O rock entrou nas eleições americanas. O
músico Alice Cooper, de 68 anos, anunciou a sua candidatura à Casa Branca em
resposta a todos os não se revêem nem em Clinton, nem em Trump. E tem propostas
originais: trazer Brian Johnson de novo para os AC/DC, colocar o rosto de Lemmy
Kilmister no Monte Rushmore e banir as selfies.
As eleições de 2016 para a presidência
dos Estados Unidos já têm razões de sobra para concentrarem a atenção
de pessoas de todas as partes do mundo. Mas agora têm mais uma. O músico
Alice Cooper anunciou a sua candidatura à Casa Branca, num tom marcado
pelo humor e pela sátira a fazer lembrar as campanhas do também
músico Manuel João Vieira em Portugal. Em entrevista à CNN, Cooper
revelou que o seu slogan será "não posso fazer nada da mesma forma que
eles [Hillary e Trump] não podem fazer nada". Adiantou também, na mesma
entrevista, que Tom Hanks será o seu vice-presidente, uma indicação à revelia
do próprio.
O seu percurso na música - que começou
nos anos 60 com espectáculos à época inéditos que envolviam guilhotinas e
cadeiras eléctricas em palco - é, na opinião de Cooper, um dos cartões de
visita mais poderosos da sua candidatura. "Qualquer um que tenha
sobrevivido tanto tempo no rock é amado, por isso sou um candidato presidencial
amado".
A campanha tem um hino que remonta a
1972, data da sua publicação, com Nixon como presidente dos Estados Unidos.
Chama-se "Elected" e vai ser relançada.
Em nenhum momento, Alice Cooper esquece
o quanto não gosta da política e do que a política faz às pessoas. "Vejam
o Obama. Entrou em funções como uma estrela do rock e sai com cabelos
brancos. Eu não quero isso. Sou um cantor de rock". E continuou: "
Quero continuar a ir para cima do palco com o meu cabelo preto, mesmo que
falso. O cabelo é todo meu, já agora, não é falso".
A excepção para juntar rock e
política é, na sua opinião, apenas correcta quando se trata de causas humanitárias,
como aquelas que artistas como Bono, Sting e Springsteen apoiam.
O site da campanha - Alice for president - avança com algumas
das propostas do músico. A saber: trazer Brian Johnson de novo para os AC/DC,
colocar o rosto de Lemmy Kilmister, líder do grupo britânico Motorhead que
morreu em finais de 2015, no Monte Rushmore, re-baptizar o Big Ben de Big
Lemmy, colocar Groucho Marx nas notas de 50 dólares e Peter Sellers nas de 20
dólares e, não menos importante, banir as selfies, com excepção de um dia que
seria instituído como o Dia Nacional das Selfies.
No seu site, a 25 de
julho, Cooper já tinha lançado as principais ideias da sua candidatura sob o
lema "um homem perturbado para uma época perturbada". Incluí
merchandising e playlist no iTunes e Spotify e atendendo ao rumo da campanha
presidencial americana é bem capaz de não ser sequer a coisa mais estranha que
está a acontecer nas terras do Tio Sam.
Fonte/foto:sapo 24
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