domingo, 7 de maio de 2017

Colheita de Sangue Dia 10 de Maio entre as 15 horas e as 19:30 horas no Posto Fixo da ADASCA em Aveiro


Para o mês de Maio vão decorrer colheitas de sangue nos dias 10, e 17 e 31 entre as 15 horas e as 19:30 horas, dias 13 e 27 entre as 9 horas e as 13 horas, todas no Posto Fixo da ADASCA.

Os interessados em aderir à dádiva devem fazer-se acompanhar do Cartão de Cidadão para facilitar a inscrição ou do Cartão de Nacional de Dador de sangue.

Após tomar o almoço convém ter em conta o período de tempo para digestão, nunca inferior a 2:30 Horas. Na região de Aveiro só não adere à dádiva de sangue quem não pode ou não quer...

Solidários, seremos união. Separados seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos.” Bezerra de Menezes.

Joaquim Carlos

Presidente da Direcção da ADASCA

Vários meios impedidos de entrar na sede de campanha de Le Pen

Frente Nacional alegou falta de espaço
Uma dezena de meios de comunicação denunciou hoje não ter sido autorizada a entrar na sede de campanha da candidata presidencial de extrema-direita, Marine Le Pen, que alegou falta de espaço, segundo o diário Libération.

Jornalistas do semanário Charlie Hebdo, dos digitais Médiapart, Rue89, Buzzfeed e Les Jours, do programa Quotidien e do canal privado TF1 e de vários meios estrangeiros disseram não ter recebido a acreditação para acompanhar esta noite no Chalet du Lac, a sede de campanha de Marine Le Pen.

"Por solidariedade para com os nossos companheiros, a redação do Libération, que na altura em que escreve estas linhas não sabe se foi afetada por esta medida, decidiu não ir à noite organizada pelo partido de direita radical", avançou o jornal a meio da tarde na sua edição 'online'.

O 'Libération', cujo boicote foi também partilhado pela revista Les Inrocks, disse na sua página na internet que "essas medidas antidemocráticas e contrárias à liberdade de expressão devem parar, bem como a intimidação dos jornalistas nos encontros".

O jornal escreve também que não é a primeira vez que a Frente Nacional (FN) veta o acesso aos seus encontros e que normalmente isto acontece a "um ou dois meios, raramente mais, mas desta vez uma dezena de meios foi impedida de fazer o seu trabalho".

O Chalet du Lac tem capacidade para cerca de 1.400 pessoas, muito abaixo das 10.000 pessoas que a Esplanada du Louvre, a sede de campanha do liberal Emmanuel Macron, pode acolher.

Fonte: DN

“Foi um jogo deprimente para o Sporting”

Resultado de imagem para “Foi um jogo deprimente para o Sporting”Depois da derrota em casa, Bruno de Carvalho lamentou o resultado frente ao Belenenses. O presidente do Sporting disse que o jogo foi deprimente e fala numa época péssima para Alvalade.
"Chegamos a um ponto de ter um estádio cheio e não estarmos a lutar por nada" disse o presidente leonino em declarações à Sporting TV.
Bruno de Carvalho pediu ainda desculpa aos adeptos e diz que é preciso refletir sobre o trabalho que está a ser feito.
"Para mim pessoalmente chega e tudo tem de ser diferente na próxima época. O Sporting não é isto, não pode ser isto e temos de refletir todos muito bem".
TSF

Hora de Fecho: Quando o voto em Macron é sobretudo contra Le Pen

Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
Armel, Joel e François escolheram todos candidatos diferentes na primeira volta. Agora, votaram todos em Emmanuel Macron, mas demoram a reconhecer-lhe qualidades além de ser o adversário de Le Pen.
Os dois candidatos às presidenciais francesas, Emmanuel Macron e Marine Le Pen, já votaram, com poucos minutos de diferença e em cidades distintas. Às 17h locais, a participação era de 65,30%.
D. António Marto foi cético de Fátima e da religiosidade popular, recusando rezar o terço com a família, mas a simplicidade do pai levou-o à conversão. Uma rara entrevista de vida ao bispo de Fátima.
Abel Camará foi apertado após a derrota do Belenenses com o P. Ferreira. Até a companheira, grávida, terão tentado agredir. Reagiu e, mesmo sem braçadeira, marcou em Alvalade. Agora, diz adeus.
O Sporting jogou pela primeira vez de manhã na Liga. Foi histórico. Mas o Belenenses aproveitou para fazer história e pela primeira vez ganhar em Alvalade (3-1). No antigo e no novo. 62 anos depois.
Macron e Le Pen têm medidas que os definem, que defendem desde sempre e que devem ser o foco dos primeiros dias do candidato vencedor no Eliseu. Como é que cada um planeia mudar a França?
Dois homens morreram este sábado enquanto faziam uma caminha de sobrevivência em Pernes, Santarém, avança o Diário de Notícias. Um dos homens era militar da Força Aérea.
O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, defendeu hoje que as cidades não podem continuar a ser desenhadas a pensar nos automóveis, que acabam por estar parados cerca de 92% do tempo.
Todos os dias, a NASA publica uma imagem que ilustre a exploração espacial. Já é assim desde 1995. Veja algumas das fotos mais impressionantes do arquivo.
Lula da Silva diz que, se puder candidatar-se e vencer as eleições de 2018, irá regulamentar os meios de comunicação. E diz que, aos 71 anos, está com "mais tesão" para ser presidente do que em 1989. 
Opinião

Vasco Pulido Valente
… hopes expire of a low dishonest decade… (W. A. Auden)

João Marques de Almeida
O presidente da CM do Porto mostrou capacidade de liderança e coragem ao afastar o PS da sua coligação. O próximo passo deveria ser uma reunião entre Passos Coelho e Rui Moreira para fazerem um acordo

Alberto Gonçalves
Os socialistas são uma bênção. Além de recorrentemente assegurarem paz social e progresso económico, ou vice-versa, ainda querem devolver-nos à época feliz do final do século XIX, início do século XX.

