo do ensino secundário (11a a 12a classes). Este só é ministrado em dois distritos municipais, a saber: Nlhamankulu, concretamente na Escola Secundária de Lhanguene; e distrito municipal KaMavota, na Escola Secundária Joaquim Chissano.
De acordo com Armando Muthemba, esta modalidade de ensino é relevante porque permite ao estudante ocupar-se com outras tarefas de geração de renda familiar enquanto estuda.
Antes de começarem a realizar as actividades curriculares, os alunos recebem um guião que lhes instrui como é que devem estudar à distância.
Para 2018, foram disponibilizadas 4.114 vagas para o PESD 1 e 335 para o PESD 2. O exame feito no fim cada ciclo é o mesmo do ensino presencial, disse Armando Muthemba.
No ano passado, “este ensino atingiu 71% de aproveitamento (...). Este não é um ensino qualquer. Os alunos conseguem ter as mesmas habilidades” como os do outro tipo de ensino. “Nós temos que ter fé e confiança neste ensino”, considerou a fonte admitindo que a sociedade ainda tem um pouco de receio em aderir a esta modalidade de instrução, por se trata de “um novo método e uma nova forma de educação”.
Armando Muthemba falava numa conferência de imprensa cujo objectivo era dar a conhecer os passos sobre a preparação da abertura do lectivo de 2018 e do programa do ensino secundário à distância.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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