David Dinis, Director
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Bom dia!
E lá volto eu à pergunta: refeito das emoções de ontem?
Esta foi a noite de duelo no PSD. Mas vamos começar pelo que aconteceu lá por fora:
Há um "ciclone-bomba" a atingir a costa Leste dos EUA, fechando aeroportos, milhares sem electricidade e estradas cortadas. O raro fenómeno meteorológico junta-se a uma intensa vaga de frio que já soma 16 mortos desde o Natal.
Trump está sob suspeita de interferir com a Justiça (again). Segundo o The New York Times, o Presidente terá pedido ao advogado da Casa Branca para pedir ao procurador-geral (que é ele que nomeia) a assumir ele a investigação do Russiagate, o caso sobre a intromissão russa nas presidenciais. No Twitter, órgão oficial de Trump, o Presidente já negou a acusação.
Os aparelhos da Apple também estão com falhas de segurança. Nos últimos dias foram descobertas falhas de segurança que afectam milhões de telemóveis e computadores, deixando-os vulneráveis a hackers. Mas só esta noite a Apple avisou que também os seus iPhones e iPads estão expostos ao mesmo problema. O João Pedro Pereira já nos preparou um guia para sabermos quem é afectado e o que fazer.
O que marca o dia
O duelo pelo PSD foi a ferver. Num debate que mais parecia um ringue de boxe, Santana jogou ao ataque e deixou Rio Rio encostado às cordas. A Sofia Rodrigues faz a síntese do primeiro round, num debate que deixou a mesma impressão noutros jornais: o Expresso diz que Santana foi um killer, o Observador diz que "Dupond esmagou Dupond" (e já acrescentou um fack check à medida dos dois).
Eu tiro as conclusões num Editorial com uma pergunta: este debate foi na RTP-Memória? A dúvida que sobra é se o resto da campanha desliza para o insulto, como já vimos no passado, ou se ainda recupera um mínimo de dignidade.
E, enquanto isso, o país continua:
Os hospitais já abriram 80% das camas previstas no plano da gripe. As medidas, conta a Ana Maia, servem para fazer face ao aumento de situações graves a precisar de internamento. E juntam-se ao alerta oficial desta noite, por causa do frio e da chuva.
Somos dos países com mais dificuldade em manter a casa quente. Os dados revelados pelo Eurostat mostram que numa década o número de famílias com este problema desceu 43%. Mesmo assim, Portugal ainda tem o quinto pior desempenho da UE.
O pacto para a Justiça está um parto difícil. Os agentes do sector prolongaram as negociações noite fora, ainda com dezenas de propostas por fechar.
A Operação Marquês entrou no limbo há mais de um mês. Conta a Ana Henriques que o DCIAP não deu aos advogados em tempo útil material com escutas e outros ficheiros informáticos.
O caso da árvore do Funchal caiu em cima do autarca. Paulo Cafôfo foi constituído arguido por negligência no acidente que matou 13 pessoas.
Os salários dos contratos a prazo e permanentes estão cada vez mais próximos. Aqui é a Raquel Martins que explica: o mercado de trabalho tem vindo a recuperar, mas a evolução não tem sido acompanhada por uma melhoria da qualidade do emprego criado.
Centeno deu mais três milhões às universidades. Mas as universidades e politécnicos ainda reclamam outros 8 milhões de euros. Há uma reunião marcada para esta sexta-feira.
As câmaras vão ter mais poderes no alojamento local, diz o Negócios. O debate na AR começa hoje e o Governo, mesmo não gostando da proposta do PS (!), vai deixar o processo seguir.
O homem das contas da Mutualista votou contra o plano para o Montepio. Mas mesmo assim o processo avançou, diz esta manhã o ECO.
Outras leituras
A última polémica desta América pós-moderna seria deliciosa, não fosse também reveladora. Numa linha, resume-se nisto: Trump desamigou Bannon e lançou uma corrida pelo coração dos "deploráveis". Neste texto, o Alexandre Martins explica-nos, porém, que há muito mais por baixo da história. "A guerra entre o Presidente norte-americano e o seu antigo ideólogo é também um exercício de equilíbrio: Trump não quer perder os eleitores mais radicais e o Partido Republicano quer recuperar os mais moderados."
Já agora, vale a pena ler sobre o autor do livro sobre os bastidores da Casa Branca que relançou esta guerra: o nome dele é Michael Wolff. E a pergunta é: o repórter estava mesmo lá?
E uma capa do ípsilon com vista para o Brasil, onde a arte voltou a ser subversiva. Em São Paulo, a Filipa Lowndes Vicente conta-nos como as guerras da cultura, agora com sexo à mistura, são a última forma de confronto político no Brasil. O país pós-Temer e o país anti-Temer confrontam-se nas ruas, nos jornais e nas redes sociais, mas também à porta dos museus. Entre por aqui, mas prepare-se para uma guerra muito quente.
Uma história do Porto que, tristemente, ainda existe: Ana Barbosa tem 28 anos, Maria Alice 79. Foram vizinhas durante alguns anos, em prédios contíguos na baixa do Porto. Até que uma ordem de despejo lhes pôs a vida do avesso e se viram a morar sozinhas num prédio. A Mariana Correia Pinto conta-nos um conto (real) de resistência — e outro de desistência. No P3.
E uma pergunta que não é ficção científica: será que a vida extraterrestre é parecida com a da Terra? Um grupo de investigadores do Reino Unido usou a teoria da evolução de Darwin para reflectir como poderá ser a vida extraterrestre, sugerindo que poderá assemelhar-se mais com a da Terra do que pensamos. A Raquel Dias da Silva abre-nos a porta a esse novo mundo.
A agenda do dia
Enquanto no Banco de Portugal se avalia a estabilidade financeira, nomeadamente a evolução da dívida, no Parlamento discute-se o que fazer ao boom (e aos problemas) do alojamento local, mas também se reduz os poderes de Ferro Rodrigues nas comissões de inquérito. No tribunal da Guarda é ouvido Pedro Dias (o fugitivo mais famoso de 2017).
Lá por fora, está marcado um novo contacto entre as duas Coreias. No dia que que o último Star Wars chega às salas de cinema da China, a NASA lança para o espaço um satélite espião do Governo americano (o nome de código é Zuma, e espera-se que não se autodestrua em poucos segundos).
Com o fim-de-semana a anunciar frio e alguma chuva, despeço-me com uma notícia quentinha: a temporada final de A Guerra dos Tronos chega mesmo em 2019. Mas também com uma sugestão para domingo: a cerimónia dos Globos de Ouro, desta vez com um teste ao escândalo sexual em Hollywood. Pelo meio, tem sempre à mão Cinecartaz e o Guia do Lazer, para descobrir outras maneiras de passar (bem) o tempo.
Nós ficamos por aqui, sempre atentos, para lhe contar o que vai acontecendo. Tenha um dia produtivo e feliz. E um excelente fim-de-semana!
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