Ruth Manus
Alcançar a realização pessoal é encontrar a plenitude em determinadas esferas da vida, ter sucesso é simplesmente passar uma imagem de que tudo deu certo

José Manuel Fernandes
Macron tem muitas virtudes, mas não tem nem o programa reformista nem a base de apoio necessária para ser o salvador da França - e da Europa. É bom baixarmos as expectativas para não termos desilusões
Mais pessoas vão gostar da Hora de fecho. Partilhe:
no Facebook no Twitter por e-mail
Leia as últimas
em observador.pt
Observador
©2017 Observador On Time, S.A.
Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa

PORTUGUESES NOS CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NAZIS TÊM LÁPIDE EM MAUTHAUSEN


Muitas centenas de portugueses e lusodescentes foram capturados e estiveram em campos de concentração nazis, muitos foram vítimas de trabalho escravo. Talvez se conte pela maioria dos portugueses de agora a ignorância de tal facto. Ignorância que a partir de agora já não se justifica, depois da publicação e fecunda divulgação da investigação de um grupo liderado por Fernando Rosas. Afinal, o nazi Hitler, nem ao “seu bom aluno” português, Salazar, lhe poupava os “súbditos”. Campos de Concentração e trabalho forçado com eles! (PG)
Governo lembra pela primeira vez os portugueses vítimas do III Reich

A neutralidade de Portugal na II Guerra não impediu que muitos portugueses ficassem presos na sua rede. Porém, nunca um Governo português lhes tinha prestado homenagem. Até este domingo, quando em Mauthausen for descerrada uma placa no contexto da cerimónia anual do campo de concentração. A iniciativa é de um grupo de investigação liderado por Fernando Rosas.

ela primeira vez, as vítimas nacionais do regime nazi vão ser homenageadas por um Governo português. Será este domingo, em Mauthausen, no contexto da cerimónia anual evocativa da libertação do campo, e terá honras de Estado. E uma placa a falar dos caídos será descerrada no Muro das Lamentações, a dizer: “Aos portugueses de todas as origens e credos que foram vítimas da barbárie nazi.”

Não é por mero acidente que logo agora, 72 anos após finda a guerra, se dá existência a estas vítimas. Tal surge da iniciativa de um grupo de investigação liderado por Fernando Rosas que, desde 2014, está envolvido num projeto chamado “Trabalhadores forçados portugueses no III Reich”. Apoiado pela Fundação Memória, Responsabilidade e Futuro — organismo alemão criado em 2001 para indemnizar os antigos trabalhadores forçados e que hoje se dedica a financiar programas internacionais sobre direitos humanos — e pelo Goethe Institut, o projeto tem a participação de historiadores como Cláudia Ninhos, Ansgar Schaefer, António Carvalho, Cristina Clímaco e António Muñoz, que consultaram arquivos em Portugal, Espanha, França e Alemanha e concluíram que várias centenas de portugueses contribuíram por meio do trabalho escravo com a máquina de guerra alemã.

“Esta é uma investigação que nunca vai terminar”, avisa Cláudia Ninhos. A sua suposta infinitude prende-se com a perceção de que os dados até agora alcançados não passam da “ponta do iceberg”, isto é, dos restos da História, as fontes que não foram destruídas e, entre estas, aquelas que não deixam margem para o equívoco. Sendo omnipresente durante a guerra, o trabalho forçado atravessa todo o sistema concentracionário nazi.

A economia de guerra do Reich assentou em mais de 20 milhões de pessoas recrutadas para a alimentar, e que na sua grande maioria morreram presas nessa digestão. Entre eles, muitos portugueses. “A ideia de que Portugal estava de costas para a Europa é salazarista e mentirosa. A neutralidade portuguesa não deixou o país fora da guerra”, reforça Fernando Rosas.

O historiador estará presente na altura em que a placa em Mauthausen for descerrada, ao lado de Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Barreiros, diplomata de carreira e hoje chefe da delegação portuguesa da International Holocaust Remembrance Alliance, Pedro Moitinho de Almeida, embaixador português na Áustria, e representantes da comunidade portuguesa residente naquele país.

“Este é um momento muito importante e emotivo, com uma carga simbólica imensa. Pela primeira vez se reconhece a existência destes portugueses e se lhes presta homenagem”, diz Luís Barreiros, para quem “toda a memória do horror que foi o sistema nazi deve ser preservada para ajudar as nações atuais a identificarem os sintomas e a travarem a sua repetição”. Porém, nem mesmo a justiça do ato contorna a pergunta: porquê a escolha de Mauthausen?

O CAMPO DOS ESCRAVOS

Uma relação privilegiada com a embaixada da Áustria em Portugal, que facilitou a autorização do Ministério do Interior austríaco para a colocação da placa, terá sido o ponto de partida. O facto de ali existir um memorial onde vários países depositaram homenagens é um chamariz adicional. Mas a verdadeira razão é outra: sendo Mauthausen apenas um dos locais por onde passaram e morreram portugueses, este campo e os campos-satélite a ele associados são um dos principais símbolos do trabalho escravo na Europa ocupada pela Alemanha. Os prisioneiros não só eram explorados brutalmente nas pedreiras como eram ‘emprestados’ ou ‘alugados’ a empresas, fábricas e até lojas, envolvendo toda a sociedade austríaca. Em 1945, nos primeiros dias de maio, foi o último campo a ser libertado pelos Aliados.

