Luis Dufaur (*)
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Imagem de Nossa Senhora de Fátima peregrina em Hong-Kong.
Na cidade ainda há fímbrias de liberdade. No imenso território governado pelo comunismo teria sido proibida.
O cardeal Joseph Zen Ze-kiun, bispo emérito de Hong-Kong, durante visita à Alemanha falou sobre a Igreja católica chinesa e sobre o medo que os comunistas têm de Nossa Senhora de Fátima.
O Cardeal focou a corrupção desenfreada instalada no âmago do comunismo chinês. A degradação moral do Partido, especialmente nas mais altas cúpulas, associada à obediência absoluta aos ditadores, é desoladora. O atual presidente Xi Jinping chegou a falar contra a corrupção na máquina estatal, mas logo que se apossou dela tudo ficou como antes ou pior.
A direção comunista está em diálogo com a Santa Sé, mas não aceitará nada que não seja a submissão da Igreja ao Partido Comunista, disse. Ele deu como exemplo o fato de os bispos da “Igreja clandestina” [fiéis a Roma] terem sido constrangidos a receber cursos de formação política durante a Semana Santa, para assim não poderem celebrar os Ofícios para os fiéis.
O cardeal Joseph Zen Ze-kiun, bispo emérito de Hong-Kong
Nossa Senhora apareceu em Fátima há exatamente 100 anos e os católicos chineses conhecem bem a sua Mensagem. Ate os comunistas! Na vida real, eles têm medo de Nossa Senhora de Fátima. Esse medo adota até formas grotescas. Se, por exemplo, alguém quer introduzir uma imagem de Maria Imaculada ou de Maria Auxiliadora, os comunistas não objetam nada. Porém, as imagens de Nossa Senhora de Fátima estão proibidas. Porque para os socialistas tudo o que aconteceu em Fátima é “anticomunista”. E, de fato, assim é! Na China atual, o principal perigo é o ateísmo materialista encarnado no socialismo de Estado. Compreende-se então que os comunistas estremeçam de pavor quando ouvem falar de Nossa Senhora de Fátima. ( * ) Luis Dufaur é escritor, jornalista, conferencista de política internacional e colaborador da ABIM |
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