O professor catedrático de Coimbra e médico pioneiro da procriação medicamente assistida em Portugal Agostinho Almeida Santos morreu, este sábado, aos 77 anos
Segundo fonte da família, o corpo de Agostinho Almeida Santos vai estar, a partir das 15.30 horas, em câmara ardente na Igreja de Nossa Senhora de Lurdes, em Coimbra, realizando-se o funeral no domingo, às 15 horas, a partir da mesma igreja.
Médico e professor catedrático de ginecologia, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), realizou, pela primeira vez, em Portugal, a técnica de procriação medicamente assistida, designada por GIFT (Transferência de Gâmetas para a Trompa), "método que propiciou o nascimento do primeiro bebé em junho de 1988", refere um resumo curricular de Agostinho Almeida Santos do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida.
Segundo a mesma nota, Agostinho Almeida Santos fundou e dirigiu o programa de reprodução medicamente assistida, que funciona em Coimbra, desde 1985.
Entre 2005 e 2007, foi o presidente do Conselho de Administração dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).
Na vida académica, publicou 185 trabalhos científicos, proferiu mais de 400 palestras e foi o responsável pelas disciplinas de Obstetrícia e Ética, Deontologia e Direitos Médicos da FMUC.
Membro de 18 sociedades científicas nacionais e internacionais, desempenhou funções de perito da Comunidade Económica Europeia na área de investigação em bioética.
Autor do livro "Razões de Ser", associado aos problemas e futuro da bioética, Agostinho Almeida Santos manteve sempre uma atividade universitária de forma ininterrupta desde 1965, sublinha a mesma nota curricular.
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Agostinho Almeida Santos criticou igualmente a empresarialização dos hospitais, que considerava "uma falsa medida", que podia pôr em risco a situação financeira do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Em 2009, Agostinho Almeida Santos foi designado cônsul honorário de Cabo Verde para a Região Centro, depois de anos de trabalho de cooperação com este país africano, na área da medicina materno-infantil e na formação de internos em obstetrícia.
Fonte: JN
Foto: Arquivo
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