Claro que houve portugueses em Mauthausen. Cláudia Ninhos e o resto da equipa de investigação identificaram 12, dos quais oito ali morreram. A maioria chegou ao campo no estertor da guerra, em 1944 e 1945. É o caso de Abel Carvalho, nascido em Vila Verde, pintor de profissão, que, após cumprir 14 meses na prisão francesa de Eysses por delito comum, passou por vários campos no território francês até chegar a Dachau e a seguir a Gusen, subcampo de Mauthausen, onde faleceu em 1945.

É também o caso de Delfim da Cunha Ribeiro, de Lousada, toneleiro, clandestino em França, internado em diversos locais antes de o ser em Dachau e em Mauthausen, em 1944, morrendo pouco depois no subcampo de Melk. Tomás Vieira, de Paderne (Albufeira), tesoureiro da Federação de Emigrantes Portugueses em França, foi preso e levado para o campo de Vernet, para Dachau e para Mauthausen, acabando os seus dias em 1944 no subcampo de Ebeense, vítima de broncopneumonia. Estes três portugueses estiveram naquele que ficou conhecido como o Comboio Fantasma — que, saído de Vernet em junho de 1944, vagueou pela Europa durante dois meses, chegando a ter 800 deportados a bordo em condições sub-humanas e extremo calor, até concluir a viagem em Dachau em finais de agosto.

Mauthausen também fez parte da história de Júlio Laranjo. Este alentejano de Alcácer do Sal vivia em França com a família, tinha sido cozinheiro e operário, fazia parte da Resistência — era membro da COM (Organisation Militaire et Civile) desde 1943 — e foi denunciado e detido em Creil, a sede da Gestapo. Compiègne e Royalieu vieram antes de ser deportado para Buchenwald e logo depois para Mauthausen, onde assistiu à libertação do campo pelo exército americano a 5 de maio de 1945. Passou por um centro de acolhimento na Lutécia antes de ser repatriado, a 19 daquele mês.

A PORTA FRANCESA

Os quatro constituem exemplos de como se processava a entrada dos portugueses na Alemanha nazi. A França era a grande porta para esse acesso, por se tratar do principal destino da emigração económica a partir dos anos 20. Em 1940, o Governo português contabilizava 30 mil portugueses autorizados a trabalhar naquele país.

A transição para o Reich fazia-se de diferentes formas: havia os que se voluntariavam em busca de melhores salários e que, com o avanço da guerra, ficaram retidos; os que o faziam estando ilegais em França e, por não terem passaporte ou inscrição no consulado português, eram impedidos de regressar; os que eram recrutados para trabalho especializado e forçados a permanecer nos anos mais duros da guerra; os que eram presos por fazerem parte da Resistência francesa; os que combateram na guerra civil espanhola e, após a queda da Catalunha, foram internados em campos franceses e ali ‘apanhados’ pela invasão da Alemanha. E havia, conta Cláudia Ninhos, os portugueses que nunca se soube que o eram, confundidos até ao final com espanhóis ou franceses — e desses o rasto perdeu-se para sempre.

Os números também surpreendem. De acordo com a revista “Der Arbeitseinsatz im Deutschen Reich” [“A mobilização da Mão de Obra no Reich Alemão”], a partir de 1939 publicada pelo Ministério do Trabalho, em 1941 havia 163 portugueses a trabalhar no Grande Reich — Alemanha e Áustria. Em 1942 registaram-se 329 e, em 1943, 363 (40 dos quais mulheres). Em 1944, eram 376. Estes números não incluem os prisioneiros dos campos de concentração.

Porém, estes não foram postos de parte do projeto. “Até agora identificámos 70 portugueses no sistema concentracionário nazi, dos quais 50 morreram. E identificámos os nomes de 206 prisioneiros de guerra”, revela Cláudia Ninhos, ressalvando a dificuldade de perceber, por exemplo, até que ponto o número dos prisioneiros de guerra se sobrepõe ao dos identificados apenas como trabalhadores forçados. É por esta razão que a placa a ser colocada em Mauthausen não é nominativa: primeiro, porque a realidade é por vezes demasiado difusa para a conseguir circunscrever; segundo, porque entretanto podem surgir novos nomes.

A investigação, no entanto, abrange-os a todos. E todos fazem parte de uma exposição e de um colóquio internacional que a equipa liderada por Fernando Rosas prepara para 17 e 18 de novembro. Os portugueses no trabalho forçado durante a II Guerra Mundial é o mote de um lado da História que ainda não foi contado — o dos percursos individuais desses cidadãos. Quem eram e de onde? Como foram parar à Alemanha do III Reich? Quem sobreviveu e quem não? As respostas existem e têm nome. E são só uma ínfima parte do que o horror deixou como legado.

Luciana Leiderfarb | Expresso

Foto: Muro das Lamentações do campo de concentração de Mauthausen, na Áustria, onde a partir deste domingo, dia 7, existirá uma placa a recordar os portugueses vítimas da barbárie nazi / GETTY

Portugal | MENSAGENS DE MAIO


Manuel Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião

Com impulsos vindos de abril surge-nos, neste início de maio, um significativo conjunto de mensagens e ações que nos trazem alguma esperança. É certo que também se observa casos de persistência na manutenção de medidas de exceção adotadas em nome da crise, e que a perspetiva de futuro da Direita encalhou nos anos negros de 2011 a 2014.

O movimento sindical, muito em particular a CGTP-IN e os seus sindicatos, têm desenvolvido um trabalho de formulação de propostas e de ação reivindicativa com resultados importantes: no Acordo Coletivo de Trabalho entre a Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado e a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Vestuário de Calçado; nos call center; no setor da vigilância; na ANA Aeroporto; na Transtejo/Soflusa; nos Correios; na hotelaria, nas grandes superfícies e em outros setores e empresas do privado, mas também na Administração Pública, inclusive nos setores da educação e da saúde.

