Foi há 50 anos, mas é como se tivesse sido ontem. Neste novo romance de Manuel Rui, vamos voltar a 1966 e, em Inglaterra, Portugal vai entrar em campo para jogar com a Coreia do Norte, nesse sábado, dia 23 de Julho, no mítico jogo de apuramento para o Mundial que terminou 5-3. Um resultado que Botija e Tó-Tó apenas conhecem quando conseguem parar o camião numa estação de serviço.
Vamos por partes. O Kaputo Camionista e Eusébio é um pequeno conto que decorre durante todo tempo do jogo, numa viagem de camião na solitária estrada entre Lubango e Caála, em Angola. Pormenor: o camião não tem auto-rádio. Botija oferece boleia a Tó-Tó e fala sobre Eusébio e, enquanto fala de Eusébio, fala dos seus preconceitos, dos seus medos, da estranheza das outras raças, tendo por pano de fundo a Guerra Colonial que decorria há cinco anos em Angola.
Com uma mestria insuperável, Manuel Rui escreve uma ficção encantatória num livro que recupera as paisagens, cheiros e sons da Angola dos anos 60, tamborilando num camião. Ali, naquele camião, não se ouvem as ondas curtas da Emissora Nacional que, com dificuldade, fazem chegar àquela terra o relato de Artur Agostinho e do baile do Pantera Negra no relvado em Inglaterra.
Com prefácio de David Borges e textos de Carla Ferreira, filha de Eusébio da Silva Ferreira, Manuel Rui reúne em O Kaputo Camionista e Eusébio uma antologia de textos de amigos do autor e devotos admiradores do jogador. Chega às livrarias a 15 de Fevereiro e o autor estará presente no Correntes d’Escritas 2017, no dia 20, pelas 18h30, numa sessão de apresentação.
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O Kaputo Camionista e Eusébio
Manuel Rui
15x23
120 páginas
14,00 €
Ficção
Nas livrarias a 15 de Fevereiro
Guerra e Paz Editores
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R. Conde Redondo, 8, 5.º Esq.
1150-105 Lisboa | Portugal
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