A grande crise que abalou a economia mundial no início do século foi pretexto para o governo socialista espanhol de Zapatero empurrar as energias alternativas. Sempre haverá possíveis novas fontes de energia e é desejável que sempre apareçam novas. O planeta as possui ou recebe – como é do caso do sol – em volumes que superam todo cálculo.
O problema é ter a tecnologia para aproveitá-las. E não desativar aquelas que de momento se apresentam viáveis em troca de um pulo no vazio. Quando atingirmos um conhecimento técnico que justifique a mudança, essa acontecerá naturalmente.
Mas a enigmática e anárquica turma ambientalista quer que o mundo pule no precipício do ignoto. Ou, pior, que se jogue no abismo do que se sabe que agora não é rentável nem viável.
Assim precipitam os homens num pauperismo energético que se avizinha lentamente a uma quase morte. Tudo em nome de uma utopia miserabilista e anti-humana!!
O primeiro ministro socialista Zapatero instalou centenas de moinhos de vento – não como os de don Quixote, mas modernas eólicas – e incontáveis painéis solares nas montanhas e planícies da Espanha célebres pelo seu tórrido sol.
As inversões – de fabuloso volume com um dinheiro que teoricamente não havia – duplicaram a capacidade instalada de energia renovável de 15.000 a 30.000 megawatts.
O líder socialista se gabou nos foros internacionais de que a Espanha liderava o ranking mundial de países verdes. Discutível, mas político não pensa muito na verdade.
Para a festa vieram inversores de todos os cantos do planeta.
Mas não durou muito. Já em 2009 o governo que convidou os comensais os deixou na sua fome.
A festa impaga acabou numa “guerra” de processos de todos contra todos nos tribunais nacionais e internacionais, segundo o jornal “El Mundo” de Madri.
Erros de planificação ligados a tecnologias ainda não dominadas provocaram uma escalada vertical da conta que pagam os lares: 32% mais cara que em 2007 malgrado as promessas sedutoras – em verdade mentirosas – das “energias alternativas”.
Acresce enorme déficit – perto de 30 bilhões de euros – a ser pago, é claro, não pelo governo responsável mas pelos consumidores. Na prática, 40% da conta que hoje pagam os lares para ter energia vão para tampar esse buraco.
Várias centrais de carvão foram fechadas com mais pressões anarco-ecologistas. Resultado: essas fontes diminuíram em 16% a potência instalada da produção nacional, as regiões produtoras de carvão pararam e os operários acabaram na rua, na greve ou na aposentadoria antecipada obrigatória.
Mais um estrago do ativismo ambientalista: a central nuclear de Santa María de Garoña, foi fechada na província de Burgos. Greves políticas, discussões intérminas alimentadas por comunistas e ambientalistas fizeram dela um símbolo da frustração.
Para completar, o governo da União Europeia bem instalado em Bruxelas e bem trufado de radicais ecologistas, empurra Espanha a se jogar mais rápido e com mais entusiasmo no mesmo precipício.
O Ministério de Energia tenta relançar as renováveis e por em funcionamento as instalações sabotadas pelos verde-vermelhos. É mais do mesmo, mas serve para estender a mão chorando para receber subsídios da tirânica UE.
O grande desafio é abaratar as contas das famílias e das empresas, vítimas deste pesadelo “alternativo”. Sete de cada 10 espanhóis não entende o que está pagando em contras de luz complicadas e astronômicas.
A reputação do setor elétrico tal vez só nas guerras esteve tão baixa. Motivo único: os preços básicos sempre mais caros em nome de mirabolantes teorias.
Após empobrecer todo o mundo os fanáticos verde-vermelhos anunciam pomposamente que chegou o momento de definir o modelo energético do país. E enquanto falam utopias, pedem fechar mais duas usinas de carvão “para reduzir suas emissões de CO2”.
Esse fechamento, segundo o novo ministro de energia Álvaro Nadal, elevará mais 15% o preço da luz neste inverno que está começando.
O objetivo é só um: abaixar o nível de vida dos homens. No fim, o índio na choça será o modelo de baixo consumo energético.
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