Não estamos perante um cenário reivindicativo generalizado e muito menos perante uma conflitualidade que justifique a politicamente patética afirmação de Assunção Cristas, feita para "comemorar" o 1.º de Maio, quando clamou contra a "diabolização dos empresários". Mas vai emergindo uma postura de não acomodação por parte dos trabalhadores que é muito saudável.

Nos discursos sindicais do 1.º de Maio, estiveram presentes temas prementes para os trabalhadores e para uma estratégia de desenvolvimento do país: a luta pelo emprego e contra a precariedade; a exigência de melhor distribuição da riqueza, combate às desigualdades e valorização dos salários; a necessidade de efetivação da negociação coletiva. Reclamou-se do Governo, com objetividade, uma calendarização de compromissos com vista ao cumprimento das promessas por ele feitas e das justas expectativas criadas.

O primeiro-ministro, António Costa, publicou no DN, no dia 1.º de Maio, um oportuno artigo com referências a objetivos a cumprir nas políticas de emprego, de combate à precariedade e de reforço da negociação coletiva, que se espera estejam bem presentes nas práticas governativas. Também nas últimas semanas têm sido produzidos por analistas económicos (p.e. Sarsfield Cabral, na Rádio Renascença, a 29 de abril) comentários que, partindo de dados de relatórios recentes de diversas instituições, alertam para os discursos enviesados que têm predominado na abordagem dos efeitos da globalização, das tecnologias, da organização produtiva ou das desigualdades.

Observemos entretanto as mensagens da Direita. Passos Coelho, perante alguns objetivos que o Governo e forças de Esquerda têm enunciado e que poderão ser executados pelo Banco de Portugal (BdP), grita aqui-d"el-rei que o Governo está a assaltar a casa-forte. Ora, o único acionista do BdP é o Estado, são os portugueses que produzem riqueza e pagam impostos. Por outro lado, o BdP está obrigado a um conjunto de procedimentos, designadamente, na aquisição de títulos da dívida pública portuguesa, em contrapartida dos quais recebe juros do Estado português.

Embora o BdP, como banco central, não possa ser comparado a um banco normal (público ou privado), é contudo interessante registar que Passos Coelho defende o "direito inalienável" de uma assembleia-geral de um banco poder fixar os dividendos a distribuir aos seus acionistas, mas quando o único acionista do BdP coloca a possibilidade de receber dividendos pelos juros que ele (Estado) pagou a esse mesmo banco para diminuir sacrifícios dos portugueses, acha isso um assalto. Acresce que, como o dinheiro nunca fica parado, Passos prefere que ele entre no mercado ao serviço de uma qualquer especulação, a que sirva os interesses do país.

Assunção Cristas, por seu lado, chamou "cunha dos sindicatos" à possibilidade de estes participarem em negociações para travar a precariedade. Para ela, quando patrões e algum sindicato assinam acordos que prejudicam os trabalhadores, isso é diálogo social e é natural; quando sindicatos participam em comissões para definir processos de integração de precários na Administração Pública, isso são cunhas e é anormal.

A Direita encontra-se muito para lá da verdade, mas há dinâmicas positivas na sociedade portuguesa.

* Investigador e professor universitário

PORTUGAL À ESPERA DO PAPA FRANCISCO


Neste domingo o Jornal de Notícias vem repleto de interesse e José Miguel Gaspar alerta-nos através da newsletter que não falha a chegar. É o que vamos partilhar consigo. Aqui está a peça e o convite a ler o JN.

Todos à espera do Papa

Os nossos casamentos estão a falhar e já somos o povo europeu que mais se divorcia. Mas continuamos a ser muito católicos - ainda que cada vez menos praticantes. Nas vésperas da chegada do Papa a Portugal, o JN atualiza o retrato do catolicismo. Mas há mais notícias.

A menos de uma semana da chegada do Papa Francisco a Fátima - o Sumo Pontífice passará a sexta-feira 12 no Santuário - o JN fez as contas do país católico que somos e traça-lhe um retrato atualizado. Novidades à cabeça: estamos mais católicos, mas menos conservadores, e também menos praticantes na hora de entrar na igreja. Somos neste altura, entre todos os países da Europa, os que mais se divorciam (sete em cada dez casamentos acabam em divórcio) e também aqueles que têm mais filhos (mais de 50%) fora do casamento. Leia tudo na edição de hoje em papel do JN, num trabalho apurado da jornalista Rosa Ramos.

Num dossiê de cinco páginas, vamos ainda com os peregrinos pela estrada fora, a pé e pela pena do repórter Cristiano Pereira, em direção a Fátima, e colocamos em confronto duas perspetivas sobre as aparições de 1917: o teólogo Anselmo Borges e o monsenhor Luciano Guerra, antigo reitor do Santuário, debatem o significado justo desse milagre.

Na nossa revista de domingo Notícias Magazine continuamos a saudar o Papa e viajamos até aos bastidores da sua visita a Fátima. No suplemento TAG, dedicado aos mais novos, explicamos o que significa a visita de Francisco ao nosso país. Hoje é também dia do JN Urbano, o nosso novo suplemento dos domingos - espreite e veja o que está a acontecer na sua cidade.

No JN online, notícia em grande destaque é a rutura política entre o atual presidente da Câmara, Rui Moreira, e o Partido Socialista, que colocou fim ao seu "projeto comum". Resultado imediato: o PS já não apoia Moreira nas próximas eleições e já lançou Manuel Pizarro como candidato autónomo. Fique aqui a par das últimas novidades.

