A Monarch é a mais importante companhia aérea britânica a declarar insolvência, decisão que surgiu depois das dificuldades da companhia em renovar a licença de venda de pacotes turísticos, que terminava à meia-noite de sábado, 30 de Setembro, uma vez que a Monarch não terá conseguido fazer prova da sua sustentabilidade.
Com o pedido de insolvência, a Monarch cancelou todas as suas operações, o que afecta um total de 300 mil reservas já realizadas, deixando sem voo de regresso mais de 110 mil passageiros, o que obrigou já o governo britânico a pedir à autoridade de aviação do Reino Unido (CAA, sigla em inglês) que aprove a saída de 30 aviões para repatriar os cidadãos afectados, naquela que é a maior operação de repatriação de cidadãos britânicos em tempos de paz.
De acordo com a imprensa britânica, já há algum tempo que existiam dúvidas sobre a sustentabilidade financeira da Monarch, até porque no ano passado a companhia tinha tido já dificuldade em renovar a licença de venda de pacotes turísticos, problemas que terão surgido depois da queda de mercados como a Turquia e o Egipto, o que obrigou a companhia a entrar numa guerra de preços no Mediterrâneo.
Na sua página do Facebook, a Monarch pede aos seus passageiros que consultem o site monarch.caa.co.uk, onde está a ser actualizada toda a informação sobre as operações de repatriamento de passageiros, com a companhia a garantir que não será cobrado qualquer valor adicional aos passageiros com voo de regresso ao Reino Unido até 15 de Outubro.
Recorde-se que a Monarch transportou, no ano passado, 6,3 milhões de passageiros e voava para 40 destinos à partida dos aeroportos de Gatwick e Luton, em Londres, bem como desde Birmingham, Leeds e Manchester.
Em Portugal, a Monarch voava para Lisboa, Porto, Funchal e Faro, estimando que, este ano, Lisboa estivesse entre os destinos com maior crescimento na rede da companhia, com uma subida de 60 mil passageiros. Já no Porto, para onde a Monarch passou a voar em Abril, a previsão apontava para 75 mil passageiros.
Mas era no Algarve que a Monarch contava com a maior operação em Portugal, contando com voos para Leeds Bradford às terças, quartas, quintas, sábados e domingos, enquanto Gatwick, Luton, Birmingham e Manchester tinham voos diários.
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