Marcos Luiz Garcia (*) Estamos próximos do dia 13 de outubro, quando comemoramos cem anos das maiores manifestações de amor e de zelo materno da Santíssima Virgem para conosco em Fátima. Nesta aparição, após insistir na reza diária do Terço, dizendo em resposta a Lúcia que a alguns doentes Ela curaria, mas a outros não, Nossa Senhora acrescentou: “É preciso que se emendem, que peçam perdão de seus pecados”. Tomando um aspecto triste, disse: “Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido”. E desapareceu. Em seguida, aconteceu o que Ela anunciara em setembro: “Desaparecida Nossa Senhora na imensa distância do firmamento, desenrolaram-se aos olhos dos videntes três quadros, sucessivamente, simbolizando primeiro os mistérios gozosos do Rosário, depois os dolorosos e por fim os gloriosos [apenas Lúcia viu os três quadros; Francisco e Jacinta viram apenas o primeiro]: “Apareceram, ao lado do sol, São José com o Menino Jesus, e Nossa Senhora do Rosário. Era a Sagrada Família. A Virgem estava vestida de branco, com um manto azul. São José também se vestia de branco e o Menino Jesus de vermelho claro. São José abençoou a multidão, traçando três vezes o sinal da Cruz. O Menino Jesus fez o mesmo. “Seguiu-se a visão de Nossa Senhora das Dores e de Nosso Senhor acabrunhado de dor no caminho do Calvário. Nosso Senhor traçou um sinal da Cruz para abençoar o povo. Nossa Senhora não tinha a espada no peito. Lúcia via apenas a parte superior do Corpo de Nosso Senhor. “Finalmente apareceu, numa visão gloriosa, Nossa Senhora do Carmo, coroada Rainha do Céu e da Terra, com o Menino Jesus ao colo”. Após essas manifestações tão cheias de bondade e de amor materno, sucedeu o magnífico Milagre do Sol. Vejamos: “Enquanto estas cenas se desenrolavam aos olhos dos videntes, a grande multidão de 50 a 70 mil espectadores assistia ao Milagre do sol. “Chovera durante toda a aparição. Ao encerrar-se o colóquio de Lúcia com Nossa Senhora, no momento em que a Santíssima Virgem Se elevava e que Lúcia gritava ‘Olhem para o sol’, as nuvens se entreabriram, deixando ver o sol como um imenso disco de prata. Brilhava com intensidade jamais vista, mas não cegava. Isto durou apenas um instante. A imensa bola começou a ‘bailar’. Qual gigantesca roda de fogo, o sol girava rapidamente. Parou por certo tempo, para recomeçar, em seguida, a girar sobre si mesmo, vertiginosamente. Depois seus bordos tornaram-se escarlates e deslizou no céu, como um redemoinho, espargindo chamas vermelhas de fogo. Essa luz refletia-se no solo, nas árvores, nos arbustos, nas próprias faces das pessoas e nas roupas, tomando tonalidades brilhantes e diferentes cores. Animado três vezes de um movimento louco,o globo de fogo pareceu tremer, sacudir-se e precipitar-se em ziguezague sobre a multidão aterrorizada. “Durou tudo uns dez minutos. Finalmente o sol voltou em ziguezague para o ponto de onde se tinha precipitado, ficando novamente tranquilo e brilhante, com o mesmo fulgor de todos os dias. “O ciclo das aparições havia terminado. “Muitas pessoas notaram que suas roupas, ensopadas pela chuva, tinham secado subitamente. “O milagre do sol foi observado também por numerosas testemunhas situadas fora do local das aparições, até a 40 quilômetros de distância.” Como negar que o Milagre do Sol tenha sido uma severíssima advertência? Inclusive por ter-se operado logo após Nossa Senhora pedir para deixarmos de ofender a Deus que já está muito ofendido. Ora, precisamente esse aspecto da Mensagem de Nossa Senhora foi literalmente tratado com a maior indiferença. A humanidade vem decaindo a olhos vistos. A degradação está nas ruas, ostentada com um cinismo espantoso. Estamos chegando ao ponto em que Deus e Senhor nosso pode livremente ser ofendido em nome da arte, mas não pode ser defendido à altura em nome da tolerância. A malfadada Ideologia de Gênero que com desconhecimento dos pais está sendo imposta despoticamente às crianças nas escolas; os médicos ginecologistas e obstretas que nos exames pré-natais são proibidos de dizer aos pais se uma criança que vai nascer é menino ou menina; os psicólogos que não podem aconselhar alguém em grave depressão decorrente de seu conflito interior nem aplicar a solução eficaz para solução de seu problema etc. Enquanto se impõe um estado de coisas diametralmente contrário a Jesus Cristo, aqueles que dotados embora de muita força e que mais deveriam defendê-Lo, não o fazem, entretanto, com eficácia, deixando este grave encargo aos fiéis, cujos recursos – muito menores – não lhes permitem defendê-Lo à altura. Diante disso, o que pensar do Milagre do Sol? Nossa Senhora avisou a humanidade, mas que uso ela fez dessa imensa misericórdia? Não nos espantemos se a Justiça divina cair sobre o mundo pecador. Avisado ele foi. ( * ) Marcos Luiz Garcia é escritor, conferencista e colaborador da ABIM |
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