O top das notícias mais procuradas continua a ser ocupado, em 1.º, pelas confissões de Judite de Sousa sobre a trágica morte do seu filho, desaparecido há quase três anos .

E porque ainda é fim de semana, e além disso Dia da Mãe, espreite as nossas sugestões de lazer para ocupar este domingo. Tem aqui um roteiro de atividades no Porto e em Lisboa.

José Miguel Gaspar | Jornal de Notícias

HOJE É O DIA D DAS ELEIÇÕES EM FRANÇA. MACRON OU LE PEN?


Macron e Le Pen já votaram, com eles também já votaram cerca de 30% dos eleitores franceses. Estes são os nímeros até ao meio-dia em França. A abstenção por esta hora é mais elevada que na segunda volta das eleições de 2012. A Europa está em suspense, não é só a França. A extrema-direita de Le Pen manifesta capacidades de vencer este pleito eleitoral e entregar o pleno direito de Marine ocupar o Eliseu. Os esperançados em afastar Marine Le Pen apostam em Macron e até se esquecem que é ele o Cavalo de Tróia da banca e do grande capital global. Seja eleito um ou outro a vida não vai ser fácil para a Europa dos vastos milhões de populações que andam há anos infindos a verem sonegados os seus direitos, liberdades e garantias plasmados nas constituições dos seus países. Le Pen afirmou em entrevista que a União Europeia é a causa desta ditadura, com Merkel como chefe e os restantes seus esbirros. Não está assim tão longe da verdade quanto possam argumentar os seus opositores. A democracia na UE definha a passos largos. Não será com a eleição de Macron que veremos o retrocesso das políticas antidemocráticas que vigoram neste pedaço europeu. Antes pelo contrário. Hoje é o Dia D em França, dizem. Entre Macron e Le Pen que venha o diabo e escolha. Enquanto Le Pen é direta, Macron fará pela surra o que os europeus não querem. Macron será mais um dos do diretório da chefe Merkel nesta ditadura mal encapotada que vigora nos países europeus.

CT | PG

O dia da verdade em França: Macron ou Le Pen? Um deles será Presidente

As últimas sondagens atribuem a vitória com mais de 60 % dos votos a Emmanuel Macron. No entanto, é cedo para dar a derrota de Marine Le Pen como garantida. A votação na Frente Nacional será decisiva para o futuro de França.

O dia decisivo chegou, finalmente, para o povo francês. Após vários meses de uma intensa campanha política, de muitos escândalos, troca de acusações e de uma primeira volta cheia de surpresas, os eleitores franceses vão ter de optar entre Emmanuel Macron, que na primeira volta obteve 24,01% dos votos, e Marine Len, que garantiu 21,30% das preferências do eleitorado francês. Os dois finalistas chegaram a esta segunda volta das presidenciais depois de terem deixado para trás os candidatos dos partidos tradicionais que têm governado França nos últimos 60 anos.

Este confronto entre dois candidatos fora do sistema partidário tradicional, inédito na V República francesa, partiu o país ao meio. O antigo primeiro-ministro François Fillon, d´Os Republicanos, ficou-se pelos 20,01% na primeira ronda e o socialista Benôit Hamon apenas conseguiu uns irrelevantes 6%, engolido pela esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon, que obteve um histórico terceiro lugar, com 19,58%. É neste cenário, impensável há um ano, que os franceses escolhem hoje o seu próximo ou próxima Presidente.

Se as sondagens estiverem corretas – e é importante realçar que acertaram na primeira volta – Emmanuel Macron (com cerca de 60% das intenções de voto) será o próximo Presidente francês. No entanto, para o candidato independente, que tem alargado a vantagem para a sua adversária nestes últimos dias, não está apenas em causa conseguir vencer Le Pen e chegar ao Eliseu. Vários analistas têm apontado que uma vitória de Macron abaixo dos 60% será também uma vitória para a extrema-direita, uma vez que tal significaria que o seu discurso estaria interiorizado e normalizado na sociedade francesa, colocando o partido como o líder da oposição. Nesse sentido, poderá ser uma questão de tempo até a Frente Nacional chegar ao poder.

Quando soube que tinha sido o candidato mais votado na primeira volta, Macron festejou como se já tivesse conquistado a vitória final, dando por adquirida a derrota de Le Pen. Terá festejado cedo demais? Numa eleição que “revelou uma França mais dividida do que nunca”, como escreve o The Guardian, poderá ter sido prematuro e Marine Le Pen tem tentado alargar a sua influência, falando aos trabalhadores de comunidades rurais e das fábricas ao mesmo tempo que piscava o olho ao eleitorado de François Fillon e de Jean-Luc Mélenchon. As sondagens, contudo, dizem que não foi suficiente.

Os últimos dias de campanha correram melhor a Macron do que a Le Pen. Aproveitando um resultado favorável que lhe foi atribuído pelos media e por especialistas no debate de quarta-feira, marcado pelos ataques violentos entre os dois candidatos, o centrista caminhou tranquilamente nos locais por onde passou, enquanto a sua adversária foi recebida com ovos numa visita a uma empresa na Bretanha, na quinta-feira. O maior percalço para Macron deu-se na noite de sexta-feira, quando dezenas de milhares de documentos internos da equipa do candidato foram publicados nas redes sociais e partilhados pelos apoiantes da extrema-direita. A comissão eleitoral apressou-se a apelar à não divulgação dos dados pirateados, mas a questão que se coloca é perceber até que ponto este ataque informático poderá prejudicar o centrista.

O candidato que "nem é de esquerda nem de direita" contra a "candidata do povo"

Os franceses vão optar por um liberal pró-europeu que nunca foi eleito ou pela extrema-direita que se opõe à globalização e que pretende mudar as relações de França com a União Europeia? A questão é lançada pela BBC e deixa algumas pistas importantes para compreender as diferenças entre os dois candidatos.

A concorrer pela primeira vez, com apenas 39 anos de idade, Emmanuel Macron, caso saia hoje vencedor, será o Presidente francês mais jovem desde 1848, altura em que Napoleão III, de 40 anos, sobrinho de Napoleão Bonaparte, foi o primeiro Presidente a ser eleito por voto direto em França, relembra a Economist. Já Marine Le Pen, eurodeputada de 48 anos, mais experiente do que o seu rival, concorre pela segunda vez às eleições presidenciais, depois de em 2012 ter conseguido 17,7% dos votos, o que não lhe permitiu chegar à segunda volta, quando François Hollande foi eleito ao vencer Nicolas Sarkozy.

Antes de criar, em 2016, o movimento ‘Em Marcha’, Macron trabalhou num banco de negócios da família Rotschild, tendo abandonado a profissão de banqueiro em 2012 para trabalhar como secretário-geral adjunto no gabinete do Presidente francês, François Hollande. Dois anos depois, chegou a ministro da Economia do Governo socialista de Manuel Valls, que foi contra o seu partido e nestas presidenciais decidiu apoiar o candidato independente.

Por seu turno, Le Pen, líder da Frente Nacional desde 2011, tem apostado sobretudo em modernizar o partido, afastando-o das polémicas referências ao Holocausto que levaram o seu pai, Jean-Marie Le Pen, a tribunal. Apesar disso, mantém a linha dura do partido, que lhe permite manter o seu eleitorado tradicional, ao mesmo tempo que tenta suavizar o discurso em alguns temas para chegar a mais pessoas e tentar normalizar os seus ideais nacionalistas e xenófobos na sociedade francesa.

Afirmando-se como não sendo “nem de esquerda, nem de direita”, citando De Gaulle para afirmar que é o candidato que tem “o melhor da esquerda e o melhor da direita”, bem como “o melhor do centro”, Macron, defensor do projeto europeu, tem sido um autêntico fenómeno mediático, com a máquina da sua campanha a confundir-se muitas vezes com uma empresa. Já Marine Le Pen, na noite de 23 de abril, afirmou ser a “candidata do povo” com o objetivo de derrotar a “globalização selvagem”. Para reforçar esta ideia, um dia após primeira volta afastou-se da liderança da Frente Nacional para “ser a Presidente de todos os franceses”.

As propostas de ambos são, portanto, completamente opostas. Macron defende uma maior importância do projeto europeu para França, a diminuição do défice francês através da redução de cerca de 120 mil funcionários públicos e mais flexibilidade para as empresas. Afirma que estas eleições são disputadas entre “europeístas” e “nacionalistas”; Le Pen propõe a saída do euro, o protecionismo económico e medidas intransigentes para com os imigrantes, sobretudo muçulmanos. Para a candidata da extrema-direita, está em causa um duelo entre “globalistas” e “patriotas”.

As diferença entre os dois candidatos foram bastante visíveis no debate entre ambos, na quarta-feira. Apesar de tanto Le Pen como Macron se apresentarem muito agressivos no discurso, a postura da candidata da extrema-direita levou a que a sua tentativa de ‘desdiabolização’ do partido caísse por terra. O que se viu no confronto foi uma Le Pen com um discurso similar muito extremista e populista, a que se juntou um claro desconhecimento de temáticas mais técnicas, o que beneficiou, claramente, Macron.

França dividida contra a extrema-direita

Hoje não é a primeira vez que os eleitores, numa segunda volta das presidenciais francesas, se vão confrontar com a possibilidade de eleger como Presidente um candidato vindo da extrema-direita. Em 2002, o pai de Marine, Jean-Marie Le Pen, chocou a sociedade francesa e conseguiu uma inédita presença na segunda volta, onde disputou a presidência com Jacques Chirac. Na altura, uma união entre todos os partidos, da esquerda à direita, derrotou Le Pen de forma implacável: conseguiu apenas 17,79% dos votos, sendo Chirac eleito com 82,21%.

No entanto, 15 anos depois, a situação é bastante diferente e existe a possibilidade, mesmo que remota, de a extrema-direita chegar ao Eliseu. Em 2002, o efeito surpresa foi enorme, com o candidato socialista Lionel Jospin a ficar umas décimas atrás do pai de Le Pen. Chocados, os franceses mobilizaram-se nas ruas e nas urnas. Mas em 2017, Marine Le Pen e o seu partido parecem “integrados pelos franceses”, escreve a jornalista do Le Monde Faustine Vincent. “Se houve uma surpresa [na primeira volta] foi a sua percentagem ter sido um pouco inferior ao esperado, apesar do recorde no número de votos (7.640 milhões)”.

Além disso, França está hoje muito mais fragmentada do que estava há 15 anos. Os partidos que governam o país há décadas parecem estar a perder importância e muito do seu eleitorado tradicional está a ‘fugir’ para os extremos.

Apesar de os candidatos François Fillon e Benôit Hamon, de o ex-Presidente Nicolas Sarkozy e de o antigo primeiro-ministro Alain Juppé terem declarado do seu apoio a Macron, o alarme de que uma frente republicana contra Le Pen poderia estar em causa soou logo na noite da primeira volta, quando Jean-Luc Mélenchon não disse expressamente aos seus eleitores que deveriam votar no candidato independente.

Se é verdade que desde o início o candidato da esquerda radical reiterou que a extrema-direita é o principal inimigo e apelou aos seus eleitores que não cometessem o “terrível erro” de votar em Le Pen na segunda volta, também é um facto que o candidato da ‘França Insubmissa’ não declarou o seu apoio a Macron. No entanto, uma consulta aos seus apoiantes revelou que dois terços pretendem votar em branco (36%) ou abster-se (29%), e que 35% declaram a intenção de votar em Macron.

Neste sentido, ao contrário do se temeu, é muito pouco provável que a extrema-direita consiga roubar os votos da esquerda radical. Resta, contudo, perceber até que ponto a abstenção ou o voto nulo destes eleitores poderá beneficiar Le Pen, que tem apontado sobretudo ao eleitorado mais à direita de Fillon – a candidata foi mesmo acusada, na terça-feira passada, de ter plagiado o discurso do seu adversário na primeira volta, no que parece ter sido uma tentativa de seduzir os eleitores deste último.

Nos últimos dias de campanha, Macron ganhou um fôlego importante, fruto não só do resultado do debate da passada quarta-feira, como também dos apoios a nível internacional que tem recebido, em que se destaca o apelo ao voto no candidato independente feito pelo antigo Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Se em França Macron tem de lidar com uma esquerda dividida, na última semana de campanha recebeu um apoio importante da esquerda europeia: Varoufakis, num artigo publicado no Le Monde, apelou ao voto em Macron, o “único ministro” que ajudou a Grécia.

Aos apoios vindos de Obama e do antigo ministro das Finanças grego, juntou-se ainda o de vários empresários franceses, bem como de uma série de pessoas ligadas ao mundo das artes. A nível europeu, o candidato independente reúne ainda o apoio dos vários governos da União Europeia. Já uma vitória de Le Pen, além dos partidos de extrema-direita europeus, parece agradar ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao seu homólogo russo, Vlamidir Putin, sendo que, em várias ocasiões, os dois presidentes demonstraram simpatia pela candidata da extrema-direita.

É neste cenário de divisão e fragmentação que os franceses escolhem hoje o seu próximo ou próxima Presidente. Após longos meses de muita polémica e tensão, chega ao fim aquela que foi apelidada pela Economist como a “eleição mais emocionante de que há memória”. Uma sondagem divulgada ontem pela Bloomberg dá a vitória a Emmanuel Macron, com 62,5 % dos votos. Le Pen teria 37,5%. Quem será a escolha dos franceses? Mais logo, por volta das 19h00, em Portugal, saberemos a resposta.

Notícias ao Minuto | Foto: Reuters

‘Brunch’ de Alvalade com direito a três pastéis e um balde de água fria

'Leões' sofrem surpreendente derrota diante da formação do Restelo e perdem oportunidade de ouro de se aproximarem do segundo lugar.
Este 'leão' definitivamente não gosta de acordar cedo. Vitória surpreendente do Belenenses em Alvalade, por 3-1, em jogo da 32.ª jornada da Primeira Liga, algo que não acontecia há 62 anos. Depois de uma primeira parte pobre em oportunidades de perigo, Bruno César inaugurou o marcador ao minuto 51, na sequência de um remate ao ferro de Bryan Ruiz, mas os azuis do Restelo conseguiram dar a volta com três golos em lances de bola parada, um de grande penalidade e outros dois assinados por dois defesas.
Sem grandes surpresas, Bryan Ruiz e Matheus Pereira integraram as opções iniciais de Jorge Jesus, com o costa-riquenho a jogar nas costas de Bas Dost, substituindo Alan Ruiz, que não joga mais esta época devido a lesão. Já o jovem brasileiro, que não alinhava pela equipa principal desde 18 de março, rendeu o castigado Gelson Martins.
No lado dos azuis, Domingos Paciência optou por reforçar o setor defensivo, operando quatro alterações: Dinis Almeida, João Diogo, Persson e Juanto ocuparam os lugares de Domingos Duarte (impedido de jogar por estar emprestado pelo Sporting), Miguel Rosa (ficou na bancada), Yebda (castigado) e Maurides (ficou no banco). A equipa do Restelo chegava a este jogo com sete derrotas consecutivas no ‘bolso’, pelo que era necessário redobrar cuidados na defesa, ainda mais com Bas Dost pela frente.
Naquele que foi o primeiro jogo matinal dos ‘leões’ da época, a equipa de Jorge Jesus demorou a entrar no ritmo, procurando criar algum perigo na área contrária, mas sem sucesso. De tal forma que o primeiro remate do Sporting só chegou perto da meia-hora de jogo: Bruno César lança Adrien na área, mas o capitão dos ‘leões’ atira ao lado da baliza de Ventura (27’). No lance seguinte, foi a vez de Bas Dost pressionar o guardião dos ‘azuis’, que acabou por chutar contra um adversário, mas a bola foi na direção da linha lateral.
Antes, contudo, o holandês já havia falhado na concretização das investidas de Matheus Pereira e Bruno César. A equipa de Domingos Paciência, por suz vez, permanecia acampada no seu meio-campo, mas ainda teve tempo de ensaiar dois remates – Vítor Gomes rematou à figura de Rui Patrício (10’) e mais tarde, cruzado, de fora da área (31’), a falhar o alvo. A poucos minutos do intervalo, alguns assobios nas bancadas de Alvalade mostravam o descontentamento dos adeptos com a exibição da equipa 'leonina', que tinha neste jogo uma oportunidade de ouro de se aproximar do segundo lugar, ocupado pelo FC Porto.
Foi preciso esperar pelo segundo tempo para que as duas equipas ‘despertassem’. Primeiro, o Sporting, com Bruno César a inaugurar o marcardor ao minuto 51: cruzamento de Bryan Ruiz, com a bola a bater na trave, para a recarga do brasileiro, ao segundo poste, a antecipar-se a Florent e a atirar para o fundo da baliza.
Os ‘leões’ foram de imediato à procura do 2-0, através de nova investida de Bryan Ruiz, a abrir para Matheus, no lado esquerdo da área, mas o brasileiro acaba por falhar o alvo. Em desvantagem, Domingos Paciência arriscou tudo e lançou Maurides, avançado que já fez sete golos em nove partidas esta época, para o lugar de Juanto.
O Belenenses tratou de correr atrás do prejuízo e logo depois de um livre de André Sousa por cima da barra, Bruno Paixão assinala penálti por mão na bola de Matheus Pereira. Na hora de converter, Abel Camará não vacilou e restabeleceu a igualdade em Alvalade, perante um enorme coro de assobios dos adeptos ‘leoninos’.
Jorge Jesus não perdeu tempo e apostou em Joel Campbell e Castaignos para o setor ofensivo. Foi precisamente o holandês, de 22 anos, o responsável pelo falhanço do jogo (80'), a aparecer isolado, perante a hesitação de Ventura, mas depois a atirar por cima, tendo apenas o guarda-redes pela frente. Ora os erros pagam-se caro e foi nesse seguimento que o Belenenses conseguiu chegar à vitória em Alvalade, algo que não acontecia desde 1955, com dois golos assinados por dois defesas: primeiro, Dinis Almeida a rematar de forma acrobática após livre indireto na esquerda (83'), depois Gonçalo Silva, novamente num lance de bola parada, com a bola a chegar a Maurides ao segundo poste, a colocar em Gonçalo Silva, que só teve de encostar.
Sapo

Concentração do GM Montar Para Viver

Grupo Motard Montar Para Viver realizou mais uma das suas tradicionais Concentrações durante este fim de semana.
O Corticeiro e todo o Concelho de Mira foram, mais uma vez, palco de um espetáculo diferente que traz muitas pessoas, não só da região, como de outros locais do país e até do exterior!
Convivência alegre e espírito motard não faltaram... o que é de praxe. Mais um exemplo de vitalidade de entidades sócio-culturais e desportivas que, ao longo de todo ano, colocam Mira a mexer-se!
Ficam, aqui, algumas das imagens deste evento:
Texto: Francisco Ferra
Fotos: José Barreto Cruz, a quem o Jornal Mira Online agradece a prestimosa cedência de imagens

Manhã de domingo: "Eu criticava as procissões e as peregrinações"

Manhã de domingo

As principais notícias do dia
Bom dia!
D. António Marto foi cético de Fátima e da religiosidade popular, recusando rezar o terço com a família, mas a simplicidade do pai levou-o à conversão. Uma rara entrevista de vida ao bispo de Fátima.
Os dois candidatos às presidenciais francesas, Emmanuel Macron e Marine Le Pen, já votaram, com poucos minutos de diferença e em cidades distintas.
Joe quase morreu no Bataclan. Tem raiva aos terroristas e ao Governo de Hollande — e vota Le Pen. Ainda hoje, continua traumatizado. Um psicólogo diz que isso não é exclusivo das vítimas — é nacional.
Lula da Silva diz que, se puder candidatar-se e vencer as eleições de 2018, irá regulamentar os meios de comunicação. E diz que, aos 71 anos, está com "mais tesão" para ser presidente do que em 1989.
O PS defendeu Manuel Pizarro e atacou Moreira na convenção autárquica. As críticas sobem de tom e a campanha eleitoral ainda não começou. As palavras mais duras não foram do candidato do socialista.
Passos não dá "para o peditório" de dizer que está tudo bem "porque não está". E o que está, foi por culpa do anterior Governo. Em vez de "preparar o futuro", PS "só pensa em ganhar as eleições".
Maduro fala em "golpe de Estado em curso", manifestantes falam em "desobediência a uma loucura". As ruas da Venezuela estão debaixo de fogo e as manifestações têm sido fervorosas. As imagens aqui.
FC Porto estreou Fernando Fonseca, que surgiu em campo com "Fernado" nas costas. E esta foi só a primeira de muitas gaffes que valeram o quinto empate nos últimos sete jogos, desta vez com o Marítimo.
O último dia do Papa Francisco em Portugal pode ser o primeiro de festa para o Benfica: caso vença amanhã em Vila do Conde e na receção ao V. Guimarães, encarnados celebram o inédito tetracampeonato.
Qual colher, qual quê. A autora do "Baby-led weaning" esteve em Lisboa e, ao Observador, explicou como os pais controlam em demasia a alimentação dos bebés e como deviam confiar mais nos filhos.
Diogo Infante fala com Maria João Avillez sobre a peça que tem em cena, sobre televisão e sobre como se tornou ator. Sobre a sua vida "afortunada" também: "O copo para mim está sempre meio cheio". 
Opinião

Vasco Pulido Valente
… hopes expire of a low dishonest decade… (W. A. Auden)

João Marques de Almeida
O presidente da CM do Porto mostrou capacidade de liderança e coragem ao afastar o PS da sua coligação. O próximo passo deveria ser uma reunião entre Passos Coelho e Rui Moreira para fazerem um acordo

Alberto Gonçalves
Os socialistas são uma bênção. Além de recorrentemente assegurarem paz social e progresso económico, ou vice-versa, ainda querem devolver-nos à época feliz do final do século XIX, início do século XX.

Ruth Manus
Alcançar a realização pessoal é encontrar a plenitude em determinadas esferas da vida, ter sucesso é simplesmente passar uma imagem de que tudo deu certo

José Manuel Fernandes
Macron tem muitas virtudes, mas não tem nem o programa reformista nem a base de apoio necessária para ser o salvador da França - e da Europa. É bom baixarmos as expectativas para não termos desilusões

Mais pessoas vão gostar da 360º. Partilhe:
no Facebook no Twitter por e-mail
Leia as últimas
em observador.pt
Observador
©2017 Observador On Time, S.A.
Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa